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Budesonida

Pulmicort Suspensão Para Inalação Por Nebulização bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é PULMICORT e para que é utilizado
2.  Antes de utilizar PULMICORT
3.  Como utilizar PULMICORT
4.  Efeitos secundários PULMICORT
5.  Como conservar PULMICORT
6.  Outras informações

PULMICORT 1 mg/2 ml

Suspensão para inalação por nebulização

Budesonida

Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento. Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O que é PULMICORT e para que é utilizado

O nome do seu medicamento é PULMICORT e apresenta-se sob a forma farmacêutica de suspensão para inalação por nebulização (estéril).

PULMICORT suspensão para inalação por nebulização pertence a um grupo de medicamentos designados glucocorticosteróides, os quais são usados para reduzir a inflamação.

Grupo Farmacoterapêutico: Aparelho respiratório. Antiasmáticos e broncodilatadores. Anti-inflamatórios. Glucocorticóides

A asma é causada pela inflamação nas vias aéreas. PULMICORT suspensão para inalação por nebulização reduz e previne esta inflamação.

PULMICORT suspensão para inalação por nebulização é utilizado para tratar a asma e pode ser utilizado por doentes que não sejam capazes de utilizar um inalador de doses calibradas ou pó para inalação.Deve ser usado regularmente tal como foi prescrito pelo seu médico. No entanto, PULMICORT suspensão para inalação por nebulização não vai aliviar um ataque agudo de asma que tenha tido início.

PULMICORT suspensão para inalação por nebulização deve ser administrado através de um nebulizador equipado com um bucal ou com uma máscara facial, através do qual o medicamento segue o seu fluxo inspiratório até aos pulmões.

2. Antes de utilizar PULMICORT

Informe o seu médico se já teve algumas reacções invulgares à budesonida, a qualquer outro dos ingredientes (presentes no PULMICORT suspensão para inalação por nebulização) ou a outros medicamentos. Não utilize PULMICORT suspensão para inalação por nebulização se tem alergia (hipersensibilidade) à budesonida ou a qualquer um dos componentes.

Em alguns casos, PULMICORT suspensão para inalação por nebulização deve ser usado com extrema precaução. Informe sempre o seu médico sobre quaisquer outros problemas de saúde relacionados, especialmente se sofre ou sofreu de tuberculose pulmonar ou outra infecção recente.

Deverá manter sempre o seu médico informado sobre todos os medicamentos que está a tomar, em particular se está a usar medicamentos para as infecções fúngicas. Informe também o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

PULMICORT suspensão para inalação por nebulização foi-lhe prescrito para o tratamento da sua doença respiratória (asma). Não o utilize para o tratamento de outros problemas excepto se o seu médico o recomendar. Não ceda nunca o seu medicamento a terceiros.

Tome especial cuidado com PULMICORT

Para as crianças a efectuar uma utilização prolongada deste medicamento os pais devem verificar o seu crescimento regularmente.

Informe sempre o seu médico se tem, ou teve, problemas hepáticos.

Este medicamento contém menos do que 1 mmol (23 mg) de sódio por dose, ou seja, é praticamente “isento de sódio”.

Utilizar Pulmicort com outros medicamentos

Informe sempre o seu médico sobre todos os medicamentos que está a tomar, incluindo os que compra sem receita médica, e em particular se está a tomar medicamentos para infecções fúngicas.

Gravidez e aleitamento:

Se está grávida ou a amamentar deverá ter sempre o máximo cuidado com o uso de medicamentos. PULMICORT suspensão para inalação por nebulização

não mostrou quaisquer efeitos prejudiciais para a mãe ou para a criança quando foi utilizado por grávidas ou mulheres em fase de aleitamento. No entanto, deverá informar imediatamente o seu médico se ficar grávida durante o uso de PULMICORT suspensão para inalação por nebulização.

Condução e utilização de máquinas:

PULMICORT suspensão para inalação por nebulização não afecta a capacidade de condução e utilização de máquinas.

3. Como utilizar PULMICORT

A posologia de PULMICORT suspensão para inalação por nebulização é adaptada individualmente. Cumpra rigorosamente as instruções do seu médico, que poderão eventualmente divergir das informações contidas neste folheto.

PULMICORT suspensão para inalação por nebulização só pode ser usado num nebulizador. Certifique-se que sabe usar o nebulizador antes de começar a tomar este medicamento.

Nem todos os nebulizadores são adequados para a administração de PULMICORT suspensão para inalação por nebulização. Os nebulizadores ultrasónicos não devem ser usados com PULMICORT suspensão para inalação por nebulização.

Antes de utilizar PULMICORT suspensão para inalação por nebulização pela primeira vez, é importante que leia as “Instruções de uso” e que siga as instruções cuidadosamente.

Dose inicial recomendada

Adultos/Idosos: 1,0 a 2 mg, dose total diária. O seu médico poderá ajustar a dose ao fim de algum tempo. Doses diárias até 1 mg podem ser administradas numa dose única.

Crianças de idade igual ou superior a 6 meses: 0,25 a 0,5 mg, dose total diária. O seu médico poderá ajustar a dose ao fim de algum tempo. Doses diárias até 1 mg podem ser administradas numa dose única.

Em doentes em tratamento com corticosteróides orais, poderá considerar-se uma dose inicial mais elevada, por exemplo 1 mg dose total diária.

Dose de Manutenção

Adultos/Idosos: 0,5 a 4 mg, dose total diária. Em casos graves, a dose pode ser aumentada.

Crianças de idade igual ou superior a 6 meses: 0,25 a 2 mg, dose total diária. A dose mais elevada (2 mg por dia) apenas deve ser utilizada em crianças com asma grave e durante períodos de tempo limitados.

Lembre-se:

Deve lavar a boca com água após cada utilização. No caso de ser utilizada uma máscara facial deve lavar o rosto de seguida.

Após a melhoria dos sintomas o seu médico pode decidir reduzir a dose.

Pode sentir uma melhoria dos seus sintomas durante os primeiros dias de utilização de PULMICORT suspensão para inalação por nebulização. No entanto, podem ser necessárias 2-4 semanas até alcançar um efeito completo. Não se esqueça de tomar as doses de PULMICORT suspensão para inalação por nebulização mesmo quando já se sente bem.

Se lhe foi prescrito PULMICORT suspensão para inalação por nebulização e se está a tomar comprimidos de “cortisona”, o seu médico poderá reduzir gradualmente (por um período de semanas ou meses) a dose de comprimidos. Poderá até mesmo deixar de tomar os comprimidos.

Nota:

Se mudou a sua medicação de comprimidos de “cortisona” para PULMICORT suspensão para inalação por nebulização, poderá temporariamente vir a ter de novo os sintomas anteriores, por exemplo: fraqueza e dor nos músculos e articulações. Se surgirem alguns destes sintomas, ou outros tais como dor de cabeça, cansaço, náuseas ou vómitos, contacte o seu médico.

Se tomar mais Pulmicort do que deveria

Se tomar uma dose excessiva de PULMICORT suspensão para inalação por nebulização de uma só vez não deverão surgir efeitos prejudiciais. Se usar doses excessivas de PULMICORT suspensão para inalação por nebulização durante um período prolongado (semanas), é possível que ocorram efeitos secundários. Se pensa que isto lhe pode ter acontecido fale com o seu médico.

Caso se tenha esquecido de tomar Pulmicort Caso se tenha esquecido de tomar uma dose ocasional de PULMICORT suspensão para inalação por nebulização não será necessário compensar a dose que omitiu. Basta tomar a dose seguinte conforme prescrito.

4. Efeitos secundários PULMICORT

Geralmente não irá sentir quaisquer efeitos secundários ao utilizar PULMICORT suspensão para inalação por nebulização. No entanto, informe o seu médico ou farmacêutico se os efeitos secundários a seguir indicados o incomodarem ou persistirem ou se sofrer quaisquer outros efeitos invulgares:

Efeitos secundários mais frequentes: Ligeira irritação na garganta; Tosse; Rouquidão; Infecção fúngica na boca e garganta.

Efeitos secundários raros Vermelhidão da pele; Erupção na pele;

Nervosismo, inquietação, depressão.

Em casos muito raros, os medicamentos para inalação podem causar broncospasmo (= espasmos nas vias aéreas).

Nalguns casos, com o uso de nebulizador com máscara facial ocorreu irritação da pele. Para prevenir esse efeito, o rosto deve ser lavado com água após o uso da máscara.

Em casos raros, podem surgir efeitos indesejáveis mais generalizados com o tratamento com glucocorticosteróides inalados. Pode suspeitar disso caso se sinta cansado, com dores de cabeça, náuseas ou vómitos.

5. Como conservar PULMICORT

As ampolas por utilizar devem ser mantidas dentro do envelope e da caixa exterior de forma a estarem protegidas da luz. Conserve as ampolas na vertical.

Se não utilizar a quantidade total existente na ampola, proteja o que resta da luz.

Não conserve acima dos 30°C. Não congele.

Após abertura da ampola não conservar acima de 25°C.

Mantenha fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize PULMICORT suspensão para inalação por nebulização após expirar o prazo de validade inscrito no envelope e na caixa de cartão exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Após abertura do envelope, as ampolas devem ser utilizadas no prazo de 3 meses.

Cada ampola depois de aberta tem uma validade de 12 horas.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

6. Outras informações

Qual a composição de Pulmicort

PULMICORT suspensão para inalação por nebulização 1 mg/2 ml contém o medicamento budesonida. Cada unidade (ampola) de 2 ml contém 1 mg de budesonida.

Os outros componentes são: edetato dissódico, cloreto de sódio, polisorbato 80, ácido cítrico anidro, citrato de sódio e água para injectáveis.

Uma embalagem contém 5 unidades (ampolas) de 2 ml cada.

Qual o aspecto de Pulmicort

O recipiente é uma unidade (ampola) de polietileno de baixa densidade. Cada unidade (ampola) contém 2 ml de suspensão. Cada unidade (ampola) está marcada com um traço que indica o volume de 1 ml quando mantida direita e virada para baixo. Note-se que se for utilizado apenas 1 ml, o restante volume não permanecerá estéril.

Cada conjunto de 5 unidades (ampolas) é embalado num envelope de alumínio laminado.

Uma embalagem contém 5 unidades (ampolas) de 2 ml cada.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante Titular da Autorização de Introdução no Mercado AstraZeneca Produtos Farmacêuticos, Lda. Rua Humberto Madeira, 7 Valejas

2745-663 Barcarena Portugal

Tel. 21 434 61 00

Fax 21 434 61 92

E-mail: direccao.tecnica@astrazeneca.com

Fabricante:

AstraZeneca AB – Liquid Production Sweden

S-151 85 Sódertàlje

Suécia

Este folheto informativo foi aprovado pela última vez em 04-06-2008.

INSTRUÇÕES DE USO

Uso exclusivo em nebulizadores.

Depois do envelope aberto as ampolas de 2 ml devem ser utilizadas no prazo de três meses. A ampola de 2 ml, depois de aberta, deve ser utilizada num intervalo de 12 horas.

Não é para ser utilizado como injectável.

Antes de usar, suspenda os componentes agitando ligeiramente com movimentos rotativos.

Segure a unidade ampola de 2 ml na posição vertical e abra girando a paleta.

Esvazie o conteúdo para a câmara do nebulizador apertando ligeiramente.

A ampola de 2 ml tem um traço de marcação indicando o volume de 1 ml, quando a ampola está virada para baixo. Para a utilização de 1 ml, deve esvaziar o conteúdo da ampola virada para baixo até atingir o nível do traço de marcação. Antes de utilizar a restante suspensão deve voltar a agitar ligeiramente a ampola com com movimentos rotativos.

Note que se for utilizado apenas 1 ml, o restante volume não permanecerá estéril.

Proteja a ampola aberta da luz.

Nota:

–  Lave a boca com água após cada utilização.

–  Caso utilize uma máscara facial, confirme que a máscara se adapta ao seu rosto durante a inalação. Lave o rosto após o tratamento.

Instruções de limpeza

A câmara do nebulizador deverá ser limpa após cada administração. A câmara do nebulizador e o bucal ou a máscara facial deve ser lavados em água tépida, utilizando um detergente suave. Enxague bem e seque ligando a câmara do nebulizador ao compressor ou à entrada do ar.

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Naproxeno

CARACTERÍSTICAS DO NAPROSYN bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
NAPROSYN

1.NOME DO MEDICAMENTO NAPROSYN

Naprosyn 250 mg comprimidos
Naprosyn 500 mg comprimidos revestidos
Naprosyn 250 mg supositórios
Naprosyn 500 mg supositórios
Naprosyn 500 mg granulado

2.COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO  NAPROSYN
Substância activa:
Comprimidos contendo 250 mg de naproxeno Comprimidos revestidos contendo 500 mg de naproxeno

Excipiente(s):
Lactose – 71,18 mg e 142,2 mg, respectivamente Tartrazina (E102) – 0,064 mg e 0,28 mg, respectivamente

Substância activa:
Supositórios contendo 250 mg e 500 mg de naproxeno Substância activa:
Granulado contendo 500 mg de naproxeno por saqueta

Excipiente(s): Sacarose – 1645 mg

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3.FORMA FARMACÊUTICA DO  NAPROSYN

Comprimido Comprimido revestido Supositório Granulado

4.INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO  NAPROSYN

4.1 Indicações terapêuticas

Naprosyn está indicado para o tratamento de:
– artrite reumatóide
– osteoartrose
– espondilite anquilosante
– gota
– artrite idiopática juvenil
– dismenorreia
– tratamento e profilaxia da enxaqueca
– como analgésico e antipirético em adultos, incluindo o pós-parto de mulheres que não amamentam
– como analgésico e antipirético em crianças
– situações periarticulares e músculo-esqueléticas – tais como bursite, tendinite, sinovite, tenossinovite, lumbago
– no alívio das dores agudas e/ou crónicas em que haja um componente inflamatório
– nas intervenções cirúrgicas e trauma – luxações, entorses, intervenções ortopédicas, extracções dentárias, cirurgia
– menorragia.

4.2 Posologia e modo de administração Recomendações gerais
Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (ver secção 4.4)

O alívio da dor inicia-se dentro de 1 hora após a administração de Naprosyn. A melhor forma de iniciar o tratamento consiste na escolha de uma dose inicial que seja eficaz para o doente e, posteriormente, ajustá-la com base na observação dos benefícios e/ou reacções adversas.

Deve ser tida em consideração a administração de doses mais baixas em doentes com problemas renais ou hepáticos e em doentes idosos. Não se recomenda a administração de Naprosyn em doentes cuja depuração da creatinina basal seja inferior a 20 ml/minuto uma vez que se observou acumulação de metabolitos de naproxeno neste tipo de doentes.

Naprosyn supositórios pode ser administrado em situações agudas e crónicas e é particularmente recomendado em doentes para os quais a administração rectal seja a via preferencial. Naprosyn supositórios está contra-indicado em crianças com menos de 12 anos, em doentes com inflamação rectal ou anal, e em doentes que tenham tido recentemente história de hemorragia rectal ou anal.

Posologia no adulto Situações crónicas
Osteoartrose, artrite reumatóide, espondilite anquilosante, situações de dor crónica em que existe um componente inflamatório: a dose recomendada é de 250 mg ou 500 mg de Naprosyn em duas doses diárias (manhã e noite) ou uma única dose de 500 – 1000 mg administrada de manhã ou à noite.

Naprosyn supositórios também podem ser administrados nestas situações. a dose recomendada é de um supositório à noite seguido, caso seja necessário, de Naprosyn tomado oralmente ou de um outro supositório administrado de manhã.

Durante um período longo de administração a dose de naproxeno pode ser ajustada para doses maiores ou menores dependendo da resposta clínica do doente. Em administração prolongada, pode ser suficiente uma dose diária mais baixa. Em doentes que tolerem bem as doses mais baixas, a dose pode ser aumentada para 1500 mg por dia quando se pretenda obter uma maior actividade anti-inflamatória/analgésica. No tratamento de doentes com 1500 mg/dia, o médico deve observar suficiente aumento do benefício clínico para justificar o aumento potencial do risco (ver secção 4.4).

As doses da manhã e da noite podem não ser iguais; a administração mais do que duas vezes por dia geralmente não origina uma resposta diferente.

Situações agudas

Analgesia, dismenorreia, situações músculo-esqueléticas graves, situações de dor aguda nas quais existe um componente inflamatório.

a dose inicial recomendada é de 500 mg de Naprosyn seguida de 250 mg de Naprosyn com intervalos de 6 a 8 horas, conforme necessário.

Gota Aguda
Inicialmente administrar uma dose de 750 mg de Naprosyn, seguida de 250 mg de 8 em 8 horas até ao fim da crise.

Enxaqueca
No tratamento da enxaqueca grave, recomenda-se a dose de 750 mg de Naprosyn ao primeiro sintoma de uma crise. Uma dose adicional de 250 mg a 500 mg de Naprosyn pode ser administrada durante o dia, se necessário, mas nunca antes de meia hora após a dose inicial. Para profilaxia da enxaqueca, recomenda-se uma dose de 500 mg de Naprosyn duas vezes por dia. Se não se verificar melhoria em 4 a 6 semanas, o tratamento deve ser interrompido.

Posologia na criança (a partir de 25 Kg de peso):
Não foi comprovada a segurança e eficácia de Naprosyn em crianças com menos de 2 anos. Artrite idiopática juvenil
A dose total diária recomendada é 10 mg/kg dividida em duas doses (ex.: 5 mg/kg duas vezes por dia). Naprosyn 250mg comprimidos pode ser administrado de acordo com a tabela seguinte.

Tabela 1: ] Dose pediátrica – Artrite idiopática juvenil
N°. de comprimidos 250 mg N°. de tomas diárias
Peso (kg) Dose mínima diária (10mg/Kg) Dose máxima diária (15mg/kg)
25-32 1 comp. (V2 comp + V2 comp.) 1 comp. + V2 comp. 2
33-38 1 comp. (V2 comp + V2 comp.) 2 (1 comp + 1 comp.) 2
39-43 1 comp. + V2 comp. 2 (1 comp + 1 comp.) 2
44-49 1 comp. + V2 comp. 2 comp. + V2 comp. 2
50-60 2 comp. (1 comp + 1 comp.) 3 comp. 2

Estas doses diárias são repartidas em 2 tomas. Por exemplo: uma criança com 25 Kg de peso, para uma dose diária de 10mg/kg, terá que tomar 1 comprimido por dia, repartido por duas vezes, i.e. V2 comprimido 2 vezes por dia; para uma dose de 15mg/kg, a mesma criança terá que tomar 1 comprimido numa toma e V2 na 2a toma.

A experiência na artrite juvenil e noutras situações comprovou que doses únicas de 2,5-5 mg de Naprosyn/Kg, não excedendo a dose diária de 15 mg de Naprosyn/Kg, são bem toleradas por crianças com mais de 2 anos.

Analgésico e antipirético em crianças
A dose inicial recomendada é de 10 mg de Naprosyn/Kg seguida de 2,5-5 mg/Kg de 8 em 8 horas. A dose diária total não deve exceder 15 mg /Kg por dia após o primeiro dia.

Naprosyn 250 mg comprimidos pode ser administrado de acordo com a tabela seguinte.

Tabela 2: Dose pediátrica – Analgésico e antipirético

N°. de comprimidos 250 mg
Peso (kg) Dose inicial Dose de manutenção
25-38 1 comp. V2 comprimido de 8 em 8 horas
39-49 1 comp. + V2 comp. V2 comprimido de 8 em 8 horas
50-60 2 comp. 1 comprimido de 8 em 8 horas

4.3 Contra-indicações

História de hemorragia gastrointestinal ou perfuração, relacionada com terapêutica anterior com
AINE.

Úlcera péptica/hemorragia activa ou história de úlcera péptica/hemorragia recorrente (dois ou mais episódios distintos de ulceração ou hemorragia comprovada).

Insuficiência cardíaca grave.

Hipersensibilidade conhecida ao naproxeno ou a qualquer um dos excipientes do medicamento.

Doentes que reajam com sintomas de asma, rinite e pólipos nasais ao ácido acetilsalicílico ou outros AINE/analgésicos. Estas reacções são potencialmente fatais. Foram registadas reacções graves de tipo anafiláctico nestes doentes.

Terceiro trimestre de gravidez.
Crianças com menos de 2 anos de idade, uma vez que ainda não foi comprovada a segurança neste grupo etário.

Naprosyn supositórios está contra-indicado em crianças com menos de 12 anos de idade, doentes com lesões inflamatórias do recto ou ânus e em doentes que tenham tido recentemente hemorragia rectal ou anal.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

A administração concomitante de Naprosyn com outros AINE, incluindo inibidores selectivos da ciclooxigenase-2, deve ser evitada.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas (ver secção 4.2 e informação sobre os riscos GI e cardiovasculares em seguida mencionada)

Hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal
Têm sido notificados com todos os AINE casos de hemorragia, ulceração e perfuração gastrointestinal potencialmente fatais, em várias fases do tratamento, associados ou não a sintomas de alerta ou história de eventos gastrointestinais graves.
O risco de hemorragia, ulceração ou perfuração é maior com doses mais elevadas de AINE, em doentes com história de úlcera péptica, especialmente se associada a hemorragia ou perfuração (ver secção 4.3) e em doentes idosos e/ou debilitados. Nestas situações os doentes devem ser instruídos no sentido de informar o seu médico assistente sobre a ocorrência de sintomas abdominais e de hemorragia digestiva, sobretudo nas fases iniciais do tratamento. Nestes doentes o tratamento deve ser iniciado com a menor dose eficaz. A co-administração de agentes protectores (ex.: misoprostol ou inibidores da bomba de protões) deverá ser considerada nestes doentes, assim como naqueles que necessitem de tomar simultaneamente ácido acetilsalicílico em doses baixas, ou outros medicamentos susceptíveis de aumentar o risco de úlcera ou hemorragia, tais como corticosteróides, anticoagulantes (como a varfarina), inibidores selectivos da recaptação da serotonina ou anti-agregantes plaquetários tais como o ácido acetilsalicílico (ver secção 4.5.).
Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração em doentes a tomar Naprosyn o tratamento deve ser interrompido.

Os AINE devem ser administrados com precaução em doentes com história de doença inflamatória do intestino (colite ulcerosa, doença de Crohn), na medida em que estas situações podem ser exacerbadas. (ver secção 4.8.).

Ensaios abertos em doentes com artrite reumatóide que apresentavam alterações do tracto gastrointestinal superior e/ou intolerância a outros AINE indicaram que o naproxeno é geralmente bem tolerado.

À semelhança do que acontece com outros AINE, a incidência e gravidade de complicações gastrointestinais podem aumentar com o aumento da dose e a duração do tratamento com Naprosyn.
Efeitos renais
Foram descritos casos de função renal diminuída, insuficiência renal, nefrite intersticial aguda, hematúria, proteinúria, necrose papilar renal e, ocasionalmente, síndroma nefrótico associados à administração de naproxeno.
À semelhança do que acontece com outros AINE, o naproxeno tem de ser administrados sob vigilância em doentes com função renal diminuída ou história de doença renal, porque é um inibidor da síntese das prostaglandinas. Recomenda-se precaução em doentes com quadros clínicos que conduzam à redução do volume sanguíneo e/ou do fluxo sanguíneo renal, nos quais as prostaglandinas renais têm um papel importante na manutenção da perfusão renal. Nestes doentes,o naproxeno ou outros AINE podem causar uma redução, dose dependente, da síntese renal das prostaglandinas e precipitar uma descompensação ou insuficiência renal. Os doentes mais expostos a esta reacção são aqueles com função renal diminuída, hipovolémia, insuficiência cardíaca, disfunção hepática, deplecção de sal, doentes em tratamento com diuréticos e os idosos. A interrupção da administração de naproxeno é normalmente seguida de recuperação ao estado pré-tratamento. Nestes doentes, o naproxeno deve ser administrado sob vigilância clínica e é aconselhável a monitorização da creatinina sérica e/ou da depuração da creatinina. Nestes doentes, a redução da dose diária deve ser tida em conta para evitar a possível acumulação excessiva dos metabolitos do naproxeno.

