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Bevacizumab Irinotecano

Irinotecano Kabi Irinotecano bula do medicamento

Neste folheto:
1. O que é Irinotecano Kabi e para que é utilizado
2. Antes de utilizar Irinotecano Kabi
3. Como utilizar Irinotecano Kabi
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Irinotecano Kabi
6. Outras informações


FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Irinotecano Kabi 20 mg/mL, concentrado para solução para perfusão
Cloridrato de irinotecano tri-hidratado

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento podeser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundáriosnão mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Neste folheto:

1. O QUE É IRINOTECANO KABI E PARA QUE É UTILIZADO

Irinotecano Kabi pertence a um grupo de medicamentos denominados citostáticos
(medicamentos anti-cancerígenos).
Irinotecano Kabi é usado para o tratamento do cancro avançado do cólon e do recto emadultos, quer em associação com outros medicamentos (i.e. 5-fluorouracilo/ácidofolínico, bevacizumab, cetuximab,) ou isolado.

2. ANTES DE LHE SER ADMINISTRADO IRINOTECANO KABI

Não utilize Irinotecano Kabi
-se tem alergia (hipersensibilidade) ao cloridrato de irinotecano tri-hidratado ou aqualquer outro componente de Irinotecano Kabi
-se sofre de outra doença do intestino ou tem história de obstrução intestinal
-se está grávida a ou a amamentar
-se tem os valores aumentados de bilirrubina no sangue (mais de 3 vezes o limite superiordo intervalo normal)
-se tem insuficiência grave da medula óssea
-se se encontra num fraco estado de saúde (avaliado por um padrão internacional);
-se está a tomar algum produto natural que contenha hipericão ou erva de S. João
(Hypericum perforatum).

Consulte os folhetos informativos do cetuximab, bevacizumab para verificar contra-
indicações adicionais.

Tome especial cuidado com Irinotecano Kabi
Este medicamento destina-se apenas a adultos. Confirme com o seu médico se estemedicamento tiver sido prescrito para uma criança.
Também é necessário um cuidado especial em doentes idosos.
Uma vez que o Irinotecano Kabi é um medicamento anti-cancerígeno, ser-lhe-áadministrado numa unidade especial e sob a supervisão de um médico qualificado parautilização de medicamentos anti-cancerígenos. Os profissionais de saúde irão explicar-lheas situações em que necessita de tomar um cuidado especial durante e após o tratamento.
Este folheto pode ajudá-lo a lembrar-se disso.

1) As primeiras 24 h após a administração de Irinotecano Kabi

Durante a administração de Irinotecano Kabi (30-90 min.) e pouco tempo após aadministração pode experimentar alguns dos seguintes sintomas:
– diarreia
– suores
– dor abdominal
– olhos lacrimejantes
– perturbações visuais
– salivação excessiva

O termo médico para estes sintomas é síndrome colinérgico agudo que pode ser tratado
(com atropina). Se tiver algum destes sintomas informe imediatamente o seu médico quelhe irá dar o tratamento necessário.

2) A partir do dia após o tratamento com Irinotecano Kabi até ao tratamento seguinte

Durante este período poderá experimentar vários sintomas, que podem ser graves erequerer tratamento imediato e supervisão rigorosa.

– Diarreia
Se a sua diarreia começar mais de 24 horas após a administração de Irinotecano Kabi
(?diarreia tardia?) pode ser grave. É frequentemente observada cerca de 5 dias após aadministração. A diarreia deve ser tratada imediatamente e mantida sob supervisãorigorosa. Imediatamente após as primeiras fezes líquidas faça o seguinte:

Tome qualquer tratamento anti-diarreico que o médico lhe tenha prescrito, exactamenteda forma que ele/ela lhe indicou. O tratamento não pode ser alterado sem consultar omédico. O tratamento anti-diarreico recomendado é a loperamida (4 mg para a primeiratoma e depois 2 mg de 2 em 2 horas, também durante a noite). Este tratamento devecontinuar durante pelo menos 12 horas após as últimas fezes líquidas. A doserecomendada de loperamida não pode ser tomada durante mais de 48 horas.

Beba grandes quantidades de água e fluidos re-hidratantes, imediatamente (i.e., água,
água gaseificada, bebidas gasosas, sopa ou terapêutica de re-hidratação oral).
Informe imediatamente o seu médico que está a supervisionar o tratamento, e fale-lhe dadiarreia. Se não for capaz de contactar o médico, contacte a unidade no hospital que estáa supervisionar o tratamento com Irinotecano Kabi. É muito importante que eles tenhamconhecimento da diarreia.

Deve informar imediatamente o médico, ou a unidade que supervisiona o tratamento, se
– tiver náuseas e vómitos e também diarreia
– tiver febre e também diarreia
– ainda tiver diarreia 48 horas após o início do tratamento da diarreia

Atenção! Não tome nenhum tratamento para a diarreia para além do que lhe foi dado peloseu médico e os líquidos descritos anteriormente. Siga as instruções do médico. Otratamento anti-diarreico não deve usado para prevenir um novo episódio de diarreia,mesmo que tenha experimentado diarreia tardia em ciclos anteriores.

– Febre
Se a temperatura corporal aumentar acima de 38ºC pode ser um sinal de infecção,especialmente se também tiver diarreia. Se tiver febre (acima de 38ºC) contacte o seumédico ou a unidade imediatamente de modo a que possam dar-lhe o tratamentonecessário.

– Náuseas e vómitos
Se tiver náuseas e/ou vómitos, contacte o seu médico ou a unidade imediatamente.

– Neutropenia
O Irinotecano Kabi pode causar uma diminuição no número de alguns dos seus glóbulosbrancos, que desempenham um papel importante no combate às infecções. Istodenomina-se neutropenia. A neutropenia é frequentemente observada durante otratamento com Irinotecano Kabi e é reversível. O seu médico deverá solicitar que façaanálises sanguíneas regulares para monitorizar estes glóbulos brancos. A neutropenia égrave e deve ser tratada imediatamente e monitorizada cuidadosamente.

– Dificuldades respiratórias
Se tiver quaisquer dificuldades respiratórias contacte o seu médico imediatamente.

– Compromisso da função hepática
Antes de se iniciar o tratamento com Irinotecano Kabi e antes de cada ciclo de tratamentoseguinte, a função hepática deve ser monitorizada (através de análises ao sangue).

Se tiver um ou mais dos sintomas mencionados, após regressar a casa do hospital, devecontactar imediatamente o seu médico ou a unidade que supervisiona o tratamento com
Irinotecano Kabi.

– Compromisso da função renal
Uma vez que este medicamento não foi testado em doentes com problemas renais, porfavor verifique com o seu médico se tiver quaisquer problemas renais.

Ao utilizar Irinotecano Kabi com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentementeoutros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica. Isto também
é válido para medicamentos ervanários, vitaminas e minerais fortes.

Alguns medicamentos podem alterar os efeitos do Irinotecano Kabi, por exemplo, ocetoconazol (para o tratamento de infecções fúngicas), a rifampicina (para o tratamentoda tuberculose) e alguns medicamentos para o tratamento da epilepsia (carbamazepina,fenobarbital e fenitoína).
O medicamento ervanário hipericão ou erva de S. João (Hypericum perforatum) não podeser utilizado concomitantemente com Irinotecano Kabi nem entre tratamentos, uma vezque pode diminuir o efeito do irinotecano.

Se necessitar de ser submetido a uma cirurgia, informe o seu médico ou anestesista deque está a utilizar este medicamento, pois ele pode alterar o efeito de algunsmedicamentos utilizados durante a cirurgia.

Se receber Irinotecano Kabi em combinação com um medicamento contendo cetuximab,bevacizumab, assegure-se que também lê os folhetos informativos para essesmedicamentos.

Gravidez
Não deve receber irinotecano se estiver grávida, a menos que seja claramente indicadopelo seu médico.
Mulheres em idade fértil devem evitar engravidar. Devem ser tomadas medidascontraceptivas tanto pelos doentes do sexo masculino como do sexo feminino durante epelo menos três meses após o fim do tratamento. Ainda assim, se engravidar, se pensaque pode estar grávida, ou que poderá engravidar durante este período, deve informarimediatamente o seu médico.

Aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento. Nãoutilize Irinotecano Kabi se está amamentar.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Em alguns casos, o Irinotecano Kabi pode causar efeitos secundários que podem afectar acapacidade de conduzir e utilizar ferramentas e máquinas. Se não tiver a certeza, contacteo seu médico ou farmacêutico.

Durante as primeiras 24 horas após a administração de Irinotecano Kabi pode sentir-setonto ou ter perturbações visuais.

Se isso lhe acontecer não conduza nem utilize quaisquer ferramentas ou máquinas.

Informações importantes sobre alguns componentes de Irinotecano Kabi
Este medicamento contém sorbitol. Se foi informado pelo seu médico de que temintolerância a certos açúcares, contacte o seu médico antes de lhe ser administrado estemedicamento.

3. COMO É ADMINISTRADO IRINOTECANO KABI

Irinotecano Kabi ser-lhe-á administrado como perfusão nas suas veias ao longo de umperíodo de 30-90 minutos. A quantidade de perfusão que lhe será administrada dependeda sua idade, tamanho e condição médica geral. Também irá depender de qualquer outrotratamento que possa já ter feito para o cancro. O seu médico irá calcular a sua área desuperfície corporal em metros quadrados (m2).

-Se foi tratado anteriormente com 5-fluorouracilo, será normalmente tratado com
Irinotecano Kabi em monoterapia começando com uma dose de 350 mg/m2 de 3 em 3semanas.
-Se não recebeu anteriormente quimioterapia, irá normalmente receber 180 mg/m2 de
Irinotecano Kabi de 2 em 2 semanas. Isto será seguido por ácido folínico e 5-
fluorouracilo.
-Se for tratado com Irinotecano Kabi em combinação com cetuximab irá recebernormalmente a mesma dose de irinotecano administrada nos últimos ciclos do anteriorregime contendo irinotecano.

Irinotecano Kabi não deve ser administrado antes de 1 hora após o término da perfusãode cetuximab.

Se receber Irinotecano Kabi em associação com cetuximab, por favor consulte o folhetoinformativo de cetuximab.

Se receber Irinotecano Kabi em associação com bevacizumab, por favor consulte ofolheto informativo de bevacizumab.

As doses de Irinotecano Kabi podem ser ajustadas pelo seu médico dependendo da suacondição e de quaisquer efeitos secundários que possa ter.

Crianças
O irinotecano não deve ser utilizado em crianças.

Duração do tratamento
Apenas o seu médico pode decidir por quanto tempo o tratamento é continuado.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS

Como todos os medicamentos, Irinotecano Kabi pode causar efeitos secundários, noentanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

O seu médico irá discutir consigo estes efeitos secundários e explicar-lhe os riscos ebenefícios do seu tratamento.

Alguns destes efeitos secundários devem ser tratados imediatamente (consultar também ainformação na secção ?Tome especial cuidado com Irinotecano Kabi?).

Efeitos secundários muito frequentes (afecta mais de 1 doente em 10):
Neutropenia (diminuição do número de alguns glóbulos brancos), o que aumenta o riscode infecções.
Anemia (diminuição do número de glóbulos vermelhos), o que pode tornar a pele pálida ecausar fraqueza e falta de ar.
Na terapêutica de associação, trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas),causando feridas, tendência para hemorragias e hemorragias anómalas.
Em monoterapia, febre e infecções.
Diarreia grave tardia.
Em monoterapia, náuseas graves e vómitos.
Febre na ausência de infecção.
Queda de cabelo (o cabelo cresce novamente após o final do tratamento).
Na terapêutica de associação, aumento transitório e ligeiro a moderado nos níveis séricose algumas enzimas (SGPT, SGOT, fosfatase alcalina) ou bilirrubina.
Em monoterapia, febre na ausência de infecção e sem diminuição grave concomitante nonúmero de alguns glóbulos brancos (neutropenia).

Efeitos secundários frequentes (afectam menos de 1 doente em 10 mas mais do que 1 em
100 doentes):
Síndrome colinérgico agudo transitório e grave: os principais sintomas são definidoscomo diarreia precoce e vários outros sintomas tais como dor abdominal; olhosvermelhos, doridos, a arder ou a lacrimejar (conjuntivite); corrimento nasal (rinite);pressão arterial baixa; alargamento dos vasos sanguíneos; suores; arrepios; uma sensaçãode desconforto geral e doença; tonturas; perturbações visuais; contracção das pupilas;olhos lacrimejantes e aumento da salivação, ocorrendo durante ou dentro das primeiras
24 horas após a perfusão de Irinotecano Kabi.
Em monoterapia, trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas) causandoferidas, tendência para hemorragias e hemorragias anómalas.
Na terapêutica de associação, febre na ausência de infecção e sem diminuição graveconcomitante no número de alguns glóbulos brancos (neutropenia).
Na terapêutica de associação, febre e infecções.

Infecções associadas a grave diminuição no número de alguns glóbulos brancos
(neutropenia) resultando em morte em 3 casos.
Febre associada a uma diminuição grave no número de alguns glóbulos brancos
(neutropenia febril).
Perda de água (desidratação), frequentemente associada a diarreia e/ou vómitos.
Prisão de ventre.
Na terapêutica de associação, náuseas e vómitos graves.
Sensação de fraqueza (astenia).
Em monoterapia, aumento transitório e ligeiro a moderado nos níveis séricos das enzimashepáticas (transaminases, fosfatase alcalina) e bilirrubina.
Na terapêutica de associação, aumento transitório grave dos níveis séricos da bilirrubina.
Aumento transitório e ligeiro a moderado dos níveis de creatinina no sangue.
Efeitos secundários pouco frequentes (afectam menos de 1 em 100 doentes mas mais doque 1 em 1000):
Reacções alérgicas ligeiras incluindo pele vermelha com ardor, urticária, conjuntivite,rinite.
Reacções cutâneas ligeiras; reacções ligeiras no local de perfusão.
Efeitos precoces tais como dificuldade em respirar (dispneia).
Doença pulmonar apresentando-se como falta de ar, tosse seca e ruídos inspiratórios
(doença pulmonar intersticial).
Bloqueio parcial ou completo do intestino (obstrução intestinal, íleo), hemorragiagastrointestinal.
Inflamação do intestino, causando dor abdominal e/ou diarreia (uma doença conhecidacomo colite pseudomembranosa).
Insuficiência renal, baixa pressão arterial ou falência cardio-circulatória em doentes queexperimentaram episódios de desidratação associada a diarreia e/ou vómitos, ou sépsis.

Efeitos secundários raros (afectam menos de 1 em 1000 doentes mas mais do que 1 em
10000 doentes):
Reacções alérgicas graves incluindo inchaço das mãos, pés, tornozelos, face, lábios, bocaou garganta que possam causar dificuldade em engolir ou extrema dificuldade em respirar
(reacções anafilácticas/anafilactóides). Se isto acontecer, deve informar o seu médicoimediatamente.
Efeitos precoces tais como contracção muscular ou cãibras e dormência (parestesia).
Inflamação do intestino grosso causando dor abdominal (colite incluindo o apêndice,colite isquémica e ulcerativa).
Perfuração intestinal.
Perda de apetite (anorexia); dor abdominal; inflamação das membranas mucosas.
Inflamação sintomática ou assintomática do pâncreas.
Aumento da pressão arterial durante e após a administração.
Diminuição dos níveis de potássio e sódio no sangue, principalmente relacionados comdiarreia e vómitos.

Efeitos secundários muito raros (afectam menos de 1 doente em 10000 doentes):
Perturbações transitórias na fala.

Aumento nos níveis de algumas enzimas digestivas que quebram os açúcares (amilase) eas gorduras (lipase).
Foi notificado um caso de trombocitopenia periférica com anticorpos antiplaquetários.

Se receber Irinotecano Kabi em associação com um medicamento contendo cetuximab,bevacizumab, alguns dos efeitos secundários que pode experimentar também podem estarrelacionados com esta associação. Estes efeitos secundários podem incluir uma reacçãocutânea tipo acne. Como tal, assegure-se de que também lê o folheto informativo para ocetuximab, ou bevacizumab.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundáriosnão mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

É necessário informar o seu médico se experimentar:diarreia ?precoce? com sintomas associados referidos como ?síndrome colinérgicoagudo? (ver Secção 2)diarreia ?tardia?diarreia persistindo por 48 horas após o início do tratamentofebrenáuseas, vómitosperturbações respiratórias, tosse não-produtiva, sintomas de crepitações nos pulmões.

A hospitalização do doente é indicada nas seguintes situações:diarreia e febre coexistentes (acima de 38ºC),diarreia grave (e vómitos) com características clínicas de desidratação excessiva (énecessária reposição de líquidos por via intravenosa),diarreia que não pare até às 48 horas após o início do tratamento.

5. COMO CONSERVAR IRINOTECANO KABI

Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Apenas para uma única utilização.

Antes da abertura
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz.
Não utilize este medicamento após o prazo de validade impresso na embalagem exterior,após EXP. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Após a abertura
O produto deve ser diluído e utilizado imediatamente após a abertura.

Após a diluição
Foi demonstrada estabilidade química e física em utilização durante 24 horas a 25ºC ou
48 horas a 2-8ºC

Do ponto de vista microbiológico, o produto deverá ser utilizado imediatamente após adiluição. Se não for utilizado de imediato, o tempo e condições de conservação emutilização antes do uso são da inteira responsabilidade do utilizador, e não deverãonormalmente ultrapassar 24 horas a 2-8 ºC, a não ser que a diluição tenha tido lugar emcondições assépticas controladas e validadas.

Não utilize Irinotecano Kabi se notar partículas na solução.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Irinotecano Kabi

A substância activa é cloridrato de irinotecano tri-hidratado. O concentrado para soluçãopara perfusão contém 20 mg de cloridrato de irinotecano tri-hidratado por mL,equivalente a 17,33 mg de irinotecano por mL.
Os outros componentes (excipientes) são: sorbitol (E420), ácido láctico (E270), hidróxidode sódio (E524) e água para preparações injectáveis.

Qual o aspecto de Irinotecano Kabi e conteúdo da embalagem

-Irinotecano Kabi é uma solução clara de cor amarelo pálida.
-Irinotecano pode estar disponível em frasco para injectáveis de cor âmbar de 6 mlcontendo 2 ml ou 5 ml de concentrado para solução para perfusão ou em frasco parainjectáveis de cor âmbar de 30 ml contendo 25 ml de concentrado para solução paraperfusão. O frasco é selado com uma rolha de borracha clorobutílica, uma cápsula dealumínio e selante de polipropileno ondulado.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

Fresenius Kabi Oncology Plc.
Lion Court
Farnham Road
Bordon
Hampshire GU35 0NF
Reino Unido

Ou

Fabricante

Cemelog ? BRS
2040 Budaörs
Vasút u. 13
Hungria

Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico
Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:

Áustria
Irinotecan Kabi 20 mg/ml Konzentrat zur Herstellung einer
Infusionslösung
Bélgica
Irinotecan Kabi 20 mg/ml solution à diluer pour perfusion
Bulgaria
Irinotecan Kabi 20 mg/ml ?????????? ?? ?????????? ???????
Chipre
Irinotecan Kabi 20 mg/ml ????? ?????µ? ??? ????????? ?????µ????
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Alemanha Irinotecan Kabi 20 mg/ml Konzentrat zur Herstellung einer
Infusionslösung
Grécia
Irinotecan Kabi 20 mg/ml ????? ?????µ? ??? ????????? ?????µ????
???? ??????
Islândia
Irinotecan Fresenius Kabi 20 mg/ml innrennslisþykkni, lausn
Luxemburgo Irinotecan Kabi 20 mg/ml Konzentrat zur Herstellung einer
Infusionslösung
Malta
Irinotecan Kabi 20 mg/ml concentrate for solution for infusion
Holanda
Irinotecan HCl-trihydraat Fresenius Kabi 20 mg/ml, concentraat vooroplossing voor infusie
Noruega
Irinotecan Fresenius Kabi 20 mg/ml
Portugal Irinotecano
Kabi
Roménia
Irinotecan Kabi 20 mg/ml concentrat pentru solu?ie perfuzabil?
Eslovénia
Irinotekanijev klorid Kabi 20 mg/ml koncentrat za raztopino zainfundiranje
Suécia
Irinotecan Fresenius Kabi 20 mg/ml

Este folheto foi aprovado pela última vez em

A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais doscuidados de saúde:

Instruções de Utilização
Citotóxico
Manuseamento de Irinotecano Kabi
Como com todos os agentes antineoplásicos, deve haver precaução quando se manuseia o
Irinotecano Kabi. A diluição deve ser realizada sob condições assépticas por pessoaltreinado numa área designada. Devem ser tomadas precauções para evitar o contacto coma pele e membranas mucosas.

Instruções de protecção para preparação de Irinotecano Kabi Solução para Perfusão
Deve ser usada uma câmara protectora e devem usar-se luvas de protecção bem comouma bata protectora. Se não existir nenhuma câmara protectora disponível, devem usar-seuma cobertura para a boca e óculos de protecção.
Os recipientes abertos, como frascos para injectáveis e frascos para perfusão e as cânulas,seringas, cateteres, tubos utilizados e resíduos de citostáticos devem ser consideradosresíduos perigosos e ser eliminados de acordo com as directrizes locais paramanuseamento de RESÍDUOS PERIGOSOS.
Seguir as instruções seguintes em caso de derramamento:

deve usar-se roupa protectora

o vidro partido deve ser recolhido e colocado no contentor para RESÍDUOS
PERIGOSOS

superfícies contaminadas devem ser lavadas adequadamente com quantidades
generosas de água fria

as superfícies lavadas devem então ser bem limpas e os materiais usados para a
limpeza devem ser eliminados como RESÍDUOS PERIGOSOS
No caso de contacto do irinotecano com a pele, a área deve ser lavada com muita águacorrente e depois lavada com sabão e água. Em caso de contacto com membranasmucosas, lave bem a área de contacto com água. Se sentir algum desconforto, contacteum médico.
Em caso de contacto do irinotecano com os olhos, lave-os bem com muita água.
Contactar um oftalmologista imediatamente.

Preparação da solução para perfusão
Irinotecano Kabi concentrado para solução para perfusão destina-se a perfusãointravenosa apenas após diluição antes da administração nos diluentes recomendados,solução para perfusão de cloreto de sódio a 0,9% ou solução para perfusão de glucose a
5%. Retirar assepticamente a quantidade necessária de Irinotecano Kabi do frasco parainjectáveis com uma seringa calibrada e injectar num saco ou frasco para perfusão de 250ml. A perfusão deve ser bem misturada por rotação manual.

Se se observar qualquer precipitado nos frascos para injectáveis ou após a reconstituição,o produto deve ser rejeitado de acordo com os procedimentos padrão para agentescitotóxicos.

Leia o folheto informativo para informação sobre o prazo de validade do produto diluído.

Irinotecano Kabi não deve ser administrado em bólus intravenoso ou numa perfusãointravenosa inferior a 30 minutos ou superior a 90 minutos.

Eliminação
Todo o material usado para preparação, administração ou que entre em contacto dealguma forma com o irinotecano deve ser eliminado de acordo com as directrizes locaispara manuseamento de compostos citotóxicos.

Categorias
Bevacizumab Irinotecano

Irinotecano Ciclum Irinotecano bula do medicamento

Neste folheto:
1. O que é Irinotecano Ciclum e para que é utilizado
2. Antes de utilizar Irinotecano Ciclum
3. Como utilizar Irinotecano Ciclum
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Irinotecano Ciclum
6. Outras informações


FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Irinotecano Ciclum 20 mg/ml concentrado para solução para perfusão

Cloridrato de irinotecano tri-hidratado

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.

– Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
– Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
– Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento podeser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
– Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundáriosnão mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Neste folheto:

1. O QUE É IRINOTECANO CICLUM E PARA QUE É UTILIZADO

O irinotecano pertence a um grupo de medicamentos denominado agentes citotóxicos. Oirinotecano está indicado no tratamento do cancro avançado do cólon e do recto emadultos, quer em associação com outros medicamentos quer isolado.

2. ANTES DE UTILIZAR IRINOTECANO CICLUM

NÃO utilizar Irinotecano Ciclum
– se tem alergia (hipersensibilidade) ao cloridrato de irinotecano tri-hidratado ou aqualquer outro componente de Irinotecano Ciclum (ver secção 6)
– se sofre de doença inflamatória crónica do intestino, obstrução intestinal ou ambas.
– se está a amamentar
– se não tem um número suficiente de células sanguíneas (insuficiência grave da medula
óssea)
– se sofre de insuficiência hepática grave e/ou tem os valores de bilirrubina no sangueaumentados em mais de 3 vezes o limite superior do intervalo normal
– se se encontra num estado muito debilitado (nível de desempenho na escala OMS > 2)
– se está a tomar também outros medicamentos para a depressão, contendo hipericão
(erva de S.João).

Tome especial cuidado com Irinotecano Ciclum
Está a ser tratado por um médico ou enfermeiro com experiência na utilização deste tipode tratamentos e de lidar com os seus efeitos secundários, que geralmente sãotemporários.
Por favor, informe o seu médico ou farmacêutico se algum dos seguintes casos se aplica asi:
– se tem qualquer outra doença intestinal ou se no passado já teve uma obstruçãointestinal.
– se tem problemas nos rins ou fígado.
– se tem uma doença genética com uma actividade reduzida da enzima UGT1A1
(glucuroniltranferase da uridina difosfato 1A1).