O Naproxeno não é recomendado em doentes com depuração da creatinina inferior a 20 ml/minuto, pois foi observada acumulação dos metabolitos do naproxeno .

A hemodiálise não diminui a concentração plasmática de naproxeno devido à elevada taxa de ligação às proteínas.

Hematológicas
O naproxeno diminui a agregação plaquetária e prolonga o tempo de hemorragia. Este efeito deve ser tido em consideração quando se determina o tempo de hemorragia. Doentes com problemas de coagulação ou em tratamento com medicamentos que interfiram na hemostase devem ser cuidadosamente observados caso lhes seja administrado naproxeno. Doentes com alto risco de hemorragia e doentes em tratamento com anticoagulantes (ex.: derivados de dicumarol) podem apresentar um maior risco de hemorragia se lhes for administrado simultaneamente naproxeno.

Idosos: os idosos apresentam uma maior frequência de reacções adversas com AINE, especialmente de hemorragias gastrointestinais e de perfurações que podem ser fatais (ver secção 4.2.). Nos doentes idosos a depuração é reduzida. É recomendada a utilização de uma dose mais baixa (ver secção 4.2).

Reacções anafiláticas (anafilatóides)
Podem ocorrer reacções de hipersensibilidade em indivíduos susceptíveis. Podem ocorrer reacções anafilácticas (anafilactóides) em doentes com ou sem história de hipersensibilidade ou exposição ao ácido acetilsalicílico, a outros AINE ou ao naproxeno. Estes eventos podem também ocorrer em indivíduos com história de angioedema, reactividade broncospástica (p.ex. asma), rinite e pólipos nasais. As reacções anafilactóides, como a anafilaxia, podem ser fatais.
Em doentes com asma ou história de asma, doença alérgica ou sensibilidade ao ácido acetilsalicílico pode ocorrer broncoespasmo.

Reacções cutâneas: Têm sido muito raramente notificadas reacções cutâneas graves, algumas das quais fatais, incluindo dermatite esfoliativa, síndroma de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica, associadas à administração de AINE, (ver secção 4.8.). Aparentemente o risco de ocorrência destas reacções é maior no início do tratamento, sendo que na maioria dos casos estas reacções se manifestam durante o primeiro mês de tratamento. Naprosyn deve ser interrompido aos primeiros sinais de rash, lesões mucosas, ou outras manifestações de hipersensibilidade.

Efeitos hepáticos
À semelhança de outros AINE, pode ocorrer aumento de um ou mais valores da função hepática. As alterações hepáticas dpodem ser atribuídas mais a hipersensibilidade do que a um efeito tóxico directo. Foram relatadas reacções hepáticas graves, incluindo icterícia e hepatite (alguns casos de hepatite foram fatais). Foi descrita reactividade cruzada.

Efeitos antipiréticos
Dada a actividade antipirética e anti-inflamatória do naproxeno, a febre e a inflamação podem perder utilidade como sinais de diagnóstico.

Esteróides
Se a dose de esteróides for reduzida ou os esteróides retirados durante o tratamento,a dose deve ser reduzida lentamente e os doentes têm de ser vigiados para detecção de quaisquer reacções adversas, incluindo insuficiência supra-renal e agravamento dos sintomas de artrite.

Efeitos oftalmológicos
Os ensaios clínicos não demostraram que o naproxeno provoque alterações dos olhos. Em casos raros, foram relatadas alterações oculares incluindo papilite, nevrite óptica retrobulbar e edema papilar em doentes que tomaram AINE incluindo naproxeno, embora não se tenha estabelecido qualquer relação causal; assim, doentes que tenham alterações da visão durante o tratamento com naproxeno devem fazer um exame oftalmológico.

Edema
Embora não tenha sido relatada retenção de sódio em estudos metabólicos com Naprosyn, é possível que doentes com função cardíaca comprometida estejam sujeitos a um risco acrescido quando tomam naproxeno.
Foi observado edema periférico em alguns doentes a tomar Naprosyn. Efeitos cardiovasculares e cerebrovasculares
Têm sido notificados casos de retenção de líquidos e edema associados ao tratamento com AINE, pelo que os doentes com história de hipertensão arterial e/ou insuficiência cardíaca congestiva ligeira a moderada deverão ser adequadamente monitorizados e aconselhados.
Os dados dos ensaios clínicos e epidemiológicos sugerem que a administração de inibidores da cox-2 e alguns AINE (particularmente em doses elevadas e em tratamento de longa duração) poderá estar associada a um pequeno aumento do risco de eventos trombóticos arteriais (por exemplo enfarte do miocárdio ou AVC). Apesar de os dados indicarem que a administração de naproxeno (1000 mg diários) possa estar associada a um baixo risco, o mesmo não pode ser excluído.

Os doentes com hipertensão arterial não controlada, insuficiência cardíaca congestiva, doença isquémica cardíaca estabelecida, doença arterial periférica e/ou doença cerebrovascular apenas devem ser tratados com naproxeno após cuidadosa avaliação. As mesmas precauções deverão ser tomadas antes de iniciar o tratamento de longa duração de doentes com factores de risco cardiovascular (ex.: hipertensão arterial, hiperlipidemia, diabetes mellitus e hábitos tabágicos)

Precauções relacionadas com a fertilidade
A administração de Naprosyn pode diminuir a fertilidade feminina não sendo pois recomendado em mulheres que planeiam engravidar. Em mulheres que tenham dificuldade em engravidar ou nas quais a possibilidade de infertilidade está a ser averiguada deverá ser considerada a interrupção de Naprosyn.

Os comprimidos de 250 mg de Naprosyn e os comprimidos revestidos de 500 mg de Naprosyn contêm:
– lactose. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência de lactase ou malabsorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.
– tartrazina (E102), que pode causar reacções alérgicas.

O granulado de Naprosyn contém sacarose. Doentes com problemas hereditários raros de intolerância à frutose, malabsorção de glucose-galactose ou insuficiência de sacarase-isomaltase não devem tomar este medicamento.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Corticosteróides: aumento do risco de ulceração ou hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4.).

Agentes anti-agregantes plaquetários e inibidores selectivos da recaptação da serotonina: aumento do risco de hemorragia gastrointestinal (ver secção 4.4).

A administração simultânea de antiácidos ou colestiramina pode retardar a absorção do naproxeno, mas não afecta a extensão da sua absorção. A administração com alimentos pode retardar a absorção de naproxeno mas não afecta a extensão de absorção.

O naproxeno liga-se fortemente à albumina plasmática, por isso, teoricamente pode ocorrer interacção com outros fármacos que se ligam à albumina, como os anticoagulantes cumarínicos, sulfonilureias, hidantoínas, outros AINE e o ácido acetilsalicílico. Os doentes em tratamento com naproxeno e uma hidantoína, sulfonamida ou sulfonilureia devem ser observados para ajuste da dose, caso seja necessário.
Anti-coagulantes: os AINE podem aumentar os efeitos dos anti-coagulantes, tais como a varfarina (ver secção 4.4).

O naproxeno diminui a agregação plaquetária e prolonga o tempo de hemorragia. Este efeito deve-se ter em conta quando se determinar os tempos de hemorragia.

É aconselhável precaução quando for administrado simultaneamente,probenecid, pois foram relatados aumentos das concentrações plasmáticas e prolongamento da semi-vida do naproxeno com esta associação.

É aconselhável precaução quando se administrar simultaneamente naproxeno e metotrexato, porque foi referido que o naproxeno e outros inibidores da síntese das prostaglandinas reduzem a depuração do metotrexato aumentando possivelmente a sua toxicidade.

O naproxeno pode reduzir o efeito anti-hipertensivo dos beta-bloqueadores.

À semelhança do que acontece com outros AINE, o naproxeno pode inibir o efeito natriurético da furosemida.

Diuréticos, Inibidores da Enzima de Conversão da Angiotensina (IECA) e antagonistas da angiotensina II (AAII): os AINE podem diminuir a eficácia dos diuréticos assim como de outros medicamentos anti-hipertensores. Nalguns doentes com função renal diminuída (ex.: doentes desidratados ou idosos com comprometimento da função renal) a co-administração de um IECA ou AAII e agentes inibidores da ciclooxigenase pode ter como consequência a progressão da deterioração da função renal, incluindo a possibilidade de insuficiência renal aguda, que é normalmente reversível. A ocorrência destas interacções deverá ser tida em consideração em doentes a tomar naproxeno em associação com IECA ou AAII. Consequentemente, esta associação medicamentosa deverá ser administrada com precaução, sobretudo em doentes idosos. Os doentes devem ser adequadamente hidratados e deverá ser analisada a necessidade de monitorizar a função renal após o início da terapêutica concomitante e periodicamente desde então.

Verificou-se inibição da depuração renal do lítio, levando ao aumento da concentração de lítio no plasma.

Sugere-se que o tratamento com naproxeno seja temporariamente interrompido, 48 horas antes da realização de testes da função supra-renal, uma vez que pode interferir com alguns testes dos 17-cetosteróides. De modo semelhante, o naproxeno pode interferir com alguns doseamentos do ácido 5-hidroxi-indolacético na urina.

4.6 Gravidez e aleitamento Gravidez
A inibição da síntese das prostaglandinas pode afectar negativamente a gravidez e/ou o desenvolvimento embrio-fetal. Os dados dos estudos epidemiológicos sugerem um aumento do risco de aborto espontâneo, de malformações cardíacas e de gastroschisis na sequência da utilização de um inibidor da síntese das prostaglandinas no início da gravidez. O risco absoluto
de malformações cardiovasculares aumentou de valores inferiores a 1% para aproximadamente 1.5%. Presume-se que o risco aumenta com a dose e duração do tratamento.

Nos animais, demonstrou-se que a administração de inibidores das prostaglandinas tem como consequência o aumento de abortamentos peri e post-implantatórios e da mortalidade embrio-fetal. Adicionalmente, registou-se maior incidência de várias malformações, incluindo malformações cardiovasculares em animais expostos a inibidores da síntese das prostaglandinas durante o período organogenético.

Durante o 1° e 2° trimestres de gravidez, Naprosyn não deverá ser administrado a não ser que seja estritamente necessário. Se o Naprosyn for usado por mulheres que estejam a tentar engravidar, ou durante o 1° e 2° trimestre de gravidez, a dose administrada deverá ser a menor e durante o mais curto espaço de tempo possível.

Durante o 3° trimestre de gravidez, todos os inibidores da síntese das prostaglandinas podem expor o feto a:
– Toxicidade cardiopulmonar (com fecho prematuro do ductus arteriosus (canal de Botal) e hipertensão pulmonar)
– Disfunção renal, que pode progredir para insuficiência renal com oligohidrâmnios.

Na fase final da gravidez a mãe e o recém-nascido podem estar expostos a:
– Possível prolongamento do tempo de hemorragia, um efeito anti-agregante que pode verificar-se mesmo com doses muito baixas.
– Inibição das contracções uterinas com consequente atraso ou prolongamento do trabalho de parto.

Assim, a administração do Naprosyn está contra-indicada durante o terceiro trimestre de gravidez.

Aleitamento
O aníão naproxeno foi detectado no leite materno numa concentração de aproximadamente 1% da que foi detectada no plasma. O uso de naproxeno em mulheres que amamentem não é recomendado devido à possibilidade de ocorrência de reacções adversas dos fármacos inibidores da prostanglandinas nos recém-nascidos.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Alguns doentes podem sentir sonolência, tonturas, vertigens, insónia ou depressão quando tomam Naprosyn. Se os doentes sentirem estas reacções adversas ou outras semelhantes, recomenda-se cautela no desempenho de actividades que requeiram atenção.

4.8 Efeitos indesejáveis

Gastrointestinais: os eventos adversos mais frequentemente observados são de natureza gastrointestinal. Podem ocorrer, em particular nos idosos, úlceras pépticas, perfuração ou hemorragia gastrointestinal potencialmente fatais (ver secção 4.4). Náuseas, dispepsia, vómitos,
hematemeses, flatulência, dor abdominal, diarreia, obstipação, melenas, estomatite aftosa, exacerbação de colite ou doença de Crohn (ver secção 4.4) têm sido notificados na sequência da administração destes medicamentos. Menos frequentemente têm vindo a ser observados casos de gastrite.
Outros efeitos mais frequentemente observados: Cardiovasculares: dispneia, edema, palpitações.
Sistema nervoso central: tonturas, sonolência, cefaleia, atordoamento, vertigem. Dermatológicos: equimoses, prurido, púrpura, erupções cutâneas, transpiração Órgãos dos sentidos: diminuição da acuidade auditiva, zumbidos, alterações visuais. Gerais: sede.

Foram também observados os seguintes eventos adversos:

Gastrointestinais: elevação das provas de função hepática, esofagite, hepatite (alguns casos de hepatite foram fatais), icterícia, pancreatite.

Renais: hematúria, hipercaliémia, nefrite intersticial, síndroma nefrótica, doença renal, insuficiência renal, necrose papilar renal, aumento da creatinina sérica.

Hematológicos: agranulocitose, anemia aplásica, eosinofilia, anemia hemolítica, leucopenia, trombocitopenia.

Sistema nervoso central: meningite asséptica, disfunção cognitiva, convulsões, depressão, pesadelos, incapacidade de concentração, insónia, mal-estar, mialgia, fraqueza muscular.

Dermatológicos: alopécia,, eritema multiforme, eritema nodoso, líquen planus, reacção pustular, erupção cutânea, reacções bolhosas incluindo síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica (muito raro), urticária, reacções de fotossensibilidade, incluindo casos raros semelhantes à porfiria cutânea tardia (“pseudoporfíria”) ou epidermolise bolhosa. Se ocorrer fragilidade da pele, bolhas ou outros sintomas semelhantes à pseudoporfiria, o tratamento deve ser interrompido e o doente vigiado.

Cardiovasculares: vasculite. Edema, hipertensão arterial, insuficiência cardíaca, têm sido notificados em associação ao tratamento com AINE.
Os dados dos ensaios clínicos e epidemiológicos sugerem que a administração de determinados AINE (particularmente em doses elevadas e em tratamento de longa duração) poderá estar associada a um pequeno aumento do risco de eventos trombóticos arteriais (por exemplo enfarte do miocárdio ou AVC) (ver secção 4.4).

Reprodutivos: infertilidade

Respiratórios: asma, pneumonia eosinofílica.
Gerais: reacções anafilactóides, edema angioneurótico, pirexia (arrepios e febre).

Órgãos dos sentidos: opacidade da córnea, papilite, nevrite óptica retrobulbar e papiledema

Reacções locais após administração rectal: Após a administração de Naprosyn supositórios foram relatadas, com pouca frequência, as seguintes reacções adversas: desconforto rectal, irritação, eritema, hemorragia rectal, queimadura anal, edema localizado, flatulência e tenesmo.

4.9 Sobredosagem

Uma sobredosagem significativa de naproxeno pode ser caracterizada por tonturas, sonolência, dor epigástrica, desconforto abdominal, indigestão, náuseas, alterações na função hepática, hipoprotrombinemia, disfunção renal, acidose metabólica, apneia, desorientação ou vómitos.

No caso de um doente ingerir uma grande quantidade de naproxeno, deve proceder-se a lavagem gástrica e aplicar as medidas habituais para estes casos.
Os estudos efectuados com animais indicam que a administração imediata de 50-100 g de carvão activado numa suspensão aquosa durante 15 minutos, no período de 2 horas seguintes à sobredosagem, tende a reduzir acentuadamente a absorção do fármaco. Devido ao elevado grau de ligação do naproxeno às proteínas, a hemodiálise não diminui a concentração plasmática de naproxeno.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO  NAPROSYN

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: 9.1.3 – Aparelho locomotor. Anti-inflamatórios não esteróides. Derivados do ácido propiónico
Código ATC: M01A E02

Naprosyn é um anti-inflamatório não esteróide com propriedades analgésicas, anti-inflamatórias e antipiréticas.
O naproxeno é um derivado do ácido propiónico relacionado com os fármacos da classe do ácido arilacético Nos ensaios clínicos e nos estudos clássicos no animal, o naproxeno demostrou ter propriedades anti-inflamatórias notáveis. Adicionalmente demonstrou ter acções analgésicas e antipiréticas. O naproxeno apresenta os seus efeitos anti-inflamatórios mesmo em animais adrenalectomizados o que indica que a sua acção não é mediada pelo eixo da hipófise. O naproxeno inibe a síntese das prostaglandinas. Tal como acontece com outros medicamentos similares, não é conhecido o verdadeiro mecanismo da sua acção anti-inflamatória.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Absorção
O naproxeno é rápida e completamente absorvido do tracto gastrointestinal após administração oral. A presença de alimentos pode retardar a absorção de naproxeno mas não afecta a extensão da absorção.

Naprosyn comprimidos: após administração, o pico dos níveis plasmáticos é atingido em 2 a 4 horas dependendo da ingestão de alimentos.

Naprosyn supositórios: a absorção de naproxeno após administração rectal é mais lenta em comparação com a via oral e os picos dos níveis plasmáticos são mais baixos do que aqueles que se seguem à administração oral da mesma dose.

Distribuição
O naproxeno tem um volume de distribuição de 0,16 l/Kg. Em concentrações terapêuticas, a ligação do naproxeno à albumina é superior a 99%. Para doses de naproxeno superiores a 500 mg/dia, verifica-se um aumento da concentração plasmática inferior ao proporcional, devido à depuração acelerada causada pela saturação da ligação das proteínas plasmáticas que ocorre com doses elevadas. Contudo, a concentração de naproxeno livre continua a aumentar proporcionalmente à dose. A concentração plasmática no estado de equilíbrio é atingida após 3 -4 dias. O naproxeno entra no líquido sinovial, atravessa a placenta e tem sido detectado no leite materno numa concentração de aproximadamente 1% da detectada no plasma.

Metabolismo
O naproxeno é extensamente metabolizado no fígado em 6-0-dismetil-naproxeno. Eliminação
Cerca de 95% da dose de naproxeno é excretada pela urina, principalmente sob a forma de naproxeno (menos de 1%), 6-O-desmetil-naproxeno (menos de 1%) ou sob a forma dos seus conjugados (66-92%). Verificou-se que a taxa de excreção dos metabolitos e conjugados coincide praticamente com a taxa de eliminação plasmática do naproxeno. Quantidades pequenas, 3% ou inferiores, são excretadas nas fezes.
A depuração de naproxeno é de aproximadamente de 0,13 ml/min/kg. A semi-vida de eliminação do naproxeno é de aproximadamente 14 horas e é independente da forma química ou da formulação.

Propriedades farmacocinéticas em situações clínicas especiais
A eliminação de naproxeno está diminuída em doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina < 10 ml/min). Nestes doentes, verifica-se que a depuração de naproxeno é superior à estimada unicamente pelo grau de insuficiência renal.

Insuficiência renal
Uma vez que o naproxeno e os seus metabolitos são excretados principalmente pelo rim, existe potencial para acumulação na presença de insuficiência renal. A eliminação do naproxeno diminui em doentes com insuficiência renal grave. Em doentes com insuficiência renal grave (depuração da creatinina < 20 ml/min) verifica-se que a depuração de naproxeno é superior à estimada unicamente pelo grau de insuficiência renal.

Crianças
O perfil farmacocinético do naproxeno na criança com 5 – 16 anos é semelhante ao do adulto, embora a depuração seja geralmente mais elevada na criança do que no adulto. Não foram efectuados estudos farmacocinéticos com naproxeno na criança com menos de 5 anos de idade.

5.3 Dados de segurança pré-clínica Carcinogenicidade
Naprosyn foi administrado com alimentos durante 24 meses ao rato Sprague-Dawley nas doses de 8, 16 e 24 mg/Kg/dia. Naprosyn não demonstrou ser carcinogénico no rato.

Mutagenicidade
Não se verificou mutagenecidade na Salmonella typhimurium (5 linhas celulares), Sachharomyces cerevisae (1 linha celular) e nos testes no linfoma do ratinho.

Fertilidade
Naprosyn não afectou a fertilidade no rato quando administrado oralmente em doses de 30 mg/Kg/dia a machos e de 20 mg/Kg/dia a fêmeas.

Teratogenicidade
Naprosyn não demonstrou ser teratogénico quando administrado em doses de 20 mg/Kg/dia durante a organogénese no rato e no coelho.

Reprodução perinatal/pós-natal
A administração oral de Naprosyn a ratas grávidas em doses de 2, 10 e 20 mg/Kg/dia durante o terceiro trimestre de gravidez resultou em trabalhos de parto difíceis. Estes efeitos são conhecidos para esta classe de medicamentos e foram demonstrados em ratas grávidas com o ácido acetilsalicílico e indometacina.

6.INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO  NAPROSYN
6.1 Lista dos excipientes

Naprosyn comprimidos: lactose, amido de milho, povidona K30, estearato de magnésio e tartrazina (E102).

Naprosyn comprimidos revestidos: lactose, amido de milho, povidona K30, estearato de
magnésio e tartrazina (E102).
Revestimento: opadry YS-1-7006 e cera de carnaúba.

Naprosyn granulado: sacarose, manitol, maltodextrina, ácido cítrico mono-hidratado, Eudragit NE 30 D, povidona K30, sacarina sódica, aroma de limão e sílica coloidal anidra.

Naprosyn supositórios: massa Witepsol H 15

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.
6.3 Prazo de validade
Naprosyn comprimidos – 5 anos
Naprosyn comprimidos revestidos – 5 anos
Naprosyn granulado – 5 anos Naprosyn supositórios – 4 anos

6.4 Precauções especiais de conservação

Naprosyn comprimidos
Não conservar acima de 25°C.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.

Naprosyn comprimidos revestidos Não conservar acima de 25°C.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.

Naprosyn granulado
Não conservar acima de 25°C.

Naprosyn supositórios
Não conservar acima de 25°C.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Naprosyn 250 mg comprimidos Naprosyn 500 mg comprimidos revestidos
Blisters de cloreto de polivinilo cobertos com folha de alumínio (PCV/Alumínio) em caixa exterior de cartolina.
Embalagens de 10, 20, 30 e 60 comprimidos. Naprosyn 500 mg granulado
Saqueta de complexo PA/PE/AL/SU (de fora para dentro: papel, polietileno, alumínio, Surlyn) Caixa exterior de cartolina. Embalagens de 10, 20 e 30 saquetas.

Naprosyn 250 mg supositórios Naprosyn 500 mg supositórios
Fita termossoldada em cloreto de polivinilo e polietileno de baixa densidade (PVC/LDPE) em caixa exterior de cartolina.
Cada embalagem contém 12 supositórios a 250 mg ou a 500 mg.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

6.6. Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.

7.TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Roche Farmacêutica Química, Lda. Estrada Nacional 249-1
2720-413 Amadora

8. NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Naprosyn 250 mg comprimidos
N.° de registo: 4533899 – 10 comprimidos, 250 mg, blister de PVC/Alumínio
N.° de registo: 9382424 – 20 comprimidos, 250 mg, blister de PVC/Alumínio
N.° de registo: 4533998 – 30 comprimidos, 250 mg, blister de PVC/Alumínio
N.° de registo: 9382440 – 60 comprimidos, 250 mg, blister de PVC/Alumínio

Naprosyn 500 mg comprimidos revestidos
N.° de registo: 4161899 – 10 comprimidos revestidos, 500 mg, blister de PVC/Alumínio N.° de registo: 9382432 – 20 comprimidos revestidos, 500 mg, blister de PVC/Alumínio N.° de registo: 4534095 – 30 comprimidos revestidos, 500 mg, blister de PVC/Alumínio N.° de registo: 9382457 – 60 comprimidos revestidos, 500 mg, blister de PVC/Alumínio

Naprosyn 500 mg granulado
N.° de registo: 4534194 – 10 saquetas de granulado, 500 mg, saqueta de complexo
PA/PE/AL/SU
N.° de registo: 9661819 – 20 saquetas de granulado, 500 mg, saqueta de complexo
PA/PE/AL/SU
N.° de registo: 4534293 – 30 saquetas de granulado, 500 mg, saqueta de complexo
PA/PE/AL/SU

Naprosyn 250 mg supositórios
N.° de registo: 9382507 – 12 supositórios, 250 mg, fita termossoldada de PVC/LDPE

Naprosyn 500 mg supositórios
N.° de registo: 9382523 – 12 supositórios, 500 mg, fita termossoldada de PVC/LDPE

9.DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Naprosyn 250 mg comprimidos e Naprosyn 250 mg supositórios Data da primeira autorização: 17/12/1973 Data da revisão: 12/06/2001

Naprosyn 500 mg comprimidos revestidos e Naprosyn 500 mg supositórios Data da primeira autorização: 08/06/1974 Data da revisão: 12/06/2001

Naprosyn 500 mg granulado
Data da primeira autorização: 17/11/1988
Data da última renovação: 17/11/2003

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
15-02-2008

Categorias
Tacrolímus

CARACTERÍSTICAS DO PROGRAF bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
PROGRAF

1. NOME DO MEDICAMENTO PROGRAF

Prograf 5 mg/ml concentrado para solução para perfusão

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO PROGRAF

1 ml de concentrado para solução para perfusão contém 5 mg de tacrolímus. Excipientes: 200 mg de óleo de rícino hidrogenado de polioxietileno e 638 mg de álcool desidratado.

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO PROGRAF

Concentrado para solução para perfusão.
O concentrado é uma solução límpida e incolor.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO PROGRAF

4.1 Indicações terapêuticas

Profilaxia da rejeição do transplante nos receptores do transplante alogénico de fígado, rim ou coração.

Tratamento da rejeição do transplante alogénico resistente às terapêuticas com outros medicamentos imunossupressores.

4.2 Posologia e modo de administração

A terapêutica com Prograf requer uma monitorização cuidadosa por pessoal adequadamente equipado e qualificado. Somente médicos com experiência na terapêutica imunossupressora e no controlo de doentes transplantados podem prescrever Prograf bem como fazer alterações na terapêutica imunossupressora prescritas inicialmente.

Considerações gerais
As doses iniciais recomendadas a seguir referidas são apenas orientadoras. A dose de Prograf deve ser baseada em primeiro lugar na avaliação clínica da rejeição e tolerabilidade de cada doente, auxiliada pela monitorização dos parâmetros sanguíneos (ver recomendações sobre a concentração pretendida no sangue total). Se os sinais clínicos de rejeição forem aparentes, deve ser considerado a alteração do regime imunossupressor.
O Prograf pode ser administrado por via intravenosa ou oral. Em geral, a administração pode iniciar-se por via oral; se necessário, em doentes com entubação nasogástrica pode administrar-se o conteúdo das cápsulas suspenso em água.
Por rotina, o Prograf é administrado conjuntamente com outros agentes imunossupressores no período pós-operatório inicial. A dose de Prograf pode variar, dependendo do regime imunossupressor escolhido.

Modo de administração
O concentrado deve ser usado para perfusão intravenosa apenas após ser diluído com um meio adequado.
A concentração da solução para perfusão deve situar-se entre o intervalo 0,004 – 0,100 mg/ml. O volume total de perfusão durante um período de 24 horas deve estar dentro do intervalo 20 – 500 ml.
A solução diluída não deve ser administrada como um bólus (ver secção 6.6). Duração do tratamento
Logo que as circunstâncias individuais do doente permitam, deve substituir-se a medicação intravenosa por oral. A terapêutica intravenosa não deve ser continuada por mais de 7 dias.

Posologias recomendadas – Transplantação hepática Profilaxia da rejeição do transplante – adultos
A terapêutica oral com Prograf pode iniciar-se com doses de 0,10-0,20 mg/kg/dia divididas em duas tomas (por exemplo, de manhã e à noite). A administração pode iniciar-se aproximadamente 12 horas após a conclusão da cirurgia. Se a administração não puder ser feita por via oral, devido ao estado clínico do doente, deve ser iniciada a terapêutica intravenosa com 0,01-0,05 mg/kg/dia, por perfusão contínua de 24 horas.
Profilaxia da rejeição do transplante – crianças
Deve ser administrada por via oral uma dose inicial de 0,30 mg/kg/dia, dividida em duas tomas (por exemplo, de manhã e à noite). Se o estado clínico do doente for impeditivo da terapêutica oral, deve então ser administrada uma dose intravenosa inicial de 0,05 mg/kg/dia, em perfusão contínua de 24 horas.
Ajustes posológicos durante o período pós-transplante em adultos e crianças Normalmente, no período pós-transplante, as doses de Prograf são reduzidas. Em alguns casos é possível descontinuar a terapêutica imunossupressora concomitante, baseando-se o tratamento com Prograf em monoterapia. A melhoria do estado do doente no pós-transplante pode alterar a farmacocinética do tacrolímus, podendo ser necessário ajustes adicionais da dose.
Terapêutica de rejeição – adultos e crianças
O aumento das doses de Prograf, uma terapêutica suplementar com corticosteróides e a introdução de curtos períodos terapêuticos com anticorpos mono/policlonais têm sido os métodos utilizados para controlar os episódios de rejeição. Se forem detectados sinais de toxicidade (por exemplo, reacções adversas pronunciadas – ver secção 4.8), a dose de Prograf poderá necessitar de ser reduzida.
Na conversão para Prograf, o tratamento deve iniciar-se com a dose oral recomendada para a imunossupressão primária.
Para informação sobre a conversão da ciclosporina para Prograf, ver no final desta secção o item “Ajustes posológicos em populações específicas de doentes”.

Posologias recomendadas – Transplantação renal Profilaxia da rejeição do transplante – adultos
A terapêutica oral com Prograf deve iniciar-se com a dose de 0,20-0,30 mg/kg/dia, dividida em duas tomas (por exemplo, de manhã e à noite). A administração deve ser iniciada dentro das 24 horas após a conclusão da cirurgia.
Se a administração não puder ser por via oral devido ao estado clínico do doente, deve ser iniciada a terapêutica intravenosa com 0,05-0,10 mg/kg/dia, em perfusão contínua de 24 horas.
Profilaxia da rejeição do transplante – crianças
A administração da dose oral inicial de 0,30 mg/kg/dia deve ser dividida em duas tomas (por exemplo, de manhã e à noite). Se a administração não puder ser por via oral devido ao estado clínico do doente, deve ser iniciada a terapêutica intravenosa com 0,075-0,100 mg/kg/dia, em perfusão contínua de 24 horas.
Ajustes posológicos durante o período pós-transplante em adultos e crianças Normalmente, no período pós-transplante, as doses de Prograf são reduzidas. Em alguns casos, é possível descontinuar a terapêutica imunossupressora concomitante, baseando-se o tratamento com Prograf em dupla terapia. A melhoria do estado do doente no pós-transplante pode alterar a farmacocinética do tacrolímus, podendo ser necessário ajustes adicionais da dose.
Terapêutica de rejeição – adultos e crianças
O aumento das doses de Prograf, uma terapêutica suplementar com corticosteróides e a introdução de curtos períodos terapêuticos com anticorpos mono/policlonais, têm sido os métodos utilizados para controlar os episódios de rejeição. Se forem detectados sinais de toxicidade (por exemplo, reacções adversas pronunciadas – ver secção 4.8), a dose de Prograf poderá necessitar de ser reduzida.
Na conversão para Prograf, o tratamento deve iniciar-se com a dose oral recomendada para a imunossupressão primária.
Para informação sobre a conversão da ciclosporina para Prograf, ver no final desta secção o item “Ajustes posológicos em populações específicas de doentes”.

Posologias recomendadas – Transplantação cardíaca Profilaxia da rejeição do transplante – adultos
O Prograf pode ser usado com indução de anticorpos (permitido no caso do atraso do início da terapêutica com Prograf) ou alternativamente sem indução de anticorpos em doentes clinicamente estáveis.
Após a indução de anticorpos, a terapêutica oral com Prograf deve iniciar-se com a dose de 0,075 mg/kg/dia, dividida em duas tomas (por exemplo, de manhã e à noite). A administração deve ser iniciada dentro dos 5 dias após a conclusão da cirurgia, assim que a condição clínica do doente estabilizar. Se a administração não puder ser por via oral devido ao estado clínico do doente, deve ser iniciada a terapêutica intravenosa com 0,01¬0,02 mg/kg/dia, em perfusão contínua de 24 horas.
Foi publicada uma estratégia alternativa em que o tacrolímus oral foi administrado dentro de 12 horas após a transplantação. Esta abordagem foi reservada para doentes sem disfunção de órgãos (por exemplo disfunção renal). Neste caso, foi usada uma dose inicial de 2 a 4 mg de tacrolímus por dia em combinação com micofenolato de mofetil e corticosteróides ou em combinação com sirolimus e corticosteróides. Profilaxia da rejeição do transplante – crianças
O Prograf tem sido administrado com ou sem indução de anticorpos na transplantação cardíaca em crianças.
Em doentes sem indução de anticorpos, se a terapêutica com Prograf é iniciada por via intravenosa, a dose inicial recomendada é de 0,03 – 0,05 mg/kg/dia, em perfusão contínua de 24 horas até atingir uma concentração no sangue total de tacrolímus de 15 -25 ng/ml. Os doentes devem passar à terapêutica oral assim que for clinicamente praticável. A primeira dose da terapêutica oral deve ser de 0,30mg/kg/dia iniciando-se 8 a 12 horas após a descontinuação da terapêutica intravenosa.
Após a indução de anticorpos, se a terapêutica com Prograf for iniciada por via oral, a dose inicial recomendada é de 0,10 – 0,30 mg/kg/dia, dividida em duas tomas (por exemplo, de manhã e à noite).
Ajustes posológicos durante o período pós-transplante em adultos e crianças Normalmente, no período pós-transplante, as doses de Prograf são reduzidas. A melhoria do estado do doente no pós-transplante pode alterar a farmacocinética do tacrolímus, podendo ser necessário ajustes adicionais da dose. Terapêutica de rejeição – adultos e crianças
O aumento das doses de Prograf, uma terapêutica suplementar com corticosteróides e a introdução de curtos períodos terapêuticos com anticorpos mono/policlonais, têm sido os métodos utilizados para controlar os episódios de rejeição.
Em doentes adultos convertidos para Prograf, deve ser administrada uma dose oral inicial
de 0.15 mg/kg/dia, dividida em duas tomas (por exemplo, de manhã e à noite).
Em doentes pediátricos convertidos para Prograf, deve ser administrada uma dose oral
inicial de 0.20 – 0.30 mg/kg/dia, dividida em duas tomas (por exemplo, de manhã e à
noite).
Para informação sobre a conversão da ciclosporina para Prograf, ver no final desta secção o item “Ajustes posológicos em populações específicas de doentes”.

Posologias recomendadas – Terapêutica de rejeição, outros transplantes alogénicos As posologias recomendadas para os transplantes de pulmão, pâncreas e intestino são baseadas em estudos clínicos prospectivos limitados. O Prograf tem sido usado numa dose oral inicial de 0,10 – 0,15 mg/kg/dia no caso de transplante de pulmão, 0,2 mg/kg/dia no caso de transplante de pâncreas e 0,3 mg/kg/dia no caso de transplante intestinal.

Ajustes posológicos em populações específicas de doentes Doentes com disfunção hepática
Nos doentes com insuficiência hepática grave, poderá ser necessária uma redução da dose, de modo a manter os níveis sanguíneos mínimos dentro do intervalo recomendado.
Doentes com disfunção renal
Uma vez que a farmacocinética do tacrolímus não é afectada pela função renal, não deverá ser necessário qualquer ajuste da dose. No entanto, devido ao potencial nefrotóxico do tacrolímus, recomenda-se a monitorização cuidada da função renal (incluindo as concentrações de creatinina séricas periódicas, a determinação da depuração da creatinina e a monitorização da excreção urinária). Doentes pediátricos
De um modo geral, os doentes pediátricos necessitam de doses 1% a 2 vezes superiores às doses para os adultos, para atingirem níveis sanguíneos similares. Doentes idosos
Actualmente não existem provas indicativas de que a posologia deva ser ajustada nos doentes idosos. Conversão de ciclosporina
Há que tomar as devidas precauções quando os doentes submetidos a uma terapêutica à base de ciclosporina são convertidos para uma terapêutica à base de Prograf (ver secção 4.4 e 4.5). A terapêutica com Prograf deve ser iniciada após avaliação das concentrações séricas de ciclosporina e do estado clínico do doente. A administração do fármaco deverá ser retardada na presença de níveis sanguíneos elevados de ciclosporina. Na prática, a terapêutica com Prograf tem sido iniciada 12 a 24 horas após a descontinuação da ciclosporina. A monitorização dos níveis sanguíneos de ciclosporina deve continuar a ser feita após a conversão, uma vez que a depuração da ciclosporina pode ser afectada.

Recomendações sobre a concentração pretendida no sangue total
A posologia deve ser baseada em primeiro lugar na avaliação clínica da rejeição e tolerabilidade de cada doente.
Como auxílio para optimizar o doseamento, existem vários imunoensaios para determinar as concentrações de tacrolímus no sangue total, incluindo um imunodoseamento enzimático de micropartículas (MEIA – microparticle enzyme immunoassay) semi¬automático. A comparação entre os valores das concentrações publicadas na literatura e os valores individuais encontrados na prática clínica deve ser feita com cuidado e com conhecimento dos métodos de doseamento utilizados. Na prática clínica corrente, os níveis sanguíneos totais são monitorizados usando métodos de imunodoseamento. Os níveis sanguíneos mínimos de tacrolímus devem ser monitorizados durante a fase inicial do período de pós-transplantação. Quando administrado oralmente, os níveis sanguíneos mínimos devem ser determinados aproximadamente 12 horas após a administração, imediatamente antes da próxima toma. A frequência da monitorização dos níveis sanguíneos deve basear-se nas necessidades clínicas. Como o Prograf é um medicamento com uma depuração baixa, os ajustes do regime posológico podem levar alguns dias até as alterações nos níveis sanguíneos serem aparentes. Os níveis sanguíneos mínimos devem ser monitorizados aproximadamente duas vezes por semana, durante a fase inicial do período pós-transplante e depois, periodicamente, durante a terapêutica de manutenção. Os níveis mínimos sanguíneos de tacrolímus também devem ser monitorizados após o ajuste posológico, as alterações no regime imunossupressor, ou a seguir à co-administração de substâncias que possam alterar as concentrações de tacrolímus no sangue total (ver secção 4.5.).
A análise de um estudo clínico sugere que a maioria dos doentes podem ser controlados com êxito desde que os níveis sanguíneos mínimos de tacrolímus se mantenham abaixo dos 20 ng/ml. Na interpretação dos níveis no sangue total é necessário ter em consideração o estado clínico do doente.
Na prática clínica, os níveis mínimos no sangue total têm-se situado por norma entre 5 e 20 ng/ml nos receptores de transplantes hepáticos e entre 10 e 20 ng/ml nos receptores de transplantes renais e coração, na fase inicial do período pós-transplante. Subsequentemente, durante a terapêutica de manutenção, concentrações sanguíneas têm sido mantidas, de um modo geral, entre 5 e 15 ng/ml, nos receptores de transplantes hepáticos, renais e cardíacos.

4.3 Contra-indicações

Hipersensibilidade ao tacrolímus ou a outros macrólidos.
Hipersensibilidade a qualquer um dos excipientes – em particular o óleo de rícino hidrogenado polioxietilado ou compostos estruturalmente relacionados.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

Durante o período pós-transplante inicial, a monitorização dos parâmetros a seguir referidos deve ser feita como rotina: determinações de tensão arterial, ECG, estado neurológico e visual, glicémia em jejum, electrólitos (particularmente potássio), testes da função hepática e renal, parâmetros hematológicos, valores de coagulação e proteínas plasmáticas. Caso sejam observadas alterações clinicamente relevantes, há que considerar o ajuste da terapêutica imunossupressora.
Deve ser evitada a toma concomitante com Prograf de preparações ervanárias contendo hipericão (Hypericum perforatum) ou de quaisquer outras preparações ervanárias, devido ao risco de interacções que originam a diminuição da concentração sanguínea de tacrolímus e a redução do efeito clínico do tacrolímus (ver secção 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção).
Uma vez que os níveis de tacrolímus no sangue podem variar significativamente durante episódios de diarreia, é recomendada a monitorização extra da concentração de tacrolímus durante episódios de diarreia.

A administração concomitante de ciclosporina e tacrolímus deve ser evitada e é necessário cuidado quando é administrado o tacrolímus a doentes que receberam previamente ciclosporina (ver secção 4.2 e 4.5).

Em raras ocasiões, foi observada hipertrofia ventricular ou hipertrofia do septo, reportadas como cardiomiopatias. A maioria dos casos foram reversíveis, tendo ocorrido essencialmente nas crianças com concentrações sanguíneas mínimas de tacrolímus muito superiores aos níveis máximos recomendados. Outros factores para os quais foi observado que o risco destas situações clínicas está aumentado incluem a pré-existência de doença cardíaca, o uso de corticosteróides, hipertensão, disfunção renal ou hepática, infecções, sobrecarga de fluidos e edema. Consequentemente, os doentes de alto risco, particularmente crianças e aqueles que recebem terapêutica imunossupressora em doses elevadas, devem ser monitorizados utilizando-se métodos como ecocardiografia ou ECG pré e pós-transplante (por exemplo, inicialmente aos três meses e depois aos 9-12 meses). Se se desenvolverem anomalias, deve ser considerada a redução da dose da terapia com Prograf, ou a mudança de tratamento para outro agente imunossupressor. O tacrolímus pode prolongar o intervalo QT, no entanto, até à data, não existe evidência substancial de causar Torsades de Pointes. Devem ser tomadas precauções em doentes diagnosticados ou com suspeita da Síndrome de QT Longo Congénito.

Está descrito que os doentes tratados com Prograf desenvolveram perturbações linfoproliferativas associadas a EBV. Os doentes que mudaram para a terapêutica com Prograf não devem receber concomitantemente tratamento anti-linfocitário. Foi descrito que crianças muito jovens (< 2 anos), EBV-VCA-negativas apresentam um risco acrescido de desenvolvimento de perturbações linfoproliferativas. Por conseguinte, neste grupo de doentes, a serologia EBV-VCA deve ser determinada antes do início da terapêutica com Prograf. Durante o tratamento, recomenda-se monitorização cuidada com EVB-PCR. O EBV-PCR positivo pode persistir durante alguns meses e não é por si só indicativo de doença linfoproliferativa ou linfoma.

Foi notificado o desenvolvimento da síndrome de encefalopatia posterior reversível (PRES) em doentes tratados com tacrolímus. Deverá ser realizado um exame radiológico (por exemplo Ressonância Magnética), se os doentes a tomar tacrolímus apresentarem sintomas indicativos de PRES, tais como: cefaleias, estado mental alterado, ataques e perturbações visuais. Caso seja diagnosticado PRES, é recomendado um controlo adequado da pressão sanguínea e dos ataques, bem como a descontinuação imediata do tacrolímus. Após tomada das medidas apropriadas, a maior parte dos doentes recuperam completamente.

Os doentes tratados com imunossupressores, incluindo Prograf, apresentam risco aumentado para infecções oportunistas (bacterianas, fúngicas, virais ou por protozoários). Entre estas situações encontram-se a nefropatia associada ao vírus BK e a leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) associada ao vírus JC. Estas infecções estão frequentemente relacionadas com elevada carga imunossupressora total e podem originar condições graves ou fatais que os médicos devem considerar num diagnóstico diferencial em doentes imunodeprimidos com função renal em deterioração ou sintomas neurológicos.

Tal como para outros agentes imunossupressores, a exposição à luz solar e luz UV deve ser limitada através do uso de roupas protectoras e de protector solar com factor de protecção elevado, devido ao risco potencial de lesões cutâneas malignas. Tal como para os outros compostos imunossupressores potentes, o risco de cancro secundário é desconhecido (ver secção 4.8).

Se administrado acidentalmente, quer por via arterial quer por via perivasal, o Prograf 5 mg/ml concentrado para solução para perfusão reconstituído pode provocar irritação no local da injecção.
O Prograf 5 mg/ml, concentrado para solução para perfusão, contém óleo de rícino hidrogenado polioxietilado, o qual foi descrito como sendo causador de reacções do tipo anafiláctico. Deste modo são necessárias precauções especiais nos doentes previamente tratados com fármacos contendo derivados de óleo de rícino polioxietilado, quer por injecção intravenosa quer por perfusão e nos doentes com predisposição alérgica. O risco de anafilaxia pode ser reduzido pela administração lenta da perfusão do Prograf 5 mg/ml concentrado para solução para perfusão reconstituído ou pela administração prévia de um anti-histamínico.

O conteúdo em etanol (638 mg por ml) de Prograf 5 mg/ml concentrado para solução para perfusão deve ser tido em conta.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção Interacções metabólicas
O tacrolímus disponível sistemicamente é metabolizado por via hepática pelo CYP3A4. Existe também evidência de metabolismo gastrintestinal pelo CYP3A4 na parede intestinal. O uso concomitante de medicamentos ou fitoterapêuticos reconhecidamente inibidores ou indutores do CYP3A4 pode afectar o metabolismo do tacrolímus e, consequentemente, aumentar ou diminuir os níveis sanguíneos de tacrolímus. Deste modo, é recomendada a monitorização dos níveis sanguíneos de tacrolímus sempre que substâncias com potencial para alterar o metabolismo do CYP3A são usadas concomitantemente e ajustar, de modo apropriado, a dose de tacrolímus de modo a manter uma exposição semelhante de tacrolímus (ver secção 4.2 e 4.4).

Inibidores do metabolismo
Foi demonstrado clinicamente que as seguintes substâncias aumentam os níveis sanguíneos de tacrolímus:
Foram observadas interacções fortes com os antifúngicos cetoconazol, fluconazol, itraconazol e voriconazole, com o antibiótico macrólido eritromicina ou inibidores da protease VIH (por exemplo, ritonavir). O uso concomitante destas substâncias pode requerer a diminuição das doses de tacrolímus em praticamente todos os doentes. Interacções mais fracas foram observadas com clotrimazol, claritromicina, josamicina, nifedipina, nicardipina, diltiazem, verapamilo, danazol, etinilestradiol, omeprazol e nefazodona.
Estudos in vitro, demonstram que as substâncias a seguir indicadas são potenciais inibidoras do metabolismo do tacrolímus: bromocriptina, cortisona, dapsona, ergotamina, gestodeno, lidocaína, fenitoína, miconazol, midazolam, nilvadipina, noretisterona, quinidina, tamoxifeno, troleandomicina.
O sumo de toranja tem sido relacionado com o aumento dos níveis sanguíneos de tacrolímus pelo que deverá ser evitado.

Indutores do metabolismo
As substâncias a seguir indicadas demonstraram diminuir clinicamente os níveis sanguíneos de tacrolímus:
Fortes interacções foram observadas com rifampicina, fenitoína ou hipericão (Hypericum perforatum) o que pode requerer o aumento das doses de tacrolímus em praticamente todos os doentes. Foram reportadas interacções clínicas relevantes com o fenobarbital. As doses de manutenção com corticosteróides demonstraram poder reduzir os níveis sanguíneos de tacrolímus.
Doses elevadas de prednisolona ou metilprednisolona administradas para o tratamento da rejeição aguda têm o potencial de aumentar ou diminuir os níveis sanguíneos de tacrolímus.
A carbamazepina, metamizol e isoniazida têm potencial para diminuir as concentrações de tacrolímus.