Informe imediatamente o seu médico ou enfermeiro se ocorrer um dos seguintes efeitossecundários, porque eles devem ser tratados imediatamente.
– Se tiver ALGUMA DIARREIA (ver também secção 4)
O Irinotecano Ciclum pode causar-lhe diarreia. Existem dois tipos de diarreia, que podemser distinguidos pelo seu aparecimento. "Diarreia precoce" que começa menos de 24horas após a perfusão e "diarreia tardia" que começa 24 horas após a perfusão.

– Se a sua diarreia começar menos de 24 horas após a perfusão ("diarreia precoce"), deveentrar em contacto com o seu médico ou enfermeiro IMEDIATAMENTE, para que lhepossam dar o tratamento adequado.
Esta "diarreia precoce" pode ser acompanhada de outros sintomas, tais como:
– sudação
– cólicas abdominais
– lacrimejo
– perturbação visual
– tonturas
– tensão arterial baixa
– indisposição
– excesso de saliva

Não use nenhum tratamento anti-diarreico que seu médico lhe tenha dado para a"diarreiatardia".

– Se a sua diarreia se inicia mais de 24 horas após a perfusão ("diarreia tardia"), deveiniciar imediatamente o tratamento anti-diarreico que o médico lhe indicou e deve segui-
lo EXACTAMENTE conforme lhe foi indicado. Se tiver quaisquer dúvidas pergunte aoseu médico.

Beba grandes quantidades de líquidos como água, água gasosa, bebidas gaseificadas,sopa ou terapêutica de rehidratação oral (soluções electrolíticas orais)
IMEDIATAMENTE.
Informe imediatamente o seu médico
– se além da diarreia tiver náuseas e vómitos.
– se além da diarreia tiver febre.

– se continuar a ter diarreia 48 horas após o início do tratamento antidiarreico.

Não faça qualquer outro tratamento para a diarreia que não seja o indicado pelo seumédico ou enfermeiro e não tome outros líquidos além dos acima descritos.

Pode ocorrer uma combinação de diarreia com outros sintomas como cólicas abdominais,sudorese, lacrimejo e salivação que é chamado de síndrome colinérgico agudo. Entre emcontato com seu médico o mais rapidamente possível para que possa receber o tratamentonecessário.

– se tiver ALGUMA FEBRE (ver também secção 4)
O Irinotecano Ciclum pode causar uma diminuição no número dos seus glóbulos brancos,que desempenham um papel importante na luta contra infecções. Isto é chamado deneutropénia. O seu médico irá providenciar para que faça regularmente análises aosangue para monitorizar os glóbulos brancos. Se tiver febre, esta pode ser um sinal deinfecção associada a neutropenia que requere tratamento imediato. Portanto, se tiverfebre, e especialmente se também tiver diarreia, contacte imediatamente o seu médico ouenfermeiro, para que eles lhe indiquem qual o tratamento necessário.

– se se sentir DEBILITADO E DOENTE
– se tiver DIFICULDADE EM RESPIRAR
– se tiver fortes DORES ABDOMINAIS

Ao tomar Irinotecano Ciclum com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentementeoutros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Os seguintes medicamentos podem alterar o efeito do Irinotecano Ciclum:
– medicamentos contra a epilepsia, por exemplo carbamazepina, fenobarbital ou fenitoína
– medicamentos contra infecções por fungos, por exemplo cetoconazol
– antibióticos contra a infecção, por exemplo rifampicina
– medicamentos contra a depressão, por exemplo Hipericão (extracto da erva de S.João).

Se desenvolver diarreia grave e neutropénia, no tratamento com a associação deirinotecano e bevacizumab, o seu médico irá adaptar a dose de irinotecano. Se estiverplaneada uma cirurgia, fale com seu médico antes da operação. O irinotecano, podeinterferir com o efeito do relaxante muscular administrado durante a operação.

Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Irinotecano Ciclum não deve ser administrado, se estiver grávida ou a amamentar.
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver grávida ou a amamentar.

As mulheres em idade fértil e homens em idade de procriação têm que usar métodoscontraceptivos eficazes durante e até 3 meses após o tratamento.

A amamentação deve ser interrompida enquanto são tratados com Irinotecano Ciclum.

Crianças
Irinotecano Ciclum não deve ser administrado a crianças.

Idosos
Quando o Irinotecano Ciclum for administrado a doentes idosos, a dose é escolhidacuidadosamente e os doentes serão vigiados mais de perto.

Doentes com compromisso da função renal
Irinotecano Ciclum não é recomendado para uso em doentes com compromisso da funçãorenal.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Em alguns casos, Irinotecano Ciclum pode causar efeitos secundários que afectam acapacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Durante as primeiras 24 horas após aadministração de Irinotecano Ciclum pode sentir tonturas ou experimentar distúrbiosvisuais. Se isto acontecer não conduza ou utilize máquinas. Por favor, peça conselho aoseu médico ou farmacêutico.

Informações importantes sobre alguns componentes de Irinotecano Ciclum
– Se tiver sido informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares,contacte o seu médico antes de tomar este medicamento. Irinotecano Ciclum contémsorbitol, que não é adequado para pessoas que não podem tolerar frutose.

– Este medicamento contém 0,9 – 1,8 mg de sódio por 1 ml. Deve ser tido emconsideração quando tomado por doentes com uma dieta controlada de sódio.

3. COMO TOMAR IRINOTECANO CICLUM

Irinotecano Ciclum ser-lhe-á administrado por um médico ou enfermeiro. Irinotecano
Ciclum só deve ser administrado a adultos.

Irinotecano Ciclum deve ser diluído antes de utilizado e deve ser administrado porperfusão nas veias, ao longo de um período de 30 a 90 minutos.

O seu médico irá ajustar a dose cuidadosamente, de acordo com a sua idade, superfíciecorporal, condição médica geral e qualquer outro tratamento que possa ter recebido paratratar o seu cancro.
– Se já foi tratado anteriormente com outro medicamento contra o cancro chamado 5fluorouracilo, irá ser tratado apenas com Irinotecano Ciclum, numa dose inicial 350mg/m2 de superfície corporal de 3 em 3 semanas.
– Se não foi submetido a quimioterapia anteriormente normalmente irá receber uma dosede 180 mg/m2 superfície corporal de duas em duas semanas. Este tratamento será seguidopor perfusões contendo ácido folínico e 5-fluorouracilo.

– também pode receber Irinotecano Ciclum em combinação com medicamentos anti-
cancerígenos contendo bevacizumab, 5-flourouracil e ácido folínico.
– Se receber Irinotecano Ciclum em combinação com um medicamento contendocetuximab, o Irinotecano Ciclum não deve ser administrado antes de 1 hora após otérmino da perfusão com cetuximab.

Se tomar mais Irinotecano Ciclum do que deveria
Como o Irinotecano Ciclum lhe será normalmente administrado por um médico ouenfermeiro, é improvável que lhe seja administrada uma quantidade excessiva ou queperca uma administração. Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização destemedicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS

Como todos os medicamentos, Irinotecano Ciclum pode causar efeitos secundários, noentanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Alguns destes efeitos secundários podem exigir cuidados especiais para minimizar o riscode complicações.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundáriosnão mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

A frequência dos efeitos secundários é classificada nas seguintes categorias: muitofrequentes (mais de 1 em cada 10 doentes), frequentes (menos de 1 em cada 10 doentes),pouco frequentes (menos de 1 em cada 100 doentes), raros (menos de 1 em 1000 doentes)e muito raros (menos de 1 em 10.000 doentes), desconhecidos (não podem ser calculadosa partir dos dados disponíveis).

Doenças do sangue
Muito
– diminuição do número de um determinado tipo de glóbulos brancos
frequentes:
(neutropenia) associado com uma maior sensibilidade para infecções e

febre (ver também secção 2),

diminuição do número de glóbulos vermelhos (anemia),

– em terapêutica de combinação: redução do número de plaquetas

(trombocitopenia) causando contusões, tendência a sangramento e

hemorragia (sangramento) anormal

– em monoterapia: redução do número de plaquetas (trombocitopenia)
Frequentes:
causando contusões, tendência a sangramento e sangramento anormal,

– infecções associadas a uma grave diminuição do número de alguns

glóbulos brancos,
– febre associada a uma forte diminuição no número de algunsglóbulos brancos (neutropenia febril).

Doenças do sistema imunitário
Pouco
– reacções alérgicas ligeiras (por exemplo, erupção na pele, comichão)
frequentes:

– reacções alérgicas com risco de vida com inchaço das mãos, pés,
Raros:
tornozelos, face, lábios, boca ou garganta que pode causar dificuldade

em engolir ou respirar (anafilácticas / anafilactóides),

Caso ocorram estes sintomas, deve contactar o seu médicoimediatamente.

Afecções musculoesqueléticas
Raros:
– contracções musculares ou cólicas e sensações formigueiro

(parestesia)

Doenças do sistema nervoso
Muito raros:
– alterações temporárias da fala

Doenças do coração
Raros:
– tensão arterial elevada (hipertensão), durante ou após a perfusão com

Irinotecano

Doenças pulmonares
Pouco
– doença pulmonar que se apresenta como: falta de ar, tosse seca e
frequentes:
crepitações inspiratórias (doença pulmonar intersticial), os primeiros

efeitos de dificuldade respiratória (dispneia)

Doenças gastrointestinais
Muito
– diarreia tardia grave
frequentes:
– em monoterapia: náuseas e vómitos graves (ver também secção 2).

– na terapêutica combinada: náuseas e vómitos graves, obstipação
Frequentes:
desidratação associada com diarreia e/ou vómitos.

– inflamação do intestino grosso, com dores abdominais e/ou diarreia
Pouco
(uma condição conhecida como colite pseudo-membranosa),
frequentes:
obstrução parcial ou completa do intestino (obstrução intestinal, íleo),

hemorragia no estômago e intestinos,

– casos de redução da função renal (insuficiência renal), tendo sido

observada queda da tensão arterial (podendo manifestar-se por

tonturas) e/ou insuficiência cardiocirculatória resultante da

desidratação associada a diarreia e/ou vómitos.

– baixa concentração de potássio e sódio no sangue (hipocaliemia e
Raros:
hiponatremia) relacionados com desidratação e vómitos,

– inflamação do intestino grosso causando dor abdominal (colite

incluindo tiflite (inflamação da primeira parte do intestino grosso),colite isquémica e ulcerosa),
– perfuração intestinal,
– dor abdominal,
– perda de apetite (anorexia),
– inflamação da membrana mucosa (mucosite),
– inflamação do pâncreas (pancreatite).


Infecções
Pouco
– casos de redução da função renal (insuficiência renal), queda da
frequentes:
tensão arterial (hipotensão) ou insuficiência cardíaca têm sido

observados em doentes que sofreram uma grave infecção (sepsia).

Doenças da pele
Muito
– queda de cabelo (normalmente reversível).
frequentes:

– reacções cutâneas ligeiras.
Pouco

frequentes:

Doenças renais
Frequentes:
– aumento moderado dos níveis séricos de creatinina.

Doenças do fígado e vesícula
Muito
– em terapêutica combinada: aumento transitório dos níveis séricos de
frequentes:
enzimas hepáticas (SGPT, SGOT, fosfatase alcalina) ou bilirrubina.

– em monoterapia: aumento transitório dos níveis séricos de enzimas
Frequentes:
hepáticas (transaminases, fosfatase alcalina) ou bilirrubina.

– aumento dos níveis séricos das enzimas pancreáticas chamadas
Muito raros:
amilase (enzima que decompõe o amido) e/ou lipase (enzima que

decompõe a gordura).


Perturbações gerais
Muito
– em monoterapia: febre e infecções,
frequentes:
– febre na ausência de e infecção e sem neutropenia concomitante.

– fraqueza (astenia),
Frequentes:
– síndrome colinérgico agudo transitório e grave:

os principais sintomas são diarreia precoce, dor abdominal,

inflamação, olhos irritados e lacrimejantes (conjuntivite), corrimento

nasal (rinite), queda da tensão arterial (hipotensão), ocorrência de

rubor devido à dilatação dos vasos sanguíneos (vasodilatação),

sudorese, tremores, mal-estar , tonturas, distúrbios visuais,

lacrimejamento e salivação ocorrendo durante ou nas primeiras 24

horas após a perfusão de irinotecano,

– em terapia de combinação: febre e infecções.

Pouco
– reacções ligeiras no local da perfusão.
frequentes:

Como Irinotecano Ciclum lhe pode ser administrado também em associação com medicamentos como, cetuximab ou bevacizumab, alguns dos efeitos secundários quepossa sentir podem também estar relacionados com esta associação. Portanto, leiatambém os folhetos informativos do cetuximab ou do bevacizumab.

5. COMO CONSERVAR IRINOTECANO CICLUM

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não congelar.

Não utilize Irinotecano Ciclum após o prazo de validade impresso no rótulo e embalagemapós VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Não utilize Irinotecano Ciclum se verificar que a solução não está límpida e livre departículas ou se o recipiente estiver danificado.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Irinotecano Ciclum
A substancia activa é o cloridrato de irinotecano tri-hidratado
1 ml de Irinotecano Ciclum 20 mg/ml solução para perfusão contém 20 mg de cloridratode irinotecano tri-hidratado (correspondendo a 17,33 mg de irinotecano).
Cada frasco para injectáveis de 2 ml de Irinotecano Ciclum 20 mg/ml contém 40 mg decloridrato de irinotecano tri-hidratado.
Cada frasco para injectáveis de 5 ml de Irinotecano Ciclum 20 mg/ml contém 100 mg decloridrato de irinotecano tri-hidratado.
Cada frasco para injectáveis 15 ml de Irinotecano Ciclum 20 mg/ml contém 300 mg decloridrato de irinotecano tri-hidratado.

Os outros componentes são sorbitol E420, ácido lactico (E270), hidróxido de sódio
(E524) e água para preparações injectáveis.

Qual o aspecto de Irinotecano Ciclum e conteúdo da embalagem
Irinotecano Ciclum apresenta-se como um concentrado para solução para perfusãolímpido, amarelo pálido.

Irinotecano Ciclum está disponível em embalagens com 1, 5 ou 10 frascos parainjectáveis, de vidro de cor castanho, contendo cada um 2 ml, 5 ml ou 15 ml da solução.
Podem não se comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Titular

Ciclum Farma Unipessoal, Lda.
Quinta da Fonte
Edifício D. Amélia ? Piso 1, Ala B
2770-229 Paço de Arcos

Fabricante

Haupt Pharma Wolfratshausen GmbH
Pfaffenrieder Str. 5
82515 Wolfratshausen, Alemanha

Hameln rds a.s.
Horná 36
90001 Modr, Eslováquia

Cell Pharm GmbH
Feodor Lynen Strasse, 35 Hannover,Alemanha
Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico
Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:

AT
Irinostad 20 mg/ml Konzentrat zur Herstellung einer Infusionslösung
BE
Irinotecan Hameln rds 20 mg/ml
DE Irinotecan Hameln rds 20 mg/ml Konzentrat zur Herstellung einer
Infusionslösung
LU
Irinotecan Hameln rds 20 mg/ml
NL
Irinotecan Hameln rds 20 mg/ml, concentraat voor oplossing voor infusie
PT Irinotecano
Ciclum
RO
Irinotecan Hameln rds 20 mg/ml

Este folheto foi aprovado pela última vez em

A informação que se segue destina-se apenas aos profissionais de saúde:

GUIA PARA A PREPARAÇÃO DE:

Irinotecano Ciclum 20 mg/ml concentrado para solução para perfusão

Este é um resumo da informação relativa à preparação, armazenamento e administraçãode Irinotecano Ciclum.20 mg/ml concentrado para solução para perfusão.

É importante que leia todo o conteúdo deste guia antes da preparação deste medicamento.

Por favor, consulte o Resumo das Características do Medicamento para que possa ficartotalmente informado sobre a sua prescrição e outra informação.

1. APRESENTAÇÃO

Irinotecano Ciclum 20 mg/ml é fornecido como um concentrado para solução paraperfusão intravenosa em frascos para injectáveis de vidro castanho contendo 2 ml, 5 mlou 15 ml de uma solução estéril, límpida, amarelo pálido.

2. PREPARAÇÃO PARA A ADMINISTRAÇÃO INTRAVENOSA

Instruções para diluição

A solução de Irinotecano Ciclum 20 mg/ml deve ser preparada sob condições assépticascontroladas e validadas.

Irinotecano Ciclum 20 mg/ml é compatível com 0,9% de cloreto de sódio e 5% de glicosee não deve ser misturado com outros medicamentos.

Para preparar assepticamente a solução para perfusão retirar a quantidade necessária de
Irinotecano Ciclum 20 mg/ml, do frasco para injectáveis, com uma seringa calibrada einjectar num saco ou num frasco de perfusão de 250 ml contendo solução de cloreto desódio a 0,9% ou de glicose a 5%. A solução para perfusão deve então ser cuidadosamentemisturada por rotação manual.

Irinotecano Ciclum 20 mg/ml é uma solução límpida, amarelo pálido. Antes daadministração deve ser inspeccionada visualmente sempre que possível para detecção departículas e de descoloração. Se for observado qualquer precipitado nos frascos ou após areconstituição, o produto deve ser eliminado de acordo com procedimentos padrãoaplicáveis aos agentes citotóxicos.

Manuseamento seguro
Irinotecano Ciclum 20 mg/ml é um medicamento citotóxico. Siga as instruções eorientações locais sobre a segurança da manipulação/eliminação de citotóxicos.

Tal como com outros agentes antineoplásicos, o Irinotecano Ciclum deve ser preparado emanuseado com precaução. É necessário o uso de óculos, máscara e luvas. Se a soluçãode irinotecano ou solução para perfusão entrar em contacto com a pele, lave imediata ecuidadosamente com água e sabão. Se a solução de irinotecano ou solução para paraperfusão entrar em contacto com as mucosas, lave imediatamente com água.

Qualquer produto não utilizado ou os seus resíduos devem ser eliminados de acordo comos procedimentos aplicáveis aos agentes citotóxicos e de acordo com as exigências locais.

Armazenamento

Os frascos para injectáveis fechados não requerem quaisquer condições especiais dearmazenamento.

A estabilidade química e física da solução diluída em utilização, foi demonstrada entre 15e 25°C por 12 horas ou entre 2 e 8°C durante 48 horas protegidas da luz.
Do ponto de vista microbiológico, o produto deve ser utilizado imediatamente. Se não forutilizado imediatamente, a sua utilização e condições de armazenamento são daresponsabilidade do utilizador e normalmente não devem ultrapassar as 24 horas a 2 – 8ºC, a não ser que a diluição tenha ocorrido em condições assépticas controladas evalidadas.

Posologia e Modo de Administração

Para adultos apenas.

Irinotecano Ciclum deve ser diluído como acima indicado e administrado por perfusãonuma veia periférica ou central,.
Não deve ser administrado em bólus intravenoso ou através de uma perfusão intravenosa,com duração inferior a 30 minutos nem superior a 90 minutos.

Posologia recomendada

Em monoterapia (para doentes tratados anteriormente)

A dose recomendada de Irinotecano Ciclum 20 mg/ml é de 350 mg/m² administrado porperfusão intravenosa durante 30 a 90 minutos de três em três semanas.

Em combinação terapêutica (doentes não tratados anteriormente)

– Irinotecano Ciclum 20 mg/ml + 5-fluorouracilo e ácido folínico
A segurança e eficácia de Irinotecano Ciclum 20 mg/ml, em combinação com 5-
fluorouracilo (5-FU) e ácido folínico (irinotecano/5-FU/FA) foram avaliadas numesquema de tratamento de 2 em 2 semanas. A dose recomendada de Irinotecano Ciclum
20 mg/ml, neste esquema é de 180 mg/m² administrado como uma perfusão intravenosaao longo de 30 a 90 minutos, seguido por perfusão com ácido folínico e 5-fluorouracilo.

– Irinotecano Ciclum 20 mg/ml + cetuximab
Para a posologia e modo de administração concomitante de cetuximab, ver asinformações constantes no Resumo das Características do Medicamento e/ou Folheto
Informativo do cetuximab. Normalmente, a mesma dose de irinotecano usada é igual àadministrada nos últimos ciclos do anterior regime com irinotecano. Irinotecano Ciclum
20 mg/ml não deve ser administrado antes de 1 hora após o término da perfusão comcetuximab.

– Irinotecano Ciclum 20 mg/ml + bevacizumab
Para a posologia e modo de administração de bevacizumab, ver as informaçõesconstantes no Resumo das Características do Medicamento e/ou Folheto Informativo dobevacizumab.

Para ajustes de dose e recomendações para populações especiais consulte o Resumo das
Características do Medicamento.

Categorias
Bevacizumab Irinotecano

Irinotecano Sandoz Irinotecano bula do medicamento

Neste folheto:
1. O que é Irinotecano Sandoz e para que é utilizado
2. Antes de utilizar Irinotecano Sandoz
3. Como utilizar Irinotecano Sandoz
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Irinotecano Sandoz
6. Outras informações


FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Irinotecano Sandoz 20 mg/ml concentrado para solução para perfusão.
Cloridrato de irinotecano tri-hidratado

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento podeser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundáriosnão mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Neste folheto:

1. O QUE É IRINOTECANO SANDOZ E PARA QUE É UTILIZADO

Irinotecano Sandoz pertence ao grupo de medicamentos denominado citostáticos
(medicamentos anti-cancerígenos).

Irinotecano Sandoz está indicado no tratamento do carcinoma avançado do cólon e dorecto em adultos, quer em associação com outros medicamentos quer isolado.

Caso ainda necessite de informação sobre a sua situação, fale com o seu médico.

2. ANTES DE UTILIZAR IRINOTECANO SANDOZ

Não utilize Irinotecano Sandoz
Se tem alergia (hipersensibilidade) ao cloridrato de irinotecano tri-hidratado ou aqualquer outro componente de Irinotecano Sandoz (ver secção 6: Outras informações).
Se sofre de outra doença do intestino ou tem história de obstrução intestinal.
Se está grávida ou a amamentar
Se tem os valores aumentados de bilirrubina no sangue (mais de 3 vezes o limite superiordo intervalo normal).
Se tem insuficiência grave da medula óssea.
Se se encontra num fraco estado de saúde.se está a tomar algum produto natural que contenha erva de S. João (ver ?Ao utilizar
Irinotecano Sandoz com outros medicamentos).

Consulte os folhetos informativos do cetuximab ou bevacizumab para verificar em quecasos não pode utilizar estes medicamentos.

Se alguma das situações acima descritas se aplica, não utilize este medicamento e falecom o seu médico.

Tome especial cuidado com Irinotecano Sandoz
Informe o seu médico se tiver problemas hepáticos. Você deve ser monitorizadocuidadosamente antes e durante o tratamento. Se tiver um nível de bilirrubina no sangueextremamente elevado, pode não ser adequado utilizar Irinotecano Sandoz . O seu médicoirá analisar esta situação.
Este medicamento, destina-se só a ser administrado a adultos. Confirme com o seumédico se este medicamento for prescrito a uma criança.
Uma vez que para os idosos, é mais provável que os seus corpos trabalhalhem menosbem do que pessoas mais jovens, especialmente o fígado, o médico que lhe dará omedicamento teria que escolher a dose com muito cuidado.
Informe o seu médico se tiver problemas renais. Dado que este medicamento não foitestado em doentes com problemas renais, a utilização de irinotecano não é recomendada.
Você deve usar contraceptivos, se tiver relações sexuais enquanto estiver a realizar estetratamento e durante pelo menos três meses após a utilização deste medicamento. Istoaplica-se a doentes de ambos os géneros, masculino e feminino.
Como com toas as quimioterapias, a utilização de Irinotecano Sandoz está associada aum número de efeitos secundários que podem ser graves. Estes efeitos secundáriosexigem uma gestão específica para diminuir o risco de complicações.
Será tratado por uma equipa de especialistas utilização deste tipo de tratamentos e nagestão dos seus efeitos secundários, que são normalmente temporários. Contudo, éessencial que leia a secção 4 (Efeitos secundários possiveis) e siga as instruçõescuidadosamente se experimentar qualquer dos sintomas descritos.

Ao utilizar Irinotecano Sandoz com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentementeoutros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Alguns medicamentos para o tratamento da epilepsia (carbamazepina, fenobarbital efenitoína), medicamentos para o tratamento de infecções fúngicas (cetoconazol) e ummedicamento para tratar doenças provocadas por bactérias, particularmente a tuberculose
(rifampicina) podem alterar os efeitos do Irinotecano Sandoz.
As preparações ervanárias à base de erva de S. João não devem ser tomadas ao mesmotempo que o Irinotecano Sandoz, pois podem prejudicar a eficácia do irinotecano. Se jáestiver a utilizar erva de S. João antes de iniciar o tratamento com Irinotecano Sandoz,informe o seu médico antes de iniciar o tratamento.
Se necessitar de ser submetido a uma cirurgia, informe o seu médico ou anestesista deque está a utilizar este medicamento, pois ele pode afectar a acção de algunsmedicamentos utilizados durante a cirurgia (relaxantes musculares).