Efeito do tacrolímus no metabolismo de outros medicamentos
O tacrolímus é um conhecido inibidor do CYP3A4; deste modo, o uso concomitante de tacrolímus com medicamentos que sejam metabolizados pelo CYP3A4 pode afectar o metabolismo de tais medicamentos.
A semi-vida da ciclosporina é prolongada quando administrada concomitantemente com tacrolímus. Além disso, podem ocorrer efeitos nefrotóxicos sinérgicos/aditivos. Por estas razões, não é recomendada a administração combinada de ciclosporina e tacrolímus, devendo ser tomadas as devidas precauções aquando da administração de tacrolímus a doentes previamente submetidos a terapêutica com ciclosporina. (ver secção 4.2 e 4.4). O tacrolímus demonstrou aumentar os níveis sanguíneos de fenitoína. Como o tacrolímus pode reduzir a depuração de contraceptivos esteróides, levando a um aumento da exposição à hormona, devem ser tomadas precauções especiais antes da decisão sobre qualquer medida contraceptiva.
O conhecimento disponível sobre a interacção entre o tacrolímus e as estatinas é limitado. Os dados disponíveis sugerem que a farmacocinética das estatinas não sofre alteração pela co-administração de tacrolímus.
Dados em animais demonstraram que o tacrolímus pode diminuir potencialmente a depuração e aumentar a semi-vida do pentobarbital e da fenazona.

Outras interacções que originaram efeitos clínicos prejudiciais
O uso concomitante de tacrolímus com medicamentos com efeitos nefrotóxicos ou neurotóxicos conhecidos poderá aumentar os níveis de toxicidade (por Exemplo, os aminoglicosidos, os inibidores da girase, a vancomicina, o sulfametoxazol + trimetoprim, os AINEs, o ganciclovir ou o aciclovir).
Foi observado aumento da nefrotoxidade após a administração de anfotericina B e ibuprofeno conjuntamente com tacrolímus.
Como o tratamento com tacrolímus pode estar associado com hipercaliémia, ou aumentar a hipercaliémia pré-existente, deve evitar-se a administração de doses elevadas de potássio, ou de diuréticos poupadores de potássio (por exemplo, amilorida, triamtereno e espironolactona).
Os imunossupressores podem afectar a resposta à vacinação e as vacinas poderão ter menor eficácia durante o tratamento com tacrolímus. Deve ser evitado o uso de vacinas de vírus vivos atenuados.

Considerações relativas às ligações às proteínas
O tacrolímus liga-se fortemente às proteínas plasmáticas. Devem ter-se em consideração possíveis interacções com outros medicamentos com elevada afinidade para as proteínas plasmáticas (por exemplo, os AINEs, os anticoagulantes orais ou os antidiabéticos orais).

4.6 Gravidez e aleitamento

Dados em seres humanos demonstram que o tacrolímus atravessa a placenta. Dados limitados de receptores de órgãos transplantados demonstram não existir evidência de aumento do risco de efeitos adversos durante e após a gravidez, sob tratamento com tacrolímus comparado com outros fármacos imunossupressores. Até à data, não estão disponíveis outros dados epidemiológicos relevantes. Quando o tratamento é necessário, o tacrolímus pode ser considerado em mulheres grávidas quando não existir uma alternativa segura e quando o benefício esperado justifique o potencial risco para o feto. No caso de exposição in utero, é recomendada a monitorização do recém-nascido para potenciais efeitos adversos do tacrolímus (em particular os efeitos nos rins). Existe risco de parto prematuro (< 37 semanas) assim como de hipercaliémia do recém-nascido, o que, no entanto, normaliza espontaneamente.
Em ratos e coelhos, tacrolímus causou toxicidade embriofetal em doses com toxicidade materna demonstrada (ver secção 5.3). O tacrolímus afectou a fertilidade masculina em ratos (ver secção 5.3).

Lactação
Dados em seres humanos demonstram que o tacrolímus é excretado no leite materno. Como não é possível excluir os efeitos do fármaco no recém-nascido, as mulheres submetidas a terapêutica com Prograf não devem amamentar.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não relevante.

4.8 Efeitos indesejáveis
O perfil de reacções adversas medicamentosas associado aos agentes imunossupressores é muitas vezes difícil de estabelecer devido à doença subjacente e ao uso concomitante de múltiplas medicações.

Muitas das reacções adversas medicamentosas abaixo indicadas são reversíveis e/ou respondem à redução da dose. Em comparação com o uso intravenoso, a administração oral parece estar associada com uma baixa incidência de reacções adversas medicamentosas. As reacções adversas abaixo são listadas por ordem decrescente de frequência de ocorrência: muito frequentes (> 1/10); frequentes (> 1/100, < 1/10); pouco frequentes (> 1/1.000, < 1/100); raros (> 1/10.000, < 1/1. 000); muito raros (< 1/10.000), desconhecido (não pode ser calculado a partir dos dados disponíveis).

Cardiopatias
frequentes: perturbações isquémicas da artéria coronária, taquicardia

pouco frequentes:

raros:
muito raros:

arritmia ventricular e paragem cardíaca, insuficiência cardíaca, cardiomiopatias, hipertrofia ventricular, arritmias supraventriculares, palpitações, anomalias no ECG, anomalias na taxa cardíaca e pulso efusão pericárdica alteração do ecocardiograma

Doenças do sangue e do sistema linfático

frequentes: pouco frequentes:
raros:

anemia, leucopenia, trombocitopenia, leucocitose, análises normais de eritrócitos
coagulopatias, análises anormais de coagulação e hemorragia, pancitopenia, neutropenia
púrpura trombótica trombocitopénica, hipoprotrombinemia

Doenças do sistema nervoso

muito frequentes: frequentes:

pouco frequentes:

raros:
muito raros:

tremores, cefaleias
apoplexia, perturbações da consciência, parestesias e disestesias, neuropatias periféricas, tonturas, dificuldade de escrever, distúrbios do sistema nervoso
coma, hemorragias do sistema nervoso central e acidentes
cerebrovasculares, paralisia e paresia, encefalopatia, perturbações
na fala e discurso, amnésia
hipertonia
miastenia

Afecções oculares frequentes: pouco frequentes:
raros:

visão enevoada, fotofobia, perturbações visuais
cataratas
cegueira

Afecções do ouvido e do labirinto
frequentes: zumbidos
pouco frequentes: hipoacusia
raros: surdez neurosensorial
muito raros: audição debilitada

Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
frequentes: dispneia, alterações no parênquima do pulmão, efusão pleural,
faringite, tosse, congestão e inflamação nasais
pouco frequentes: falha respiratória, distúrbios do tracto respiratório, asma
raros: síndrome de dificuldade respiratória aguda

Doenças gastrintestinais
muito frequentes: diarreia, náuseas
frequentes: condições inflamatórias gastrintestinais, perfuração e ulceração
gastrintestinais, hemorragia gastrintestinal, estomatite e ulceração,

pouco frequentes:

raros:

ascite, vómitos, dor gastrintestinal e abdominal, sinais e sintomas
dispépticos, obstipação, flatulência, inchaço e distensão, fezes
moles, sinais e sintomas gastrintestinais
íleo paralítico, peritonite, pancreatite crónica e aguda, amilase
sanguínea aumentada, doença do refluxo gastroesofágico,
esvaziamento gástrico comprometido
sub-íleo, pseudoquistos pancreáticos

Doenças renais e urinárias

muito frequentes: frequentes:

pouco frequentes: muito raros:

insuficiência renal
falha renal, falha renal aguda, oligúria, necrose renal tubular, nefropatia tóxica, distúrbios urinários, sintomas uretrais e da bexiga
anúria, síndrome urémico hemolítico nefropatia, cistite hemorrágica

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos
frequentes: prurido, exantema, alopécia, acne, aumento da sudação
pouco frequentes: dermatite, fotosensibilidade
raros: necrólise epidérmica tóxica (síndrome de Lyell)
muito raros: síndrome de Stevens-Johnson

Afecções músculo-esqueléticas e dos tecidos conjuntivos
frequentes: artralgia, cãibras musculares, dor nos membros, dor de costas
pouco frequentes: perturbações nas articulações

Doenças endócrinas
raros: hirsutismo

Doenças do metabolismo e nutrição
muito frequentes: hiperglicemia, diabetes mellitus, hipercaliemia
frequentes: hipomagnesemia, hipofosfatemia, hipocaliemia, hipocalcemia,
hiponatremia, hipervolemia, hiperuricemia, diminuição do apetite, anorexia, acidoses metabólicas, hiperlipidemia, hipercolesterolémia, hipertrigliceridemia, outras alterações electrolíticas
pouco frequentes: desidratação, hipoproteinemia, hiperfosfatemia, hipoglicemia Infecções e infestações
Tal como é bem conhecido para outros agentes imunossupressores potentes, os doentes submetidos a terapêutica com tacrolímus apresentam frequentemente um risco aumentado para infecções (virais, bacterianas, fúngicas, por protozoários). A evolução de eventuais infecções pré-existentes pode ser agravada. Podem ocorrer infecções generalizadas e localizadas.
Foram notificados casos de nefropatia associada ao vírus BK, bem como casos de leucoencefalopatia multifocal progressiva (LMP) associada ao vírus JC, em doentes tratados com agentes imunossupressores, incluindo Prograf.

Complicações de intervenções relacionadas com lesões e intoxicações
frequentes: disfunção primária do transplante

Neoplasias benignas, malignas e não especificadas (incluindo quistos e pólipos) Os doentes submetidos a terapêutica imunossupressora apresentam um risco aumentado no que se refere ao desenvolvimento de doenças malignas. Foram descritos tanto neoplasmas benignos como neoplasmas malignos, incluindo perturbações linfoproliferativas associadas a EBV e doenças malignas de pele, em associação com o tratamento com o tacrolímus.

Vasculopatias
muito frequentes: hipertensão
frequentes: hemorragia, episódios tromboembólicos e isquémicos, distúrbios
vasculares periféricos, distúrbios vasculares hipotensivos pouco frequentes: enfarte, trombose venosa profunda dos membros, choque

Perturbações gerais e alterações no local de administração
frequentes: astenia, febre, edema, dor e desconforto, aumento da fosfatase
alcalina sanguínea, aumento de peso, problemas na percepção da temperatura corporal
pouco frequentes: falha de múltiplos órgãos, sintomas de gripe, intolerância à temperatura, sensação de pressão torácica, sensação nervosa, sensação anormal, aumento da lactato dehidrogenase sanguínea, diminuição de peso
raros: sede, queda, opressão no peito, diminuição da mobilidade, úlcera
muito raros: aumento do tecido adiposo

Doenças do sistema imunitário
Foram descritas reacções alérgicas e do tipo anafiláctico em doentes submetidos a terapêutica com tacrolímus (ver secção 4.4).

Afecções hepatobiliares
frequentes: alterações na função e enzimas hepáticas, colestase e icterícia,
dano hepatocelular e hepatite, colangite
raros: trombose arterial hepática, doença hepática venoclusiva
muito raros: insuficiência hepática, estenose do ducto biliar

Doenças dos órgãos genitais e da mama pouco frequentes: dismenorreia e hemorragia uterina

Perturbações do foro psiquiátrico muito frequentes: insónia
sintomas de ansiedade, confusão e desorientação, depressão, estado depressivo, perturbações e distúrbios do estado de espírito, pesadelos, alucinações, distúrbios mentais distúrbios psicóticos
frequentes:

pouco frequentes: 4.9 Sobredosagem
A experiência com casos de sobredosagem é limitada. Foram descritos diversos casos de sobredosagem acidental; os sintomas incluíram tremor, cefaleias, náuseas e vómitos, infecções, urticária, letargia, aumento do azoto da ureia no sangue e concentrações elevadas de creatinina sérica e aumento dos níveis da alanina aminotransferase. Não existe qualquer antídoto específico para a terapêutica com Prograf. Caso ocorra sobredosagem, devem ser postas em prática medidas de suporte gerais e seguido o tratamento sintomático.
Com base no seu peso molecular elevado, fraca solubilidade na água e a forte ligação aos eritrócitos e às proteínas plasmáticas, pode prever-se que o tacrolímus não será dialisável. Em casos isolados de doentes com níveis plasmáticos muito elevados, a hemo-filtração ou a diafiltração, foi eficaz na redução de concentrações tóxicas. Nos casos de intoxicação oral, poderá ser útil a lavagem gástrica e/ou o uso de adsorventes (como o carvão activado), se usada logo após a toma.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGIACS DO PROGRAF
5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: Inibidores da Calcineurina Código ATC: L04AD02 Mecanismo de acção e efeitos farmacodinâmicos
A nível molecular, os efeitos do tacrolímus parecem ser mediados pela ligação a uma proteína citosólica (FKBP12), responsável pela acumulação intracelular do composto. O complexo FKBP12-tacrolímus liga-se de forma específica e competitiva à calcineurina, inibindo-a, conduzindo à inibição cálcio-dependente das vias de transdução do sinal das células T, prevenindo desse modo a transcrição de um discreto conjunto de genes de linfoquina.
O tacrolímus é um agente imunossupressor altamente potente e demonstrou a sua actividade tanto em experiências in vitro como in vivo.
Em particular, o tacrolímus inibe a formação de linfócitos citotóxicos que são principalmente responsáveis pela rejeição de transplantes. O tacrolímus suprime a activação das células T e a proliferação das células B induzida pelas células T-Helper, assim como a formação de linfoquinas (como as interleuquinas-2, -3 e o interferão y) e a expressão dos receptores da interleuquina-2.

Resultados de dados publicados em transplantação primária de outros órgãos
A terapêutica com Prograf tem evoluído, sendo hoje um medicamento aceite na
imunossupressão primária após a transplantação do pâncreas, pulmão ou intestino. Em
estudos prospectivos publicados, o tacrolímus foi investigado como imunossupressor primário em aproximadamente 175 doentes após transplante de pulmão, 475 doentes após transplante do pâncreas e 630 doentes após transplante de intestino. Em geral, o perfil de segurança do tacrolímus nestes estudos publicados assemelha-se ao reportado em estudos de grande dimensão, onde o tacrolímus foi usado como tratamento primário na transplantação de fígado, rim e coração. Os resultados de eficácia em cada indicação obtidos nos estudos de maior dimensão encontram-se resumidos seguidamente. Transplantação pulmonar
A análise interina de um estudo multicêntrico recente avaliou 110 doentes que foram aleatorizados na proporção de 1:1 para tacrolímus ou ciclosporina. O tacrolímus foi iniciado como perfusão intravenosa contínua numa dose de 0,01 a 0,03 mg/kg/dia e o tacrolímus oral foi administrado numa dose de 0,05 a 0,3 mg/kg/dia. Foi reportada durante o primeiro ano após a transplantação uma menor incidência de episódios de rejeição aguda em doentes tratados com tacrolímus – versus ciclosporina (11,5% versus 22,6%) e uma menor incidência de rejeição crónica, a síndrome de bronquiolite obliterante foi notificada dentro do primeiro ano após transplantação em valores de 2,86% versus 8,57%. A taxa de sobrevivência de doentes no primeiro ano foi de 80,8% no grupo tratado com tacrolímus e de 83% no grupo tratado com ciclosporina (Treede et al., 3rd ICI San Diego, US, 2004;Abstract 22).
Outro estudo aleatorizado incluiu 66 doentes com tacrolímus versus 67 doentes com ciclosporina. O tacrolímus foi iniciado como perfusão intravenosa contínua numa dose de 0,025 mg/kg/dia e o tacrolímus oral foi administrado numa dose de 0,15 mg/kg/dia com os subsequentes ajustes de dose para a concentração mínima pretendida de 10 a 20 ng/ml. A sobrevivência de doentes no primeiro ano foi de 83% no grupo tratado com tacrolímus e de 71% no grupo tratado com ciclosporina e no segundo ano a taxa de sobrevivência foi de 76% e 66%, respectivamente. Os episódios de rejeição aguda por 100 doentes-dia foram numericamente inferiores no grupo do tacrolímus (0,85 episódios) do que no grupo da ciclosporina (1,09 episódios). Ocorreu bronquiolite obliterante em 21,7% dos doentes no grupo tratado com tacrolímus comparado com 38,0% dos doentes tratados com ciclosporina (p=0,025). O número de doentes tratados com ciclosporina (n=13) que necessitou de conversão para tacrolímus foi significativamente superior aos doentes tratados com tacrolímus convertidos para ciclosporina (n=2) (p=0.02) (Keenan et al., Ann Thoracic Surg 1995;60:580).
Num estudo adicional em dois centros, 26 doentes foram aleatorizados para o tacrolímus versus 24 doentes para a ciclosporina. O tacrolímus foi iniciado com a perfusão intravenosa contínua numa dose de 0,05 mg/kg/dia e o tacrolímus oral foi administrado numa dose de 0,1 a 0,3 mg/kg/dia com os subsequentes ajustes de dose para a concentração mínima pretendida de 12 a 15 ng/ml. As taxas de sobrevivência de doentes no primeiro ano foram de 73,1% para o tacrolímus versus 79,2% no grupo da ciclosporina. A ausência de rejeição aguda foi superior no grupo do tacrolímus aos 6 meses (57,7% versus 45,8%) e após um ano da transplantação pulmonar (50% versus 33,3%) (Treede et al., J Heart Lung Transplant 2001;20:511).
Os três estudos demonstraram taxas de sobrevivência semelhantes. A incidência de rejeição aguda foi numericamente inferior com o tacrolímus nos três estudos e um dos estudos relatou uma incidência significativamente inferior da síndrome de bronquiolite obliterante com o tacrolímus.
Transplantação pancreática
Um estudo multicêntrico incluiu 205 doentes submetidos ao transplante simultâneo de pâncreas e rim, os quais foram aleatorizados para tacrolímus (n=103) ou ciclosporina (n=102). A dose inicial por dose protocolo de tacrolímus foi de 0,2 mg/kg/dia com os subsequentes ajustes de dose para a concentração mínima pretendida de 8 a 15 ng/ml no quinto dia e 5 a 10 ng/ml após o sexto mês. A sobrevivência do enxerto de pâncreas ao fim de 1 ano foi significativamente superior com o tacrolímus: 91,3% versus 74,5% com a ciclosporina (p<0,0005), enquanto que a taxa de sobrevivência do transplante renal foi semelhante em ambos os grupos. No total 34 doentes mudaram o tratamento de ciclosporina para tacrolímus, enquanto que apenas 6 doentes tratados com tacrolímus necessitaram de terapêutica alternativa (Bechstein et al., Transplantation 2004;77:1221). Transplantação intestinal
Experiência clínica publicada de um centro no uso de tacrolímus para o tratamento primário após a transplantação intestinal demonstrou que a taxa de sobrevivência actuarial de 155 doentes (65 apenas intestino, 75 fígado e intestino e 25 multivisceral) a receber tacrolímus e prednisolona foi de 75% no primeiro ano, 54% ao fim de 5 anos e 42% ao fim de 10 anos. Nos anos iniciais a dose oral de tacrolímus foi de 0,3 mg/kg/dia. Os resultados melhoraram continuamente com o aumento da experiência ao longo de 11 anos. A variedade de inovações, tais como as técnicas para a detecção precoce de infecções por Epstein-Barr (EBV) e CMV, aumento da medula óssea, o uso auxiliar do antagonista da interleucina-2, o daclizumab, doses iniciais baixas de tacrolímus com níveis mínimos de 10 a 15 ng/ml, e mais recentemente a irradiação de transplante alogénico, contribuíram para melhorar os resultados nesta indicação ao longo do tempo (Abu-Elmagd et al., Ann Surg 2001;234:404).

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Absorção
No homem, o tacrolímus demonstrou ser capaz de ser absorvido pelo tracto gastrintestinal. Após a administração oral de Prograf cápsulas, o pico das concentrações máximas (Cmax) de tacrolímus no sangue são atingidas em aproximadamente 1 a 3 horas. Em alguns doentes, o tacrolímus parece ser absorvido continuamente por um período prolongado de tempo, estabelecendo um perfil de absorção relativamente plano. A biodisponibilidade oral média do tacrolímus encontra-se no intervalo de 20% – 25%. Após administração oral (0,30 mg/kg/dia) em doentes submetidos a transplante hepático, as concentrações de Prograf no estado estacionário foram atingidas em 3 dias, na maioria dos doentes.
Em indivíduos saudáveis, Prograf cápsulas 0.5 mg, 1 mg e 5 mg demonstraram ser bioequivalentes, quando administradas em doses equivalentes.
A velocidade e extensão de absorção do tacrolímus são superiores em jejum. A presença de alimentos diminui a velocidade e a extensão da absorção do tacrolímus e o efeito é mais notório após uma refeição de elevado teor lipídico. O efeito de uma refeição com elevado teor de hidratos de carbono é menos pronunciado.
Em doentes, submetidos a transplante hepático e que se encontram em condições estáveis, a biodisponibilidade oral de Prograf diminuiu quando foi administrado após uma refeição de teor lipídico moderado (34% de calorias). Foram evidentes diminuições da AUC (27%) e da Cmax (50%) e um aumento de tmax (173%) no sangue total. Num estudo realizado em doentes renais transplantados e que se encontram em condições estáveis estabilizados aos quais foi administrado Prograf imediatamente após a ingestão de um pequeno-almoço continental padrão, o efeito na biodisponibilidade oral foi menos pronunciado. Foi evidente a diminuição da AUC (de 2 a 12%) e da Cmax (de 15 a 38%) e o aumento da tmax (de 38% a 80%) no sangue total. O fluxo biliar não influencia a absorção de Prograf.
Existe uma forte correlação entre a AUC e os níveis mínimos no sangue total, no estado estacionário. A monitorização dos níveis no sangue total constitui uma boa estimativa da exposição sistémica.

Distribuição e eliminação
No homem, a distribuição de tacrolímus após perfusão intravenosa pode ser descrita como bifásica.
Na circulação sistémica, o Prograf liga-se fortemente aos eritrócitos, o que resulta numa taxa de distribuição das concentrações sangue total/plasma de aproximadamente 20:1. No plasma, o tacrolímus liga-se fortemente às proteínas plasmáticas (> 98,8%), principalmente à albumina sérica e à glicoproteína ácida a-1.
0 tacrolímus é extensamente distribuído no organismo. O volume de distribuição no estado estacionário baseado nas concentrações plasmáticas, é de aproximadamente 1.300
1 (nos indivíduos saudáveis). Dados correspondentes baseados nas concentrações no sangue total foram em média 47,6 litros.
O tacrolímus é uma substância com uma depuração baixa. Nos indivíduos saudáveis, a depuração total média no organismo, calculada a partir das concentrações no sangue total, foi de 2,25 l/h. Nos doentes adultos submetidos a transplantes hepáticos, renais e cardíacos, foram observados valores de 4,1 l/h, 6,7 l/h e 3,9 l/h, respectivamente. As crianças receptoras de transplantes hepáticos apresentaram uma depuração total média no organismo cerca de duas vezes superior à dos adultos submetidos a transplante hepático. Factores tais como baixos níveis de hematócrito e proteínas, que resultam num aumento da fracção não ligada do tacrolímus, ou metabolismo aumentado induzido por corticosteróides, são considerados como sendo responsáveis pelas taxas de depuração superiores observadas após o transplante.
A semi-vida do tacrolímus é longa e variável. Nos indivíduos saudáveis, a semi-vida média no sangue total é de aproximadamente 43 horas. Nos doentes submetidos a transplantes hepáticos, tanto adultos como crianças, é em média de 11,7 e de 12,4 horas, respectivamente, comparativamente com as 15,6 horas observadas nos receptores adultos de transplantes renais. Taxas de depuração aumentadas contribuem para a menor semi-vida observada nos receptores de transplantes.

Metabolismo e biotransformação
O tacrolímus é largamente metabolizado no fígado, primariamente pelo citocromo P450-3A4. O tacrolímus é também consideravelmente metabolizado na parede do intestino. Existem vários metabolitos identificados. Apenas um demonstrou ter actividade imunossupressora in vitro semelhante ao tacrolímus. Os outros metabolitos têm apenas actividade imunossupressora fraca ou não possuem actividade imunossupressora. Na circulação sistémica está presente apenas um dos metabolitos inactivos em baixas concentrações. Deste modo, os metabolitos não contribuem para a actividade farmacológica do tacrolímus.

Excreção
Após administração intravenosa e oral de tacrolímus marcado com C14, a maior parte da radioactividade foi eliminada nas fezes. Aproximadamente 2% da radioactividade foi eliminada na urina. Menos de 1% de tacrolímus inalterado foi detectado na urina e nas fezes, indicando que o tacrolímus é quase completamente metabolizado antes da eliminação: a bílis foi a principal via de eliminação.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

Em estudos de toxicidade realizados em ratos e babuínos, os rins e o pâncreas foram os principais órgãos afectados. Nos ratos, o tacrolímus causou efeitos tóxicos no sistema nervoso e nos olhos. Foram observados efeitos cardiotóxicos reversíveis em coelhos após a administração intravenosa de tacrolímus.
Foi observada toxicidade embriofetal em ratos e coelhos e limitada a doses que causaram toxicidade significativa nas progenitoras. Em ratos, verificou-se que a função reprodutiva feminina, incluindo o nascimento, se encontrava debilitada em dosagens tóxicas e a descendência apresentava peso à nascença, viabilidade e crescimento reduzidos. Foi observado um efeito negativo do tacrolímus na fertilidade masculina de ratos na forma de contagem reduzida de espermatozóides e na sua mobilidade.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO PROGRAF

6.1 Lista dos excipientes

Óleo de rícino hidrogenado de polioxietileno Álcool desidratado.

6.2 Incompatibilidades

Ao fazer a diluição, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos excepto aqueles referidos na secção 6.6.

O tacrolímus é absorvido por plásticos PVC. A tubagem, seringas e qualquer outro equipamento usado para preparar ou administrar Prograf 5mg/ml concentrado para solução para perfusão não deve conter PVC.

O tacrolímus é instável sob condições alcalinas. Deve ser evitada a combinação de Prograf 5mg/ml concentrado para solução para perfusão reconstituído com outros medicamentos que produzam uma solução fortemente alcalina (p.ex.: aciclovir e ganciclovir).

6.3 Prazo de validade
2 anos.
A estabilidade química e física de utilização foi demonstrada por um período de 24 horas a 25°C.

De um ponto de vista microbiológico, o medicamento deve ser utilizado imediatamente. Caso não seja utilizado imediatamente, as condições e tempo de armazenamento anteriores à utilização são da responsabilidade do utilizador e não deverão ser superiores a 24 horas entre 2 a 8°C, a menos que a diluição tenha sido efectuada em condições controladas e com medidas de assépsia validadas.

6.4 Precauções especiais de conservação

Conservar as ampolas dentro da embalagem de origem para proteger da luz. Não conservar acima de 25 °C.

Condições de conservação do medicamento diluído, ver secção 6.3.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Ampolas de vidro incolor, tipo I Ph. Eur., de 2 ml, contendo 1 ml de concentrado de solução para perfusão.

Cada embalagem contém 10 ampolas.

6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento

Prograf 5 mg/ml concentrado para solução para perfusão não deve ser injectado sem ser diluído.

Prograf 5 mg/ml concentrado para solução para perfusão deve ser diluído em solução de dextrose a 5 % p/v ou soro fisiológico, em frascos de polietileno, polipropileno ou vidro, mas não em recipientes de PVC (ver secção 6.2). Apenas soluções transparentes e incolores deverão ser usadas.

A concentração da solução para perfusão deve situar-se dentro do intervalo 0,004 – 0,100 mg/ml. O volume total de perfusão durante um período de 24 horas deve estar dentro do intervalo 20 – 500 ml.

A solução diluída não deve ser administrada como um bólus.

O concentrado não usado existente numa ampola aberta ou a solução reconstituída não usada deve ser rejeitado imediatamente para evitar a contaminação.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Astellas Farma, Lda.
Edifício Cinema
Rua José Fontana, n° 1, 1° andar
2770-101 Paço de Arcos
Portugal

8. NÚMEROS DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

N° de registo: 2899383 – 1 ml de concentrado para solução para perfusão, 5 mg/ml, ampola de vidro transparente

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 21 Abril 1999 Data da última renovação: 20 de Janeiro de 2009

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
09-06-2009

Categorias
Benzidamina

CARACTERÍSTICAS DO TANTUM VERDE bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
TANTUM VERDE

1 – DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO TANTUM VERDE

Tantum Verde 1,5 mg/ml solução para pulverização bucal

2 – COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO TANTUM VERDE

Cada 100 ml de solução, contêm:

Substância activa: Cloridrato de benzidamina: 0,15 g Lista completa de excipientes: ver secção 6.1

3 – FORMA FARMACÊUTICA DO TANTUM VERDE

Solução para pulverização bucal

4 – INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO TANTUM VERDE
4.1 – Indicações terapêuticas

Tratamento sintomático de processos inflamatórios da orofaringe

4.2 – Posologia e modo de administração

Pulverizar a garganta 2 a 6 vezes por dia (cada pulverização equivale a 0,17 ml de solução)

4.3 – Contra-indicações

Hipersensibilidade à(s) substâncias activa(s) ou a qualquer um dos excipientes

4.4 – Advertências e precauções especiais de utilização

Se a dor de garganta for causada ou agravada por uma infecção bacteriana, deve ser prescrita uma terapia antibacteriana apropriada, concomitante com o uso da benzidamina

O tratamento não deve ser prolongado por mais de sete dias, excepto sobre supervisão médica.

4.5 – Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Nos estudos efectuados não foram verificadas reacções adversas atribuidas a interacção da benzidamina com outros medicamentos.

4.6 – Gravidez e aleitamento

A benzidamina não revelou efeitos teratogénicos ou embriotóxicos, no entanto o medicamento só deve ser usado quando os riscos potenciais para o feto forem menores do que os benefícios para o paciente.

4.7 – Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Não aplicável

4.8 – Efeitos indesejáveis

Pode ocorrer dormência e sensação de ardor da orofaringe. Estão descritas raras reacções de hipersensibilidade, que se podem manifestar por urticária, fotosensibilidade e broncoespasmo.

Se se verificar algum efeito secundário que não conste do folheto informativo deve comunicá-lo ao seu médico ou ao farmacêutico.

4.9 – Sobredosagem

Não foram considerados casos de sobredosagem.

5 – PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO TANTUM VERDE
5.1 – Propriedades farmacodinâmicas

Grupo Farmacoterapêutico: 6.1.1- De aplicação tópica Código ATC: A01AD02 BENZYDAMINE

Tantum Verde contém benzidamina (1-benzil-3-(3 dimetilaminopropoxi)1H – indazol cloridrato), uma substância anti-inflamatória que se utiliza quer por via sistémica quer por via tópica.

O medicamento exerce assim, a nível do foco inflamatório, uma acção anti-inflamatória e um efeito analgésico que constituem o efeito terapêutico.
Nas concentrações usadas na forma tópica, a benzidamina exerce também uma moderada acção analgésica local e desinfectante.

O Tantum Verde Solução para pulverização bucal é particularmente indicado em todas as situações patológicas da cavidade oro-faríngea (intervenção cirúrgica, fractura das mandíbulas) nas quais é difícil o uso de colutório.

5.2 – Propriedades farmacocinéticas

Estudos de farmacocinética demonstraram que a benzidamina é bem tolerada após administração oral, distribuindo-se uniformemente nos tecidos normais, acumulando-se nos tecidos inflamados.

Quando aplicado na pele ou na mucosa com os excipientes apropriados, o Tantum Verde apresenta uma óptima absorção subcutânea, com concentrações nos tecidos, similares às obtidas por via sistémica.
Foi demonstrado em animais que a absorção sistémica de benzidamina após tratamento local é mínima.

A benzidamina é excretada por via urinária, na maioria em forma de metabolitos e em pequenas quantidades inalterada.

5.3 – Dados de segurança pré-clínica

Os dados pré-clínicos não indicam riscos especiais para o ser humano, com base em estudos de toxicidade aguda e dose repetida, genotoxicidade, carcinogenicidade, toxicidade sobre a reprodução e tolerância local.

A benzidamina não se revelou ulcerogénica, mesmo em altas doses por via oral. Não foram demonstrados efeitos específicos na reprodução bem como efeitos potenciais mutagénicos ou carcinogénicos.

Estudos realizados com várias formulações tópicas em várias espécies animais não revelaram efeitos adversos locais atribuíveis à benzidamina.

6 – INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO TANTUM VERDE

6.1 – Lista dos excipientes
Glicerol, Sacarina, Bicarbonato de Sódio, Etanol, Ácido parahidroxibenzóico, Aroma de menta, Polissorbato 20, Água purificada.

6.2 – Incompatibilidades
Não aplicável

6.3 – Prazo de validade
4 anos

6.4 – Precauções especiais de conservação
0 medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.

6.5 – Natureza e conteúdo do recipiente

Frasco de plástico de 30 ml, adaptado com válvula doseadora e pulverizador.

6.6 – Precauções especiais de eliminação
Instruções de uso:
1 – Levantar a cânula para pulverização

2 -Introduzir a cânula na boca e dirigir a aspersão para a zona inflamada ou para a garganta em caso de infecções faríngeas. Premir uniformemente com o dedo na zona saliente

NB. – Na primeira utilização do medicamento, premir a válvula doseadora, diversas vezes para o ar, até obter uma nebulização homogénea.

Crianças:
(menos de 6 anos ): 1 pulverização por cada 4 kg de peso corporal, até um máximo de 4 pulverizações 2-6 vezes por dia

Crianças:
(6-12 anos): 4 pulverizações
Ââuvizes ao d
4-8 pulverizações 2-6 vezes ao dia

7 – TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
L. Lepori, Lda
R. João Chagas, 53 – Piso 3
1495-764 Cruz Quebrada – Dafundo

8 – NUMERO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

2889384 – embalagem de 30 ml de solução a 0,15%

9 – DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data de AIM: 21/03/99
Data de Renovação: 21/03/04

10 – DATA DA REVISÃO DO TEXTO

Abril 2006

Categorias
Rabeprazol

CARACTERÍSTICAS DO PARIET bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
PARIET

1. NOME DO MEDICAMENTO PARIET
PARIET 10 mg comprimidos gastrorresistentes
PARIET 20 mg comprimidos gastrorresistentes

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO PARIET
10 mg de rabeprazol sódico equivalente a 9,42 mg de rabeprazol. 20 mg de rabeprazol sódico equivalente a 18,85 mg de rabeprazol.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO PARIET
Comprimidos gastrorresistentes.
Comprimido a 10 mg biconvexo revestido cor-de-rosa com “E241” gravado num dos lados. Comprimido a 20 mg biconvexo revestido amarelo com “E243” gravado num dos lados.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO PARIET
4.1 Indicações terapêuticas

PARIET está indicado para o tratamento de: úlcera duodenal activa; úlcera gástrica benigna activa;
doença de refluxo gastro-esofágico sintomática erosiva ou ulcerativa (DRGE); tratamento prolongado da doença de refluxo gastro-esofágico (manutenção DRGE); Tratamento sintomático da doença de refluxo gastro-esofágico moderado a muito grave (DRGE sintomático);
Síndroma Zollinger-Ellison.
Está também indicado em associação com regimes terapêuticos antibacterianos apropriados para a erradicação do Helicobacter pylori em doentes com úlcera péptica. Ver secção 4.2.

4.2 Posologia e modo de administração
Adultos/idosos:

Úlcera duodenal activa e úlcera gástrica benigna activa: A dose oral recomendada tanto para a úlcera duodenal activa como para a úlcera gástrica benigna activa é de 20 mg, uma vez por dia, de manhã.
A maior parte dos doentes com úlcera duodenal activa cura-se dentro de quatro semanas. Contudo, alguns doentes podem precisar de mais quatro semanas de tratamento para obter a cura. A maior parte dos doentes com úlcera gástrica benigna activa cura-se em seis semanas. No entanto, também alguns doentes podem precisar de mais seis semanas de tratamento para obterem a cura.
Doença de refluxo gastro-esofágico ulcerativa ou erosiva (DRGE): a dose oral recomendada para esta situação é de 20 mg uma vez por dia, durante quatro a oito semanas.
Tratamento prolongado da doença de refluxo gastro-esofágico (manutenção DRGE): Para tratamento prolongado, pode-se usar PARIET numa dose de manutenção de 20 mg ou 10 mg, uma vez por dia, dependendo da resposta do doente.
Tratamento sintomático da doença de refluxo gastro-esofágico moderado a muito grave (DRGE sintomático): 10 mg uma vez por dia, em doentes sem esofagite. Se o controlo dos sintomas não tiver sido conseguido após 4 semanas, devem-se efectuar exames complementares de diagnóstico ao doente. Uma vez que os sintomas tenham desaparecido, pode conseguir-se o controlo de sintomas subsequentes utilizando um outro regime de 10 mg diários, quando necessário.
Síndroma Zollinge-Ellison: A dose inicial recomendada para os adultos é de 60 mg uma vez por dia. A dose pode ser ajustada até 120 mg por dia baseada nas necessidades do doente. Podem ser administradas doses únicas diárias até 100 mg. A dose de 120 mg pode implicar doses divididas de 60 mg, duas vezes por dia. O tratamento deve continuar enquanto for clinicamente indicado.
Erradicação do H. pylori: Doentes com infecção pelo H. pylori devem ser tratados com terapêutica de erradicação. Recomenda-se administrar durante 7 dias a seguinte associação. PARIET 20 mg duas vezes por dia + 500 mg de claritromicina, duas vezes por dia, e 1 g de amoxicilina, duas vezes por dia.
Para indicações que requerem tratamento uma vez por dia, PARIET deve ser tomado de manhã, antes de comer. Embora nem a hora nem a ingestão de alimentos tenham tido qualquer efeito na actividade do rabeprazol sódico, este regime facilitará a adesão ao tratamento.
Os doentes devem ser avisados que os comprimidos de PARIET não devem ser mastigados nem partidos, devendo ser engolidos inteiros.
Insuficiência renal e hepática:
Não é necessário ajuste da dose para doentes com insuficiência renal ou hepática.
Ver secção 4.4. Advertências e precauções especiais de utilização – tratamento de doentes com
insuficiência hepática grave.
Crianças:
PARIET não é recomendado para crianças porque não há experiência de PARIET neste grupo etário.

4.3 Contra-indicações
PARIET está contra-indicado em doentes com conhecida hipersensibilidade ao rabeprazol sódico, a benzimidazóis substituídos ou a qualquer excipiente que faça parte da formulação. PARIET está contra-indicado na gravidez e durante o aleitamento.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
A resposta sintomática à terapêutica com rabeprazol sódico não exclui a presença de malignidade gástrica ou esofágica. Por esta razão, deve excluir-se a possibilidade de malignidade antes do tratamento com PARIET.
Os doentes com tratamento prolongado (particularmente os tratados durante mais de um ano) devem ser mantidos sob controlo regular.
Os doentes devem ser avisados que os comprimidos de PARIET não devem ser mastigados nem partidos, devendo ser engolidos inteiros.
PARIET não é recomendado para crianças, porque não há experiência de PARIET neste grupo etário.
Não houve evidência de problemas significativos de segurança, relacionados com o medicamento num estudo de doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada em relação a controlos normais, quanto à idade e sexo. No entanto, como não existem dados clínicos sobre o uso de PARIET no tratamento de doentes com insuficiência hepática grave, aconselha-se o médico a ter cuidado quando se inicia o tratamento com PARIET em tais doentes.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
O rabeprazol sódico produz uma inibição profunda e de longa duração da secreção gástrica ácida. Pode haver interacção com compostos cuja absorção é dependente do pH. A co-administração de rabeprazol sódico com cetoconazol ou itraconazol pode resultar num decréscimo significativo nos níveis plasmáticos dos antifúngicos. Por isso, os doentes podem precisar de ser monitorizados para determinar se o ajuste da dose é necessário, quando o cetoconazol ou itraconazol são tomados concomitantemente com PARIET.
Em ensaios clínicos, foram administrados anti-ácidos concomitantemente com PARIET e, num estudo específico de interacção fármaco-fármaco, não se observou interacção com anti-ácidos líquidos.

4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez:

Não existem dados sobre a segurança de rabeprazol na gravidez humana. Estudos de reprodução efectuados em ratos e coelhos não revelaram diminuição da fertilidade ou dano fetal provocados pelo rabeprazol sódico, embora nos ratos ocorra uma baixa transferência feto-placentária. PARIET está contra-indicado durante a gravidez.
Aleitamento: Não se sabe se o rabeprazol sódico é excretado na mulher através do leite materno. Não foram efectuados estudos em mulheres lactantes. No entanto o rabeprazol sódico é excretado através de secreções mamárias do rato fêmea. Por esta razão PARIET não deve ser administrado durante o aleitamento.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Com base nas propriedades farmacodinâmicas e no perfil de efeitos indesejáveis, é improvável que PARIET afecte a capacidade de conduzir ou de trabalhar com máquinas. Se, contudo, a sonolência afectar o estado de vigília, será de evitar a condução de veículos ou o manejo de máquinas complexas.

4.8 Efeitos indesejáveis
Os efeitos indesejáveis mais frequentemente registados durante ensaios clínicos foram: cefaleia, diarreia, dor abdominal, astenia, flatulência, erupção cutânea e boca seca. A maioria dos efeitos indesejáveis experimentados durante os ensaios clínicos foi ligeira a moderada, quanto à gravidade, e transitória quanto à natureza.
Os seguintes efeitos indesejáveis foram registados a partir de ensaios clínicos e de experiências pós-comercialização.
As frequências são definidas como: frequentes (>1/100, <1/10), pouco frequentes (>1/1000, <1/100), raros (>1/10000, <1/1000) e muito raros (<1/10000).

Classes de Frequentes Pouco Raros Muito raros
sistemas de frequentes
órgãos
Infecções   e infestações Infecção
Doenças   do Neutropenia
sangue e do Leucopenia
Sistema linfático Trombocitopenia Leucocitose
Doenças   do Hipersensibilidade
sistema 1, 2
imunitário
Doenças   do Anorexia
metabolismo
e da nutrição
Perturbações Insónia Nervosismo Depressão
do        foro
psiquiátrico
Doenças   do Cefaleia Sonolência
Sistema Tonturas
Nervoso
Afecções oculares Perturbações     da visão
Doenças Tosse Bronquite
respiratórias, Faringite Sinusite
torácicas    e Rinite
do
mediastino
Doenças Diarreia Dispepsia Gastrite
gastrointestin Vómitos Boca seca Estomatite
ais Náusea Dor

abdominal

Obstipação

Flatulência

Eructação Perturbações     do paladar
Afecções Hepatite
hepato- Icterícia
biliares Encefalopatia hepática 3
Afecções dos Erupção Prurido Eritema    multiforme,
tecidos cutânea Sudação necrólise   epidérmica
cutâneos    e Eritema 2 Reacções Bolhosas tóxica,
subcutâneas 2 Síndroma Stevens-Johnson
Afecções Dor       não Mialgia
musculosque específica Cãibras     nas
léticas e dos Dor       nas pernas
tecidos costas Artralgia
conjuntivos
Doenças Infecção     do Nefrite intersticial
renais        e tracto urinário
urinárias
Doenças dos
órgãos
genitais     e mama
Perturbações Astenia Dor no peito
gerais        e Síndrome Arrepios
alterações no local       de administraçã o tipo-gripal Pirexia
Exames complementa res          de diagnóstico Aumento    das

enzimas

hepáticas

Aumento de peso

1 Inclui inchaço da cara, hipotensão e dispneia.
2 Eritema, reacções bolhosas e reacções de hipersensibilidade geralmente resolveram-se com a interrupção do tratamento.
3 Casos raros de encefalopatia hepática foram descritos em doentes com cirrose. No tratamento de doentes com graves disfunções hepáticas o prescritor é aconselhado para ter cuidado quando tais doentes fazem um primeiro tratamento com PARIET (ver secção 4.4).
Surgiram relatórios pós-comercialização, de ginecomastia e edema periférico, em que não foi possível excluir uma relação com o rabeprazol. Como estes efeitos foram descritos fora do âmbito dum ensaio clínico, desconhece-se a sua incidência.

4.9 Sobredosagem
Até à data não há experiência com sobredosagem deliberada. A exposição máxima estabelecida não excedeu 60 mg duas vezes por dia, ou 160 mg uma vez por dia. Os efeitos são geralmente mínimos, representativos do perfil de efeitos adversos conhecidos e reversíveis sem qualquer intervenção médica. Não se conhece nenhum antídoto específico. O rabeprazol sódico liga-se a proteínas em grande proporção e, por isso, não é prontamente dialisável. Como em qualquer caso de sobredosagem, o tratamento deve ser sintomático e devem usar-se medidas gerais de suporte.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO PARIET
5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: Aparelho digestivo, Medicamentos para a úlcera péptica e refluxo gastro-esofágico, Inibidores da bomba de protões. Código ATC: A02B C04
Mecanismo de acção:
O rabeprazol sódico pertence à classe de substâncias anti-secretoras, os benzimidazóis substituídos, que não apresentam propriedades anticolinérgicas dos antagonistas H2 da histamina, mas suprimem a secreção gástrica ácida através da inibição específica da enzima H+ /K+ -ATPase (a bomba de protões ou de ácido). O efeito está relacionado com a dose e conduz à inibição da secreção, tanto basal, como estimulada de ácido, independentemente do estímulo. Estudos em animais indicam que após a administração o rabeprazol sódico desaparece rapidamente tanto do plasma como da mucosa gástrica. Como se trata de uma base fraca, o rabeprazol é rapidamente absorvido após a administração de qualquer dose, concentrando-se no meio ácido das células parietais. O rabeprazol é convertido na forma activa de sulfenamida através de protonação, reagindo posteriormente com as cisteínas disponíveis na bomba de protões.
Actividade anti-secretora: Após administração oral de uma dose de 20 mg de rabeprazol sódico, o início do efeito anti-secretor ocorre dentro de uma hora, com o efeito máximo dentro de duas a quatro horas. A inibição da secreção ácida basal e estimulada por alimentos 23 horas após a primeira dose de rabeprazol sódico é de 69% e 82% respectivamente e a duração da inibição prolonga-se por 48 horas. O efeito inibidor de rabeprazol sódico na secreção de ácido aumenta ligeiramente com a posologia repetida de uma toma diária, atingindo uma inibição estável, após três dias. Quando o medicamento é suspenso, a actividade secretora normaliza no período de 2 a 3 dias.
Efeitos na gastrina sérica: Em estudos clínicos doentes foram tratados com 10 ou 20 mg de rabeprazol sódico, uma vez por dia, por um período de 43 meses. Os níveis de gastrina sérica aumentaram durante as primeiras 2 a 8 semanas, reflectindo os efeitos inibidores na secreção ácida e permaneceram estáveis enquanto prosseguiu o tratamento. Os valores de gastrina voltaram aos níveis de antes do tratamento, geralmente dentro de 1 a 2 semanas, após a interrupção do tratamento.
Amostras por biopsia gástrica humana do antro e do fundo de mais de 500 doentes tratados com rabeprazol ou com tratamento de comparação até 8 semanas não mostraram alterações da histologia das células ECL, do grau de gastrite, da incidência de gastrite atrófica, de metaplasia intestinal ou da prevalência de infecção por Helicobacter pylori. Em mais de 250 doentes seguidos durante mais de 36 meses de tratamento contínuo, não se observou alteração significativa nos valores apresentados inicialmente.
Outros efeitos: Não se detectaram, até à data, efeitos sistémicos de rabeprazol sódico no sistema nervoso central, nos sistemas cardiovascular e respiratório. O rabeprazol sódico, administrado por via oral em doses de 20 mg durante 2 semanas, não teve efeito na função da tiróide, no metabolismo dos glúcidos ou nos níveis circulantes da hormona paratiróide, cortisol, estrogénio, testosterona, prolactina, colecistoquinina, secretina, glucagon, hormona folículo-estimulante (FSH), hormona luteinizante (LH), renina, aldosterona ou somatotrofina. Estudos realizados com indivíduos saudáveis mostraram que rabeprazol sódico não tem interacções clinicamente significativas com a amoxicilina. O rabeprazol não influencia adversamente as concentrações plasmáticas de amoxicilina ou claritromicina quando administradas em associação para combater a infecção por Helicobacter pylori.