Cuidado: pode conhecer alguns dos medicamentos acima listados por outro nome, muitasvezes o nome da marca. Neste folheto, apenas o principal componente ou grupoterapêutico do medicamento é descrito e não o nome comercial. É por isso que devesempre examinar cuidadosamente as embalagens e folheto informativo dosmedicamentos que já está a tomar para determinar o nome da substância activa ou grupoterapêutico destes medicamentos.

Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Gravidez: Não utilize irinotecano durante a gravidez.
Não deve engravidar durante e até 3 meses após o fim do tratamento com irinotecano. Seengravidar, informe imediatamente o seu médico.

Aleitamento: Deve parar o aleitamento durante o período de tratamento com irinotecano.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Efeitos secundários tais como tonturas e alterações da visão (distúrbios visuais) podemocorrer dentro de 24 horas após o tratamento. Estes podem ter um efeito negativo sobre acapacidade de conduzir ou utilizar máquinas.
Se esta situação ocorrer não deverá conduzir ou utilizar máquinas.

Informações importantes sobre alguns componentes de Irinotecano Sandoz
Irinotecano Sandoz contém sorbitol. Se foi informado pelo seu médico que temintolerância a alguns açúcares, informe o seu médico antes de lhe ser administrado estemedicamento.

3. COMO UTILIZAR IRINOTECANO SANDOZ

O Irinotecano Sandoz será-lhe administrado por um especialista. A dose que lhe seráadministrada depende da sua idade, tamanho e condição médica geral. Poderá tambémdepender de qualquer outro tratamento que possa já ter feito para o cancro. O seu médicoirá calcular a sua superfície corporalem metros quadrados (m2).

Dose:

Tratamento com Irinotecano Sandoz em monoterapia:
A dose recomendada é de 350 mg por m2 a cada 3 semanas.

Tratamento com Irinotecano Sandoz em associação com 5-fluorouracilo e ácido folínico:
A dose recomendada é de 180 mg por m2 a cada 2 semanas, seguido pela perfusão de
ácido folínico e pelo 5-fluoruracilo.

Por favor, leia o folheto informativo do cetuximab ou bevacizumab para dosagem eutilização, no caso de ser tratado com Irinotecan Sandoz em associação com um destesmedicamentos.

Se sofrer efeitos adversos, as doses podem ser ajustadas pelo seu médico.

Como a perfusão será administrada
O Irinotecano Sandoz é administrado por perfusão numa veia durante um período de 30 a
90 minutos.

Quanto tempo durará o tratamento
O seu médico irá determinar a duração do tratamento. Isto irá depender da sua situação,

Se pensa que o efeito do Irinotecano Sandoz é muito forte ou possivelmente não forte osuficiente, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médicoou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS

Como todos os medicamentos, Irinotecano Sandoz pode causar efeitos secundários, noentanto estes não se manifestam em todas as pessoas. Alguns efeitos secundários podemser ligeiramente menos frequentes, dependendo se está a utilizar Irinotecano Sandozisolado ou se estiver a utilizá-lo em associação com outros medicamentos.

Efeitos secundários graves:
Os efeitos secundários descritos em seguida são todos efeitos secundários graves. Podenecessitar de cuidados médicos urgentes, se tiver sofrer de qualquer um deles.

? Diarreia:
Existem dois tipos de diarreia, que podem ser distinguidos pelo seu começo. A ?diarreiaprecoce? começa em menos de 24 horas após a infusão e "diarreia tardia" que começa emmais de 24 horas após a infusão. Se sofrer de algum tipo diarreia, é importante que sigaestas instruções cuidadosamente.
? Se a sua diarreia começar em menos de 24 horas após a perfusão ( "diarreia precoce"),deve consultar o seu médico ou enfermeiro imediatamente e estes vão indicar-lhe umtratamento adequado.
Não utilize nenhum tratamento que seu médico lhe tenha indicado para a "diarreiatardia".
A "diarreia precoce" afecta menos de 1 em cada 10 doentes. Pode sentir outros sintomastais como:
– Sudação, calafrios
– Cãibras no estômago
– Corrimento nasal

– Olhos vermelhos, doridos e lacrimejantes
– Perturbação visual, contração das pupilas
– Tonturas
– Pressão arterial baixa, alargamento dos vasos sanguíneos
– Sentir indisposto
– Excessiva salivação na boca
Informe o seu médico ou enfermeiro acerca de todos os seus sintomas.

? Se a sua diarreia começar em mais de 24 horas após a infusão ("diarreia tardia"), logoque tenha as primeiras fezes líquidas, faça o seguinte, sem demora:
1. Iniciar imediatamente o medicamento para a diarreia prescrito para si pelo médicoresponsável pelo tratamento com irinotecano.
O medicamento actualmente recomendado para tratar a diarreia é a loperamida (4 mgcomo dose inicial e, posteriormente, 2 mg a cada 2 horas). É preciso continuar estetratamento por 12 horas após as últimas fezes líquidas e a dose não pode ser alterada. Nãodeve tomar loperamida por mais de 48 horas consecutivas ou durante menos de 12 horas.
Não deve alterar a dose recomendada de loperamida.
2. Beber grandes quantidades de água e/ou bebidas que contenham sais (água gaseificada,refrigerantes ou sopas).
3. Informe o médico responsável pelo tratamento com irinotecano sobre a diarreia, o maisrapidamente possível. Se ele/ela não estiver disponível, informe o serviço hospitalar ondeestá a realizar o tratamento com o medicamento.
A "diarreia tardia" afecta mais de 1 em cada 10 doentes.

? Informe o seu médico, se:
– Tem náuseas e vómitos, bem como diarreia
– Tem alguma febre, bem como a diarreia
– Continua com diarreia 48 horas após o início do tratamento para a diarreia
Não tome qualquer tratamento para a diarreia que não seja indicado pelo seu médico ouenfermeiro e os líquidos acima descritos.

? Diminuição de glóbulos brancos (neutropenia):
A neutropenia é uma redução do número de determinados glóbulos brancos, os quaisdesempenham um papel fundamental no combate às infecções. A neutropenia e asinfecções afectam mais de 1 em cada 10 doentes após administração de Irinotecano
Sandoz. Por esta razão, o seu médico (por exemplo médico de medicina familiar) devemonitorizar regularmente os níveis dos glóbulos brancos no seu sangue durante otratamento com Irinotecano Sandoz. O médico que prescreve Irinotecano Sandoz tem detomar conhecimento dos resultados destes testes.
? Se desenvolver qualquer tipo de febre, pode ser uma indicação de infecção associada aneutropenia. Esta poderá ser uma condição de risco de vida e requer tratamento imediato.
A neutropenia febril afecta menos de 1 em cada 10 doentes.
? Se tem febre (se a sua temperatura é superior a 38ºC), e especialmente se também temdiarreia, informe o seu médico ou enfermeiro imediatamente, já que é necessário umtratamento directo e adequado.

? Náuseas e vómitos:
Deve tomar um medicamento para prevenir os vómitos antes de cada tratamento com
Irinotecano Sandoz. As náuseas e vómitos (sentir-se e ficar enjoado) afectam mais de 1em cada 10 doentes.
? Se tiver vómitos e diarreia retardada (tardia), deve consultar o seu médico ou o serviçohospitalar onde lhe foi administrado o tratamento o mais rapidamente possível.

? Reacção alérgica grave
Os seguintes sintomas de uma reação alérgica grave afectam menos de 1 em cada 1000doentes:
? rápida queda na pressão arterial, pulso rápido fraco
? compleição pálida, pele ?pegajosa?
? agitação, nível reduzido de consciência.
? inchaço da face ou da garganta que pode causar dificuldade em engolir, ou extremadificuldade em respirar.
Se tiver qualquer um destes sintomas consulte de imediato o seu médico ou enfermeiro.

? Dificuldades respiratórias
Doença pulmonar intersticial com sintomas como falta de ar, tosse seca e crepitaçõesinspiratórias que afecta menos de 1 em 100 doentes.
Se sentir alguma dificuldade respiratória consulte de imediato o seu médico ouenfermeiro.

Outros efeitos secundários possíveis:
Informe o seu médico se algum dos seguintes efeitos secundários se tornar incomodativo.

Muito frequentes (afectando mais de uma pessoa em cada 10)
Diminuição de glóbulos vermelhos que podem tornar a pele pálida e causar fraqueza oufalta de fôlego
Diminuição de plaquetas sanguíneas que aumenta o risco de contusões e hemorragias
Febre sem infecção
Perda de cabelo (reversível)
Testes sanguíneos que demonstram alterações na forma de funcionamento do fígado
(ALT, AST, fosfatase alcalina, bilirrubina)

Frequentes (afectando menos de 1 pessoa em cada dez)
Fraqueza (astenia)
Prisão de ventre
Desidratação, associada normalmente a diarreia e/ou vómitos
Alterações nos testes da função renal (creatinina)

Pouco frequentes (afectando menos de uma pessoa em cada 100)
Reacções alérgicas moderadas como eritema cutâneo e comichão
Reacções cutâneas moderadas, reacções moderadas no local da perfusão
Bloqueio do intestino (obstrução intestinal, íleo paralítico),
Hemorragia no estômago e intestinos

Diarreia grave, de longa duração ou com sangue, com dor no estômago e febre (colitepseudomembranosa)
Insuficiência renal, tensão arterial baixa ou insuficiência cardiocirculatória foramobservadas em doentes que sofreram episódios de desidratação associada à diarreia e/ouvómitos, ou em doentes com septicemia

Raros (menos do que 1 em 1000 doentes)
Inflamação do intestino grosso, causando dor abdominal e/ou diarreia (colite, incluindocolite isquémica ou ulcerativa); inflamação do apêndice; perfuração intestinal
Inflamação do pâncreas com dores intensas no abdómen superior e irradiação para ascostas, náuseas e vómitos
Dores de estômago
Inflamação das membranas mucosas (mucosite)
Perdas de apetite moderadas
Tensão arterial elevada (hipertensão) durante ou após a perfusão
Espasmos ou cãibras nos músculos e sensações de cócegas, comichão ou formigueiro,sem uma causa aparente (parestesia)
Diminuição dos níveis sanguíneos de potássio e sódio que podem causar fraquezamuscular, contracções musculares, cansaço e confusão ou ritmo cardíaco anormal. Estãonormalmente relacionados com a diarreia e vómitos.

Muito raros (menos de 1 em cada 10.000 doentes)
Diminuição das plaquetas sanguíneas causada por anti-corpos.
Aumento nos níveis de algumas enzimas digestivas responsáveis pela digestão deaçúcares e gorduras.
Perturbações transitórias da linguagem.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundáriosnão mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR IRINOTECANO SANDOZ

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Irinotecano Sandoz após o prazo de validade impresso na embalagemexterior, após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Não refrigerar ou congelar. Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagemexterior para proteger da luz.

Após diluição:
O produto diluído é físico-químicamente estável durante 48 horas num frigorífico a 2ºC-
8ºC e durante 24 horas à temperatura ambiente (inferior a 25ºC). Do ponto de vistamicrobiológico, o produto deverá ser utilizado imediatamente. Se não for utilizado de

imediato, as condições de armazenamento após abertura são da inteira responsabilidadedo utilizador, e não deverá normalmente ultrapassar 24 horas a temperaturas entre 2-8 ºC.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Irinotecano Sandoz

A substância activa é: Cloridrato de irinotecano tri-hidratado.
Um mililitro de concentrado para solução para perfusão contém 20 mg de cloridrato deirinotecano tri-hidratado, equivalente a 17,33 mg de irinotecano.
Cada frasco para injectáveis de 2 ml contém 40 mg de cloridrato de irinotecano tri-
hidratado (40 mg/2 ml).
Cada frasco para injectáveis de 5 ml contém 100 mg de cloridrato de irinotecano tri-
hidratado (100 mg/5 ml).
Os outros componentes são: ácido láctico, sorbitol (E420), hidróxido de sódio, ácidoclorídrico, água para preparações injectáveis.

Qual o aspecto de Irinotecano Sandoz e conteúdo da embalagem

O Irinotecano Sandoz é uma solução clara, com coloração de incolor a amarelo pálidonum frasco para injectáveis de côr âmbar.

Embalagens de 1 frasco para injectáveis âmbar x 2ml ou 1 frasco para injectáveis âmbarx 5ml

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Sandoz Farmacêutica Lda.
Alameda da Beloura
Edifício 1, 2do andar – Escritório 15, Quinta da Beloura
2710-693 Sintra

Fabricante

Lek Pharmaceuticals d.d.
Verovska 57
SI 1526 Ljubljana
Eslovénia

Este medicamento encontra-se autorizado nos Estados Membros do Espaço Económico
Europeu (EEE) sob as seguintes denominações:

Aústria:

Irirnotecan Sandoz 20 mg/ml ? Konzentrat zur Herstellung einer
Infusionslösung
Bélgica:

Irinotecan Sandoz 40 mg / 2 ml concentraat voor oplossing voor

infusie

Irinotecan Sandoz 100 mg / 5 ml concentraat voor oplossing voor

infusie
República Checa:
Irinotecan Sandoz 20 mg/ml
Dinamarca:
Irinotecan
Sandoz
Estónia: Irinotecan
Sandoz
França:

IRINOTECAN SANDOZ 20 mg/ml, solution à diluer pour

perfusion
Alemanha:

Irinotecan Sandoz 20 mg/ml Konzentrat zur Herstellung einer
Infusionslösung
Hungria:

Irinotecan Sandoz 20 mg/ml koncentrátum oldatos infúzióhoz
Itália:

IRINOTECAN SANDOZ 20 mg/ml concentrato per soluzione per

infusione
Holanda:

Irinotecan HCl-3-water Sandoz 20 mg/ml, concentraat voor

oplossing voor infusie, 40 mg = 2 ml en 100 mg = 5 ml
Noruega: Irinotecan
Sandoz
Polónia: Noxecan
Portugal: Irinotecano
Sandoz
Eslováquia:

IRENAX 20 mg/ml infúzny koncentrát
Eslovénia:

Irinotekan Lek 20 mg/ml koncentrat za raztopino za infundiranje
Espanha:

Irinotecán Sandoz 20 mg/ml concentrado para solución para

perfusión EFG
Suécia:
Irinotecan
Sandoz
Reino Unido:
Irinotecan Hydrochloride 20 mg/ml Concentrate for Solution for

Infusion

Este folheto foi aprovado pela última vez em

A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais doscuidados de saúde

COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Um mililitro de concentrado para solução para perfusão contém 20 mg de cloridrato deirinotecano tri-hidratado, equivalente a 17,33 mg de irinotecano.
Cada frasco para injectáveis de 2 ml contém 40 mg de cloridrato de irinotecano tri-
hidratado (40 mg/2 ml).
Cada frasco para injectáveis de 5 ml contém 100 mg de cloridrato de irinotecano tri-
hidratado (100 mg/5 ml).
Indicações terapêuticas

Irinotecano Sandoz está indicado no tratamento de doentes com carcinoma colorectalavançado:
? em combinação com 5-fluorouracilo e ácido folínico em doentes sem quimioterapiaanterior para doença avançada,
? em monoterapia em doentes que não responderam a um regime de tratamentoestabelecido com 5-fluorouracilo.

O Irinotecano Sandoz, em combinação com o cetuximab, está indicado no tratamento dedoentes com carcinoma colorectal metastático com expressão dos receptores para o factorde crescimento epidérmico (EGFR), após falência da terapêutica citotóxica incluindoirinotecano.

O Irinotecano Sandoz está indicado no tratamento de primeira linha de doentes comcarcinoma metastático do cólon ou do recto, em combinação com o 5-fluorouracilo, ácidofolínico e bevacizumab.

Posologia e modo de administração

Apenas para administração a adultos.

O Irinotecano Sandoz, concentrado para solução para perfusão deve ser administradonuma veia periférica ou central.

Posologia recomendada

Em monoterapia (para doentes com tratamento anterior):
A dose recomendada de Irinotecano Sandoz é de 350 mg/m² administrada por perfusãointravenosa durante um período de 30 a 90 minutos, de três em três semanas (ver
?Advertências e precauções especiais de utilização?).

Em terapêutica combinada (para doentes sem tratamento anterior):
A segurança e eficácia do cloridrato de irinotecano em associação com o 5-fluorouracilo
(5-FU) e o ácido folínico (FA) foram avaliadas com o esquema posológico seguinte.

Irinotecano e 5-FU/FA em administração quinzenal
A dose recomendada de irinotecano é de 180 mg/m² administrada a cada 2 semanas porperfusão intravenosa durante um período de 30 a 90 minutos, seguida de perfusão com
ácido folínico e com 5-fluorouracilo.

Para informações sobre a posologia e modo de administração concomitante docetuximab, consultar o respectivo resumo das características do medicamento.

Normalmente, a mesma dose de irinotecano é utilizada, tal como administrada nos
últimos ciclos do regime anterior contendo irinotecano. O irinotecano não deve seradministrado antes de perfazer uma hora após a perfusão com cetuximab.

Para informação sobre a posologia e modo de administração de bevacizumab, consultar orespectivo resumo das características do medicamento.

Ajustes posológicos:

O irinotecano só deve ser administrado após recuperação adequada de todos osacontecimentos adversos para o grau 0 ou 1 da escala NCI-CTC (National Cancer
Institute Common Toxicity Criteria) e quando a diarreia induzida pelo tratamento estivercompletamente resolvida.

No início de uma perfusão subsequente da terapêutica, a dose de irinotecano e de 5-FUquando aplicável, deve ser reduzida de acordo com a gravidade dos acontecimentosadversos observados na perfusão anterior. O tratamento deve ser adiado 1 a 2 semanas afim de permitir uma recuperação dos acontecimentos adversos relacionados com otratamento.

Na presença dos seguintes acontecimentos adversos deve reduzir-se em 15 a 20% a dosede irinotecano e/ou do 5-FU, quando aplicável:toxicidade hematológica (neutropenia de grau 4, neutropenia febril (neutropenia de grau
3-4 e febre de grau 2-4), trombocitopenia e leucopenia (grau 4));toxicidade não hematológica (grau 3-4).

As recomendações para alteração da dose de cetuximab, quando administrado emcombinação com o irinotecano, devem ser seguidas de acordo com a informaçãoconstante no resumo das características do medicamento desse medicamento.

Consulte o resumo das características do medicamento bevacizumab para modificaçõesda dose deste medicamento, quando administrado em associação com irinotecano/5-
FU/FA.

Populações especiais

Doentes com insuficiência hepática:
Em monoterapia: Os níveis de bilirrubina no sangue (até três vezes o limite superior dointervalo normal, LSN) em doentes com um nível de desempenho ? 2, devem determinara dose inicial de irinotecano. Nestes doentes com hiperbilirrubinémia e tempo deprotrombina superior a 50%, a depuração do irinotecano está diminuída (ver secção 5.2) edesta forma, o risco de hematotoxicidade está aumentado. Assim, devem ser realizadasmonitorizações semanais do hemograma nestes doentes.

Em doentes com valores de bilirrubina até 1,5 vezes o limite superior do intervalo normal
(LSN), a dose recomendada de irinotecano é de 350 mg/m².
Em doentes com valores de bilirrubina entre 1,5 e 3 vezes o LSN, a dose recomendada deirinotecano é de 200 mg/m².

Doentes com valores de bilirrubina superiores a 3 vezes o LSN, não devem ser tratadoscom irinotecano (Ver ?Contra-indicações? e ?Advertências e precauções especiais deutilização?).

Não existem dados em doentes com insuficiência hepática tratados com irinotecano emassociação.

Doentes com insuficiência renal:
O irinotecano não é recomendado para administração em doentes com insuficiência renal,uma vez que não foram realizados estudos nesta população. (Ver ?Contra-indicações? e
?Advertências e precauções especiais de utilização?).

Idosos
Não foram realizados estudos de farmacocinética específicos em idosos. No entanto, adose deve ser cuidadosamente definida nesta população, dada a maior frequência dedeterioração das funções biológicas. Estes doentes necessitam duma vigilância maisatenta (ver ?Advertências e precauções especiais de utilização?).

Crianças
O irinotecano não deve ser utilizado em crianças.

Modo de administração

O irinotecano é um citotóxico, para informações no que se refere à diluição e precauçõesespeciais de eliminação e manuseamento ver ?Precauções especiais de eliminação emanuseamento?.

O irinotecano não deve ser administrado como bólus intravenoso ou perfusão intravenosaem menos de 30 minutos ou em mais de 90 minutos.

Duração do tratamento

O tratamento com irinotecano deve continuar até haver progressão objectiva da doençaou toxicidade inaceitável.

Contra-indicações

História de reacções de hipersensibilidade graves ao cloridrato de irinotecano trihidratadoa qualquer dos excipientes;
Doença inflamatória intestinal crónica e/ou obstrução intestinal (ver secção 4.4);
Gravidez e aleitamento (ver secções 4.6 e secção 4.4);
Valores de bilirrubina 3 vezes superiores ao limite superior do intervalo normal (versecção 4.4);
Insuficiência medular grave;
Nível de desempenho OMS > 2;
Uso concomitante de Hipericão (erva de S. João) (ver secção 4.5).

Para informação adicional sobre as contra-indicações do cetuximab e do bevacizumab,consultar o resumo das características do medicamento, destes medicamentos.

Advertências e precauções especiais de utilização

A utilização do irinotecano deve ser restrita a unidades especializadas na
administração de quimioterapia citotóxica e só deve ser administrado sob a
supervisão dum médico com experiência no uso de quimioterapia anti-neoplásica.

Dada a natureza e a incidência de acontecimentos adversos, o irinotecano só deverá serprescrito nos seguintes casos e após ponderação dos benefícios esperados face aospossíveis riscos da terapêutica:
Em doentes com factores de risco, em particular em casos com um nível de desempenho
OMS = 2.
Nos casos raros em que é provável que os doentes não cumpram as recomendaçõesrelativas ao controlo dos acontecimentos adversos (necessidade de tratamentoantidiarreico imediato e prolongado, combinado com uma elevada ingestão de fluidosdesde o início dos sintomas da diarreia tardia). Recomenda-se vigilância hospitalarrigorosa nesses doentes.

Quando utilizado em monoterapia, o irinotecano é normalmente prescrito paraadministração de 3 em 3 semanas. No entanto, a administração semanal pode serconsiderada como alternativa em doentes que necessitem dum acompanhamento maisregular ou com um risco particularmente elevado para neutropenia grave.

Diarreia tardia
Os doentes devem ser avisados do risco de aparecimento de diarreia tardia após as 24horas que se seguem à administração de irinotecano e em qualquer altura antes do cicloseguinte. Em monoterapia, o tempo médio de aparecimento das primeiras fezes líquidasfoi de 5 dias após a administração de irinotecano. Os doentes deverão informarrapidamente o seu médico desta situação e iniciar imediatamente uma terapêuticaadequada.

Os doentes em maior risco de diarreia são os que foram previamente submetidos aradioterapia abdominal/pélvica, os que apresentam marcada hiperleucocitose inicial, osque possuem um grau de desempenho ? 2 e as mulheres. Se não for correctamentetratada, a diarreia pode ameaçar a vida, sobretudo em casos de neutropenia concomitante.

Logo que surjam as primeiras fezes líquidas, o doente deve começar a ingerir grandesquantidades de bebidas ricas em electrólitos e deve ser imediatamente iniciada umaterapêutica antidiarreica adequada. Este tratamento antidiarreico será prescrito peloserviço clínico onde o irinotecano foi administrado. Após a alta hospitalar, os doentesdevem obter a medicação prescrita a fim de poderem tratar a diarreia logo que estaocorra. Além disso, devem informar o seu médico ou o serviço clínico que administrairinotecano quando/se surgir a diarreia.

O tratamento antidiarreico actualmente recomendado consiste em doses elevadas deloperamida (4 mg na primeira toma e depois 2 mg de 2 em 2 horas). Este tratamento deveser continuado durante 12 horas após aparecimento das últimas fezes líquidas e não deveser alterado. Em nenhuma circunstância, se deverão administrar estas doses deloperamida por um período superior a 48 horas consecutivas devido ao risco de íleoparalítico, nem durante menos de 12 horas.

Quando a diarreia estiver associada com neutropenia grave (contagem de neutrófilos <
500/mm³), para além do tratamento antidiarreico deve administrar-se um antibiótico delargo espectro profilático.

Para além do tratamento com antibiótico, recomenda-se a hospitalização para controlo dadiarreia nos seguintes casos:diarreia associada a febre, diarreia grave (exigindo re-hidratação intravenosa),diarreia persistente após 48 horas de tratamento com loperamida em doses elevadas.

A loperamida não deve ser administrada profilacticamente, mesmo nos doentes quetenham apresentado diarreia tardia nos ciclos anteriores.

Em doentes que sofreram de diarreia grave, recomenda-se uma redução da dose nosciclos subsequentes (ver ?Posologia e modo de administração?).

Hematologia
Recomenda-se a realização semanal de hemograma completo durante o tratamento comirinotecano. Os doentes devem ser advertidos sobre o risco de neutropenia e sobre osignificado da febre. A neutropenia febril (temperatura > 38ºC e contagem de neutrófilos
? 1000 células/mm3) deve ser objecto de tratamento de urgência em meio hospitalar,através da administração de antibióticos de largo espectro por perfusão intravenosa.

Em doentes que sofreram efeitos hematológicos graves, recomenda-se uma redução dadose em administrações subsequentes (ver ?Posologia e modo de administração?).