5.2 Propriedades farmacocinéticas
Absorção: PARIET é uma formulação em comprimido de revestimento entérico (gastro-resistente) de rabeprazol sódico. Esta forma farmacêutica é necessária porque o rabeprazol é ácido-lábil. Portanto, a absorção do rabeprazol sódico começa somente depois do comprimido sair do estômago. A absorção é rápida, ocorrendo os níveis plasmáticos máximos de rabeprazol aproximadamente 3,5 horas após uma dose de 20 mg. As concentrações máximas plasmáticas (Cmáx) de rabeprazol e a AUC são lineares no intervalo de doses de 10 mg a 40 mg. A biodisponibilidade absoluta de uma dose oral de 20 mg (comparada com a administração intravenosa) é de cerca de 52%, devido em grande parte ao metabolismo pré-sistémico. Adicionalmente a biodisponibilidade não parece aumentar com uma administração repetida. Em indivíduos saudáveis a semivida plasmática é aproximadamente de uma hora (variação entre 0,7 e 1,5 horas), e a depuração corporal total estima-se em 283 ± 98 ml/min. Não houve interacção clinicamente relevante com a comida. Nem os alimentos, nem a hora da administração do tratamento afectam a absorção de rabeprazol sódico.
Distribuição: O rabeprazol liga-se em cerca de 97% às proteínas plasmáticas humanas.
Metabolismo e excreção: : Rabeprazol sódico, assim como outros membros da classe dos inibidores da bomba de protões (IBP), é metabolizado através do sistema metabolizante do fármaco a nível hepático do citocromo P450 (CYP450). Testes in vitro com microssomas de fígado humano comprovaram que rabeprazol sódico é metabolizado por isoenzimas do (CYP450) (CYP2C19 e CYP3A4). Nestes estudos, com as concentrações plasmáticas humanas esperadas, o rabeprazol nem induziu nem inibiu o CYP3A4; e embora os estudos in vitro nem sempre tenham valor preditivo da situação in vivo, estas informações indicam que não se espera nenhuma interacção entre o rabeprazol e a ciclosporina. Nos seres humanos, os metabolitos principais são o tioéter (M1) e o ácido carboxílico (M 6); os metabolitos menores, observados em níveis mais baixos, são a sulfona (M2), o desmetil-tioéter (M4) e o conjugado com o ácido mercaptúrico (M5). Apenas o metabolito desmetil (M3) tem uma pequena actividade anti-secretora, mas não existe no plasma.
Após uma dose oral única de 20 mg de rabeprazol sódico marcado com 14C não houve excreção do fármaco inalterado na urina. Aproximadamente 90% da dose foi eliminada na urina principalmente sob a forma de dois metabolitos: um conjugado com o ácido mercaptúrico (M5) e um ácido carboxílico (M6), e ainda dois metabolitos desconhecidos. A restante dose foi recuperada nas fezes.
Sexo: Ajustado à massa corporal e altura, não há diferenças significativas quanto ao sexo em parâmetros farmacocinéticos após a administração duma dose única de 20 mg de rabeprazol.
Insuficiência renal: Em doentes com insuficiência renal terminal estável que exige hemodiálise de manutenção (depuração da creatinina menor que ou igual a 5 ml/min/1,73 m2), a eliminação do rabeprazol sódico foi muito semelhante à dos voluntários saudáveis.
A AUC e a Cmáx nestes doentes foram cerca de 35% inferiores às de voluntários saudáveis. A semivida média do rabeprazol foi de 0,82 horas em voluntários saudáveis, de 0,95 horas em doentes durante a hemodiálise e de 3,6 horas após diálise. A depuração do fármaco em doentes com doença renal que exigia hemodiálise de manutenção foi aproximadamente duas vezes maior do que em voluntários saudáveis.
Insuficiência hepática: Após a administração duma dose única de 20 mg de rabeprazol a doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada crónica, a AUC duplicou e a semivida de rabeprazol aumentou 2 a 3 vezes, em comparação com voluntários saudáveis. No entanto, após a administração duma dose diária de 20 mg, durante 7 dias, a AUC aumentou apenas 1,5 vezes e a Cmax 1,2 vezes. A semivida de rabeprazol, em doentes com insuficiência hepática foi de 12,3 horas comparada com 2,1 horas em voluntários saudáveis. A resposta farmacodinâmica (controlo do pH gástrico) nos dois grupos foi clinicamente comparável.
Idosos: A eliminação de rabeprazol sódico diminuiu ligeiramente nos idosos. Administrando uma dose diária de 20 mg de rabeprazol sódico durante 7 dias, a AUC duplicou aproximadamente, o Cmáx aumentou 60% e a semivida aumentou aproximadamente 30% em comparação com voluntários saudáveis jovens. No entanto, não houve evidência de acumulação do rabeprazol.
Polimorfismo CYP2C19: Após a administração duma dose diária de 20 mg de rabeprazol, durante 7 dias, a AUC e a semivida foram aproximadamente 1,9 e 1,6 vezes maiores nos metabolizadores CYP2C19 lentos do que nos metabolizadores rápidos, tendo a Cmáx aumentado somente 40%.

5.3 Dados de segurança pré-clínica
Observaram-se efeitos não clínicos somente com exposições que excediam bastante a exposição máxima no ser humano, o que exclui preocupações com a segurança no homem face aos dados obtidos no animal.
Estudos de mutagenicidade não foram conclusivos. Testes feitos na linha de células de linfoma do rato foram positivos, mas os testes de micronúcleos in vivo e testes de reparação DNA in vivo e in vitro foram negativos. Estudos de carcinogenicidade não revelaram risco especial para o ser humano.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO PARIET
6.1 Lista dos excipientes

Comprimidos a 10 mg
Núcleo do comprimido: manitol, óxido de magnésio, hiprolose pouco substituída, hiprolose, estearato de magnésio.
Subrevestimento: etilcelulose, óxido de magnésio.
Revestimento entérico: ftalato de hipromelose, monoglicéridos diacetilados, talco, dióxido de titânio (E171), óxido de ferro vermelho (E172), cera de carnaúba.
Gravação – tinta: goma-laca branca, óxido de ferro preto (E172), álcool etílico desidratado, 1-butanol.
Comprimidos a 20 mg
Núcleo do comprimido: manitol, óxido de magnésio, hiprolose pouco substituída, hiprolose, estearato de magnésio.
Subrevestimento: etilcelulose, óxido de magnésio.
Revestimento entérico: ftalato de hipromelose, monoglicéridos diacetilados, talco, dióxido de titânio (E171), óxido de ferro amarelo (E172), cera de carnaúba
Gravação- tinta: goma-laca branca, óxido de ferro vermelho (E172), cera de carnaúba, éster de ácido gordo de glicerina, álcool etílico desidratado, 1-butanol.

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
2 anos.

6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25°C. Não conservar no frigorífico.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blister unidose com os dias da semana marcados (folha de alumínio/ laminado de 5 camadas
PVC/PVDC/PE).
Embalagens com 1, 5, 7, 14, 25, 28, 30, 50, 56, 75, 98 ou 120 comprimidos. Nem todas as embalagens estão disponíveis em todos os países da União Europeia.

6.6 Precauções especiais de eliminação
Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Janssen-Cilag Farmacêutica, Lda.
Estrada Consiglieri Pedroso, 69 A- Queluz de Baixo- 2734-503 Barcarena

8. NÚMERO DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Embalagens de 1 comprimido (10 mg) Embalagens de 5 comprimido (10 mg)
– registo número 3737186
– registo número 5786389

Embalagens de 7 comprimidos (10 mg) – registo número 2880086
Embalagens de 14 comprimidos (10 mg) – registo número 2880185
Embalagens de 15 comprimidos (10 mg) – registo número 2880284
Embalagens de 25 comprimido (10 mg) – registo número 3737285
Embalagens de 28 comprimidos (10 mg) – registo número 2880383
Embalagens de 30 comprimidos (10 mg) – registo número 2880482
Embalagens de 50 comprimido (10 mg) – registo número 3737384
Embalagens de 56 comprimidos (10 mg) – registo número 2880581
Embalagens de 75 comprimidos (10 mg) – registo número 2880680
Embalagens de 98 comprimidos (10 mg) – registo número 5336383
Embalagens de 120 comprimidos (10 mg) – registo número 2880789
Embalagens de 1 comprimido (20 mg) – registo número 3736881
Embalagens de 5 comprimido (20 mg) – registo número 5786488
Embalagens de 7 comprimidos (20 mg) – registo número 2880888
Embalagens de 14 comprimidos (20 mg) – registo número 2880987
Embalagens de 15 comprimidos (20 mg) – registo número 2881084
Embalagens de 25 comprimido (20 mg) – registo número 3736980
Embalagens de 28 comprimidos (20 mg) – registo número 2881183
Embalagens de 30 comprimidos (20 mg) – registo número 2881282
Embalagens de 50 comprimido (20 mg) – registo número 3737087
Embalagens de 56 comprimidos (20 mg) – registo número 2881381
Embalagens de 75 comprimidos (20 mg) – registo número 2881480
Embalagens de 98 comprimidos (20 mg) – registo número 5336482
Embalagens de 120 comprimidos (20 mg) – registo número 2881589

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DE AUTORIZAÇÃO
Data da primeira autorização: 10 Março 1999

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
30-05-2008

Categorias
Rizatriptano

CARACTERÍSTICAS DO MAXALT bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
MAXALT

1. NOME DO MEDICAMENTO MAXALT

MAXALT 5 mg comprimidos MAXALT 10 mg comprimidos

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO MAXALT

Cada comprimido contém 7,265 mg de benzoato de rizatriptano (correspondendo a 5 mg de rizatriptano).
Cada comprimido contém 14,53 mg de benzoato de rizatriptano (correspondendo a 10 mg de rizatriptano).

Excipientes: 30,25 mg de lactose nos comprimidos de 5 mg e 60,5 mg nos comprimidos de 10 mg.

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO MAXALT
Comprimido.
Os comprimidos de 5 mg são cor de rosa pálido, em forma de cápsula, com a gravação MSD de um lado e 266 no outro.

Os comprimidos de 10 mg são cor de rosa pálido, em forma de cápsula, com a gravação MAXALT de um lado e MSD 267 no outro.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO MAXALT
4.1 Indicações terapêuticas

Tratamento agudo da fase de cefaleia das crises de enxaqueca, com ou sem aura.

4.2 Posologia e modo de administração

Geral
MAXALT não deve ser usado como profiláctico.
Os comprimidos devem ser engolidos inteiros, com líquido.
Efeito dos alimentos: A absorção do rizatriptano é atrasada em, aproximadamente, uma hora quando administrado com os alimentos. Assim, o ínicio do efeito pode ser atrasado quando o rizatriptano é administrado no pós-prandial (ver também Propriedades farmacocinéticas, Absorção).
MAXALT encontra-se também disponível na forma de liofilizado oral. Adultos, com 18 ou mais anos de idade A dose recomendada é 10 mg.
Repetição da dose: As doses devem respeitar um intervalo mínimo de 2 horas; não devem tomar-se mais do que 2 doses num período de 24 horas.
– para recorrência da enxaqueca dentro de 24 horas: se a enxaqueca voltar depois do alívio da crise inicial, pode tomar-se mais uma dose. Devem respeitar-se os limites indicados acima.
– depois de falência de efeito: a eficácia duma segunda dose para tratamento da mesma crise, depois de não ter sido eficaz a primeira dose, não foi avaliada em estudos controlados. Assim, se um doente não responder ao tratamento com a primeira dose, não deverá tomar uma segunda dose para a mesma crise.

Os estudos clínicos mostraram que os doentes que não respondem ao tratamento duma crise podem vir a responder ao tratamento de crises subsequentes.

Alguns doentes devem receber a dose mais baixa (5 mg) de MAXALT em especial os seguintes grupos de doentes:
– doentes sob propranolol. A administração de rizatriptano deve ser intervalada de pelo menos 2 horas da toma de propranolol.(ver secção 4.5)
– doentes com insuficiência renal ligeira ou moderada
– doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada.

As doses devem ser espaçadas pelo menos 2 horas; não devem ser tomadas mais do que 2 doses no período de 24 horas.

Uso em crianças

Crianças (com menos de 12 anos de idade)
Não é recomendada a utilização de MAXALT comprimidos em crianças com menos de 12 anos de idade.
Não existem dados disponíveis sobre a utilização do rizatriptano neste grupo etário. Adolescentes (12 a 17 anos de idade)
Não é recomendada a utilização de MAXALT comprimidos em doentes com menos de 18 anos de idade. Num estudo controlado com placebo, a eficácia de MAXALT comprimidos (5 mg) não foi superior à do placebo. Não foi estabelecida a eficácia do MAXALT em doentes com menos de 18 anos.

Doentes com idade superior a 65 anos

Não foi sistematicamente avaliada a segurança e eficácia do rizatriptano em doentes com mais de 65 anos.

4.3 Contra-indicações

Hipersensibilidade ao rizatriptano ou a qualquer um dos excipientes.

A administração concomitante de inibidores da monoaminoxidase (MAO) ou a utilização dentro das duas semanas que se seguem à interrupção da terapêutica com inibidores da MAO (ver secção 4.5).

MAXALT está contra-indicado em doentes com insuficiência hepática grave ou insuficiência renal grave.

MAXALT está contra-indicado em doentes com prévio acidente vascular cerebral (AVC) ou acidente isquémico transitório (AIT).

Hipertensão moderadamente grave ou grave, ou hipertensão moderada não controlada.

Doença coronária estabelecida, incluindo doença isquémica cardíaca (angina pectoris, história de enfarte do miocárdio, ou isquémia silenciosa documentada), sinais e sintomas de doença isquémica cardíaca ou angina de Prinzmetal.

Doença vascular periférica.

Uso concomitante de rizatriptano e ergotamina, derivados da cravagem do centeio (incluindo metisergide), ou outros agonistas dos receptores 5-HT1B/1D (ver secção 4.5).

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

MAXALT só deve ser administrado a doentes a quem tenha sido feito um diagnóstico seguro de enxaqueca. MAXALT não deve ser administrado a doentes com enxaqueca basilar ou hemiplégica.

MAXALT não deve ser usado para tratar cefaleias “atípicas”, isto é, aquelas que podem ser sintomáticas de doenças potencialmente graves (por exemplo, AVC, rotura de aneurisma) nas quais a vasoconstrição cerebrovascular pode ser lesiva.
O rizatriptano pode estar associado a sintomas transitórios, incluindo dor toráxica e dificuldade em respirar, os quais podem ser intensos e envolver a garganta (ver secção 4.8. Efeitos indesejáveis). Quando estes sintomas sugerirem doença isquémica cardíaca, não deverá ser administrada outra dose e deverá ser feita uma avaliação adequada.

Tal como outros agonistas dos receptores 5HT1B/1D, o rizatriptano não deve ser administrado, sem se proceder a uma avaliação prévia, a doentes que possam ter doença cardíaca não identificada ou a doentes em risco de doença coronária (D.C.) (por exemplo, doentes com hipertensão, diabéticos, fumadores ou utilizadores de terapêutica de substituição de nicotina, homens com mais de 40 anos, mulheres pós-menopáusicas, doentes com bloqueio de ramo e os que têm história familiar consistente de (D.C.). As avaliações cardíacas podem não identificar todos os doentes com doença cardíaca e, em casos muito raros, ocorreram eventos cardíacos graves em doentes sem doença cardiovascular subjacente, quando foram administrados agonistas 5-HT1. Àqueles em que se diagnostica (D.C.) não deve ser administrado MAXALT (ver secção 4.3).

Os agonistas dos receptores 5HT1B/1D foram associados a vasoespasmo coronário. Em casos raros, foram relatados enfarte ou isquémia do miocárdio com agonistas dos receptores 5-HT1B/1D, incluindo o MAXALT (ver secção 4.8).

Não devem ser usados outros agonistas da 5-HT1B/1D (por exemplo, o sumatriptano) concomitantemente com MAXALT. (Ver secção 4.5).

Antes de tomar medicamentos do tipo da ergotamina (por exemplo, ergotamina, di-hidro-ergotamina ou metisergide), é aconselhável esperar pelo menos 6 horas após a administração de rizatriptano. Rizatriptano deverá ser administrado pelo menos 24 horas após a administração de um medicamento contendo ergotamina. Embora não tenham sido observados efeitos vasospásticos aditivos, num estudo de farmacologia clínica realizado em 16 homens saudáveis que receberam rizatriptano por via oral e ergotamina por via parentérica, tais efeitos são teoricamente possíveis. (Ver secção 4.3).

Foi notificada síndrome serotonínica (incluindo estado mental alterado, instabilidade autonómica e irregularidades neuromusculares) após tratamento concomitante de triptanos e inibidores selectivos da recaptação da serotonina (ISRS) ou inibidores da recaptação da serotonina e noradrenalina (IRSN). Estas reacções podem ser graves. Se o tratamento concomitante com rizatriptano e um ISRS ou IRSN for clinicamente justificado, é aconselhável uma observação apropriada do doente, especialmente no ínicio do tratamento, com o aumento da dose, ou com a adição de outra medicação serotoninérgica (ver secção 4.5).

Os efeitos indesejáveis podem ser mais frequentes durante a utilização concomitante de triptanos (agonistas da 5-HT1B/1D) e preparações de plantas medicinais que contenham erva de São João (Hypericum perforatum).

Em doentes tratados com triptanos, entre os quais o rizatriptano, pode ocorrer angioedema (por ex., edema facial, tumefacção da língua e edema da faringe). Se ocorrer angioedema da língua ou da faringe, o doente deve ficar sob vigilância médica até à resolução dos sintomas. O tratamento deve ser rapidamente suspenso e substituído por um fármaco pertencente a outra classe terapêutica.

A quantidade de lactose por comprimido é a seguinte: 30,25 mg no comprimido de 5 mg e 60,5 mg no comprimido de 10 mg. Os doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência na lactase de Lapp ou má absorção de glucose-galactose não devem tomar este medicamento.

Deve considerar-se uma potencial ocorrência de interacção quando o rizatriptano é administrado a doentes que estão a tomar substratos CYP 2D6 (Ver secção 4.5).

Tal como sucede com outros tratamentos agudos da enxaqueca, foram relatados casos de cefaleia crónica diária/exacerbação da cefaleia com a utilização excessiva de rizatriptano, que podem necessitar de uma suspensão do fármaco.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Ergotamina, derivados da cravagem do centeio (incluindo metisergide), ou outros agonistas dos receptores 5-HT1B/1D: Devido a um efeito aditivo, a utilização concomitante de rizatriptano e ergotamina, derivados da cravagem do centeio (incluindo metisergide), ou outros agonistas dos receptores 5 HT1B/1D (por exemplo sumatriptano, zolmitriptano, naratriptano) aumenta o risco de vasoconstrição coronária e efeitos hipertensivos. Esta associação está contra-indicada (ver secção 4.3).

Inibidores da monoaminoxidase: O rizatriptano é principalmente metabolizado pela via do subtipo A monoaminoxidase (MAO-A). As concentrações plasmáticas de rizatriptano e do seu metabolito activo N-monodesmetil foram aumentadas pela administração concomitante dum inibidor selectivo e reversível da MAO-A. Esperam-se efeitos análogos ou superiores com inibidores não selectivos, reversíveis (por ex., linezolida) e irreversíveis da MAO. Devido a um risco de vasoconstrição coronária e episódios hipertensivos, a administração de MAXALT a doentes que tomam inibidores da MAO está contra-indicada (Ver secção 4.3).

Bloqueadores-beta: As concentrações plasmáticas de rizatriptano podem ser aumentadas pela administração concomitante de propranolol. Este aumento é muito provavelmente devido à interacção entre os dois fármacos no metabolismo de primeira passagem, uma vez que a MAO-A desempenha um papel nos metabolismos, quer do rizatriptano, quer do propranolol. Esta interacção leva a aumentos médios de 70-80% da AUC e da Cmáx. Em doentes a tomar propranolol deve usar-se a dose de 5 mg de MAXALT (Ver secção 4.2).

Num estudo de interacção medicamentosa, o nadolol e o metoprolol não alteraram as concentrações plasmáticas do rizatriptano.
Inibidores Selectivos da Recaptação da Serotonina (ISRS’s)/ Inibidores da Recaptação da Serotonina e Noradrenalina (IRSN’s) e Síndrome Serotonínica: Foram notificadas descrições de doentes com sintomas compatíveis com a síndrome serotonínica (incluindo estado mental alterado, instabilidade autonómica e irregularidades neuromusculares) após a utilização de inibidores selectivos da recaptação da serotonina (ISRS’s) ou inibidores da recaptação de serotonina e noradrenalina (IRSN’s) e triptanos (ver secção 4.4).

Estudos in vitro indicam que o rizatriptano inibe o citocromo P450 2D6 (CYP 2D6). Não se encontram disponíveis dados sobre a interacção clínica. Deve considerar-se um potencial de interacção quando o rizatriptano é administrado a doentes que estão a tomar substratos CYP 2D6.

4.6 Gravidez e aleitamento
Uso durante a gravidez
A segurança do rizatriptano para utilização na gravidez humana não foi estabelecida. Os estudos em animais não indicaram efeitos prejudiciais em doses que excedem as terapêuticas, no que respeita ao desenvolvimento do embrião ou do feto no decurso da gestação, parto e desenvolvimento neonatal.

Porque nem sempre os estudos animais de reprodução e desenvolvimento predizem a resposta humana, MAXALT só deve ser usado na gravidez se for imperativamente necessário.

Uso durante o aleitamento

Os estudos em ratos revelam uma transferência muito elevada do rizatriptano para o leite. Foram observadas diminuições muito ligeiras, transitórias, nos pesos corporais das crias na fase de pré-desmame, apenas quando a exposição sistémica da mãe foi bastante superior aos níveis de exposição máximos para a espécie humana. Não existem dados na espécie humana.

Por isso, deve usar-se de precaução quando se administra rizatriptano a mulheres que estão a amamentar. A exposição dos recém-nascidos deve ser minimizada evitando a amamentação no período de 24 horas após o tratamento.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Em alguns doentes, quer a enxaqueca, quer o tratamento com MAXALT podem causar sonolência. Também têm sido relatadas tonturas em alguns doentes a tomar MAXALT. Por isso, os doentes devem avaliar a sua capacidade para realizar tarefas complexas durante as crises de enxaqueca e após a administração de MAXALT.

4.8 Efeitos indesejáveis
MAXALT foi avaliado em mais de 3600 doentes, até um ano, em estudos clínicos controlados. Os efeitos adversos mais comuns observados em estudos clínicos foram tonturas, sonolência e astenia/fadiga. Outros efeitos adversos verificados nos estudos clínicos e relatados na experiência pós-comercialização incluem:

[Frequentes (>1/100, <1/10) Pouco frequentes (>1/1.000, <1/100) e Raros (>1/10.000, <1/1.000)]

Perturbações do foro psiquiátrico:
Pouco frequentes:desorientação, insónia, nervosismo.

Doenças do sistema nervoso:
Frequentes: parestesia, cefaleias, hiperestesia, diminuição da capacidade mental, tremor. Pouco frequentes: ataxia, vertigens.
Raras: síncope, disgeusia/mau sabor, síndrome serotonínica.

Afecções oculares:
Pouco frequentes: visão turva.

Cardiopatias:
Frequentes: palpitações, taquicardia
Raras: Enfarte ou isquémia do miocárdio, acidente vascular cerebral. A maioria destas reacções adversas foi descrita em doentes com factores de risco que sugerem doença coronária.

Vasculopatias:
Frequentes: afrontamentos/flashes Pouco frequentes: hipertensão.

Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: Frequentes: desconforto faríngeo, dispneia. Raras: respiração sibilante.

Doenças gastrointestinais:
Frequentes: náuseas, xerostomia, vómitos, diarreia Pouco frequentes: sede, dispepsia.

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas:
Frequentes: rubor, sudação
Pouco frequentes: prurido, urticária.
Raras: angioedema (por ex., edema facial, tumefacção da língua, edema da faringe), exantema, necrólise epidérmica tóxica (para o angioedema ver também a secção 4.4).

Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos: Frequentes: sensação de peso localizado
Pouco frequentes: dor cervical, endurecimento local, rigidez, fraqueza muscular. Raras: Dor facial.

Perturbações gerais e alteração no local de administração: Frequentes: dor abdominal ou torácica.

4.9 Sobredosagem

Rizatriptano, 40 mg (administrado quer em dose única, quer em duas doses com 2 horas de intervalo) foi geralmente bem tolerado por mais de 300 doentes; tonturas e sonolência foram os efeitos adversos relacionados com o fármaco e mais comumente relatados.

Num estudo de farmacologia clínica no qual 12 indíviduos receberam rizatriptano em doses cumulativas totais de 80 mg (dadas no período de quatro horas), dois indivíduos sofreram síncope e/ou bradicardia. Um indíviduo, uma mulher de 29 anos, sofreu vómitos, bradicardia e tonturas que começaram 3 horas depois de ter tomado um total de 80 mg de rizatriptano (administrado em 2 horas). Observou-se um bloqueio auriculo-ventricular do terceiro grau que respondeu à atropina, uma hora depois do início dos outros sintomas. Um segundo indíviduo, um homem de 25 anos, sofreu tonturas episódicas, síncope, incontinência e assistolia de 5 segundos (no monitor do ECG) imediatamente a seguir a uma punção venosa que causou dor e foi feita duas horas depois do doente ter tomado um total de 80 mg de rizatriptano (administrado em quatro horas).

Adicionalmente e com base na farmacologia do rizatriptano, podem ocorrer hipertensão ou sintomas cardiovasculares de outra natureza e mais graves após a sobredosagem. Deve ponderar-se o esvaziamento gastro-intestinal (por exemplo, lavagem gástrica seguida de carvão activado) em doentes que se suspeite de terem feito uma sobredosagem de MAXALT. Deve manter-se monotorização clínica e electrocardiográfica por um mínimo de 12 horas, ainda que não se tenham observado sintomas clínicos.

Desconhece-se o efeito da hemodiálise ou diálise peritoneal nas concentrações séricas de rizatriptano.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO MAXALT
5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Mecanismo de acção: Agonistas selectivos dos receptores da serotonina (5HT 1B/1D). Grupo farmacoterapêutico: Código ATC: N02C C04
O rizatriptano liga-se de forma selectiva com elevada afinidade aos receptores 5-HT1B e 5HT1D e possui pouco ou nenhum efeito ou actividade farmacológica nos 5-HT2, 5-HT3; alfa1, alfa2 ou beta adrenérgicos; dopaminérgicos D1, D2, histaminérgicos H1; muscarínicos; ou receptores benzodiazepínicos.
A actividade terapêutica do rizatriptano no tratamento da cefaleia da enxaqueca pode ser atribuída aos seus efeitos agonistas nos receptores 5-HT1B e 5-HT1D nos vasos sanguíneos intracranianos e extra-cerebrais , que se pensa dilatarem durante uma crise de enxaqueca, e nos nervos sensoriais trigeminais que os inervam. A activação destes receptores 5-HT1B e 5-HT1D pode conduzir a uma constrição dos vasos sanguíneos intracranianos responsáveis pela dor e à inibição da libertação dos neuropéptidos, que conduz à diminuição da inflamação nos tecidos sensitivos e à redução da transmissão do sinal de dor trigeminal central.

Efeitos farmacodinâmicos

A eficácia de MAXALT comprimidos no tratamento agudo das crises de enxaqueca foi determinada em quatro estudos multicêntricos controlados com placebo, que incluiram mais de 2000 doentes que receberam 5 ou 10 mg de MAXALT por um período de tempo que se estendeu até um ano. O alívio da cefaleia foi patente 30 minutos após a administração, e as taxas de resposta (isto é, redução da dor da cefaleia moderada a grave, para dor ligeira ou ausência de dor), às 2 horas após o tratamento foram de 67 a 77% com o comprimido de 10 mg, de 60 a 63% com o comprimido de 5 mg, e de 23 a 40% com o placebo.

Embora os doentes que não responderam ao tratamento inicial não tenham voltado a tomar MAXALT para a mesma crise, verificou-se que podiam beneficiar de eficácia numa crise ulterior. MAXALT diminuiu a incapacidade funcional e aliviou as náuseas, fotofobia e fonofobia associadas às crises de enxaqueca.

MAXALT é ainda eficaz no tratamento da enxaqueca associada ao período menstrual, isto é, a enxaqueca que ocorre nos três dias anteriores ou posteriores ao ínicio da menstruação.

5.2 Propriedades farmacocinéticas Absorção
O rizatriptano é rápida e completamente absorvido após administração oral. A biodisponibilidade oral média do comprimido é aproximadamente de 40 a 45% e o pico médio das concentrações plasmáticas (Cmáx) é atingido em cerca de 1-1,5 horas (Tmáx). A administração oral da dose de um comprimido com uma refeição de alto conteúdo lipídico não teve efeito na quantidade de absorção de rizatriptano, embora o tempo de absorção tivesse sido atrasado aproximadamente uma hora.

Efeito dos alimentos: Não foi estudado o efeito dos alimentos na absorção do rizatriptano a partir do liofilizado oral. Para os comprimidos de rizatriptano, a Tmax foi atrasada aproximadamente uma hora quando os comprimidos são administrados no pós-prandial. Pode ocorrer um atraso adicional na absorção do rizatriptano quando o liofilizado oral é administrado após as refeições. (Ver secção 4.2).
Distribuição

O rizatriptano liga-se minimamente às proteínas plasmáticas (14%). O volume de distribuição é aproximadamente de 140 litros nos indivíduos do sexo masculino e de 110 litros nos do sexo feminino.

Biotransformação

O metabolismo do rizatriptano faz-se primariamente por via de desaminação oxidativa pela monoaminoxidase A (MAO-A), até ao metabolito ácido indol-acético que não é farmacologicamente activo.

Em menor grau, forma-se o metabolito N-monodesmetil-rizatriptano, com actividade semelhante à do composto original a nível dos receptores 5HT1B/1D, mas a sua pequena produção não contribui de modo significativo para a acção farmacodinâmica do rizatriptano. As concentrações plasmáticas de N-monodesmetil-rizatriptano são aproximadamente de 14% das do fármaco original e a eliminação faz-se a velocidade semelhante. Outros metabolitos menores incluem os compostos N-óxido, 6-hidroxi e o sulfato conjugado do metabolito 6-hidroxi. Nenhum destes metabolitos menores é farmacologicamente activo. Após administração oral do rizatriptano marcado com 14C, o rizatriptano corresponde a cerca de 17% da radioactividade plasmática.

Eliminação

Após administração endovenosa, a AUC em homens aumenta proporcionalmente e em mulheres quase proporcionalmente à dose, numa variação posológica de 10 a 60 |ig/kg. Após administração oral, a AUC aumenta quase proporcionalmente à dose, sob variação posológica de 2,5 a 10 mg. A semi-vida plasmática do rizatriptano é de cerca de 2 a 3 horas, tanto em homens como em mulheres. A depuração plasmática do rizatriptano é da ordem dos 1000 a 1500 ml/min nos homens e dos 900 a 1100 ml/min nas mulheres; cerca de 20 a 30% dessa depuração são feitos pelos rins. A seguir a uma dose oral de rizatriptano marcado com 14C cerca de 80% da radioactividade é excretada na urina e da ordem dos 10% nas fezes. Isto prova que os metabolitos são primariamente de eliminação renal.

Em concordância com o metabolismo de primeira passagem, aproximadamente 14% duma dose oral são excretados na urina na forma inalterada de rizatriptano, enquanto que 51% são excretados como metabolito ácido indol-acético. Não mais do que 1% são eliminados pela urina na forma de metabolito activo N-monodesmetil.

Administrando o rizatriptano no regime posológico máximo previsto, não ocorre acumulação plasmática, de dia para dia.

Características em grupos de doentes
Doentes com crise de enxaqueca: Uma crise de enxaqueca não afecta a farmacocinética do rizatriptano.

Sexo: A AUC do rizatriptano (10 mg per os) é cerca de 25% mais baixa em homens do que em mulheres , a Cmáx é de 11% menor e o Tmáx ocorre aproximadamente ao mesmo tempo. Estas diferenças farmacocinéticas não têm significado clínico aparente.

Idosos: As concentrações plasmáticas do rizatriptano observadas em idosos (65 a 77 anos) foram semelhantes às verificadas em adultos jovens.

Insuficiência hepática (grau 5-6 da escala de Child-Pugh): Após a administração oral em doentes com insuficiência hepática provocada por cirrose alcóolica de grau ligeiro, as concentrações plasmáticas de rizatriptano foram análogas às observadas em jovens saudáveis e de ambos os sexos. Foi verificado um significativo aumento da AUC (50%) e da Cmáx (25%) em doentes com insuficiência hepática moderada (grau 7 da escala de Child-Pugh). Não foi estudada a farmacocinética em doentes acima do grau 7 da escala de Child-Pugh (insuficiência hepática grave).

Insuficiência renal: Em doentes com insuficiência renal (depuração da creatinina de 10 a 60 ml/min/1,73m2 ), a AUC do rizatriptano não foi significativamente diferente da de indíviduos saudáveis. Em doentes sob hemodiálise (depuração da creatinina <10 ml/min/1,73 m2 ), a AUC do rizatriptano foi aproximadamente 44% maior que nos doentes com função renal normal. A concentração plasmática máxima de rizatriptano em doentes com todos os graus de insuficiência renal foi idêntica à de pessoas saudáveis.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

Dados pré-clínicos apontam para ausência de risco para o ser humano, com base em estudos de toxicidade de dose repetida, genotoxicidade, potencial carcinogénico, toxicidade de reprodução e desenvolvimento, segurança farmacológica, e farmacocinética e metabolismo.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO MAXALT

6.1 Lista dos excipientes

Lactose mono-hidratada, celulose microcristalina (E460a), amido de milho pré-gelatinizado, óxido de ferro vermelho (E172) e estearato de magnésio (E572).

6.2 Incompatibilidades

Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
3 anos.

6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar a temperaturas superiores a 30° C.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Blisters de alumínio violáveis por compressão, com 2, 3, 6, 12 ou 18 comprimidos. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Qualquer medicamento não utilizado ou material resídual deve ser eliminado de acordo com os requesitos locais.

7 TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

MERCK SHARP & DOHME, LDA.
Quinta da Fonte
Edifício Vasco da Gama, 19
P.O. Box 214
Porto Salvo
2770-192 Paço de Arcos

8 NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Embalagem de 2 comprimidos (5 mg) – 4426789 Embalagem de 3 comprimidos (5 mg) – 2715886 Embalagem de 6 comprimidos (5 mg) – 2715985 Embalagem de 12 comprimidos (5 mg) – 4426888 Embalagem de 18 comprimidos (5 mg) – 4426987 Embalagem de 2 comprimidos (10 mg) – 4427084 Embalagem de 3 comprimidos (10 mg) – 2716082 Embalagem de 6 comprimidos (10 mg) – 2716181 Embalagem de 12 comprimidos (10 mg) – 4427183 Embalagem de 18 comprimidos (10 mg) – 4427282

9 DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO / RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

7 de Julho de 1998 / 11 de Fevereiro de 2003

10 DATA DA REVISÃO DO TEXTO
29-10-2007

Categorias
Ácido acetilsalicílico + Dipiridamol

Aggrenox bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é Aggrenox e para que é utilizad0 Aggrenox

2.  Antes de tomar Aggrenox

3.  Como tomar Aggrenox

4.  Efeitos secundários Aggrenox possíveis

5.  Como conservar Aggrenox

6.  Outras Informações

Aggrenox 25 mg + 200 mg cápsulas de libertação prolongada

Ácido acetilsalicílico + Dipiridamol

Leia atentamente este folheto antes de tomar este medicamento.

–   Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

–   Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

–   Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É AGGRENOX E PARA QUE É UTILIZADO

Aggrenox pertence a um grupo de medicamentos conhecidos como antiagregantes plaquetares.

Aggrenox está indicado na redução do risco de ocorrência de acidente vascular cerebral em doentes com antecedentes de acidente isquémico transitório ou que sofreram um acidente vascular cerebral isquémico por trombose.

2. ANTES DE TOMAR AGGRENOX

Não tome Aggrenox

–   Se tem hipersensibilidade às substâncias activas, a qualquer um dos excipientes ou a salicilatos;

–   Se sofre de úlceras gástricas ou duodenais activas ou de doenças hemorrágicas;

–   Se tem história de hemorragia gastrointestinal ou perfuração, relacionada com terapêutica anterior com anti-inflamatórios não esteroides (AINE);

–   Se sofre de doenças hereditárias raras em que possa existir incompatibilidade com qualquer excipiente do medicamento;

–   Em doses superiores a 100 mg/dia durante o terceiro trimestre de gravidez.

Tome especial cuidado com Aggrenox

–   Se tem risco aumentado para hemorragias, deve tomar Aggrenox com precaução; o seu médico deve seguir rigorosamente o seu tratamento para detectar quaisquer sinais de hemorragia;

–   Se estiver a tomar outros medicamentos que possam aumentar o risco de hemorragia ou de úlcera, tais como agentes anti-agregantes plaquetários (ex. clopidogrel, ticlopidina, ácido acetilsalicílico), corticosteróides, anticoagulantes (ex. varfarina) ou inibidores selectivos da recaptação da serotonina, deve tomar Aggrenox com precaução. Em caso de hemorragia gastrointestinal ou ulceração deve interromper imediatamente o tratamento com Aggrenox. Por isso, se tiver manifestação de sintomas abdominais (ex.: dor, hemorragia digestiva), deve de imediato informar o seu médico.

–   Não tome ácido acetilsalicílico para tratar eventuais cefaleias ou enxaquecas que possa sentir no início do tratamento com o Aggrenox;

–   Se sofre de doença coronária grave, incluindo angina instável e enfarte de miocárdio recente, de estenose aórtica subvalvular ou instabilidade hemodinâmica (p.ex. insuficiência cardíaca descompensada), deve tomar Aggrenox com precaução, uma vez que, entre outras propriedades, o dipiridamol actua como vasodilatador;

–   Se sofre de miastenia grave, o seu médico pode considerar necessário proceder a reajustamentos da terapêutica após efectuar alterações na posologia do dipiridamol (ver secção “Ao tomar Aggrenox com outros medicamentos”);

–   Se sofre de asma, rinite alérgica, polipos nasais, queixas gástricas ou duodenais crónicas ou recorrentes, insuficiência renal ou hepática ou défice em glucose-6-fosfato desidrogenase, deve tomar Aggrenox com precaução, devido ao componente ácido acetilsalicílico;

–   Se tem hipersensibilidade (alergia) a agentes anti-inflamatórios não esteroides (AINE);

–   Se toma concomitantemente outros medicamentos com AINE;

–   Não deve administrar Aggrenox a crianças ou adolescentes com doenças febris ou infecções virais, com ou sem febre, devido ao risco de ocorrência de síndrome de Reye. O síndrome de Reye é uma doença que afecta o cérebro e o fígado e que, embora seja muito rara, pode ser fatal;

–   Se sofre de doença inflamatória do intestino, como colite ulcerosa ou doença de Crohn.

Ao tomar Aggrenox com outros medicamentos

O efeito do tratamento pode ser influenciado se o Aggrenox for administrado concomitantemente com outros medicamentos para:

–   a coagulação sanguínea (ex. varfarina, heparina, clopidogrel e ticlopidina),

–   a rejeição de órgãos após transplante (ciclosporina, tacrolimus),

–   a hipertensão arterial (ex. diuréticos, inibidores da ACE e antagonistas dos receptores da angiotensina II),

–   a dor e inflamação (ex.: esteróides ou medicamentos anti-inflamatórios),

–  a gota (ex. probenecide, sulfimpirazona),

–  o cancro ou artrite reumatóide (metotrexato),

–  a epilepsia e convulsões (ex. ácido valproico e fenitoína),

–  a depressão (inibidores selectivos da recaptação da serotonina),

–  as arritmias cardíacas (ex. adenosina),

–  a miastenia grave (inibidores da colinesterase),

–  a diabetes (hipoglicemiantes).

Antes de tomar Aggrenox informe o seu médico sobre os medicamentos que está a tomar. Se costuma tomar ácido acetilsalicílico regularmente deverá procurar aconselhamento médico antes de tomar qualquer outro medicamento (incluindo medicamentos não sujeitos a receita médica).

Ao tomar Aggrenox com alimentos e bebidas

Aggrenox pode ser tomado com ou sem alimentos.

O uso continuado de álcool pode aumentar os efeitos secundários gastrointestinais. Gravidez e aleitamento

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar Aggrenox ou qualquer medicamento.

Se estiver grávida ou a tentar engravidar deve evitar tomar Aggrenox.

Caso esteja grávida ou a amamentar só deve tomar Aggrenox, mediante indicação do seu médico.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Não se encontram descritos quaisquer efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.

Informações importantes sobre alguns componentes de Aggrenox

Este medicamento contém lactose mono-hidratada e sacarose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

3. COMO TOMAR AGGRENOX

Tomar Aggrenox sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

A posologia recomendada é de uma cápsula duas vezes por dia, habitualmente uma de manhã e uma à noite, com ou sem alimentos.

As cápsulas devem ser deglutidas inteiras sem mastigar, juntamente com um copo de água.

Posologia alternativa em caso de dores de cabeça intoleráveis: Se ocorrerem dores de cabeça intoleráveis no início do tratamento, a posologia poderá ser alterada para uma cápsula ao deitar e uma dose baixa de ácido acetilsalicílico de manhã. As dores de cabeça tentem a diminuir à medida que o tratamento continua, por isso deve ser retomada a posologia habitual logo que possível, normalmente dentro de uma semana.

Aggrenox não é recomendado para crianças. Se tomar mais Aggrenox do que deveria Sintomas:

Dada a relação posológica entre dipiridamol e ácido acetilsalicílico, é provável que a sobredosagem seja dominada pelos sinais e sintomas característicos da sobredosagem com dipiridamol. Dado o reduzido número de observações é limitada a experiência com sobredosagem por dipiridamol. São previsíveis sintomas tais como sensação de calor, afrontamentos, sudorese, agitação, sensação de fraqueza, tonturas e queixas anginosas. Poderá observar-se uma queda dos níveis tensionais e taquicardia. Os sinais e sintomas de sobredosagem aguda ligeira com ácido acetilsalicílico consistem em hiperventilação, zumbidos, náuseas, vómitos, perturbações da visão e audição, tonturas e estado confusional.

Tonturas e zumbidos podem constituir sintomas de sobredosagem, particularmente no doente idoso. Terapêutica:

Recomenda-se a utilização de uma terapêutica sintomática. Deverá considerar-se a realização de um procedimento de descontaminação gástrica. A administração de derivados da xantina (por ex: aminofilina) pode reverter os efeitos hemodinâmicos da sobredosagem por dipiridamol. Devido à sua ampla distribuíção tecidular e à sua eliminação predominantemente hepática, não é provável que o dipiridamol seja dialisável.

Caso se tenha esquecido de tomar Aggrenox

Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar. Se parar de tomar Aggrenox

Consulte o seu médico antes de parar de tomar Aggrenox.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS

Como todos os medicamentos, Aggrenox pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Os efeitos secundários mais frequentemente associados ao Aggrenox são de natureza gastrointestinal, podendo ocorrer mal-estar epigástrico, dor abdominal, vómitos, náuseas e diarreia; na maior parte dos casos, estes efeitos desaparecem ao longo do tratamento. Mais raramente podem também ocorrer úlceras gástricas ou duodenais, hemorragia gastrointestinal e gastrite erosiva. Com a toma de Aggrenox podem também ocorrer:

–  reacções de hipersensibilidade (alergia), tais como erupção cutânea, urticária, broncospasmo e angioedema;

–  dores musculares;

–  anemia e redução do número de plaquetas no sangue;

–  tonturas e dores de cabeça, incluindo as do tipo enxaqueca, que ocorrem principalmente no início do tratamento;

–  hipotensão, desmaio, afrontamentos, taquicardia e agravamento dos sintomas da doença arterial coronária;

–  hemorragia intracraniana, hemorragia ocular, hemorragia nasal e hemorragias cutâneas, tais como contusão, equimose e hematoma; Aggrenox pode induzir o prolongamento do tempo de hemorragia, podendo prolongar uma hemorragia no decorrer ou após uma intervenção cirúrgica.

Adicionalmente, existem ainda efeitos secundários que, embora não tenham sido detectados, até à data, com a toma de Aggrenox, podem estar associados às substâncias ácido acetilsalicílico e dipiridamol. Entres estes efeitos estão os seguintes:

–  anomalias na coagulação sanguínea;

–  reacções anafilácticas, que são reacções alérgicas graves, especialmente em doentes com asma;

–  hipoglicemia (especialmente em crianças), hiperglicemia, sede, desidratação, hipercaliémia, acidose metabólica e alcalose respiratória;

–  confusão, agitação, edema cerebral, letargia e convulsões;

–  alterações da audição;

–  arritmias;

–  alterações respiratórias, como dificuldade em respirar ou respiração acelerada, hemorragia gengival, edema laríngeo e edema pulmonar;

–  doenças gastrointestinais e hepatobiliares, nomeadamente, fezes de cor escura, vómito de sangue, pancreatite, hepatite e síndroma de Reye;

–  eritema exsudativo multiforme (uma reacção cutânea grave);

–  rabdomiólise (uma doença muscular);

–   deterioração da função renal;

–   gravidez ou parto prolongados, hemorragias antes ou após o parto, bebés pequenos para a idade gestacional e morte fetal;

–   febre e hipotermia;

Com a toma de anti-inflamatórios não esteróides, como é o caso do ácido acetilsalicílico, podem ainda ocorrer flatulência, obstipação, estomatite aftosa, exacerbação de colite ou doença de Crohn.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5.  COMO CONSERVAR AGGRENOX

Conservar a uma temperatura inferior a 25°C.

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Aggrenox após o prazo de validade impresso no rótulo e embalagem exterior, a seguir a Val.. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6.  OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Aggrenox

–   As substâncias activas são Dipiridamol e Ácido acetilsalicílico. Cada cápsula de libertação prolongada contém 200 mg de Dipiridamol e 25 mg de Ácido acetilsalicílico.

–   Os outros componentes são: lactose mono-hidratada, celulose microcristalina, amido de milho, sílica coloidal anidra, estearato de alumínio TH 34, água purificada, sacarose, goma arábica, dióxido de titânio (E171), talco, ácido tartárico, povidona, eudragit S100, ftalato de hipromelose, hipromelose, triacetina, dimeticone 350, ácido esteárico e gelatina (cápsula).

Qual o aspecto de Aggrenox e conteúdo da embalagem Cápsulas de libertação prolongada.

Aggrenox apresenta-se em embalagens de 20, 30, 50 e 60 cápsulas de libertação prolongada.


É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.


Titular da Autorização de Introdução no Mercado

Unilfarma, Lda Avenida de Pádua, 11 1800-294 Lisboa Portugal


Fabricante

Boehringer Ingelheim Pharma GmbH & Co. KG Birkendorfer Strasse, 65

D-88397 Biberach an der Riss

Alemanha

Este folheto foi aprovado pela última vez em:25-03-2009

Categorias
Budesonida

Pulmicort Nasal Turbohaler bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é PULMICORT NASAL TURBOHALER e para que é utilizado

2.  Antes de utilizar PULMICORT NASAL TURBOHALER

3.  Como utilizar PULMICORT NASAL TURBOHALER

4.  Efeitos secundários PULMICORT NASAL TURBOHALER

5.  Como conservar PULMICORT NASAL TURBOHALER

6.  Outras informações

Pulmicort Nasal Turbohaler 100 ug dose

Pó nasal

Budesonida

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento. Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O que é PULMICORT NASAL TURBOHALER e para que é utilizado

O nome do seu medicamento é PULMICORT NASAL TURBOHALER, 100 microgramas/dose e apresenta-se sob a forma farmacêutica de pó para inalação nasal.