O risco de infecções e de toxicidade hematológica é maior em doentes com diarreiagrave. Nestes doentes devem-se realizar hemogramas completos regularmente.

Doentes com insuficiência hepática
Devem ser efectuados testes de função hepática no início da terapêutica e antes de cadaciclo.

Em doentes com valores de bilirrubina entre 1,5 e 3 vezes o LSN, deve realizar-se amonitorização semanal do hemograma completo, uma vez que a depuração doirinotecano está diminuída (ver secção 5.2) e, assim, o risco de hematotoxicidade estáaumentado nestes doentes. Para doentes com valores de bilirrubina 3 vezes superiores ao
LSN (ver ?Contra-indicações?).

Náuseas e vómitos
Recomenda-se o tratamento profiláctico com um anti-emético antes de cadaadministração de irinotecano. As náuseas e vómitos foram relatados frequentemente.
Doentes com vómitos associados a diarreia tardia devem ser hospitalizados logo quepossível para tratamento.

Síndrome colinérgico agudo
Em caso de síndrome colinérgico agudo (definido por diarreia precoce e vários outrossintomas tais como hipersudorese, cólicas abdominais, lacrimejação, miose ehipersalivação), deverá proceder-se à administração de sulfato de atropina (250microgramas por via subcutânea.), excepto se clinicamente contra-indicado . Recomenda-
se precaução especial em doentes com asma. Em doentes que sofreram de síndromecolinérgico agudo e grave, recomenda-se a administração profiláctica de sulfato deatropina com as doses subsequentes de irinotecano.

Dificuldades respiratórias
Durante a terapêutica com irinotecano, as situações de infiltrados pulmonares indicando aocorrência de doença pulmonar intersticial foram pouco frequentes. A doença pulmonarintersticial pode ser fatal. Os factores de risco possivelmente associados com odesenvolvimento de doença pulmonar intersticial incluem a utilização de medicamentospneumotóxicos, radioterapia e factores de crescimento celular. Os doentes queapresentem factores de risco devem ser cuidadosamente monitorizados relativamente aossintomas respiratórios, antes e durante a terapêutica com irinotecano.

Idosos
Devido à maior frequência de diminuição das funções biológicas em doentes idosos, emparticular da função hepática, a definição da dose com Irinotecano Sandoz nestes doentesdeverá ser feita com precaução (ver ?Posologia e modo de administração?).

Doentes com obstrução intestinal
Estes doentes não devem ser tratados com irinotecano até à resolução da obstruçãointestinal (ver ?Contra-indicações?).

Doentes com insuficiência renal
Não foram realizados estudos nesta população. (ver ?Posologia e modo deadministração?).

Outros
Dado que este medicamento contém sorbitol, doentes com problemas hereditários rarosde intolerância à frutose não devem tomar este medicamento.
Casos pouco frequentes de insuficiência renal, hipotensão ou insuficiência circulatóriaforam observados em doentes que sofreram episódios de desidratação associados adiarreia e/ou vómitos, ou sepsis.
Devem ser tomadas medidas contraceptivas durante o tratamento e até, pelo menos, trêsmeses após o fim da terapêutica.

A administração concomitante de irinotecano com um forte inibidor (p.e. cetoconazol) ouindutores (p.e. rifampicina, carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, hipericão) de
CYP3A4 pode alterar o metabolismo do irinotecano e deve ser evitado (ver ?Interacçõesmedicamentosas e outras formas de interacção?).

Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Não se pode excluir a possibilidade de interacção entre o irinotecano e os bloqueadoresneuromusculares. Dado que o irinotecano possui actividade anticolinesterásica, osfármacos com actividade anticolinesterásica podem prolongar os efeitos do bloqueioneuromuscular do suxametónio e o bloqueio neuromuscular de fármacos não-
despolarizantes pode ser antagonizado.

Vários estudos demonstraram que a administração concomitante de medicamentosanticonvulsivantes indutores do CYP3A (p.e. carbamazepina, fenobarbital ou fenitoína)leva a uma exposição reduzida ao irinotecano, ao SN-38 e ao glucurónido de SN-38, e auma redução dos efeitos farmacodinâmicos. Os efeitos destes fármacosanticonvulsivantes reflectiram-se numa diminuição de 50% ou mais, da AUC do SN-38 edo SN-38G. Para além da indução dos enzimas do citocromo P450 3A, o aumento daglucuronidação e o aumento da excreção biliar podem contribuir para a redução daexposição ao irinotecano e aos seus metabolitos.

Um estudo demonstrou que a administração concomitante de cetoconazol resultou numadiminuição da AUC do APC em 87% e num aumento da AUC do SN-38 em 109%, emcomparação com o irinotecano administrado isoladamente.
Recomenda-se precaução em doentes a quem estejam a ser administradosconcomitantemente medicamentos que inibam (p.e. cetoconazol) ou induzam (p.e.rifampicina, carbamazepina, fenobarbital ou fenitoína) o metabolismo dos fármacos pelocitocromo P450 3A. A administração concomitante do irinotecano com uminibidor/indutor desta via metabólica pode alterar o metabolismo do irinotecano e,portanto, deve ser evitada (ver ?Advertências e precauções especiais de utilização?).

Num estudo farmacocinético de pequena dimensão (n=5), no qual o irinotecano a 350mg/m² foi administrado concomitantemente com Hipericão (Hypericum perforatum) a
900 mg, observou-se uma diminuição de 42% nas concentrações plasmáticas dometabolito activo de irinotecano, o SN-38. O Hipericão diminui os níveis plasmáticos de
SN-38. Consequentemente, o Hipericão não deve ser administrado concomitantementecom o irinotecano (ver ?Contra-indicações?).

A co-administração de 5-fluorouracilo/ácido folínico no regime de associação não alteraa farmacocinética do irinotecano.

Não existe evidência de que o perfil de segurança do irinotecano seja influenciado pelocetuximab ou vice-versa.

Num estudo, as concentrações de irinotecano foram similares nos doentes que sóreceberam irinotecano/5-FU/FA e nos que o receberam em combinação combevacizumab. As concentrações de SN-38, o metabolito activo do irinotecano, foramanalisadas num sub-grupo de doentes (aproximadamente 30 por braço de tratamento). Asconcentraçoes de SN-38 foram, em média, 33% superiores nos doentes que receberamirinotecano/5-FU/FA em combinação com bevacizumab, comparativamente aos quereceberam apenas irinotecano/5-FU/FA. Devido a uma elevada variabilidade inter-
doentes e a uma amostragem limitada, é incerto se o aumento observado nos níveis de
SN-38 foi devido ao bevacizumab. Existiu um pequeno aumento dos acontecimentosadversos diarreia e leucopenia. Foram relatados um maior número de reduções da dose deirinotecano nos doentes que receberam irinotecano/5-FU/FA em combinação combevacizumab.

Os doentes que apresentam diarreia grave, leucopenia ou neutropenia graves com aterapêutica combinada de bevacizumab e irinotecano devem ter um ajuste da dose deirinotecano, como descrito em ?Posologia e modo de administração?.

Lista dos excipientes

Ácido láctico.
Sorbitol (E420).
Sódio.
Ácido clorídrico.
Água para preparações injectáveis.

Incompatibilidades

Este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos.

Prazo de validade

O produto diluído é físico-químicamente estável durante 48 horas num frigorífico a 2ºC-
8ºC e durante 24 horas à temperatura ambiente (inferior a 25ºC). Do ponto de vistamicrobiológico, o produto deverá ser utilizado imediatamente. Se não for utilizado deimediato, as condições de armazenamento após abertura são da inteira responsabilidadedo utilizador, e não deverá normalmente ultrapassar 24 horas a temperaturas entre 2-8 ºC.

Precauções especiais de conservação

Não refrigerar ou congelar.
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz.
Após diluição: Não conservar a temperaturas superiores a 25ºC ou manter refrigerado a
2ºC-8ºC.

Natureza e conteúdo do recipiente

Para 2 ml:
O concentrado para solução para perfusão é colocado num frasco para injectáveis devidro âmbar de 4 ml, com rolha de borracha bromobutílica revestida por umfluoropolímero e tampa de alumínio de tipo flip-off.

Para 5 ml:
O concentrado para solução para perfusão é colocado num frasco para injectáveis devidro âmbar de 7 ml, com rolha de borracha bromobutílica revestida por umfluoropolímero e tampa de alumínio de tipo flip-off.

Dimensão das embalagens:
1 frasco para injectáveis x 2ml
1 frasco para injectáveis x 5ml

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Precauções especiais de eliminação e manuseamento

Como com outras preparações de antineoplásicos, o irinotecano deve ser preparado eutilizado com precaução. É indispensável a utilização de óculos de protecção, máscara eluvas.

Em caso de contacto cutâneo com a solução concentrada ou a solução já diluída, convémlavar a zona afectada imediatamente e de forma cuidada, com água e sabão. Em caso decontacto das mucosas com a solução concentrada ou a solução já diluída, esta deve serlavada imediatamente com água.

Preparação para administração intravenosa em perfusão:
Tal como com outros medicamentos injectáveis, a solução de irinotecano deve serpreparada assepticamente (ver secção 6.3). Caso se observe algum precipitado nosfrascos para injectáveis ou após diluição, o produto deve ser eliminado de acordo com osprocedimentos estabelecidos para medicamentos citotóxicos.
Com a ajuda de uma seringa graduada, retirar assepticamente do frasco para injectáveis ovolume requerido da solução de irinotecano e injectar num saco ou num frasco deperfusão de 250 ml, contendo uma solução de cloreto de sódio a 0,9% ou uma solução dedextrose a 5%. Agitar por rotação manual de forma a misturar cuidadosamente a soluçãode perfusão.

Eliminação
Todo o material utilizado para a diluição e administração deve ser destruído segundo osprocessos hospitalares estabelecidos para produtos citotóxicos.

Categorias
Bevacizumab Irinotecano

Faultenocan Irinotecano bula do medicamento

Neste folheto:
1. O que é Faultenocan e para que é utilizado
2. Antes de utilizar Faultenocan
3. Como utilizar Faultenocan
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Faultenocan
6. Outras informações


FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Faultenocan 20 mg/ml concentrado para solução para perfusão
(Cloridrato de Irinotecano trihidratado)

Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento.
Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento podeser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitossecundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Neste folheto:

1. O QUE É Faultenocan E PARA QUE É UTILIZADO

O Faultenocan pertence a um grupo de medicamentos chamados de citostáticos
(medicamentos anti-cancro).
O Faultenocan é utilizado para o tratamento do cancro do cólon avançado e do recto emadultos e quando a doença está num estado avançado no intestino grosso, emcombinação com outros medicamentos (em terapêutica de combinação) ou sozinho
(monoterapia).

O seu médico poderá utilizar uma associação de Irinotecano com 5-
Fluorouracilo/Ácido folínico (5-FU/FA) e Bevacizumab para tratar o seu cancro docólon e do recto.

O seu médico poderá utilizar uma associação de Irinotecano com Capecitabina com ousem Bevacizumab para tratar o seu cancro do cólon e do recto.

O seu médico poderá utilizar uma associação de Irinotecano com Cetuximab para trataro cancro do intestino grosso (KRAS do tipo selvagem) que é de um certo tipoconhecido por expressar marcadores celulares denominados receptores para o factor decrescimento epidérmico (EGFR), que são bloqueados pelo anticorpo monoclonal.

Se precisar de mais informação sobre o seu estado, fale com o seu médico.

2. ANTES DE UTILIZAR Faultenocan

Não lhe será dado Faultenocan

se tem hipersensibilidade (alergia) ao Cloridrato de Irinotecano trihidratado ou aqualquer outro excipiente do Faultenocan se sofre de qualquer outra doença do intestino ou tem uma história de obstruçãointestinalse tem níveis elevados de bilirrubina no sangue (mais de 3 vezes acima do limitesuperior do valor normal)se tem um desiquilíbrio nas suas células sanguíneas (insuficiência medular grave)se está num mau estado de saúde geral (avaliado através de um padrão internacional)se está a utilizar o remédio natural Erva de S. João (Hypericum perforatum)se está grávida ou a amamentar ou se acha que pode estar grávida

Para contra-indicações adicionais do Cetuximab ou do Bevacizumab ou da
Capecitabina, que podem ser utilizados em combinação com Irinotecano, consulte ainformação de prescrição desses medicamentos.

Tome especial cuidado com Faultenocan
Este medicamento é para ser utilizado por adultos apenas. Confirme com o seu médicose este medicamento foi prescrito para utilização numa criança.
Também é necessário especial cuidado em doentes idosos.

Como o Faultenocan® é um medicamento anti-cancro vai-lhe ser administrado numaunidade especial e sob a supervisão de um médico qualificado na utilização demedicamentos anti-cancro. Os funcionários das unidades vão explicar-lhe todos oscuidados especiais que terá de ter durante e após o tratamento. Este folheto poderáajudá-lo a lembrar-se disso.

Se receber Irinotecano em combinação com Cetuximab ou Bevacizumab ou
Capecitabina, certifique-se de que também lê o folheto informativo dessesmedicamentos.

Durante a administração de Irinotecano (30 ? 90 minutos) e até 24 horas após aadministração poderá ter alguns do seguintes sintomas:
? Diarreia
? Suores
? Dor abdominal
? Lacrimejo
? Perturbações visuais
? Salivação excessiva

O termo médico para estes sintomas é "síndrome colinérgica aguda", a qual pode sertratada (com atropina). Se tiver algum destes sintomas, informe imediatamente o seumédico, que lhe administrará o tratamento necessário.

A partir do dia após o tratamento com Irinotecano até ao tratamento seguinte, poderáter vários sintomas, os quais poderão ser graves e necessitar de tratamento imediato ede vigilância apertada.
Estes podem ser:

Diarreia

Se a sua diarreia se iniciar mais de 24 horas após a administração de Irinotecano
(?diarreia tardia?) poderá ser grave. Verifica-se frequentemente cerca de 5 dias após aadministração. A diarreia deverá ser tratada imediatamente e mantida sob vigilânciaapertada. Imediatamente após as primeiras fezes líquidas, faça o seguinte:
Tome o tratamento antidiarreico que o seu médico lhe receitou, exactamente como foiprescrito. O tratamento não poderá ser alterado sem consultar o seu médico. Otratamento antidiarreico recomendado é Loperamida (4 mg para a primeira toma edepois 2 mg, de 2 em 2 horas, incluindo durante a noite). Esta terapêutica deverácontinuar durante 12 horas, pelo menos, depois das últimas fezes líquidas. A dosagemrecomendada de Loperamida não poderá ser tomada durante mais de 48 horas.
Beba imediatamente grandes quantidades de água e líquidos de re-hidratação (isto é,
água, água bicarbonatada, gasosas, sopa ou terapêutica de re-hidratação oral).
Informe imediatamente o médico, que está a supervisionar o tratamento, acerca dadiarreia. Se não conseguir falar com o seu médico, contacte a unidade no hospitalresponsável pelo tratamento com Irinotecano. É muito importante que tenhamconhecimento da sua diarreia.

Recomenda-se a hospitalização para o tratamento da diarreia, nos seguintes casos:
? Tem diarreia e febre (mais de 38 °C)
? Tem diarreia grave (e vómitos) com perda excessiva de água, o que requer hidrataçãointravenosa
? Ainda tem diarreia 48 horas depois do início do tratamento antidiarreico

Nota! Não tome nenhum outro medicamento para a diarreia para além do que lhe foireceitado pelo seu médico e os líquidos acima referidos. Siga as indicações do médico.

O tratamento antidiarreico não deverá ser utilizado de forma preventiva, mesmo quetenha tido diarreia tardia em ciclos anteriores.
Febre
Se a temperatura do corpo ultrapassar os 38 °C, isso poderá ser um sinal de infecção,especialmente se também tiver diarreia. Se tiver febre (acima de 38 °C), contacteimediatamente o seu médico ou a unidade responsável pelo seu tratamento, de modo aque possam dar-lhe o tratamento necessário.

Náuseas (má disposição) e vómitos
Se tiver náuseas e/ou vómitos contacte imediatamente o seu médico ou a unidadehospitalar.

Neutropenia
O Irinotecano poderá causar uma redução no número de alguns dos seus glóbulosbrancos, os quais desempenham um importante papel no combate às infecções. Istochama-se neutropenia. A neutropenia é observada frequentemente durante o tratamentocom Irinotecano e é reversível. O seu médico deverá marcar-lhe análises regulares aosangue para vigiar estes glóbulos brancos. A neutropenia é grave e deverá ser tratadaimediatamente e cuidadosamente vigiada.

Dificuldades respiratórias
Se tiver quaisquer dificuldades respiratórias, contacte imediatamente o seu médico.

Compromisso da função hepática

Antes de iniciar o tratamento com Irinotecano e antes de cada ciclo seguinte detratamento, o seu médico vigiará a sua função hepática (através de análises ao sangue).

Compromisso da função renal
Como este medicamento não foi testado em doentes com doenças de rins, fale com oseu médico, se tiver algum problema renal.

Se apresentar um ou mais dos sintomas mencionados, ao regressar a casa depois de sairdo hospital, deverá contactar imediatamente o médico ou a unidade hospitalarresponsável pelo tratamento com Irinotecano.

Utilizar Faultenocan com outros medicamentos

Por favor informe o seu médico ou farmacêutico hospitalar se estiver a tomar ou tivertomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos semreceita médica. Isto também se aplica a medicamentos à base de plantas.

Os seguintes medicamentospodem alterar os efeitos do Irinotecano:
Carbamazepina, Fenobarbital ou Fenitoína (medicamentos utilizados no controlo daepilepsia);
Cetoconazole (utilizado para o tratamento de infecções fúngicas);
Rifampicina (utilizado para o tratamento de Tuberculose)
A Erva medicinal de S. João (Hypericum perforatum) não poderá ser utilizada duranteo tratamento com o Irinotecano nem entre os tratamentos, pois pode diminuir o efeitodo Irinotecano.
Se necessitar de uma cirurgia, informe o seu médico ou o anestesista de que está autilizareste medicamento, pois isso poderá alterar o efeito de alguns medicamentos usados nascirurgias.

Gravidez e Aleitamento

Não podem administrar-lhe Irinotecano se estiver grávida.

Se você ou o seu parceiro estiverem a ser tratados com Irinotecano, deve evitarengravidar durante e pelo menos até três meses após a cessação da terapêutica. Noentanto, se engravidar durante este período, tem de informar o seu médicoimediatamente.

Não pode amamentar enquanto estiver a ser tratada com Irinotecano.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Nalguns casos, Faultenocan pode causar efeitos secundários que afectam a suacapacidade para conduzir e utilizar ferramentas e máquinas. Em caso de incerteza,contacte o seu médico ou farmacêutico.
Durante as primeiras 24h após a administração do Faultenocan pode sentir-se tonto outer distúrbios visuais. Se isto lhe acontecer, não conduza nem utilize máquinas.

Informações importantes sobre alguns componentes de Faultenocan

O Faultenocan contém Sorbitol. Se foi informado pelo seu médico de que temintolerância a alguns açúcares (como por exemplo, intolerância à frutose), contacte oseu médico ou farmacêutico hospitalar antes de lhe ser administrado este medicamento.

3. COMO UTILIZAR Faultenocan

Apenas para adultos.

O Irinotecano vai-lhe ser dado como uma perfusão nas suas veias, durante um períodode 30-90 minutos.

A quantidade de perfusão que lhe será dada dependerá da sua idade, altura, peso eestado médico geral. O seu médico vai calcular a sua área de superfície corporal emmetros quadrados (m2) a partir da sua altura e do seu peso. A dosagem também vaidepender de qualquer outro tratamento que possa ter recebido para o seu cancro.
– Se foi previamente tratado com 5-Fluorouracilo, normalmente será tratado com
Irinotecano isoladamente, começando com uma dose de 350 mg/m2 de 3 em 3semanas.
– Se não fez quimioterapia anteriormente, normalmente receberá 180 mg/m2 de
Irinotecano de 2 em 2 semanas. Isto será seguido por Ácido folínico e 5-Fluorouracilo.

Se recebeu Irinotecano em combinação com o Cetuximab, o Irinotecano não deverá seradministrado antes de ter passado uma hora após o fim da perfusão de Cetuximab.

Por favor siga o conselho do seu médico relativamente ao seu tratamento actual.

Estas dosagens podem ser ajustadas pelo seu médico dependendo da sua condição e dealguns efeitos secundários que possa ter.

Se lhe for administrado mais Faultenocan do que deveria receber:

No caso de lhe administrarem uma dose de Irinotecano mais elevada do que anecessária, os efeitos secundários podem ser mais graves. Terá todas as medidas desuporte para evitar a desidratação causada pela diarreia, e para tratar qualquercomplicação infecciosa. Se acha que lhe administraram uma sobredosagem, por favorcontacte o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médicoou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS

Como os demais medicamentos, o Faultenocan pode causar efeitos secundários, noentanto estes não se manifestam em todas as pessoas. O seu médico vai discutir estesefeitos secundários consigo e explicar os riscos e benefícios do seu tratamento.

Alguns destes efeitos secundários têm de ser tratados imediatamente. São eles:

Diarreia
Uma diminuição no número de granulócitos neutrófilos, um tipo de glóbulo branco quedesempenha um papel importante no combate das infecções.
Febre
Náuseas e vómitos
Dificuldades respiratórias (possível sintoma de reacções alérgicas graves)

Leia atentamente as indicações descritas na secção ?Tome especial cuidado com
Faultenocan? e siga-as, se tiver algum dos efeitos secundários abaixo descritos.

Outros efeitos secundários incluem:

Efeitos secundários muito frequentes (mais de 1 em 10 doentes):

Doenças do sangue, incluindo um número anormalmente baixo de granulócitosneutrófilos – um tipo de glóbulo branco (neutropenia) e redução da quantidade dehemoglobina no sangue (anemia)
Em terapêutica de combinação, trombocitopenia (redução do número de plaquetassanguíneas) causando hematomas, tendência para sangrar e hemorragias fora do normal
Em monoterapia, febre
Em monoterapia, infecções
Diarreia tardia grave
Em monoterapia, náuseas (enjoos) e vómitos (indisposição) graves
Perda de cabelo (o cabelo volta a crescer após o final do tratamento)
Em terapêutica de combinação, aumentos transitórios ligeiros a moderados nos níveisplasmáticos de algumas enzimas hepáticas (SGPT, SGOT, fosfatase alcalina) oubilirrubina

Efeitos secundários frequentes (menos de 1 em 10 doentes, mas mais de 1 em 100):

Síndrome colinérgica aguda transitória grave: os principais sintomas são definidoscomo diarreia precoce e vários outros sintomas, tais como dores abdominais; olhosvermelhos, sensíveis, com prurido ou lacrimejantes (conjuntivite); nariz a pingar
(rinite); baixa pressão arterial; rubores devido à dilatação dos vasos sanguíneos
(vasodilatação); suores; arrepios; um sentimento de doença e desconforto geral;tonturas; distúrbios visuais; contracção da pupila; olhos lacrimejantes e salivaçãoaumentada, ocorrendo durante ou nas primeiras 24h após a perfusão de Faultenocan.
Em monoterapia, trombocitopenia (redução do número de plaquetas sanguíneas)causando hematomas, tendência para sangrar e hemorragias fora do normal
Em terapêutica de combinação, febre
Em terapêutica de combinação, infecções
Infecções associadas a uma diminuição grave do número de alguns glóbulos brancossanguíneos (neutropenia), resultando em morte em 3 casos
Febre associada a uma diminuição grave do número de alguns glóbulos brancossanguíneos (neutropenia febril)
Em terapêutica de combinação, náuseas (enjoos) e vómitos (indisposição) graves
Perda de água (desidratação), normalmente associada a diarreia e/ou vómitos
Obstipação
Sensação de fadiga (astenia)

Em monoterapia, aumentos transitórios ligeiros a moderados nos níveis plasmáticos dealgumas enzimas hepáticas (transaminases, fosfatase alcalina) ou bilirrubina
Aumentos transitórios ligeiros a moderados nos níveis de creatinina no sangue
Em terapêutica de combinação, aumento acentuado transitório (grau 3) nos níveisplasmáticos de bilirrubina

Efeitos secundários pouco frequentes (menos de 1 em 100 doentes, mas mais de 1 em
1000):
Ligeira reacção alérgica (erupção cutânea com pele vermelha com prurido, urticária,conjuntivite, rinite)
Ligeiras reacções na pele
Reacções ligeiras no local de perfusão
Doença pulmonar apresentando-se como falta de ar, tosse seca e crepitação inspiratória
(doença pulmonar intersticial); efeitos precoces tais como dificuldades a respirar
Bloqueio completo ou parcial do intestino (obstrução intestinal, ileus), hemorragiagastrointestinal
Inflamação do intestino causando dor abdominal e/ou diarreia (um estado conhecidocomo colite pseudomembranosa)
Insuficiência renal, baixa pressão arterial ou insuficiência cardio-circulatóriaemdoentes que experimentaram episódios de desidratação associados a diarreia e/ouvómitos ou sépsis

Efeitos secundários raros (menos de 1 em 1000 doentes, mas mais de 1 em 10000):
Reacções alérgicas graves (reacção anafiláctica/anafilactóide), incluindo inchaço dasmãos, dos pés, dos tornozelos, do rosto, dos lábios, da boca ou da garganta, o quepoderá causar dificuldade em engolir ou uma grande dificuldade em respirar
Contracção muscular ou cãibras e dormência (parestesia)
Inflamação do intestino grosso causando dor abdominal (colite, incluindo tiflite, coliteisquémica e ulcerativa
Perfuração intestinal
Perda de apetite
Dor abdominal
Inflamação das membranas mucosas
Níveis diminuídos de potássio e sódio no sangue, principalmente relacionados comdiarreia e vómitos
Inflamação sintomática e assintomática do pâncreas (principalmente dor abdominal)
Pressão sanguínea aumentada durante e após a administração

Efeitos secundários muito raros (menos de 1 em 10,000 doentes):
Distúrbios transitórios da fala
Aumento dos níveis de algumas enzimas digestivas que degradam os açúcares
(amilase) e as gorduras (lipase)
Um caso de baixo número de plaquetas no sangue devido aos anticorposantiplaquetários

Se receber Irinotecano em combinação com o Cetuximab, alguns dos efeitossecundários sentidos também podem estar relacionados com esta combinação. Taisefeitos secundários podem incluir uma erupção cutânea do género da acne. Porconseguinte, leia também o Folheto Informativo do Cetuximab.

Se receber Irinotecano em combinação com a Capecitabina, alguns dos efeitossecundários sentidos também podem estar relacionados com esta combinação. Taisefeitos secundários podem incluir: coágulos sanguíneos muito frequentes; reacçõesalérgicas, ataque cardíaco e febre frequentes em doentes com uma baixa contagem decélulas brancas sanguíneas. Por conseguinte, leia também o Folheto Informativo da
Capecitabina.

Se receber Irinotecano em combinação com a Capecitabina e o Bevacizumab, algunsdos efeitos secundários sentidos também podem estar relacionados com estacombinação. Tais efeitos secundários podem incluir: baixa contagem de glóbulosbrancos, coágulos sanguíneos, pressão sanguínea elevada e ataque cardíaco. Porconseguinte, leia também o Folheto Informativo da Capecitabina.

Se algum dos efeitos secundários se tornar grave, ou caso detecte efeitos secundáriosnão mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR Faultenocan

Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não utilizar após o prazo de validade, o
último dia do mês, que está indicado na cartonagem e na rotulagem.
Concentrado: Manter os frascos para injectáveis na embalagem exterior para protegerda luz. Não congelar. Os frascos para injectáveis devem ser imediatamente utilizadosuma vez abertos já que não contêm conservantes antimicrobianos.
Concentrado diluído: Para utilização única apenas.A solução não utilizada deve sereliminada.
Após diluição: a estabilidade química e física em utilização foi demonstrada emglucose 50 mg/ml (5%) e cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%) durante 72h entre 2-8ºC. Deum ponto de vista microbiológico, o produto deve ser imediatamente utilizado. Casonão o seja, os tempos de conservação durante o uso e as condições de conservaçãoantes do uso são da responsabilidade do utilizador e normalmente não deverão excederas 24 horas entre 2 a 8°C, a menos que a diluição tenha decorrido em condiçõesassépticas controladas e validadas.

Não utilize Irinotecano se observar partículas no concentrado ou na solução paraperfusão.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Faultenocan
A substância activa é Cloridrato de Irinotecano Tri-hidratado. Cada mililitro (ml) desolução contém 20 miligramas (mg) de Cloridrato de Irinotecano Tri-hidratado,equivalente a 17.33 mg de Irinotecano.
Os outros componentes são Sorbitol (E420), Ácido láctico, Água para preparaçõesinjectáveis, e Ácido clorídrico e Hidróxido de sódio (utilizados para ajustar o pH).

O Faultenocan apresenta-se na forma de um concentrado para solução para perfusão
(uma solução concentrada que é diluída para originar uma solução que é administradacomo uma perfusão lenta gota a gota).

Este medicamento está contido em recipientes de vidro chamados frascos parainjectáveis, que contêm 40 mg (2 ml), 100 mg (5 ml) e 500 mg (25 ml) de Cloridrato de
Irinotecano Tri-hidratado. Os frascos para injectáveis são embrulhados num plásticoprotector, de forma a reduzir o risco de derramamento, se os frascos para injectáveis separtirem ? estes são referidos como frascos para injectáveis ONCO-TAIN.

Os frascos para injectáveis estão disponíveis em embalagens de 1 frasco parainjectáveis. Podem não estar comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

Hospira Portugal Lda.
Rua Amália Rodrigues, nº 240
2750-228 Cascais
Portugaltel: +351 21 4857430fax: +351 21 4857437e-mail: info.pt@hospira.com

Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote
Nome: Hospira UK Limited
Morada:
Queensway, Royal Leamington Spa, Warwickshire, CV31 3RW
País:
United Kingdom
Telefone:
+44 1926 820 820
Telefax:
+44 1926 821 041

Este folheto foi aprovado pela última vez em

A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais de saúde:

INSTRUÇÕES de utilização, manipulação e eliminação

Como com outros compostos potencialmente tóxicos, o Irinotecano deve sermanipulado e preparado com precaução.

Instruções de utilização/manipulação
Como os demais agentes antineoplásicos, o Irinotecano tem de ser preparado emanipulado com cuidado. É necessário a utilização de óculos de protecção, máscaras eluvas. Mulheres grávidas não devem manipular agentes citotóxicos. Se o concentradoou soluções de perfusão de Irinotecano entrarem em contacto com a pele, estas tem deser lavadas imediata e cuidadosamente com água e sabão. Se o concentrado ousoluções de perfusão de Irinotecano entrarem em contacto com membranas oumucosas, estas têm de ser lavadas imediatamente com água.

Preparação da perfusão por via intravenosa
Comoquaisquer outras perfusões, a perfusão de Irinotecano tem de ser preparadautilizando técnica asséptica. No caso de se observar qualquer precipitado nos frascospara injectáveis ou na solução de perfusão, o produto tem de ser eliminado de acordocom procedimentos padrão para eliminar agentes citotóxicos.
Retire de forma asséptica a quantidade necessária de concentrado de Irinotecano dofrasco para injectáveis com uma seringa calibrada e injecte num saco ou frasco deperfusão de 250 ml contendo apenas uma solução de Cloreto de sódio 9 mg/ml (0,9%)ou uma solução de Glucose 50 mg/ml (5%). A perfusão deve então ser cuidadosamentemisturada por rotação manual.

Eliminação
Todos os materiais utilizados na diluição e administração devem ser eliminados deacordo com os procedimentos locais aplicáveis à eliminação de agentes citotóxicos.

Categorias
Bevacizumab

Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO – Avastin

1. NOME DO MEDICAMENTO
Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Bevacizumab 25 mg por ml. Cada frasco para injectáveis contém 100 mg em 4 ml e 400 mg em 16 ml de bevacizumab, respectivamente.
Bevacizumab é um anticorpo monoclonal recombinante humanizado produzido por tecnologia de ADN em células de ovário de hamster chinês.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA
Concentrado para solução para perfusão.
Líquido transparente a ligeiramente opalescente, incolor a castanho claro