A substância activa é a budesonida. PULMICORT NASAL TURBOHALER não contém outros ingredientes.

Grupo farmacoterapêutico: 14.1.2 – Medicamentos usados em afecções otorrinolaringológicas. Produtos para aplicação nasal. Corticosteróides. 5.1.3.1 Aparelho respiratório. Antiasmáticos e broncodilatadores. Antiinflamatórios. Glucocorticóides.

Pulmicort Nasal TURBOHALER pertence a um grupo de medicamentos denominados glucocorticosteróides, utilizados para reduzir a inflamação. Pulmicort Nasal TURBOHALER reduz e previne a inflamação ou o edema da mucosa nasal. Quando inalado, através do Turbohaler, o medicamento é depositado nas fossas nasais onde actua.

Pulmicort Nasal TURBOHALER é utilizado no tratamento e prevenção da rinite alérgica sazonal (“febre dos fenos”), bem como da rinite perene alérgica e não alérgica (perene = que ocorre durante todo o ano). Deve usar Pulmicort Nasal TURBOHALER regularmente, conforme prescrito pelo seu médico.

Pulmicort Nasal TURBOHALER pode também ser usado no tratamento de pólipos nasais e/ou para prevenir o aparecimento de novos pólipos nasais após cirurgia (polipectomia).

2. Antes utilizar Pulmicort Nasal TURBOHALER

Não tome Pulmicort Nasal TURBOHALER

Se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa, budesonida.

Informe o seu médico se já teve reacções invulgares à budesonida, a qualquer outro ingrediente de Pulmicort Nasal TURBOHALER ou a quaisquer outros medicamentos.

Tome especial cuidado com Pulmicort Nasal TURBOHALER

Em alguns casos, Pulmicort Nasal TURBOHALER deve ser usado com extrema precaução. Informe sempre o seu médico sobre quaisquer outros problemas de saúde, especialmente se tem ou teve tuberculose ou problemas do fígado.

Para as crianças a efectuar uma utilização prolongada deste medicamento os pais devem verificar o seu crescimento regularmente.

Ao tomar Pulmicort Nasal TURBOHALER com outros medicamentos Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica, e em particular se está a tomar medicamentos para infecções fúngicas.

Pulmicort Nasal TURBOHALER foi-lhe prescrito para o tratamento da sua situação actual. Não o utilize para o tratamento de outros problemas excepto se o seu médico o recomendar. Nunca o ceda a terceiros.

Gravidez e aleitamento

Se está grávida ou a amamentar deverá ter sempre o máximo de cuidado com o uso de medicamentos. Pulmicort Nasal TURBOHALER não mostrou ser prejudicial para a mãe ou para a criança quando utilizado em mulheres grávidas ou a amamentar. No entanto, se ficar grávida durante o tratamento com Pulmicort Nasal TURBOHALER, deve informar o seu médico imediatamente.

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Pulmicort Nasal TURBOHALER não afecta a sua capacidade de conduzir veículos ou utilizar máquinas.

3. Como utilizar PULMICORT NASAL TURBOHALER

Tomar PULMICORT NASAL TURBOHALER sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. A posologia é individual. Cumpra rigorosamente as instruções do seu médico, que poderão eventualmente divergir das informações contidas neste folheto.

Antes de utilizar Pulmicort Nasal TURBOHALER pela primeira vez, é importante que leia as “instruções de uso” e que as cumpra cuidadosamente.

Rinite

Doses recomendadas para adultos e idosos: A dose deve ser individual, de acordo com a prescrição médica e pode variar entre 1 a 2 inalações em cada narina, em 1 a 2 aplicações dia (de manhã e à noite).

Por exemplo:

–   1 inalação (100 microgramas) em cada narina de manhã ou à noite (200 microgramas/dia); ou

–   2 inalações (200 microgramas) em cada narina, de manhã e à noite (800 microgramas/dia).

Após melhoria da sua rinite o seu médico poderá reduzir a dose. Tratamento ou prevenção de pólipos nasais

A dose habitual é de 200 microgramas duas vezes por dia. A dose pode ser administrada numa única inalação (100 microgramas) em cada narina, de manhã e à noite.

Nota: Pulmicort Nasal Turbohaler não proporciona alívio imediato dos sintomas. Poderá demorar alguns dias (por vezes 2 semanas) até sentir uma melhoria. Se o seu nariz estiver obstruído pode aplicar gotas descongestionantes durante os primeiros 2 a 3 dias de tratamento. Se sofre de rinite alérgica sazonal (“febre dos fenos”) deve procurar iniciar o tratamento com Pulmicort Nasal Turbohaler alguns dias antes do início da época polínica.

Pulmicort Nasal Turbohaler não proporciona alívio dos sintomas de alergia ocular. Se os seus olhos o incomodam, o seu médico poderá prescrever-lhe um medicamento adicional para o alívio desses sintomas.

Se tomar mais Pulmicort Nasal Turbohaler do que deveria

Se utilizou doses excessivas de Pulmicort Nasal turbohaler de uma só vez, não deverão surgir efeitos prejudiciais. Se utilizar doses excessivas de Pulmicort Nasal turbohaler durante um longo período de tempo (meses) é possível que surjam efeitos secundários. Contacte o seu médico se acha que é esse o seu caso.

Caso se tenha esquecido de tomar Pulmicort Nasal turbohaler

Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar. Basta tomar a dose seguinte conforme prescrito.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. Efeitos secundários PULMICORT NASAL TURBOHALER

Como todos os medicamentos, Pulmicort Nasal turbohaler pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Não irá geralmente sentir quaisquer efeitos secundários ao utilizar Pulmicort Nasal turbohaler. Os efeitos secundários que podem ocorrer são geralmente ligeiros e persistem apenas durante um breve período de tempo. No entanto, informe o seu médico se algum dos seguintes efeitos secundários o incomodar ou persistir, ou se surgirem outros efeitos invulgares:

Efeitos secundários frequentes: hemorragia nasal, irritação nasal. Efeitos secundários pouco frequentes: erupções na pele. Efeitos secundários muito raros: úlceras na mucosa nasal. Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. Como conservar PULMICORT NASAL TURBOHALER

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não conservar acima de 30°C.

Volte sempre a colocar a tampa após cada utilização.

Não utilize Pulmicort Nasal turbohaler após o prazo de validade impresso na embalagem.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. Outras informações

Qual a composição de Pulmicort Nasal turbohaler A substância activa é a budesonida.

Qual o aspecto e conteúdo da embalagem

PULMICORT NASAL TURBOHALER apresenta-se num dispositivo doseador com 200 doses. Cada dose (1 inalação) liberta 100 microgramas de budesonida.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Titular da Autorização de Introdução no Mercado AstraZeneca Produtos Farmacêuticos, Lda., Rua Humberto Madeira, 7 Valejas

2745-663 Barcarena. Fabricante

AstraZeneca AB – Liquid Production Sweden Sõdertãlje Suécia

Este folheto informativo foi aprovado pela última vez em 10-09-2008.

Categorias
Budesonida

PULMICORT INALADOR bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é PULMICORT INALADOR e para que é utilizado

2.  Antes de utilizar PULMICORT INALADOR

3.  Como utilizar PULMICORT INALADOR

4.  Efeitos secundários PULMICORT INALADOR

5.  Como conservar PULMICORT INALADOR

6.  Outras informações

PULMICORT INALADOR

200 microgramas/dose suspensão pressurizada para inalação

Budesonida

Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É PULMICORT INALADOR E PARA QUE É UTILIZADO

O nome do seu medicamento é PULMICORT INALADOR e apresenta-se sob a forma farmacêutica de suspensão pressurizada para inalação.

Pulmicort Inalador 200 microgramas/dose: uma dose (1 inalação) contém 200 microgramas de budesonida.

Pulmicort inalador pertence ao grupo de medicamentos denominados glucocorticosteróides, utilizados para reduzir a inflamação.

Grupo farmacoterapêutico: Aparelho respiratório. Antiasmáticos e broncodilatadores. Anti-inflamatórios. Glucocorticóides.

A asma é causada por uma inflamação das vias aéreas. Pulmicort Inalador reduz e previne esta inflamação. Deve ser usado regularmente tal como foi prescrito pelo seu médico. No entanto, Pulmicort Inalador não vai aliviar um ataque de asma que já tenha começado. Quando inspira através do bucal do inalador, o medicamento acompanha a respiração até aos pulmões.

Pulmicort Inalador foi-lhe prescrito apenas para o tratamento da sua asma. Não o utilize para o tratamento de outros problemas, excepto se o seu médico o recomendar. Não ceda nunca o seu inalador a terceiros.

2.  ANTES DE UTILIZAR PULMICORT INALADOR
Não utilize PULMICORT INALADOR:

Se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa budesonida ou a qualquer outro componente de PULMICORT INALADOR.

Tome especial cuidado com PULMICORT INALADOR:

Em alguns casos Pulmicort Inalador deve ser usado com extrema precaução. Informe sempre o seu médico sobre outros problemas de saúde, especialmente se tem ou se teve tuberculose ou qualquer outra infecção recente, ou problemas de fígado.

Utilizar PULMICORT INALADOR com outros medicamentos: Informe sempre o seu médico sobre todos os medicamentos que está a tomar, particularmente se está a tomar medicamentos para infecções fúngicas. Não se esqueça de referir os medicamentos que comprou sem receita médica.

Gravidez e aleitamento:

Antes de utilizar PULMICORT INALADOR, informe o seu médico se está grávida, planeia engravidar ou se está a amamentar.

Se está grávida ou a amamentar deverá ter sempre o máximo de cuidado com o uso de medicamentos. Pulmicort INALADOR não mostrou ser prejudicial para a mãe ou para a criança quando utilizado em mulheres grávidas ou a amamentar. No entanto, se ficar grávida durante o tratamento com PULMICORT INALADOR, deve informar o seu médico imediatamente.

Condução de veículos e utilização de máquinas:

Pulmicort INALADOR não afecta a sua capacidade de conduzir veículos ou utilizar máquinas.

3.  COMO UTILIZAR PULMICORT INALADOR

A posologia é individual. Cumpra rigorosamente as instruções do seu médico, que poderão eventualmente divergir das informações contidas neste folheto.

Antes de começar a usar Pulmicort Inalador pela primeira vez é importante que leia as “Instruções de Uso” e que siga as instruções cuidadosamente.

As crianças devem utilizar Pulmicort INALADOR sob supervisão de um adulto. Assim, deve certificar-se que a criança cumpriu correctamente as instruções de uso.

Atenção: Lave sempre a boca com água após cada administração.

Doses recomendadas para adultos e idosos: 200-1600 microgramas por dia, divididas em 2 a 4 administrações.

Doses recomendadas para crianças entre 2-7 anos: 200-400 microgramas por dia, divididas em 2 a 4 administrações.

Doses recomendadas para crianças com idade igual ou superior a 7 anos: 200-800 microgramas por dia, divididas em 2 a 4 administrações.

Pode sentir uma melhoria dos seus sintomas logo no primeiro dia de tratamento com Pulmicort Inalador. No entanto, pode ter de esperar 1 a 2 semanas, ou mesmo mais, para conseguir um efeito completo. Não se esqueça de usar Pulmicort Inalador mesmo quando se sente bem.

Se lhe foi prescrito Pulmicort Inalador e se ainda está a tomar comprimidos de “cortisona”, o seu médico poderá reduzir gradualmente (por um período de semanas ou meses) a dose de comprimidos. Pode até mesmo vir a deixar de tomar os comprimidos.

Nota: Na eventualidade da sua medicação ter sido alterada passando de comprimidos de “cortisona” para PULMICORT INALADOR, poderá voltar a sentir temporariamente sintomas que já o tinham anteriormente incomodado, por ex., fraqueza ou dor nos músculos e articulações. Informe o seu médico se qualquer um destes sintomas o incomodar, ou se surgirem outros sintomas, tais como dores de cabeça, fadiga, náuseas ou vómitos.

Se utilizar mais PULMICORT INALADOR do que deveria:

Se utilizou doses excessivas de Pulmicort INALADO de uma só vez, não deverão surgir efeitos prejudiciais. Se utilizar doses excessivas de Pulmicort INALADOR durante um longo período de tempo (meses) é possível que surjam efeitos secundários. Contacte o seu médico se acha que é esse o seu caso.

Caso se tenha esquecido de administrar uma dose de Pulmicort INALADOR:

Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar. Basta tomar a dose seguinte conforme prescrito.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS PULMICORT INALADOR

Como os demais medicamentos, PULMICORT INALADOR pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Não irá geralmente sentir quaisquer efeitos secundários ao utilizar PULMICORT INALADOR. No entanto, informe o seu médico se algum dos seguintes efeitos secundários o incomodar ou persistirem:

Efeitos de secundários frequentes: ligeira irritação na garganta, tosse, rouquidão, infecção fúngica na boca e garganta.

Efeitos secundários raros: equimose, erupções na pele, nervosismo, inquietação, depressão. Em casos raros, os medicamentos para inalação podem causar (contracção espasmódica dos brônquios).

Em casos raros, podem surgir efeitos secundários mais usuais com o tratamento com glucocorticosteróides inalados. Pode suspeitar disso caso se sinta cansado, com dores de cabeça, náuseas ou vómitos.

Efeitos sistémicos de glucocorticosteróides de inalação podem ocorrer particularmente em doses elevadas prescritas durante longos períodos. Estes podem incluir supressão adrenal, atrasos no crescimento em crianças e adolescentes, diminuição da densidade mineral óssea, cataratas e glaucoma.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR PULMICORT INALADOR

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não conservar acima de 30°C.

Conservar com a válvula voltada para baixo.

Recipiente pressurizado. Não perfurar, partir ou queimar, mesmo quando aparentemente vazio.

Não utilize PULMICORT INALADOR após o prazo de validade impresso no rótulo a seguir a Val. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de PULMICORT INALADOR:

A substância activa é a budesonida. PULMICORT INALADOR contém outros componentes não activos. Estes são: estearato de magnésio e o propolente norflurano (HFA 134a). PULMICORT INALADOR não contém clorofluorcarbonos (CFCs).

Qual o aspecto de PULMICORT INALADOR e conteúdo da embalagem: Pulmicort Inalador apresenta-se numa embalagem com 120 ou 200 doses (verifique o rótulo).

Titular da Autorização de Introdução no Mercado:

AstraZeneca Produtos Farmacêuticos, Lda.

Rua Humberto Madeira, 7

Valejas

2745-663 Barcarena

Tel 21 434 61 00

Fax 21 434 61 92

E-mail: direccao.tecnica@astrazeneca. com

Fabricantes: AstraZeneca AB Kvarnbergagatan 12 S-151 85 Sõdertàlje Suécia

AstraZeneca Farmaceutica Spain, S.A. La Relva, s/n

E-369400 Porrino – Pontevedra Espanha

Este folheto informativo foi aprovado pela última vez em 27-12-2006.

INSTRUÇÕES DE USO

Antes de utilizar pela primeira vez

Antes de utilizar pela primeira vez, ou quando o inalador não é utilizado durante mais de sete dias, premir o inalador e libertar duas doses para o ar.

1.  Agite bem o inalador durante alguns segundos.

2.  Retire a tampa do aplicador bucal.

3.  Prima o topo do inalador e liberte duas doses para o ar.

4.  Agitar bem o inalador antes de usar

5.  Retire a tampa do aplicador bucal

6.  Segure o inalador na posição vertical entre os dedos com o polegar sob a base do inalador e o indicativo no topo. Expire profundamente e coloque o bucal cuidadosamente entre os dentes, feche os lábios.

7.  Inspire lenta e profundamente pela boca e prima o topo do inalador para libertar a medicação.

8.  Continue a inspirar e contenha a respiração tanto quanto for confortavelmente possível, retire o inalador da boca.

9.  Caso seja necessário tomar outra dose, de acordo com a prescrição do seu médico, agite bem o inalador e repita os passos 3 a 5.

10.Volte a colocar a tampa no aplicador bucal.

11.Bocheche a boca com água. Não engula a água.

Limpeza

Deve limpar regularmente o aplicador bucal do inalador pelo, menos uma vez por semana.

Para limpar o inalador:

1.  Retire a tampa do aplicador bucal

2.  Limpe o interior e exterior do aplicador bucal com um tecido ou pano seco

3.  Coloque a tampa do aplicador bucal Não introduza o inalador na água.

Categorias
Dimeticone Hidróxido de alumínio Hidróxido de magnésio

CARACTERÍSTICAS DO Maalox Plus bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
Maalox Plus

1. NOME DO MEDICAMENTO MAALOX PLUS
Maalox Plus ,Comprimido para mastigar, 200 mg + 200 mg + 25 mg

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO MAALOX PLUS
Cada comprimido contém : Hidróxido de alumínio 200 mg Hidróxido de magnésio 200 mg Dimeticone 25 mgExcipientes, ver ponto 6.1.

3 .FORMA FARMACÊUTICA DO MAALOX PLUS
Comprimido para mastigar

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO MAALOX PLUS

4.1. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS
Alívio sintomático de situações clínicas caracterizadas por hiperacidez e meteorismo.

4.2. POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO
Apenas para utilização em adultos e adolescentes (com idade igual ou superior a 15 anos). Dose média aconselhada: 2 a 4 comprimidos, quatro vezes ao dia, tomados 20 minutos a 1 hora após as refeições e ao deitar. Não tomar mais do que 16 comprimidos de Maalox Plus em 24 horas, nem tomar a dose máxima por um período superior a 2 semanas.

4.3.CONTRA-INDICAÇÕES
Hipersensibilidade aos sais de alumínio e magnésio, dimeticone ou a qualquer um dos excipientes.
Insuficiência renal grave.
Crianças com idade inferior a 15 anos

4.4. AVISOS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO
Em doentes diabéticos deverá ter-se em conta o teor em glicose de 540 mg por comprimido.
Doentes com hipofosfatémia (pela possibilidade de deplecção de fosfato quando o doente é submetido a doses elevadas de alumínio durante longos períodos de tempo).
Possibilidade de ocorrência de acumulação de Alumínio em doentes com insuficiência renal crónica, fazendo (ou não) diálise, sobretudo quando sujeitos a terapêutica com doses elevadas do medicamento, com eventuais manifestações clínicas de osteomalácia, encefalopatia, demência e por vezes anemia microcítica.
Possibilidade de ocorrência de hipermagnesiémia em doentes com insuficiência renal crónica. Este medicamento deve ser utilizado com precaução em doentes com porfiria.
Este medicamento contém glicose, sacarose e sorbitol, doentes com doenças hereditárias raras de intolerância à frutose, malabsorção de glucose-galactose ou insuficiência de sacarase-isomaltase não devem tomar este medicamento.,
Em caso de persistência/agravamento dos sintomas o médico assistente deverá ser consultado.

4.5. INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS
Este medicamento interfere com a absorção dos seguintes fármacos: tetraciclina, ferro, isoniazida, digoxina, quinolonas, indometacina e fenotiazidas: em caso de administração simultânea deverá obter conselho médico prévio.
Os sais de citrato poderão aumentar a absorção de alumínio.

4.6. GRAVIDEZ E ALEITAMENTO
Maalox Plus pode ser utilizado durante a gravidez. É conveniente não o utilizar durante o período de aleitamento.

4.7. EFEITOS NA CAPACIDADE DE CONDUZIR E UTILIZAR MÁQUINAS
Maalox Plus não tem interferências nestas capacidades.

4.8. EFEITOS SECUNDÁRIOS
Ligados ao alumínio: Deplecção fosforada em caso de utilização prolongada ou com doses elevadas.

4.9. SOBREDOSAGEM
Dado que o Maalox Plus é constituído por uma associação de hidróxido de alumínio, hidróxido de magnésio e dimeticone, que não são absorvidos em larga extensão, não é provável que ocorra qualquer intoxicação após sobredosagem pontual. Apesar de improvável, em caso de utilização de Maalox Plus durante longos períodos de tempo, no eventual caso de a concentração plasmática de alumínio ultrapassar o limiar de segurança, a administração de Maalox Plus deve ser interrompida. Em doentes sem outras patologias o único sintoma de sobredosagem é a diarreia. Em caso de insuficiência renal grave pode haver o risco de intoxicação pelo magnésio, a qual se manifesta por secura de boca, tonturas e dificuldades respiratórias incluindo depressão respiratória.
A terapêutica de eventual sobredosagem deve consistir em lavagem gástrica e aumento do trânsito intestinal com a utilização de laxantes que não possuam magnésio na sua composição. Caso surjam sintomas sugestivos de intoxicação pelo magnésio aconselha-se a administração de gluconato de cálcio por via intravenosa.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO MAALOX PLUS

5.1. PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS
Classificação ATC: A02AF02 Antiácidos e antiflatulentos Classificação Farmacoterapêutica: 6.2.1 Antiácidos.

Maalox Plus é constituído por uma mistura de partículas muito finas, de elevada dispersão, que neutraliza rapidamente e na origem o excesso de ácido clorídrico.
Possui uma acção tamponante eficaz e duradoura capaz de manter a longo prazo um pH gástrico compreendido entre 3 e 5, o que é determinante para o repouso fisiológico do estômago. Possui um efeito neutralizante controlado que evita a hipersecreção reflexa mesmo em condições de sobredosagem. Não provoca obstipação pois os hidróxidos de alumínio e de magnésio estão equilibrados; ao contrário, promove a restauração da peristáltese, eliminando os obstáculos reflexogénicos como a hiperacidez e os estados de irritabilidade.
Não provoca efeitos alcalinizantes sistémicos mesmo em tratamentos prolongados e em doses altas. Não actua nas funções secretoras do aparelho digestivo. O componente dimeticone actua como antiflatulento dada a sua viscosidade elevada adsorbe gradualmente o gaz presente no estômago e no intestino eliminando a distensão dolorosa da parede gástrica e o meteorismo intestinal. O dimeticone é uma substância inerte que não é atacada pelos enzimas digestivos; não é absorvível a nível intestinal, e completa a acção dos outros componentes de Maalox Plus.
O teor em sódio é baixo pelo que não é contra-indicado na hipertensão e na retenção hidrosalina (contém aproximadamente 0,03 ou 0,056 mEq de sódio por comprimido).

5.2 PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS
O Maalox Plus é constituído por uma mistura em partes iguais de Hidróxido de Alumínio e Hidróxido de Magnésio. Quando administrados por via oral, ambos os hidróxidos são parcialmente transformados em sais de cloreto solúveis na presença do HCl gástrico.
O alumínio não sofre absorção significativa (< 1% da dose). O magnésio sofre absorção significativa (cerca de 40% da dose). A fracção não absorvida da dose é excretada nas fezes. Ambos os catiões absorvidos são eliminados na urina. O dimeticone não é absorvido a partir do intestino.

5.3 DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICA
Não existem dados dados pré-clínicos disponíveis.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO MAALOX PLUS

6.1. LISTA DE EXCIPIENTES
: Manitol, amido de milho, estearato de magnésio, talco, sorbitol, sacarina sódica, aroma de limão, aroma creme suíço, sacarose, glicose, ácido cítrico, óxido de ferro amarelo E172.

6.2. INCOMPATIBILIDADES
Não aplicável.

6.3 PRAZO DE VALIDADE
: 3 anos

6.4. PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE ARMAZENAGEM
Não necessita de precauções especiais .

6.5. NATUREZA E CONTEÚDO DO RECIPIENTE
20 e 60 comprimidos acondicionados em blister de PVC/Alu

6.6 Precauções especiais de eliminação

Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE COMERCIALIZAÇÃO
Sanofi-Aventis – Produtos Farmacêuticos, S.A. Empreendimento Lagoas Park – Edifício 7 – 3°
2740-244 Porto Salvo

8 NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
8656504 – embalagem de 20 comprimidos 8656512 – embalagem de 60 comprimidos

9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
25-02-1987

10 . DATA DE REVISÃO DO TEXTO
14-07-2006