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS

4.1 Indicações terapêuticas
Avastin (bevacizumab), em associação com quimioterapia contendo fluoropirimidinas, está indicado no tratamento de doentes com carcinoma metastizado do cólon ou do recto.
Avastin, em associação com paclitaxel, está indicado no tratamento de primeira linha de doentes com cancro da mama metastático.
Avastin, em associação com quimioterapia baseada em platinos, está indicado no tratamento de primeira linha de doentes com cancro do pulmão de células não pequenas, irressecável, avançado, metastático ou recidivante, excluindo histologia com predomínio de células escamosas.
Avastin, em associação com interferão alfa-2a, está indicado no tratamento de primeira linha de doentes com cancro de células renais avançado e/ou metastizado.
4.2 Posologia e modo de administração
Geral
Avastin deve ser administrado sob supervisão de um médico com experiência na utilização de terapêuticas antineoplásicas.
Recomenda-se a continuação da terapêutica até à progressão da doença.
A dose inicial deve ser administrada sob a forma de perfusão intravenosa durante 90 minutos. Se a primeira perfusão for bem tolerada, a administração da segunda perfusão pode ser feita durante 60 minutos. Se a perfusão com duração de 60 minutos for bem tolerada, todas as perfusões seguintes poderão ser administradas durante 30 minutos.
Não administrar sob a forma de injecção intravenosa rápida ou bólus.
As instruções para a preparação da perfusão de Avastin encontram-se descritas na secção 6.6.
2
A perfusão de Avastin não deve ser misturada nem administrada juntamente com soluções de glucose (ver secção 6.2).
Carcinoma metastizado do cólon ou do recto
A dose recomendada de Avastin, administrada sob a forma de perfusão intravenosa, é de 5 mg/kg ou 10 mg/kg de peso corporal, administrada uma vez de 2 em 2 semanas, ou 7,5 mg/kg ou 15 mg/kg de peso corporal administrada uma vez de 3 em 3 semanas.
Não se recomenda a redução da dose por ocorrência de acontecimentos adversos. Se indicado, o tratamento deve ser interrompido permanentemente ou suspenso temporariamente de acordo com o descrito na secção 4.4.
Cancro da mama metastático
A dose recomendada de Avastin é de 10 mg/kg de peso corporal administrada uma vez, de duas em duas semanas, ou 15 mg/Kg de peso corporal, administrada uma vez cada 3 semanas, sob a forma de perfusão intravenosa.
Cancro do pulmão de células não pequenas
Avastin é administrado em associação a quimioterapia com base em platinos, em até 6 ciclos de tratamento, seguidos de Avastin em monoterapia até progressão da doença.
A dose recomendada de Avastin é de 7,5 mg/kg ou 15 mg/kg de peso corporal, administrada uma vez em cada 3 semanas, por perfusão intravenosa.
O benefício clínico em doentes com do cancro do pulmão de células não pequenas foi demonstrado com ambas as doses de 7,5 mg/kg e15 mg/kg. Para mais informação, ver secção 5.1 Propriedades Farmacodinâmicas, cancro do pulmão de células não pequenas.
Cancro de células renais avançado e/ou metastizado
A dose recomendada de Avastin é de 10 mg/kg de peso corporal, administrada uma vez em cada 2 semanas, por perfusão intravenosa.
Populações especiais
Crianças e adolescentes: A segurança e a eficácia não foram estabelecidas em crianças e adolescentes. O Avastin não é recomendado em crianças e adolescentes devido à ausência de dados de segurança e eficácia (ver secção 5.3).
Idosos: Não é necessário ajuste da dose em doentes idosos.
Compromisso renal: A segurança e a eficácia não foram estudadas em doentes com compromisso renal.
Compromisso hepático: A segurança e a eficácia não foram estudadas em doentes com compromisso hepático.
4.3 Contra-indicações
• Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes.
• Hipersensibilidade a produtos derivados de células de ovário de hamster chinês (CHO) ou a outros anticorpos recombinantes humanos ou humanizados.
• Gravidez (ver secção 4.6).
3
• Avastin está contra-indicado em doentes com metástases do SNC não tratadas (ver secção 4.4 e 4.8).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Perfuração gastrointestinal (ver secção 4.8)
Os doentes tratados com Avastin podem estar em risco aumentado de desenvolver perfuração gastrointestinal. Em doentes com carcinoma metastizado do cólon ou do recto, um processo inflamatório intra-abdominal pode ser um factor de risco para ocorrência de perfuração gastrointestinal, por conseguinte, deve ter-se cuidado ao tratar estes doentes. A terapêutica deve ser interrompida definitivamente nos doentes que desenvolvam perfuração gastrointestinal.
Fístulas (ver secção 4.8)
Quando tratados com Avastin os doentes podem apresentar um risco aumentado de desenvolver fístulas.
Descontinuar permanentemente o tratamento com Avastin em doentes com fístula TE (traqueoesofágica) ou qualquer fístula de grau 4. A informação disponível relativa ao uso continuado de Avastin em doentes com outras fístulas é limitada. Deve considerar-se a descontinuação do tratamento com Avastin em casos de fístula interna não originada no tracto GI.
Complicações na cicatrização das feridas (ver secção 4.8)
O Avastin pode influenciar adversamente o processo de cicatrização das feridas. A terapêutica não pode ser iniciada antes de decorridos pelo menos 28 dias depois de uma grande cirurgia ou até cicatrização completa da ferida cirúrgica. Nos doentes que apresentarem complicações da cicatrização de feridas durante o tratamento, este deve ser suspenso até cicatrização completa da ferida. A terapêutica deve ser suspensa antes da cirurgia electiva.
Hipertensão (ver secção 4.8)
Observou-se uma incidência aumentada de hipertensão em doentes submetidos a tratamento com Avastin. Os dados de segurança clínica sugerem que a incidência de hipertensão está provavelmente relacionada com a dose. A hipertensão pré-existente deve ser adequadamente controlada antes do início do tratamento com Avastin. Não existem informações acerca do efeito do Avastin em doentes com hipertensão não controlada à data de início da terapêutica. É geralmente recomendada a monitorização da tensão arterial durante a terapêutica.
Na maioria dos casos a hipertensão foi controlada adequadamente através de tratamento anti-hipertensivo habitual, apropriado à situação individual do doente. Não se aconselha a utilização de diuréticos para controlo da hipertensão em doentes que estejam a fazer regimes de quimioterapia com base em cisplatina. Caso a hipertensão seja clinicamente significativa e não possa ser adequadamente controlada com terapêutica anti-hipertensiva ou caso o doente desenvolva uma crise hipertensiva ou encefalopatia hipertensiva, deve suspender-se definitivamente o tratamento com Avastin.
Síndrome de leucoencefalopatia reversível posterior (RPLS) (ver secção 4.8)
Têm sido notificados casos raros de doentes tratados com Avastin que desenvolveram sinais e sintomas consistentes com a síndrome de leucoencefalopatia reversível posterior, uma doença neurológica rara, que pode apresentar, entre outros, os seguintes sinais e sintomas: convulsões, dor de cabeça, alterações do estado mental, perturbações visuais ou cegueira cortical, com ou sem hipertensão associada. O diagnóstico de síndrome de leucoencefalopatia reversível posterior requer confirmação por imagiologia cerebral. Nos doentes que desenvolvam síndrome de leucoencefalopatia reversível posterior, recomenda-se o tratamento de sintomas específicos incluindo o controlo da hipertensão, juntamente com a interrupção do Avastin. Desconhece-se a segurança de reiniciar a terapêutica com Avastin em doentes que tenham sofrido de síndrome de leucoencefalopatia reversível posterior.
Proteinúria (ver secção 4.8)
O doente com história clínica de hipertensão pode estar em risco aumentado de desenvolver proteinúria quando submetido a tratamento com Avastin. Há indícios que apontam para a possibilidade
4
de a proteinúria de Grau 1 [US National Cancer Institute-Common Toxicity Criteria (NCI-CTC) versão 2.0] poder estar relacionada com a dose. Recomenda-se a monitorização da proteinúria por meio de análise da urina com dipstick antes do início e durante a terapêutica. Avastin deve ser interrompido definitivamente nos doentes que desenvolvam proteinúria de Grau 4 (síndroma nefrótico).
Tromboembolismo arterial (ver secção 4.8)
Em cinco ensaios clínicos aleatorizados, a incidência de acontecimentos tromboembólicos arteriais, incluindo acidente vascular cerebral (AVC), acidente isquémico transitório (AIT) e enfarte do miocárdio (EM), foi maior nos doentes submetidos a tratamento com Avastin em associação com quimioterapia do que nos doentes a fazer apenas quimioterapia.
Doentes em tratamento com Avastin mais quimioterapia e com história clínica de tromboembolismo arterial ou idade superior a 65 anos apresentam um risco aumentado de desenvolvimento de acontecimentos tromboembólicos arteriais durante a terapêutica. Deve ter-se precaução ao tratar estes doentes com Avastin.
A terapêutica deve ser interrompida definitivamente nos doentes que desenvolvam acontecimentos tromboembólicos arteriais.
Tromboembolismo venoso (ver secção 4.8)
Doentes em tratamento com Avastin podem estar em risco de desenvolverem acontecimentos tromboembólicos venosos, incluindo embolismo pulmonar. Avastin deve ser interrompido em doentes com embolismo pulmonar potencialmente fatal (Grau 4) e doentes com embolismo pulmonar de Grau ≤ 3 devem ser monitorizados de perto.
Hemorragia
O risco de hemorragia no SNC não pode ser totalmente avaliado em doentes com metástases no SNC, em tratamento com Avastin, uma vez que estes doentes foram excluídos dos ensaios clínicos. Por conseguinte, Avastin não deve ser utilizado nestes doentes (ver secções 4.3 e 4.8).
Os doentes tratados com Avastin apresentam um risco aumentado de hemorragia, principalmente hemorragia relacionada com o tumor. Avastin deve ser interrompido definitivamente nos doentes em que surjam hemorragias de Grau 3 ou 4 no decurso da terapêutica (ver secção 4.8).
Não existem informações sobre o perfil de segurança do Avastin em doentes com diátese hemorrágica congénita, com coagulopatia adquirida ou que estejam em tratamento com anticoagulantes (na dose habitual) para terapêutica do tromboembolismo antes da instituição do Avastin, uma vez que esses doentes foram excluídos dos ensaios clínicos. Por conseguinte, a decisão de instituir a terapêutica nestes doentes deve ser bem ponderada. No entanto, aparentemente os doentes que desenvolvem trombose venosa ao receber o tratamento não apresentam uma incidência mais elevada de hemorragias de grau igual ou superior a 3 quando submetidos a tratamento concomitante com Avastin e varfarina.
Hemorragia pulmonar/Hemoptise
Doentes com cancro do pulmão de células não pequenas tratados com Avastin podem ter um risco aumentado de desenvolver hemorragia pulmonar/ hemoptise grave e em alguns casos fatal. Doentes com hemorragia pulmonar/ hemoptise (volume de sangue > 2,5 ml) não devem ser tratados com Avastin.
Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) (ver secção 4.8)
Em ensaios clínicos foram notificados acontecimentos consistentes com ICC. Os sintomas variaram desde diminuição assintomática na fracção de ejecção ventricular esquerda até ICC sintomática que necessitou de tratamento ou hospitalização. A maioria dos doentes que teve ICC tinha cancro da mama metastático e tinha sido anteriormente tratada com antraciclinas, tinha feito radioterapia à parede torácica esquerda ou tinha outro factor de risco para a ICC, como por exemplo doença coronária pré-existente ou terapêutica cardiotóxica concomitante.
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A instituição da terapêutica com Avastin em doentes com doença cardiovascular clinicamente significativa ou insuficiência cardíaca congestiva pré-existente deve ser bem ponderada.
Neutropenia (ver secção 4.8)
Em doentes tratados com alguns regimes de quimioterapia mielotóxica mais Avastin observou-se uma taxa aumentada de neutropenia grave, neutropenia febril ou infecção com neutropenia grave (incluindo alguns casos fatais), comparativamente com a observada com regimes contendo apenas quimioterapia.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Efeito de fármacos antineoplásicos na farmacocinética do bevacizumab
Com base nos resultados de uma análise farmacocinética populacional, não se observaram interacções farmacocinéticas clinicamente relevantes para o Avastin, decorrentes da co-administração com quimioterapia. A depuração de Avastin não foi alterada em doentes tratados em monoterapia, comparativamente a doentes tratados com Avastin em associação com um regime de Irinotecano/5-FU/ácido folínico (IFL) em bólus. O efeito da co-administração de outras quimioterapias na depuração de Avastin é considerado não clinicamente significativo.
Efeito do bevacizumab na farmacocinética de outros fármacos antineoplásicos
Os resultados de um estudo específico de interacção fármaco-fármaco demonstraram não existir efeito significativo do bevacizumab na farmacocinética do irinotecano e do seu metabolito activo SN38.
Os resultados de um estudo realizado em doentes com cancro colorrectal metastizado demonstraram não existir efeito significativo do bevacizumab na farmacocinética da capecitabina e dos seus metabolitos, nem na farmacocinética da oxaliplatina, como determinado pelas concentrações plasmáticas de platina livre e total.
Os resultados de um estudo em doentes com cancro renal demonstraram não existir efeito significativo do bevacizumab na farmacocinética do interferão alfa-2a.
O efeito potencial do bevacizumab na farmacocinética da cisplatina e gemcitabina foi estudado em doentes com cancro do pulmão de células não pequenas não escamosas. Os resultados do estudo demonstraram que o bevacizumab não tem um efeito significativo na farmacocinética da cisplatina. Os resultados do referido estudo não permitem concluir com certeza sobre o impacto do bevacizumab na farmacocinética da gemcitabina, devido à grande variabilidade inter-doentes e ao limitado tamanho da amostra.
Associação de bevacizumab e malato de sunitinib
Em dois estudos clínicos no carcinoma de células renais metastizado foi notificada anemia hemolítica microangiopática (MAHA), em 7 de 19 doentes tratados com a associação de bevacizumab (10 mg/kg cada duas semanas) e malato de sunitinib (50 mg uma vez por dia).
A MAHA é uma alteração hemolítica que pode apresentar-se com fragmentação de glóbulos vermelhos, anemia e trombocitopenia. Adicionalmente, foi observada em alguns destes doentes hipertensão (incluindo crise hipertensiva), aumento nos níveis de creatinina e sintomas neurológicos. Todos estes efeitos foram reversíveis após a descontinuação do bevacizumab e malato de sunitinib (ver Hipertensão, Proteinúria, RPLS, na secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização).
Radioterapia
A segurança e a eficácia da administração concomitante de radioterapia e Avastin não foram estabelecidas.
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4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez
Não existem dados sobre a utilização de Avastin na mulher grávida. Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva incluindo malformações (ver secção 5.3). Sabe-se que as IgG atravessam a placenta e calcula-se que Avastin iniba a angiogénese no feto, podendo provocar graves anomalias congénitas em caso de administração durante a gravidez. Avastin é contra-indicado (ver secção 4.3) durante a gravidez. As mulheres em risco de engravidar têm de utilizar um método contraceptivo eficaz durante (e até 6 meses após) o tratamento.
Aleitamento
Não se sabe se o bevacizumab é excretado no leite humano. Uma vez que a IgG materna é excretada no leite e que o bevacizumab pode ter efeitos nefastos sobre o crescimento e desenvolvimento do lactente (ver secção 5.3), a mulher deve suspender o aleitamento durante a terapêutica e não amamentar durante pelo menos 6 meses após a administração da última dose de Avastin.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. No entanto, não há indícios de que o tratamento com Avastin resulte num aumento dos acontecimentos adversos que possam levar à diminuição da capacidade de conduzir ou utilizar máquinas ou que afectem a capacidade mental.
4.8 Efeitos indesejáveis
O perfil global de segurança do Avastin baseia-se em dados referentes a mais de 3500 doentes com várias malignidades, predominantemente tratados com Avastin em associação com quimioterapia, no âmbito dos ensaios clínicos.
As reacções medicamentosas adversas mais graves foram:
• Perfuração gastrointestinal (ver secção 4.4).
• Hemorragia, incluindo hemorragia pulmonar/hemoptise, que é mais frequente em doentes com cancro do pulmão de células não pequenas (ver secção 4.4).
• Tromboembolismo arterial (ver secção 4.4).
No âmbito de ensaios clínicos as reacções adversas medicamentosas mais frequentemente observadas em doentes em tratamento com Avastin foram hipertensão, fadiga ou astenia, diarreia e dor abdominal.
A análise dos dados de segurança clínica sugere que a ocorrência de hipertensão e proteinúria com a terapêutica com Avastin está provavelmente relacionada com a dose.
A tabela 1 apresenta as reacções adversas medicamentosas relacionadas com a utilização de Avastin em associação com diferentes regimes de quimioterapia, em várias indicações. Estas reacções ocorreram com uma diferença de, pelo menos, 2% comparativamente com o braço controlo (reacções de grau 3-5 de acordo com NCI-CTC) ou com uma diferença de, pelo menos, 10% comparativamente com o braço controlo (reacções de grau 1-5 de acordo com NCI-CTC) em pelo menos um dos ensaios clínicos major.
As reacções adversas medicamentosas apresentadas na tabela são incluídas nas seguintes categorias: Muito Frequentes (≥ 10%) e Frequentes (≥ 1% – < 10%). Na tabela seguinte, as reacções adversas medicamentosas são incluídas na categoria apropriada de acordo com a incidência mais elevada, observada em qualquer um dos ensaios clínicos major. Dentro de cada grupo de frequência as reacções adversas medicamentosas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade. Algumas das reacções adversas medicamentosas são reacções frequentemente observadas com quimioterapia, (por exemplo, síndrome de eritrodisestesia palmo-plantar com capecitabina e neuropatia sensorial periférica
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com paclitaxel ou oxaliplatina); no entanto, não se pode excluir uma exacerbação com a terapêutica com Avastin.
Tabela 1 Reacções adversas medicamentosas muito frequentes e frequentes
Reacções de Grau 3-5 (NCI-CTC)
(diferença entre os braços de estudo ≥ 2% em pelo menos um ensaio clínico)
Reacções de todos os Graus
(diferença entre os braços de estudo ≥ 10% em pelo menos um ensaio clínico)
Sistema de Classe de Órgãos (SOC)
Muito frequentes
Frequentes
Muito frequentes
Infecções e infestações
Sepsis
Abcesso
Infecção
Doenças do sangue e do sistema linfático
Leucopenia
Trombocitopenia
Neutropenia
Neutropenia febril
Anemia
Doenças do metabolismo e da nutrição
Desidratação
Anorexia
Doenças do sistema nervoso
Neuropatia periférica sensorial
Acidente cerebrovascular
Síncope
Sonolência
Cefaleia
Disgeusia
Cefaleia
Afecções oculares
Afecção ocular
Cardiopatias
Insuficiência cardíaca congestiva
Taquicardia supraventricular
Vasculopatias
Hipertensão
Tromboembolismo (arterial)*
Trombose venosa profunda
Hemorragia
Hipertensão
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Embolismo pulmonar
Dispneia
Hipoxia
Epistaxe
Dispneia
Epistaxe
Rinite
Doenças gastrointestinais
Diarreia
Náusea
Vómito
Perfuração intestinal
Íleo
Obstrução intestinal
Dor abdominal
Afecção gastrointestinal
Obstipação
Estomatite
Hemorragia do recto
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Síndrome de eritrodisestesia palmo-plantar
Dermatite exfoliativa
Pele seca
Descoloração da pele
Afecções musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Fraqueza muscular
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Reacções de Grau 3-5 (NCI-CTC)
(diferença entre os braços de estudo ≥ 2% em
pelo menos um ensaio clínico)
Reacções de todos os
Graus
(diferença entre os
braços de estudo ≥ 10%
em pelo menos um
ensaio clínico)
Sistema de Classe de
Órgãos (SOC)
Muito frequentes
Frequentes
Muito frequentes
Doenças renais e urinárias
Proteinúria
Infecção do tracto urinário
Proteinúria
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Astenia
Fadiga
Dor
Letargia
Pirexia
Astenia
Dor
* Conjunto de acontecimentos tromboembólicos arteriais incluindo acidente cerebrovascular, enfarte do miocárdio, acidente isquémico transitório e outros acontecimentos tromboembólicos arteriais
Informação não ajustada relativamente à diferente duração do tratamento
Informações adicionais sobre determinadas reacções adversas medicamentosas:
Perfuração gastrointestinal (ver secção 4.4):
Avastin tem sido associado a casos graves de perfuração gastrointestinal ou fístulas (ver também a secção Fístulas).
No âmbito de ensaios clínicos a perfuração gastrointestinal foi notificada com uma incidência inferior a 1% em doentes com cancro da mama metastático ou cancro do pulmão de células não pequenas e não escamosas e em até 2,0% em doentes com cancro colorrectal metastático. Casos com consequência fatal foram notificados em aproximadamente um terço dos casos de perfuração gastrointestinal grave, o que representa entre 0,2% – 1% de todos os doentes tratados com Avastin.
A apresentação destes acontecimentos adversos variou no tipo e severidade, desde
a observação de ar por raios-X simples do abdómen, que se resolveu sem qualquer tratamento, até uma perfuração intestinal com abcesso abdominal e morte. Em alguns casos existia inflamação intra-abdominal subjacente resultante ou de doença ulcerativa gástrica, necrose tumoral, diverticulite ou de colite associada a quimioterapia.
Fístulas (ver secção 4.4):
A utilização de Avastin tem sido associada a casos graves de fístulas, incluindo acontecimentos resultando em morte.
Em ensaios clínicos, as fístulas gastrointestinais têm sido notificadas com uma incidência até 2% em doentes com cancro colorrectal metastático, mas foram também notificadas menos frequentemente em doentes com outros tipos de cancro. Em outras indicações foram observadas notificações pouco frequentes (≥ 0.1% a < 1%) de outros tipos de fístulas envolvendo áreas do corpo que não o tracto gastrointestinal (por ex.: broncopleural, urogenital e fístulas biliares). Foram também notificadas fístulas em experiência pós-comercialização.
Foram notificados acontecimentos em várias alturas durante o tratamento, desde uma semana a mais de 1 ano após o início de Avastin, com a maioria dos acontecimentos a ocorrer durante os primeiros 6 meses de terapêutica.
Cicatrização de feridas (ver secção 4.4):
Uma vez que o Avastin pode ter um impacto negativo na cicatrização de feridas, excluíram-se da participação em ensaios de fase III os doentes submetidos a grande cirurgia nos 28 dias anteriores ao início do ensaio.
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Nos ensaios clínicos no cancro metastizado do cólon ou do recto, não se observou risco aumentado de hemorragia pós-operatória ou de complicações na cicatrização de feridas em doentes submetidos a grande cirurgia 28 e 60 dias antes do início do tratamento com Avastin. Nos doentes tratados com Avastin na altura da cirurgia, observou-se incidência aumentada de casos de hemorragia pós-operatória ou complicações na cicatrização nos 60 dias após a grande cirurgia. A incidência variou entre 10% (4/40) e 20% (3/15).
No cancro da mama localmente avançado ou metastático, observaram-se complicações na cicatrização de feridas de Grau 3-5 em 1,1% dos doentes submetidos a tratamento com Avastin + paclitaxel; nos doentes a fazer paclitaxel em monoterapia não se observou qualquer caso.
Hipertensão (ver secção 4.4):
Em ensaios clínicos observou-se um aumento da incidência de hipertensão (todos os graus) de até 34% em doentes tratados com Avastin, comparativamente com uma incidência de até 14% nos doentes tratados com comparador. Em doentes tratados com Avastin, a hipertensão de Grau 3 e 4 (com necessidade de medicação anti-hipertensiva oral) variou de 3,0% a 17,9%. Em doentes tratados com Avastin e quimioterapia, a hipertensão de Grau 4 (crise hipertensiva) observou-se em até 1,0%, comparativamente com até 0,2% nos doentes tratados só com o mesmo regime de quimioterapia.
A hipertensão foi, em geral, adequadamente controlada com anti-hipertensores orais, tais como inibidores da enzima de conversão da angiotensina, diuréticos e bloqueadores dos canais de cálcio. A hipertensão raramente conduziu à descontinuação do tratamento com Avastin ou à hospitalização.
Foram notificados casos muito raros de encefalopatia hipertensiva, alguns dos quais fatais.
O risco de hipertensão associada ao Avastin não esteve relacionado com as características iniciais do doente, com doença pré-existente ou com terapêutica concomitante.
Proteinúria (ver secção 4.4):
Em ensaios clínicos foram notificados casos de proteinúria no intervalo de 0,7% a 38% dos doentes tratados com Avastin.
A proteinúria variou em gravidade, desde clinicamente assintomática, transitória e vestigial até síndrome nefrótico, embora a grande maioria dos casos de proteinúria tenha sido de Grau 1. A proteinúria de Grau 3 foi notificada numa percentagem < 3% dos doentes tratados; no entanto, em doentes tratados para o cancro de células renais avançado e/ou metastizado esta percentagem foi de até 7%. A proteinúria de Grau 4 (síndrome nefrótico) foi observada em até 1,4% dos doentes tratados. A proteinúria observada nos ensaios clínicos não esteve associada a disfunção renal e raramente exigiu a descontinuação permanente da terapêutica. Recomenda-se a análise da proteinúria antes do início da terapêutica com Avastin. Na maioria dos estudos clínicos a existência de níveis de proteínas na urina ≥ 2g /24 horas conduziu à suspensão de Avastin até à recuperação para valores < 2g/24 horas.
Hemorragia (ver secção 4.4):
Em ensaios clínicos realizados em várias indicações, a incidência global de acontecimentos hemorrágicos de Grau 3-5 do NCI-CTC variou de 0,4,0% a 5% nos doentes tratados com Avastin, comparativamente com até 2,9% dos doentes no grupo controlo de quimioterapia.
Os acontecimentos hemorrágicos observados nos estudos clínicos foram predominantemente hemorragia associada ao tumor (ver a seguir) e hemorragias mucocutâneas ligeiras (por exemplo epistaxe).
Hemorragia associada ao tumor (ver secção 4.4)
Casos de hemorragia pulmonar/hemoptise major ou maciça foram observados principalmente em estudos realizados com doentes com cancro do pulmão de células não pequenas. Os possíveis factores de risco incluem histologia celular escamosa, tratamento com medicamentos anti-reumáticos/anti-inflamatórios, tratamento com anticoagulantes, radioterapia anterior, terapêutica com Avastin, antecedentes médicos de aterosclerose, localização central do tumor e cavitação do tumor antes ou durante a terapêutica. As únicas variáveis que mostraram estar correlacionadas de uma
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forma estatisticamente significativa com hemorragia foram a terapêutica com Avastin e a histologia celular escamosa. Doentes com cancro do pulmão de células não pequenas com histologia celular do tipo escamosa ou mista conhecida com predominância de histologia celular escamosa foram excluídos de estudos de fase III subsequentes, embora tenham sido incluídos doentes com histologia tumoral desconhecida.
Em doentes com cancro do pulmão de células não pequenas, excluindo histologia com predomínio de células escamosas, observaram-se acontecimentos de todos os graus com uma frequência de até 9% quando tratados com Avastin mais quimioterapia, comparativamente com 5% nos doentes tratados só com quimioterapia. Observaram-se acontecimentos de Grau 3-5 em até 2,3% de doentes tratados com Avastin mais quimioterapia, comparativamente com < 1% em doentes só a fazer quimioterapia. Podem ocorrer repentinamente casos de hemorragia pulmonar/hemoptise major ou maciça e até dois terços dos casos de hemorragia pulmonar grave foram fatais. Hemorragias gastrointestinais incluindo hemorragia rectal e melena foram notificadas em doentes com cancro colorrectal e têm sido avaliadas como hemorragias associadas ao tumor. A hemorragia associada ao tumor foi também observada raramente em outros tipos e localizações tumorais, incluindo um caso de hemorragia do sistema nervoso central (SNS), num doente com um hepatoma e com metástases ocultas no SNS (ver secção 4.3) e um outro doente que desenvolveu hemorragia persistente de um sarcoma na coxa com necrose. No âmbito de todos os ensaios clínicos, foi observada hemorragia mucocutânea em 20% – 40% dos doentes tratados com Avastin. A maioria destes acontecimentos foi epistaxe de Grau 1, NCI-CTC, com duração inferior a 5 minutos, resolvendo-se sem qualquer intervenção médica e que não implicou alterações no regime de tratamento de Avastin. A informação clínica de segurança sugere que a incidência de hemorragia mucocutânea minor (por ex. epistaxe) pode ser dose-dependente. Também foram observados casos menos frequentes de hemorragia mucocutânea ligeira em diferentes localizações, tais como hemorragia gengival ou hemorragia vaginal. Tromboembolismo (ver secção 4.4): Tromboembolismo arterial: Observou-se um aumento da incidência de acontecimentos tromboembólicos arteriais em doentes tratados com Avastin em várias indicações, incluindo acidentes cerebrovasculares, enfarte do miocárdio, acidente isquémico transitório e outros acontecimentos tromboembólicos arteriais. Nos ensaios clínicos, a incidência global de acontecimentos tromboembólicos arteriais variou até 3.8% nos braços com Avastin, comparativamente com até 1,7% nos braços controlo com quimioterapia. Foram notificados casos com consequência fatal em 0,8% dos doentes tratados com Avastin, comparativamente com 0,5% dos doentes tratados apenas com quimioterapia. Acidentes cerebrovasculares (incluindo acidente isquémico transitório) foram notificados em até 2,3% dos doentes tratados com Avastin em associação com quimioterapia, comparativamente com 0,5% nos doentes tratados apenas com quimioterapia. Foram notificados casos de enfarte do miocárdio em 1,4% dos doentes tratados com Avastin em associação com quimioterapia comparativamente com 0,7% dos doentes tratados apenas com quimioterapia. No ensaio clínico AVF2192g, incluíram-se doentes com cancro colorrectal metastático que não eram candidatos para o tratamento com irinotecano. Neste ensaio observaram-se acontecimentos tromboembólicos arteriais em 11% (11/100) dos doentes, comparativamente a 5,8% (6/104) no grupo controlo com quimioterapia. Tromboembolismo venoso: A incidência de acontecimentos tromboembólicos venosos em ensaios clínicos foi semelhante em doentes tratados com Avastin em associação com quimioterapia, comparativamente à verificada em 11 doentes a fazer o tratamento controlo apenas com quimioterapia. Os acontecimentos tromboembólicos venosos incluem trombose venosa profunda, embolismo pulmonar e tromboflebite. Nos ensaios clínicos realizados em várias indicações, a incidência global de acontecimentos tromboembólicos venosos, variou de 2,8% a 17,3% nos doentes tratados com Avastin comparativamente com 3,2% a 15,6% nos doentes tratados nos grupos controlo. Foram notificados acontecimentos tromboembólicos venosos de Grau 3-5 até um máximo de 7,8% dos doentes tratados com quimioterapia e bevacizumab, comparativamente com um máximo de 4,9% dos doentes tratados apenas com quimioterapia. Doentes que tenham sofrido acontecimentos tromboembólicos venosos podem ter um risco superior de recorrência caso façam tratamento com Avastin em associação com quimioterapia, comparativamente a um tratamento apenas com quimioterapia. Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) Em ensaios clínicos com Avastin, observaram-se casos de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) em todas as indicações oncológicas estudadas até à data, mas predominantemente em doentes com cancro da mama metastático. Em dois estudos de fase III (AVF2119g e E2100) realizados em doentes com cancro da mama metastático observou-se um aumento de ICC de Grau 3 ou superior com Avastin. A ICC foi notificada até 3,5% dos doentes tratados com Avastin comparativamente com até 0,9% nos braços controlo. A maioria destes doentes apresentou melhoria dos sintomas e/ou melhoria da função ventricular esquerda no seguimento de tratamento médico adequado. Na maioria dos ensaios clínicos de Avastin, excluíram-se doentes com ICC pré-existente (New York Heart Association (NYHA) II-IV) pelo que não há informação disponível sobre o risco de ICC nesta população. O tratamento prévio com antraciclinas e /ou com radiação da parede torácica podem ser factores de risco para o desenvolvimento de ICC. Doentes idosos Em ensaios clínicos aleatorizados o tratamento de doentes com idade > 65 anos, com Avastin esteve associado a um risco aumentado de desenvolvimento de acontecimentos tromboembólicos arteriais incluindo acidentes vasculares cerebrais (AVCs), acidentes isquémicos transitórios (AITs) e enfartes do miocárdio (EMs). Outras reacções observadas com uma frequência superior em doentes com mais de 65 anos foram: leucopenia e trombocitopenia de Grau 3-4, neutropenia, diarreia, náuseas, cefaleia e fadiga de todos os graus, comparativamente com as observadas em doentes com idade ≤ 65 anos quando tratados com Avastin (ver secções 4.4 e 4.8 em Tromboembolismo).
Não foi observado um aumento da incidência de outras reacções, incluindo perfuração gastrointestinal, complicações na cicatrização de feridas, hipertensão, proteinúria, insuficiência cardíaca congestiva e hemorragia em doentes idosos (> 65 anos), comparativamente com doentes com idade ≤65 anos tratados com Avastin.
Alterações laboratoriais:
A diminuição do número de neutrófilos, diminuição do número de leucócitos e presença de proteínas na urina podem estar associados ao tratamento com Avastin.
No decurso dos ensaios clínicos ocorreram as seguintes alterações laboratoriais, de Grau 3 e 4, em doentes tratados com Avastin, com pelo menos uma diferença de 2% comparativamente aos grupos controlo correspondentes: hiperglicemia, hemoglobina diminuída, hipocaliemia, hiponatremia, diminuição do número de glóbulos brancos, índice normalizado internacional (INR) aumentado.
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Experiência pós-comercialização:
Tabela 2: Reacções adversas notificadas em ambiente pós-comercialização
Sistema de Classe de Órgãos (SOC)
Reacções (frequência*)
Doenças do sistema nervoso
Encefalopatia hipertensiva (muito raro) (ver também secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização, e Hipertensão na secção 4.8 Efeitos Indesejáveis).
Síndrome de Leucoencefalopatia Reversível Posterior (raro) (ver também a secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização).
Vasculopatias
Microangiopatia Trombótica Renal, manifestada clinicamente por proteinúria (frequência desconhecida). Para mais informação sobre proteinúria ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização, e Proteinúria na secção 4.8 Efeitos Indesejáveis.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Perfuração do septo nasal (desconhecida)
Hipertensão pulmonar (desconhecida)
Disfonia (frequente)
* se especificada, a frequência foi obtida a partir de dados de ensaios clínicos
4.9 Sobredosagem
A dose mais elevada testada no ser humano (20 mg/kg de peso corporal, cada 2 semanas, por via intravenosa) foi associada, em diversos doentes, a enxaqueca severa.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Agentes antineoplásicos, anticorpo monoclonal, código ATC: L01X C07
Mecanismo de acção
O bevacizumab liga-se ao factor de crescimento do endotélio vascular (VEGF), o principal factor envolvido na vasculogénese e na angiogénese, inibindo desta forma a ligação do VEGF aos seus receptores, Flt-1 (VEGFR-1) e KDR (VEGFR-2), na superfície das células endoteliais. A neutralização da actividade biológica do VEGF regride a vascularização tumoral, normaliza a vasculatura remanescente do tumor e inibe a formação de novos vasos, inibindo assim o crescimento tumoral.
Efeitos farmacodinâmicos
A administração de bevacizumab ou do seu anticorpo murino homólogo, a modelos de xenotransplante de cancro, no ratinho nu, resultou numa intensa actividade antitumoral contra cancros humanos, incluindo os do cólon, mama, pâncreas e próstata. A progressão das metástases foi inibida e a permeabilidade microvascular foi reduzida.
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Eficácia clínica
Carcinoma metastizado do cólon ou recto
Estudou-se a segurança e a eficácia da dose recomendada (5 mg/kg de peso corporal, de duas em duas semanas) no carcinoma metastizado do cólon ou do recto em três ensaios clínicos aleatorizados, controlados por substância activa, em associação com quimioterapia de primeira linha contendo fluoropirimidinas. O Avastin foi associado com 2 regimes de quimioterapia:
• AVF2107g: Um esquema de administração semanal de irinotecano/bólus de
5-fluorouracilo/ácido folínico (IFL) durante um total de 4 semanas, de cada ciclo de 6 semanas
(regime de Saltz).
• AVF0780g: Em associação com bólus de 5-fluorouracilo/ácido folínico (5-FU/AF) durante um
total de 6 semanas de cada ciclo de 8 semanas (regime de Roswell Park).
• AVF2192g: Em associação com bólus de 5-fluorouracilo/ ácido folínico (5-FU/AF) durante um
total de 6 semanas, de cada ciclo de 8 semanas (regime de Roswell Park), em doentes que não
eram candidatos ideais para o tratamento de primeira linha com irinotecano.
Realizaram-se dois estudos adicionais em primeira (NO16966) e segunda linhas (E3200) de tratamento do carcinoma metastizado do cólon ou do recto, em que Avastin foi administrado nas seguintes posologias, em associação com FOLFOX-4 (5FU/LV/Oxaliplatina) e XELOX (Capecitabina/Oxaliplatina):
• NO16966: Avastin 7,5 mg/kg de peso corporal de 3 em 3 semanas em associação com capecitabina por via oral e oxaliplatina por via intravenosa (XELOX) ou Avastin 5 mg/kg de 2 em 2 semanas em associação com folinato de cálcio e 5-fluorouracilo em bólus, seguido de perfusão de 5-fluorouracilo com oxaliplatina por via intravenosa (FOLFOX-4).
• E3200: Avastin 10 mg/kg de peso corporal de 2 em 2 semanas em associação com folinato de cálcio e 5-fluorouracilo em bólus, seguido de perfusão de 5-fluorouracilo com oxaliplatina por via intravenosa (FOLFOX-4).
AVF2107g: Tratou-se de um ensaio clínico de fase III, aleatorizado, com dupla ocultação, controlado por substância activa, para avaliar o Avastin em associação com IFL como tratamento de primeira linha do carcinoma metastizado do cólon ou do recto. Foram aleatorizados 813 doentes para tratamento com IFL + placebo (braço 1) ou com IFL + Avastin (5 mg/kg de 2 em 2 semanas, braço 2). Um terceiro grupo de 110 doentes recebeu bólus de 5-FU/AF + Avastin (braço 3). A inclusão de doentes no braço 3 foi interrompida, tal como previamente especificado, logo que foi estabelecida e considerada aceitável, a segurança do Avastin em associação com IFL. Todos os tratamentos prosseguiram até se registar progressão da doença. A idade média dos doentes foi de 59,4 anos; 56,6% dos doentes apresentava uma performance status ECOG de 0, 43% tinha um valor de 1 e 0,4% um valor de 2. 15,5% dos doentes tinham sido previamente submetidos a radioterapia e 28,4% a quimioterapia.
Neste ensaio, a principal variável de eficácia foi a sobrevivência global. A adição de Avastin a IFL resultou em aumentos estatisticamente significativos da sobrevivência global, sobrevivência livre de progressão e taxa de resposta global (ver a Tabela 3). O benefício clínico do Avastin, determinado pela sobrevivência global, foi observado em todos os subgrupos pré-especificados de doentes, incluindo os definidos pela idade, sexo, performance status, localização do tumor primário, número de órgãos envolvidos e duração da doença metastizada.
Os resultados de eficácia do Avastin em associação com quimioterapia com IFL são apresentados na Tabela 3.
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Tabela 3 Resultados de eficácia obtidos no estudo AVF2107g
AVF2107g
Braço 1
IFL + Placebo
Braço 2
IFL + Avastina
Número de doentes
411
402
Sobrevivência global
Mediana (meses)
15,6
20,3
Intervalo de confiança 95%
14,29 – 16,99
18,46 – 24,18
Hazard Ratio b
0,660
(valor de p = 0,00004)
Sobrevivência livre de progressão
Mediana (meses)
6,2
10,6
Hazard Ratio
0,54
(valor de p < 0,0001)
Taxa de resposta global
Taxa (%)
34,8
44,8
(valor de p = 0,0036)
a 5 mg/kg de 2 em 2 semanas
b Relativamente ao braço de controlo
Entre os 110 doentes aleatorizados para o Braço 3 (5-FU/AF + Avastin), antes da descontinuação deste braço de tratamento, a sobrevivência global mediana foi de 18,3 meses e a mediana da sobrevivência livre de progressão foi de 8,8 meses,.
AVF2192g: Tratou-se de um ensaio clínico aleatorizado de fase II, com dupla ocultação, controlado por substância activa, para avaliar a eficácia e segurança do Avastin em associação com 5-FU/AF como tratamento de primeira linha do cancro colorrectal metastizado em doentes que não eram candidatos ideais ao tratamento de primeira linha com irinotecano. Foram aleatorizados 105 doentes para o braço 5-FU/AF + placebo e 104 doentes para o braço 5-FU/AF + Avastin (5 mg/kg de 2 em 2 semanas). Todos os tratamentos prosseguiram até progressão da doença. A adição de 5 mg/kg de Avastin, de 2 em 2 semanas, ao 5-FU/AF resultou em taxas de resposta objectiva mais elevadas, uma sobrevivência livre de progressão significativamente mais longa e uma tendência para uma sobrevivência global mais longa, comparativamente com as obtidas com a quimioterapia apenas com 5-FU/AF.
AVF0780g: Tratou-se de um ensaio clínico de fase II aleatorizado, controlado por substância activa, aberto, destinado a investigar o Avastin em associação com o 5-FU/AF como tratamento de primeira linha do cancro colorrectal metastizado. A idade média foi de 64 anos. 19% dos doentes tinham sido tratados previamente com quimioterapia e 14% com radioterapia. Setenta e um doentes foram aleatorizados para tratamento com 5-FU/AF em bólus ou 5-FU/AF + Avastin (5 mg/kg de 2 em 2 semanas). Um terceiro grupo de 33 doentes recebeu bólus de 5-FU/AF + Avastin (10 mg/kg de 2 em 2 semanas). Os doentes foram tratados até progressão da doença. Os objectivos primários do ensaio foram a taxa de resposta objectiva e a sobrevivência livre de progressão. A adição de 5 mg/kg de Avastin, de 2 em 2 semanas, a 5-FU/AF resultou numa maior taxa de resposta objectiva, numa maior sobrevivência livre de progressão e numa tendência para uma sobrevivência mais prolongada, comparativamente com o observado com quimioterapia apenas com 5-FU/AF (ver a Tabela 4). Estes resultados de eficácia são consistentes com os resultados obtidos no estudo AVF2107g.
Na Tabela 4 indicam-se, em resumo, os resultados de eficácia obtidos nos estudos AVF0780g e AVF2192g destinados a estudar o Avastin em associação com a quimioterapia com 5-FU/AF.
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Tabela 4: Resultados de eficácia obtidos nos estudos AVF0780g e AVF2192g
AVF0780g
AVF2192g
5-FU/AF
5-FU/AF + Avastina
5-FU/AF + Avastinb
5-FU/AF + placebo
5-FU/AF + Avastin
Número de doentes
36
35
33
105
104
Sobrevivência global
Mediana (meses)
13,6
17,7
15,2
12,9
16,6
Intervalo de confiança 95%
10,35 – 16,95
13,63 – 19,32
Hazard Ratio c

0,52
1,01
0,79
Valor de p
0,073
0,978
0,16
Sobrevivência livre de progressão
Mediana (meses)
5,2
9,0
7,2
5,5
9,2
Hazard Ratio
0,44
0,69
0,5
Valor de p

0,0049
0,217
0,0002
Taxa de resposta global
Taxa (percentagem)
16,7
40,0
24,2
15,2
26
IC 95%
7,0 − 33,5
24,4 − 57,8
11,7 – 42,6
9,2 – 23,9
18,1 – 35,6
Valor de p
0,029
0,43
0,055
Duração da resposta
Mediana (meses)
NR
9,3
5,0
6,8
9,2
Percentil 25–75 (meses)
5,5 – NR
6,1 – NR
3,8 – 7,8
5,59 – 9,17
5,88 – 13,01
a 5 mg/kg de 2 em 2 semanas
b 10 mg/kg de 2 em 2 semanas
c Relativamente ao braço de controlo
NR = Não atingida
NO16966
Este foi um ensaio clínico de fase III, aleatorizado, em dupla ocultação (para bevacizumab), para investigação de Avastin 7,5 mg/kg em associação com capecitabina por via oral e oxaliplatina por via intravenosa (XELOX), administrado de 3 em 3 semanas; ou Avastin 5 mg/kg em associação com folinato de cálcio e 5-fluorouracilo em bólus, seguido de perfusão de 5-fluorouracilo com oxaliplatina por via intravenosa (FOLFOX-4) administrado de 2 em 2 semanas. O estudo conteve duas partes: uma parte inicial, sem ocultação, com 2 braços (Parte I), em que os doentes foram aleatorizados para dois grupos de tratamento diferentes (XELOX e FOLFOX-4) e uma parte subsequente com 4 braços (Parte II) factorial 2 x 2, em que os doentes foram aleatorizados para quatro grupos de tratamento (XELOX + placebo, FOLFOX-4 + placebo, XELOX + Avastin, FOLFOX-4 + Avastin). Na parte II, a determinação do tratamento foi em dupla ocultação relativamente a Avastin.
Foram aleatorizados aproximadamente 350 doentes para cada um dos 4 braços do estudo na Parte II do ensaio.
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Tabela 5 Regimes de tratamento no Estudo N016966 (Carcinoma metastizado do cólon ou do recto)
Tratamento
Dose Inicial
Regime posológico
Oxaliplatina
85 mg/m2 IV 2 h
Folinato de cálcio
200 mg/m2 IV 2 h
5-Fluorouracilo
400 mg/m2 IV bólus, 600 mg/m2 IV 22 h
Oxaliplatina no Dia 1
Folinato de cálcio no Dia 1 e 2
5-fluorouracilo IV bólus/perfusão, cada nos Dias 1 e 2
FOLFOX-4
ou
FOLFOX-4 + Avastin
Placebo ou Avastin
5 mg/kg IV 30-90 min
Dia 1, antes de FOLFOX-4, de 2 em 2 semanas
Oxaliplatina
130 mg/m2 IV 2 h
Capecitabina
1000 mg/m2 oral duas vezes/dia
Oxaliplatina no Dia 1
Capecitabina oral duas vezes/dia durante 2 semanas (seguido de 1 semana sem tratamento)
XELOX
ou
XELOX + Avastin
Placebo ou Avastin
7,5 mg/kg IV 30-90 min
Dia 1, antes de XELOX, de 3 em 3 semanas
5-Fluorouracilo: Injecção em bólus intravenoso imediatamente após o folinato de cálcio
O parâmetro primário de eficácia do ensaio foi a duração da sobrevivência livre de progressão. Neste estudo houve dois objectivos primários: demonstrar que XELOX não era inferior a FOLFOX-4 e demonstrar também que Avastin em associação com quimioterapia, FOLFOX-4 ou XELOX, era superior à quimioterapia isolada. Ambos os objectivos primários foram atingidos:
i) Globalmente foi demonstrada não inferioridade nos braços com XELOX comparativamente aos braços com FOLFOX-4, em termos de sobrevivência livre de progressão e sobrevivência global na população eligível de acordo com o protocolo.
ii) A superioridade nos braços contendo Avastin versus os braços apenas com quimioterapia foi demonstrada na comparação global em termos de sobrevivência livre de progressão na população ITT (Tabela 6).
A análise secundária da sobrevivência livre de progressão (PFS), baseadas nas avaliações de resposta durante o tratamento, confirmou o benefício clínico significativamente superior nos doentes tratados com Avastin (análise demonstrada na Tabela 6), consistente com o benefício estatisticamente significativo observado no grupo de análises efectuadas.
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Tabela 6 Principais resultados de eficácia na análise de superioridade (população ITT, Estudo NO16966)
Endpoint (meses)
FOLFOX-4 ou XELOX
+ Placebo
(n=701)
FOLFOX-4 ou XELOX
+ Bevacizumab (n=699)
Valor de p
Objectivo primário
PFS mediana**
8,0
9,4
0,0023
Hazard Ratio (IC 97,5%) a
0,83 (0,72–0,95)
Objectivos secundários
PFS mediana (em tratamento)**
7,9
10,4
<0,0001
Hazard Ratio (IC 97,5%)
0,63 (0,52-0,75)
Taxa de resposta global (Avaliação do Invest.)**
49,2%
46,5%
Sobrevivência global mediana*
19,9
21,2
0,0769
Hazard Ratio (IC 97,5%)
0,89 (0,76-1,03)
* Análise de sobrevivência global ao cut-off clínico de 31 Janeiro 2007
** Análise primária ao cut-off clínico de 31 Janeiro 2006
a Relativamente ao braço de controlo
No subgrupo de tratamento com FOLFOX, a PFS mediana foi de 8,6 meses nos doentes a receber placebo e de 9,4 meses nos doentes tratados com bevacizumab, Hazard Ratio (HR) = 0,89, IC 97,5% = [0,73 ; 1,08]; valor de p = 0,1871; os resultados correspondentes no subgrupo de tratamento com XELOX foram de 7,4 vs. 9,3 meses, HR = 0,77, IC 97,5% = [0,63 ; 0,94]; valor de p = 0,0026.
No subgrupo de tratamento com FOLFOX, a mediana da sobrevivência global foi de 20,3 meses nos doentes a receber placebo e de 21,2 meses nos doentes tratados com bevacizumab, HR = 0,94, IC 97,5% = [0,75 ; 1,16]; valor de p = 0,4937; os resultados correspondentes no subgrupo de tratamento com XELOX foram de 19,2 vs. 21,4 meses, HR = 0,84, IC 97,5% = [0,68 ; 1,04]; valor de p = 0,0698.
ECOG E3200
Este foi um estudo de fase III, aleatorizado, controlado por substância activa, aberto, para investigação de Avastin 10 mg/kg em associação com folinato de cálcio e 5-fluorouracilo em bólus, seguido de perfusão de 5-fluorouracilo com oxaliplatina por via intravenosa (FOLFOX-4), administrado cada 2 semanas em doentes previamente tratados (segunda linha) com cancro do cólon ou do recto avançado. Nos braços com quimioterapia, o regime de FOLFOX-4 utilizou as mesmas doses e posologia referidas na Tabela 5 para o Estudo NO16966.
O parâmetro primário de eficácia do ensaio foi a sobrevivência global, definida como o tempo desde a aleatorização à morte por qualquer causa. Foram aleatorizados 829 doentes (292 FOLFOX-4, 293 Avastin + FOLFOX-4 e 244 para Avastin em monoterapia). A adição de Avastin a FOLFOX-4 resultou num aumento estatisticamente significativo da sobrevivência. Observaram-se também melhorias estatisticamente significativas na sobrevivência livre de progressão e na taxa de resposta objectiva (ver Tabela 7).
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Tabela 7 Resultados de eficácia obtidos no Estudo E3200
E3200
FOLFOX-4
FOLFOX-4 + Avastina
Número de Doentes
292
293
Sobrevivência Global
Mediana (meses)
10,8
13,0
Intervalo de confiança de 95%
10,12 – 11,86
12,09 – 14,03
Hazard Ratiob
0,751
(valor de p = 0,0012)
Sobrevivência Livre de Progressão
Mediana (meses)
4,5
7,5
Hazard Ratio
0,518
(valor de p < 0,0001)
Taxa de Resposta Objectiva
Taxa
8,6%
22,2%
(valor de p < 0,0001)
a 10 mg/kg de 2 em 2 semanas
b Relativamente ao braço de controlo
Não foi observada diferença significativa na duração da sobrevivência global entre doentes que receberam Avastin em monoterapia comparativamente a doentes tratados com FOLFOX-4. A sobrevivência livre de progressão e a taxa de resposta objectiva foram inferiores no braço com Avastin em monoterapia comparativamente ao braço com FOLFOX-4.
O benefício de re-tratamento com Avastin em doentes com cancro do cólon ou do recto metastizado anteriormente expostos a Avastin em tratamentos prévios, não foi avaliado em ensaios clínicos aleatorizados.
Cancro da mama metastático
O estudo E2100 foi um ensaio clínico aberto, aleatorizado, controlado por comparador activo, multicêntrico, para avaliar o Avastin em associação com paclitaxel no cancro da mama localmente avançado ou metastático em doentes não anteriormente tratados com quimioterapia para a doença metastática ou localmente avançada. Os doentes foram aleatoriamente distribuídos para o braço de tratamento com paclitaxel sozinho (90 mg/m2 IV durante 1 hora, uma vez por semana, durante três semanas em cada quatro) ou no braço em associação com Avastin (10 mg/kg IV por perfusão, administrado de duas em duas semanas). Foi permitida terapêutica hormonal anterior, para tratamento da doença metastática. A terapêutica adjuvante com taxanos foi permitida apenas nos casos em que tivesse sido concluída, pelo menos, 12 meses antes do doente entrar para o estudo. Dos 722 doentes do estudo, a maioria (90%) apresentava doença HER-2 negativa e um número pequeno de doentes tinha status HER-2 desconhecido (8%) ou positivo confirmado (2%). Neste pequeno número doentes, incluíam-se doentes anteriormente tratados com trastuzumab e doentes para os quais este tratamento não foi considerado adequado. Adicionalmente, 65% dos doentes tinham sido anteriormente submetidos a quimioterapia adjuvante, incluindo taxanos (19%) e antraciclinas (49%). Foram excluídos doentes com metástases do sistema nervoso central, incluindo doentes com lesões cerebrais anteriormente tratadas ou sujeitas a ressecção.
No estudo E2100, os doentes foram tratados até progressão de doença. Em situações em que a descontinuação precoce da quimioterapia era necessária, o tratamento com Avastin em monoterapia manteve-se até progressão de doença. As características dos doentes eram semelhantes nos braços do
19
estudo. O objectivo primário deste ensaio clínico era a sobrevivência livre de progressão, baseada na avaliação, pelo investigador, da progressão de doença. Adicionalmente, foi também efectuada uma revisão independente do objectivo primário. Os resultados deste estudo são apresentados na tabela 8.
Tabela 8 Resultados de eficácia do estudo E2100:
Sobrevivência livre de progressão
Avaliação do Investigator*
Avaliação Independente
Paclitaxel
(n=354)
Paclitaxel/Avastin
(n=368)
Paclitaxel
(n=354)
Paclitaxel/Avastin
(n=368)
PFS Mediana (meses)
5,8
11,4
5,8
11,3
HR
(IC 95%)
0,421
(0,343 ; 0,516)
0,483
(0,385 ; 0,607)
Valor de p
<0,0001
<0,0001
Taxas de Resposta (em doentes com doença mensurável)
Avaliação do Investigator
Avaliação Independente
Paclitaxel
(n=243)
Paclitaxel/Avastin
(n=229)
Paclitaxel
(n=243)
Paclitaxel/Avastin
(n=229)
% doentes com resposta objectiva
23,4
48,0
22,2
49,8
Valor de p
<0,0001
<0,0001
* análise primária
Sobrevivência global
Paclitaxel
(n=354)
Paclitaxel/Avastin
(n=368)
OS Mediana (meses)
24,8
26,5
HR
(IC 95%)
0,869
(0,722 ; 1,046)
Valor de p
0,1374
O benefício clínico do Avastin, medido pela sobrevivência livre de progressão, foi observado em todos os subgrupos testados pré-especificados (incluindo intervalo livre de doença, número de locais metastáticos, tratamento anterior com quimioterapia adjuvante e status do receptor de estrogénio).
Cancro do pulmão de células não pequenas
A segurança e eficácia de Avastin em associação a quimioterapia com base em platinos, no tratamento em primeira linha de doentes com cancro do pulmão de células não pequenas não escamosas, foram estudadas nos estudos E4599 e BO17704. No estudo E4599 foi demonstrado um benefício em termos de sobrevivência global com uma dose de bevacizumab de 15 mg/kg, administrada cada 3 semanas. O estudo BO17704 demonstrou o aumento da sobrevivência livre de progressão e da taxa de resposta com ambas as doses de bevacizumab, 7,5 mg/kg, administrada cada 3 semanas e 15 mg/kg, administrada cada 3 semanas. Devido à curta duração do período de seguimento (follow-up) do estudo BO17704, não é possível retirar conclusões sobre o benefício na sobrevivência global.
O estudo E4599 foi um estudo aberto, aleatorizado, controlado activamente, multicêntrico para avaliação de Avastin no tratamento de primeira linha de doentes com cancro do pulmão de células não pequenas localmente avançado (estádio IIIb com derrame pleural maligno), metastático ou recidivante, excluindo histologia com predomínio de células escamosas.
Os doentes foram aleatoriamente distribuídos para o braço de quimioterapia à base de platinos (200 mg/m2 de paclitaxel e carboplatina AUC = 6,0; ambos administrados por perfusão IV) (PC), administrada no dia 1 de cada ciclo de 3 semanas até um total de 6 ciclos ou para o braço com PC em associação com Avastin na dose de 15 mg/kg, administrado por perfusão IV, no dia 1 de cada ciclo de
20
3 semanas. Após a conclusão dos seis ciclos de quimioterapia com carboplatina – paclitaxel ou após descontinuação prematura da quimioterapia, os doentes no braço de Avastin + carboplatina-paclitaxel continuaram a receber Avastin em monoterapia cada 3 semanas até progressão da doença. Foram randomizados para os dois braços de tratamento 878 doentes.
Durante o estudo, dos doentes que receberam medicação de ensaio, 32,2% (136/422) receberam 7-12 administrações de Avastin e 21,1% (89/422) receberam 13 ou mais administrações de Avastin.
O endpoint primário foi a duração da sobrevivência. Os resultados são apresentados na Tabela 9.
Tabela 9 Resultados de eficácia do estudo E4599
Braço 1
Carboplatina/
Paclitaxel
Braço 2
Carboplatina/ Paclitaxel + Avastin 15 mg/kg cada 3 semanas
Número de doentes
444
434
Sobrevivência Global
Mediana (meses)
10,3
12,3
Hazard Ratio
0,80 (p=0,003)
IC 95% (0,69; 0,93)
Sobrevivência Livre de Progressão
Mediana (meses)
4,8
6,4
Hazard Ratio
0,65 (p< 0,0001)
IC 95% (0,56; 0,76)
Taxa de Resposta Global
Taxa (percentagem)
12,9
29,0 (p< 0,0001)
Numa análise explanatória, a magnitude do benefício de Avastin na sobrevivência global foi menos pronunciada no subgrupo de doentes que não apresentava histologia de adenocarcinoma.
O estudo BO17704 foi um estudo de fase III, aleatorizado, duplamente cego, com Avastin em associação a cisplatina e gemcitabina versus placebo, cisplatina e gemcitabina, em doentes com cancro do pulmão de células não pequenas não escamosas, localmente avançado (estádio IIIb com metástases no gânglio linfático supraclavicular ou com derrame pleural ou pericárdico maligno), metastático ou recidivante, que não foram previamente tratados com quimioterapia. O endpoint primário foi a sobrevivência livre de progressão (PFS).
Os doentes foram aleatoriamente distribuídos para o braço de quimioterapia à base de platinos, cisplatina 80 mg/m2, administrada por perfusão IV no dia 1 e 1250 mg/m2 de gemcitabina, administrada por perfusão IV, nos dias 1 e 8 de cada ciclo de 3 semanas até um total de 6 ciclos (CG) com placebo ou para o braço de CG com Avastin na dose de 7,5 mg/kg ou 15 mg/kg, administrado por perfusão IV, no dia 1 de cada ciclo de 3 semanas. Nos braços contendo Avastin, os doentes podiam receber Avastin em monoterapia cada 3 semanas até progressão de doença ou toxicidade inaceitável. Os resultados do estudo mostram que 94% (277/296) dos doentes elegíveis continuaram a receber bevacizumab em monoterapia no ciclo 7.
Os resultados de eficácia são apresentados na Tabela 10.
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Tabela 10 Resultados de eficácia do estudo BO17704
Cisplatina/Gemcitabina + placebo
Cisplatina/Gemcitabina + Avastin 7,5 mg/kg cada 3 semanas
Cisplatina/Gemcitabina+ Avastin 15 mg/kg cada 3 semanas
Número de doentes
347
345
351
Sobrevivência livre de progressão
Mediana (meses)
6,1
6,7
(p= 0,0026)
6,5
(p=0,0301)
Hazard Ratio
0,75
[0,62; 0,91]
0,82
[0,68;0,98]
Melhor Taxa de resposta global a
20,1%
34,1%
(p< 0,0001)
30,4%
(p=0,0023)
a doentes com doença mensurável na baseline
Cancro de células renais avançado e/ou metastizado
Avastin em associação com Interferão alfa-2a no tratamento de primeira linha do cancro de células renais avançado e/ou metastizado (BO17705)
Este foi um ensaio de fase III, aleatorizado, com dupla ocultação, para avaliar a eficácia e a segurança de Avastin em associação com interferão (IFN) alfa-2a (Roferon®), versus IFN alfa-2a em monoterapia, no tratamento de primeira linha do cancro de células renais avançado e/ou metastizado. Os 649 doentes aleatorizados (641 tratados) apresentavam um Karnofsky Performance Status (KPS) ≥70%, não tinham metástases no SNC nem alterações funcionais dos órgãos. Os doentes foram nefrectomizados para carcinoma primário de células renais. Foi administrado Avastin 10 mg/Kg a cada 2 semanas até à progressão de doença. O INF alfa-2a foi administrado até às 52 semanas ou até à progressão de doença, numa dose inicial recomendada de 9 MUI, três vezes por semana, sendo permitida a redução de dose, em duas etapas, para 3 MUI três vezes por semana. Os doentes foram estratificados de acordo com o país e a pontuação Motzer, e os braços de tratamento demonstraram estar bem equilibrados em relação aos factores de prognóstico. À data de cut-off tinham ocorrido 505 casos de progressão, 111 doentes permaneciam em tratamento, 287 tinham descontinuado (as descontinuações da terapêutica do estudo devido a acontecimentos adversos foi de 12% com IFN alfa-2a versus 28% com IFN alfa-2a + Avastin) e 251 tinham morrido. Noventa e sete (97) doentes no braço de tratamento com IFN alfa-2a e 131 doentes no braço de tratamento com Avastin reduziram a dose de IFN alfa-2a de 9 MUI para 6 ou 3 MUI, três vezes por semana, tal como pré-especificado no protocolo. A redução de dose de IFN alfa-2a não pareceu afectar a eficácia da associação de Avastin e IFN alfa-2a, baseada nas taxas livres do evento PFS ao longo do tempo, tal como demonstrado numa análise de subgrupo. Os 131 doentes no braço de tratamento Avastin + IFN alfa-2a, que reduziram e mantiveram a dose de IFN alfa-2a de 6 ou 3 MUI durante o estudo, demonstraram aos 6, 12 e 18 meses taxas livres do evento PFS de 73, 52 e 21%, respectivamente, quando comparado com 61, 43 e 17% na população total de doentes tratados com Avastin + IFN alfa-2a. A adição de Avastin ao IFN alfa-2a aumentou significativamente a PFS e a taxa de resposta objectiva do tumor (Tabela 11). Aquando da análise interina, os dados sobre a sobrevivência global não eram definitivos.
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Tabela 11 Resultados de eficácia do estudo BO17705
BO17705
Placebo + IFNa
Bvb + IFNa
Número de doentes
322
327
Sobrevivência Livre de Progressão
Mediana (meses)
5,4
10,2
Hazard Ratio
IC 95%
0,63
0,52; 0,75
(valor de p < 0,0001)
Taxa de Resposta Objectiva (%) em doentes com doença mensurável
n
289
306
Taxa de resposta
12,8%
31,4%
(valor de p < 0,0001)
a Interferão alfa-2a, 9 MUI 3x/semana
b Bevacizumab 10 mg/kg cada 2 semanas
AVF2938
Este foi um estudo clínico de fase II, aleatorizado, com dupla ocultação, para investigação de Avastin 10 mg/kg, administrado cada 2 semanas, com a mesma dose de Avastin em associação com 150 mg por dia de erlotinib, em doentes com cancro renal de células claras metastizado. Neste estudo, um total de 104 doentes foi aleatorizado para tratamento, 53 para o braço de Avastin 10 mg/kg cada 2 semanas e placebo, e 51 para o braço de Avastin 10 mg/kg cada 2 semanas e erlotinib 150 mg por dia. A análise do objectivo primário mostrou não haver diferença entre os braços de Avastin + placebo e Avastin + erlotinib (mediana da PFS de 8,5 versus 9,9 meses). Sete doentes em cada braço apresentaram resposta objectiva. A adição de erlotinib ao bevacizumab não resultou na melhoria da Sobrevivência Global (Hazard Ratio = 1,764; p = 0,1789), duração da resposta objectiva (6,7 versus 9,1 meses) ou tempo até à progressão de sintomas (Hazard Ratio = 1,172; p = 0,5076).
AVF0890
Este foi um estudo clínico de fase II, aleatorizado, para comparação da eficácia e segurança de bevacizumab versus placebo. Um total de 116 doentes foi aleatorizado para tratamento com 3 mg/kg de bevacizumab cada 2 semanas (n=39), 10 mg/kg cada 2 semanas (n=37) ou placebo (n=40). Uma análise interina demonstrou um prolongamento significativo do tempo até à progressão da doença no grupo a receber 10 mg/kg comparativamente ao grupo placebo (Hazard Ratio de 2,55; p < 0,001). Houve uma pequena diferença, de significância marginal, entre o tempo até à progressão da doença no grupo tratado com 3 mg/kg e no grupo placebo (Hazard Ratio = 1,26; p = 0,053). Quatro doentes tiveram resposta objectiva (parcial) e todos tinham recebido a dose de 10 mg/kg de bevacizumab; a taxa de resposta global (ORR) da dose de 10 mg/kg foi de 10%.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Os dados farmacocinéticos do bevacizumab foram obtidos em oito ensaios clínicos realizados em doentes com tumores sólidos. Em todos os ensaios clínicos, o bevacizumab foi administrado sob a forma de perfusão intravenosa. A velocidade de perfusão foi determinada pela tolerabilidade tendo a perfusão inicial durado 90 minutos. A farmacocinética do bevacizumab revelou ser linear para doses entre 1 e 10 mg/kg.
Absorção
Não aplicável.
23
Distribuição
Com base numa análise da farmacocinética populacional de 491 indivíduos tratados com Avastin 1 vez por semana, de 2 em 2 semanas ou de 3 em 3 semanas, com doses entre 1 e 20 mg/kg, o volume do compartimento central (Vc) foi de 2,92 l. Os resultados indicaram também que, após correcção para o peso corporal, os indivíduos do sexo masculino tinham um Vc maior (+ 22%) do que os do sexo feminino.
Metabolismo
A avaliação do metabolismo do bevacizumab em coelhos, após administração de uma dose única intravenosa de 125I-bevacizumab, indicou que o perfil metabólico era similar ao esperado para uma molécula de IgG nativa que não se ligue ao VEGF. O metabolismo e a eliminação do bevacizumab é semelhante ao da IgG endógena, isto é, primariamente catabolismo via proteolítica em todo o organismo, incluindo células endoteliais, e não assenta primariamente na eliminação através dos rins ou do fígado. A ligação da IgG ao receptor FcRN resulta na protecção do metabolismo celular e na semi-vida terminal longa.
Eliminação
A depuração do bevacizumab foi de 0,231 l/dia. O volume do compartimento central (Vc) e a depuração correspondem a uma semi-vida inicial de 1,4 dias e a uma semi-vida terminal de cerca de 20 dias. Esta semi-vida é consistente com a semi-vida de eliminação terminal da IgG endógena humana, que é de 18 a 23 dias. Em doentes com valor baixo de albumina (≤29g/l) e valor elevado de fosfatase alcalina (≥484U/l) (ambos marcadores da severidade da doença), a depuração foi aproximadamente 20% mais elevada do que em doentes com valores laboratoriais normais.
Farmacocinética em populações especiais
Os parâmetros farmacocinéticos populacionais foram analisados de forma a avaliar os efeitos das características demográficas. Os resultados mostraram não haver diferenças significativas na farmacocinética do bevacizumab relativamente à idade.
Crianças e adolescentes: A farmacocinética do bevacizumab foi estudada num número limitado de doentes pediátricos. Os dados farmacocinéticos resultantes sugerem que o volume de distribuição e a depuração do bevacizumab foram comparáveis aos dos adultos com tumores sólidos.
Compromisso renal: Não se realizaram estudos para determinar a farmacocinética do bevacizumab em doentes com compromisso renal, uma vez que os rins não são um órgão principal para metabolização ou eliminação do bevacizumab.
Compromisso hepático: Não se realizaram estudos para determinar a farmacocinética do bevacizumab em doentes com compromisso hepático, uma vez que o fígado não é um órgão principal para metabolização ou eliminação do bevacizumab.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Em estudos com duração até 26 semanas, realizados no macaco cynomolgus, observou-se displasia fiseal em animais jovens, com cartilagens epifisárias não encerradas, para concentrações séricas médias de bevacizumab inferiores ao valor médio das concentrações séricas terapêuticas no ser humano. No coelho, o bevacizumab revelou inibir a cicatrização de feridas com doses inferiores à dose clínica proposta. Os efeitos na cicatrização das feridas revelaram ser completamente reversíveis.
Não se realizaram estudos de avaliação do potencial mutagénico e carcinogénico do bevacizumab.
Não se realizaram estudos específicos em animais para avaliação do efeito na fertilidade. No entanto, podem ser esperados efeitos adversos na fertilidade feminina uma vez que os estudos de toxicidade por dose repetida, realizados em animais, mostraram a inibição da maturação dos folículos do ovário e uma diminuição/ausência de corpos lúteos, com a correspondente diminuição do peso dos ovários e útero, bem como da diminuição no número de ciclos menstruais.
24
O bevacizumab mostrou ser embriotóxico e teratogénico quando administrado em coelhos. Os efeitos observados incluíram diminuição do peso corporal materno e fetal, aumento do número de reabsorções fetais e aumento da incidência de malformações fetais específicas, macroscópicas e a nível do esqueleto. Observaram-se efeitos adversos nos fetos com qualquer uma das doses testadas. A dose mais baixa testada resultou num valor médio das concentrações séricas aproximadamente 3 vezes maior do que o observado em indivíduos tratados com 5 mg/kg de 2 em 2 semanas.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Trealose di-hidratada
Fosfato de sódio
Polissorbato 20
Água para preparações injectáveis
6.2 Incompatibilidades
Observou-se um perfil de degradação do bevacizumab, dependente da concentração, quando este foi diluído com soluções de glucose (5%).
6.3 Prazo de validade
2 anos
A estabilidade química e física durante a utilização foi demonstrada durante 48 horas a 2°C-30°C em solução injectável de cloreto de sódio 0,9%. Do ponto de vista microbiológico, o produto deve ser utilizado imediatamente. Se não for utilizado imediatamente, a duração e as condições de armazenagem após a preparação são da responsabilidade do utilizador, não devendo ser superiores a 24 horas a 2°C-8°C, excepto se a diluição ocorrer em condições de assepsia, controladas e validadas.
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar no frigorífico (2°C-8°C)
Não congelar.
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz.
Condições de conservação do medicamento diluído, ver secção 6.3.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Frasco para injectáveis para uso único (vidro Tipo I) com tampa de borracha butílica, contendo 100 mg de bevacizumab em 4 ml de concentrado para solução para perfusão
Frasco para injectáveis para uso único (vidro Tipo I) com tampa de borracha butílica, contendo 400 mg de bevacizumab em 16 ml de concentrado para solução para perfusão
Embalagens de 1 frasco para injectáveis contendo 4 ml.
Embalagens de 1 frasco para injectáveis contendo 16 ml.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Avastin não contém qualquer conservante antimicrobiano, pelo que se deve ter cuidado em assegurar a esterilidade da solução preparada.
25
Avastin deve ser preparado por um profissional de saúde, por meio de técnica asséptica. Retirar a quantidade necessária de bevacizumab e diluir até ao volume de administração necessário com solução injectável de cloreto de sódio 0,9%. A concentração final da solução de bevacizumab deve ser mantida dentro do intervalo 1,4-16,5 mg/ml.
Rejeitar qualquer porção não utilizada deixada no frasco para injectáveis uma vez que o produto não contém conservantes. Antes da administração, os medicamentos para administração parentérica devem ser inspeccionados visualmente quanto à presença de partículas ou coloração.
Não foram observadas incompatibilidades entre Avastin e sacos ou dispositivos de perfusão de cloreto de polivinilo ou poliolefine.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Roche Registration Limited
6 Falcon Way
Shire Park
Welwyn Garden City
AL7 1TW
Reino Unido
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/04/300/001 – frasco para injectáveis de 100 mg/4 ml
EU/1/04/300/002 – frasco para injectáveis de 400 mg/16 ml
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
12 de Janeiro de 2005
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
26
ANEXO II
A. FABRICANTE(S) DA SUBSTÂNCIA ACTIVA DE ORIGEM BIOLÓGICA E TITULAR(ES) DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
27
A FABRICANTE DA SUBSTÂNCIA ACTIVA DE ORIGEM BIOLÓGICA E TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
Nome e endereço dos fabricantes da substância activa de origem biológica
Genentech, Inc.
1 DNA Way
South San Francisco, CA 94080-4990
EUA
Genentech, Inc.
1000 New Horizons Way
Vacaville, CA 95688
EUA
Genentech, Inc.
1 Antibody Way
Oceanside, CA 92056
EUA
Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote
Roche Pharma AG
Emil-Barrell-Str.1,
D-79639 Grenzach-Wyhlen
Alemanha
B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
• CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO
IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Medicamento de receita médica restrita, de utilização reservada a certos meios especializados (ver anexo I: Resumo das Características do Medicamento, secção 4.2.).
• CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO MEDICAMENTO
Não aplicável.
• OUTRAS CONDIÇÕES
Plano de Gestão de Risco
O Titular da Autorização de Introdução no Mercado compromete-se a desenvolver estudos e actividades de farmacovigilância adicionais, descritas no Plano de Farmacovigilância, conforme acordado na versão 4.0 do Plano de Gestão de Risco (PGR) apresentado no Módulo 1.8.3 do pedido de Autorização de Introdução no Mercado e quaisquer actualizações subsequentes do PGR acordado com o CHMP.
Tendo em conta a Norma Orientadora do CHMP sobre Sistemas de Gestão de Risco para medicamentos de uso humano, o PGM actualizado deve ser submetido em simultâneo com o próximo Relatório Periódico de Segurança (RPS).
Adicionalmente, deve submeter-se um PGR actualizado:
• Quando é recebida nova informação que possa ter impacto nas Especificações de Segurança, Plano de Farmacovigilância ou actividades de minimização de risco actuais
28
• No prazo de 60 dias após a concretização de um acontecimento importante (farmacovigilância ou minimização de risco)
• A pedido da EMEA
29
ANEXO III
ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO
30
A. ROTULAGEM
31
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
EMBALAGEM EXTERIOR
1. NOME DO MEDICAMENTO
Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Bevacizumab
2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S)
Cada frasco para injectáveis contém 100 mg de bevacizumab.
3. LISTA DOS EXCIPIENTES
Trealose dihidratada, fosfato de sódio, polissorbato 20, água para preparações injectáveis.
4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
Concentrado para solução para perfusão
100 mg
1 frasco para injectáveis de 4 ml
5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Para administração intravenosa após diluição
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças
7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
Este medicamento não contém conservantes
8. PRAZO DE VALIDADE
VAL.
9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Conservar no frigorífico (2ºC-8ºC)
Não congelar
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior
32
10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL
11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Roche Registration Limited
6 Falcon Way
Shire Park
Welwyn Garden City
AL7 1TW
Reino Unido
12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/04/300/001
13. NÚMERO DO LOTE
Lote
14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica
15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Não aplicável
33
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
FRASCO PARA INJECTÁVEIS
1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Avastin 25 mg/ml, concentrado para solução para perfusão
Bevacizumab
2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO
Para administração intravenosa após diluição
3. PRAZO DE VALIDADE
VAL.
4. NÚMERO DO LOTE
Lote
5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE
100 mg, 4 ml
6. OUTRAS
34
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
EMBALAGEM EXTERIOR
1. NOME DO MEDICAMENTO
Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Bevacizumab
2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S)
Cada frasco para injectáveis contém 400 mg de bevacizumab.
3. LISTA DOS EXCIPIENTES
Trealose dihidratada, fosfato de sódio, polissorbato 20, água para preparações injectáveis.
4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
Concentrado para solução para perfusão
400 mg
1 frasco para injectáveis de 16 ml
5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Para administração intravenosa após diluição
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças
7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
Este medicamento não contém conservantes
8. PRAZO DE VALIDADE
VAL.
9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Conservar no frigorífico (2ºC-8ºC)
Não congelar
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior
35
10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL
11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Roche Registration Limited
6 Falcon Way
Shire Park
Welwyn Garden City
AL7 1TW
Reino Unido
12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/04/300/002
13. NÚMERO DO LOTE
Lote
14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica
15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Não aplicável
36
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
FRASCO PARA INJECTÁVEIS
1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Bevacizumab
2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO
Para administração intravenosa após diluição
3. PRAZO DE VALIDADE
VAL.
4. NÚMERO DO LOTE
Lote
5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE
400 mg, 16 ml
6. OUTRAS
37
B. FOLHETO INFORMATIVO
38
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Bevacizumab
Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
– Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
– Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
– Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
– Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Avastin e para que é utilizado
2. Antes de utilizar Avastin
3. Como utilizar Avastin
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Avastin
6. Outras informações
1. O QUE É AVASTIN E PARA QUE É UTILIZADO
Avastin é um medicamento utilizado para o tratamento do cancro avançado do intestino grosso, isto é, do cólon ou recto. Avastin será administrado juntamente com quimioterapia que contém medicamentos com fluoropirimidinas.
Avastin também é utilizado para o tratamento do cancro da mama metastático. Quando utilizado em doentes com cancro da mama, será administrado com paclitaxel, um medicamento para quimioterapia.
Avastin também é utilizado para o tratamento do cancro do pulmão de células não pequenas avançado. Avastin será administrado em associação com um regime de quimioterapia contendo platinos.
Avastin também é utilizado para o tratamento do cancro renal avançado. Quando utilizado em doentes com cancro renal, será administrado com outro tipo de medicamento denominado interferão.
Avastin contém a substância activa bevacizumab, que é um anticorpo monoclonal humanizado.
Os anticorpos monoclonais são proteínas que reconhecem e se ligam, especificamente, a outras proteínas únicas do organismo. O bevacizumab liga-se selectivamente a uma proteína designada por factor de crescimento do endotélio vascular humano (VEGF), que se encontra no revestimento dos vasos sanguíneos e linfáticos do organismo. O VEGF induz o crescimento dos vasos sanguíneos dos tumores, estes vasos sanguíneos abastecem o tumor de nutrientes e oxigénio. Quando o bevacizumab se liga ao VEGF, impede-o de actuar adequadamente. Esta acção impede o crescimento do tumor através do bloqueio do crescimento dos vasos sanguíneos que fornecem nutrientes e oxigénio ao tumor.
Cada embalagem de Avastin concentrado para solução para perfusão contém um frasco para injectáveis. Este frasco para injectáveis contém 4 ml ou 16 ml de um líquido concentrado estéril, ligeiramente opaco, incolor a castanho claro. Antes da utilização, o concentrado deve ser diluído de forma a torná-lo numa solução para perfusão intravenosa.
39
2. ANTES DE UTILIZAR AVASTIN
Não utilize Avastin se:
– tem alergia (hipersensibilidade) ao bevacizumab ou a qualquer outro componente de Avastin.
– tem alergia (hipersensibilidade) a derivados de células de ovário de hamster Chinês (CHO) ou
a outros anticorpos recombinantes humanos ou humanizados.
– tem um cancro no cérebro, ainda não submetido a tratamento.
– está grávida.
Tome especial cuidado com Avastin:
– se tiver doenças que causem inflamação no interior do abdómen (ex. diverticulite, úlceras no estômago, colite associada à quimioterapia), uma vez que é possível que a utilização de Avastin aumente o risco de desenvolvimento de orifícios na parede do intestino.
– se vai ser submetido a uma operação cirúrgica, se tiver sido submetido a uma grande
intervenção cirúrgica nos 28 dias anteriores ou se tiver uma ferida cirúrgica não cicatrizada, não
deve ser tratado com este medicamento uma vez que Avastin pode aumentar o risco de
hemorragia ou de problemas de cicatrização após a cirurgia.
– se tem tensão arterial elevada que não é controlada com anti-hipertensivos, uma
vez que Avastin pode aumentar a incidência de tensão arterial elevada. Antes de iniciar o tratamento com Avastin o seu médico deverá certificar-se de que a sua tensão arterial está controlada.
– se tem tensão arterial elevada, uma vez que pode ter um risco aumentado de ter proteínas na urina.
– se tem mais de 65 anos e se também tiver tido coágulos sanguíneos numa artéria (um tipo de
vaso sanguíneo), uma vez que estes factores podem aumentar o risco de se voltarem a formar
coágulos sanguíneos nas artérias.
– se tiver, ou alguém da sua família tiver tendência para ter problemas de hemorragias ou se estiver a tomar medicamentos que tornam o sangue menos espesso, para tratamento dos coágulos sanguíneos.
– se tem tosse ou expectoração com sangue ou tenha tido qualquer hemorragia nos pulmões.
– se foi alguma vez submetido a tratamento com antraciclinas (por exemplo doxorrubicina, um tipo específico de quimioterapia utilizada para o tratamento de alguns cancros) ou foi submetido a radioterapia no tórax ou se tem alguma doença de coração, uma vez que Avastin pode aumentar o risco de desenvolvimento de problemas cardíacos.
Não deixe de informar o médico, mesmo que algum dos problemas descritos acima tenha ocorrido já
há algum tempo.
Ao tomar Avastin com outros medicamentos:
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Informe o seu médico se fez recentemente ou está a fazer radioterapia.
Gravidez e aleitamento
Não pode usar Avastin se estiver grávida. Avastin pode afectar o bebé que se está a desenvolver no útero uma vez que pode parar a formação de novos vasos sanguíneos. O seu médico deve aconselhá-la a utilizar contracepção durante o tratamento com Avastin e durante pelo menos 6 meses após a última dose de Avastin.
40
Informe de imediato o seu médico se estiver grávida, se engravidar durante o tratamento com este medicamento ou se pretende engravidar num futuro próximo.
Não pode amamentar o seu filho durante o tratamento com Avastin e durante pelo menos 6 meses após a última dose de Avastin, uma vez que este pode interferir com o crescimento e desenvolvimento do seu bebé.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas:
Avastin não mostrou efeitos na capacidade de conduzir ou utilizar quaisquer ferramentas ou máquinas.
3. COMO UTILIZAR AVASTIN
Dose e frequência de administração
A dose necessária de Avastin depende do seu peso corporal e do tipo de cancro a que está a ser tratado. A dose recomendada é de 5; 7,5; 10 ou 15 mg por quilograma do seu peso corporal. O seu médico vai prescrever a dose de Avastin adequada ao seu caso. A administração de Avastin vai ser feita 1 vez, de 2 em 2 ou de 3 em 3 semanas. O número de perfusões vai depender da forma como responder ao tratamento; deve prosseguir o tratamento até o Avastin deixar de conseguir impedir o crescimento do tumor. O seu médico irá discutir este assunto consigo.
Modo e via de administração
Avastin é um concentrado para solução para perfusão. Antes da utilização, uma parte ou a totalidade, consoante a dose que lhe foi prescrita, do conteúdo do frasco para injectáveis de Avastin será diluída com uma solução salina. Um médico ou enfermeiro irá administrar-lhe a solução diluída de Avastin por meio de perfusão intravenosa. A primeira perfusão ser-lhe-á administrada durante 90 minutos. Se esta for bem tolerada, a segunda perfusão pode ser administrada durante 60 minutos. As perfusões seguintes podem ser administradas durante 30 minutos.
A administração de Avastin deve ser temporariamente interrompida:
– se desenvolver tensão arterial elevada grave, que necessite de tratamento com anti-hipertensivos,
– se tiver problemas de cicatrização depois de uma cirurgia,
– se for submetido a uma cirurgia.
A administração de Avastin deve ser permanentemente interrompida se tiver:
– tensão arterial elevada grave não controlada pelos medicamentos anti-hipertensivos; ou uma subida grave, súbita, da tensão arterial,
– presença de proteínas na urina, acompanhada por inchaço no seu corpo,
– um orifício na parede do seu intestino,
– uma ligação ou passagem anormal, em forma de tubo, entre a traqueia e o esófago ou entre órgãos internos e a pele ou outros tecidos que não são normalmente conectados, e que seja considerada grave pelo seu médico,
– um coágulo de sangue nas suas artérias,
– um coágulo nas veias dos pulmões,
– uma hemorragia grave.
Se for administrada uma quantidade excessiva de Avastin:
– pode ter uma enxaqueca muito forte. Se isto acontecer contacte imediatamente o seu médico ou
farmacêutico.
Se não for administrada uma dose de Avastin:
– o seu médico decidirá quando deve receber a próxima dose de Avastin. Deve falar disso com o
seu médico. 41
Se parar de tomar Avastin:
Interromper o tratamento com Avastin pode parar o seu efeito no crescimento do tumor. Não pare o tratamento com Avastin excepto se o assunto tiver sido discutido com o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Avastin pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Os efeitos secundários abaixo descritos foram observados quando Avastin foi administrado juntamente com quimioterapia. Isto não significa necessariamente que estes efeitos secundários tenham sido causados unicamente pelo Avastin.
Os efeitos secundários descritos como muito frequentes foram sentidos em mais de 1 em 10 doentes.
Os efeitos secundários descritos como frequentes foram sentidos em até 1 em 10 doentes.
Deve procurar ajuda imediatamente se tiver algum dos efeitos secundários abaixo descritos.
Os efeitos secundários frequentes (até 1 em 10 doentes) mais graves são:
– perfuração intestinal,
– hemorragia, incluindo hemorragia do pulmão em doentes com cancro do pulmão de células não pequenas,
– bloqueio de uma artéria por um coágulo sanguíneo;
– bloqueio de veias nos pulmões por um coágulo sanguíneo.
Os efeitos secundários graves que podem ser muito frequentes (mais de 1 em 10 doentes) incluem:
– tensão arterial elevada,
– problemas de cicatrização de feridas após cirurgia,
– sensação de adormecimento ou formigueiro das mãos ou pés,
– diminuição do número de células sanguíneas, incluindo glóbulos brancos, que ajudam a combater infecções e células que ajudam na coagulação do sangue,
– falta de energia ou cansaço,
– náusea e vómito.
Os efeitos secundários graves que podem ser frequentes (até 1 em 10 doentes) incluem:
– diminuição do número de células do sangue, estas incluem glóbulos brancos (pode estar associada com febre) e de glóbulos vermelhos,
– hemorragia associada ao tumor,
– falta de energia,
– dor abdominal,
– boca seca associada a sede e/ou diminuição do volume ou escurecimento da urina,
– diarreia,
– dor, incluindo dor de cabeça,
– coágulo sanguíneo numa veia das pernas, ou dificuldades na coagulação do sangue,
– acumulação localizada de pus,
– infecção, em particular infecção no sangue ou na bexiga,
– redução da circulação de sangue no cérebro ou acidente vascular cerebral,
– coágulos sanguíneos nas artérias que podem conduzir a enfarte e a ataque cardíaco,
– adormecer ou desmaiar,
42
– problemas cardíacos acompanhados de dificuldades respiratórias,
– hemorragia nasal,
– aumento do ritmo cardíaco (pulso),
– obstrução no intestino,
– resultados anormais no teste da urina (proteínas na urina),
– dificuldades respiratórias ou baixos níveis de oxigénio no sangue.
Raramente, podem ocorrer efeitos secundários tais como convulsões (ataques), dor de cabeça, confusão, alterações na visão ou uma ligação anormal, em forma de tubo, entre a traqueia e a passagem para o estômago (esófago).
Deve procurar ajuda logo que possível se tiver algum dos efeitos secundários abaixo descritos.
Entre os efeitos secundários muito frequentes (mais de 1 em 10 doentes) que não foram graves incluem-se:
– tensão arterial elevada,
– dor,
– falta de energia,
– obstipação, hemorragia pela parte inferior do intestino grosso, inflamação da boca,
– perda do apetite,
– proteínas na urina,
– hemorragia nasal,
– febre,
– dor de cabeça.
Entre os efeitos secundários frequentes (até 1 em 10 doentes), que não foram graves incluem-se:
– dificuldade respiratória,
– hemorragia nasal,
– corrimento nasal,
– pele seca, descamação e inflamação da pele, alteração da cor da pele,
– alteração do paladar,
– problemas nos olhos (lacrimejar),
– alterações da voz, rouquidão.
Outros efeitos secundários menos frequentes, de qualquer gravidade, que foram notificados incluem insuficiência cardíaca, hemorragia do revestimento da boca ou da vagina, e uma ligação anormal, em forma de tubo, entre órgãos internos e a pele ou outros tecidos que não são normalmente conectados.
Têm havido casos muito raros de doentes que desenvolveram um orifício no septo do nariz – a estrutura que separa as narinas.
Alguns efeitos secundários são mais frequentes em doentes idosos. Estes efeitos secundários incluem coágulos sanguíneos nas artérias, que podem levar a um AVC (acidente vascular cerebral) ou a um ataque cardíaco. Além disso, os doentes idosos estão em maior risco de sofrer uma diminuição no número de glóbulos brancos no sangue e de células que ajudam na coagulação do sangue. Outros efeitos secundários notificados com uma maior frequência em doentes idosos incluem diarreia, enjoo, dor de cabeça e fadiga.
Avastin pode ainda causar alterações nas análises pedidas pelo seu médico. Estas incluem: diminuição do número de glóbulos brancos, em particular de neutrófilos (um tipo de glóbulo branco que ajuda na protecção contra infecções) no sangue; presença de proteínas na urina; diminuição dos níveis de potássio, sódio ou fósforo (um mineral) no sangue; aumento do nível de açúcar no sangue; aumento do nível de fosfatase alcalina (uma enzima) no sangue e diminuição do nível da hemoglobina (presente nos glóbulos vermelhos, que transportam oxigénio), que pode ser grave.
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5. COMO CONSERVAR AVASTIN
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Conservar no frigorífico (2°C – 8°C).
Não congelar.
Conservar o frasco para injectáveis na embalagem exterior.
Não utilize após o prazo de validade impresso na embalagem exterior e no rótulo do frasco para injectáveis após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
A solução para perfusão deve ser utilizada imediatamente depois da diluição. Rejeite qualquer porção não utilizada do medicamento.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Avastin
– A substância activa é o bevacizumab.
– Os outros componentes são a trealose dihidratada, o fosfato de sódio, o polissorbato 20 e água para preparações injectáveis.
Qual o aspecto de Avastin e conteúdo da embalagem
Avastin é um líquido transparente, incolor a castanho claro num frasco para injectáveis de vidro, com
uma tampa de borracha. Cada frasco para injectáveis contém 100 mg de bevacizumab em 4 ml de
solução ou 400 mg de bevacizumab em 16 ml de solução.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Roche Registration Limited, 6 Falcon Way, Shire Park, Welwyn Garden City, AL7 1TW, Reino Unido.
Fabricante:
Roche Pharma AG, Emil-Barell-Str. 1, 79639 Grenzach-Wyhlen, Alemanha.
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do titular da autorização de introdução no mercado.
België/Belgique/Belgien
N.V. Roche S.A.
Tél/Tel: +32 (0) 2 525 82 11
Luxembourg/Luxemburg
(Voir/siehe Belgique/Belgien)
България
Рош България ЕООД
Тел: +359 2 818 44 44
Magyarország
Roche (Magyarország) Kft.
Tel: +36 – 23 446 800
Česká republika
Roche s. r. o.
Tel: +420 – 2 20382111
Malta
(See United Kingdom)
Danmark
Roche a/s
Tlf: +45 – 36 39 99 99
Nederland
Roche Nederland B.V.
Tel: +31 (0) 348 438050
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Deutschland
Roche Pharma AG
Tel: +49 (0) 7624 140
Norge
Roche Norge AS
Tlf: +47 – 22 78 90 00
Eesti
Roche Eesti OÜ
Tel: + 372 – 6 177 380
Österreich
Roche Austria GmbH
Tel: +43 (0) 1 27739
Ελλάδα
Roche (Hellas) A.E.
Τηλ: +30 210 61 66 100
Polska
Roche Polska Sp.z o.o.
Tel: +48 – 22 345 18 88
España
Roche Farma S.A.
Tel: +34 – 91 324 81 00
Portugal
Roche Farmacêutica Química, Lda
Tel: +351 – 21 425 70 00
France
Roche
Tél: +33 (0) 1 46 40 50 00
România
Roche România S.R.L.
Tel: +40 21 206 47 01
Ireland
Roche Products (Ireland) Ltd.
Tel: +353 (0) 1 469 0700
Slovenija
Roche farmacevtska družba d.o.o.
Tel: +386 – 1 360 26 00
Ísland
Roche a/s
c/o Icepharma hf
Simi: +354 540 8000
Slovenská republika
Roche Slovensko, s.r.o.
Tel: +421 – 2 52638201
Italia
Roche S.p.A.
Tel: +39 – 039 2471
Suomi/Finland
Roche Oy
Puh/Tel: +358 (0) 10 554 500
Kύπρος
Γ.Α.Σταμάτης & Σια Λτδ.
Τηλ: +357 – 22 76 62 76
Sverige
Roche AB
Tel: +46 (0) 8 726 1200
Latvija
Roche Latvija SIA
Tel: +371 – 7 039831
United Kingdom
Roche Products Ltd.
Tel: +44 (0) 1707 366000
Lietuva
UAB “Roche Lietuva”
Tel: +370 5 2546799
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