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Ceftriaxona Lidocaína

Ceftriaxona Labesfal 500 mg Pó e Solvente para Solução Injectável (IM) Ceftriaxona bula do medicamento

Neste folheto:
1. O que é Ceftriaxona Labesfal e para que é utilizada
2. Antes de utilizar Ceftriaxona Labesfal
3. Como utilizar Ceftriaxona Labesfal
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Ceftriaxona Labesfal
6. Outras informações


FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Ceftriaxona Labesfal 500 mg/5 ml Pó e Solvente para Solução Injectável (IV)
Ceftriaxona Labesfal 1000 mg/10 ml Pó e Solvente para Solução Injectável (IV)
Ceftriaxona Labesfal 500 mg/2 ml Pó e Solvente para Solução Injectável (IM)
Ceftriaxona Labesfal 1000 mg/3,5 ml Pó e Solvente para Solução Injectável (IM)
Ceftriaxona Labesfal 2000 mg Pó para Solução para Perfusão

Ceftriaxona

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
-Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
-Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento podeser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
-Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitossecundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Neste folheto:

1. O QUE É CEFTRIAXONA LABESFAL E PARA QUE É UTILIZADA

Ceftriaxona é um antibiótico. Pertence ao grupo de antibióticos denominadoscefalosporinas. Este tipo de antibióticos é similar à penicilina.
Como todos os antibióticos, ceftriaxona é apenas eficaz contra alguns tipos de bactérias.
Desta forma, este é apenas adequado para tratar alguns tipos de infecções.

A ceftriaxona pode ser usada para tratar:
-Sépsis;
-Infecção das meninges (meningite);
-Borreliose de Lyme disseminada (etapas inicial e tardia da doença)
-Infecções abdominais (peritonite, infecções das vias biliares e do tractogastrointestinal);
-Infecções dos ossos, articulações, tecidos moles, pele e feridas;
-Infecções em doentes cujas defesas imunitárias estão reduzidas;
-Infecções renais e das vias urinárias;
-Infecções das vias respiratórias, particularmente pneumonias, e infecções do ouvido,nariz e garganta;
-Infecções genitais, incluindo gonorreia.

2. ANTES DE UTILIZAR CEFTRIAXONA LABESFAL

Não utilize Ceftriaxona Labesfal

-Se tem alergia (hipersensibilidade) à ceftriaxona ou a qualquer outro componente de
Ceftriaxona Labesfal
-Se tem alergia (hipersensibilidade) a qualquer outro tipo de antibiótico da classe dascefalosporinas.
-Se tiver alguma vez sofrido de reacções alérgicas graves a qualquer penicilina – ou aoutro antibiótico beta-lactâmico, dado que também pode ser alérgico a estemedicamento.

-Ceftriaxona Labesfal não deve ser administrada a recém-nascidos com icterícia
(hiperbilirrubinémia) ou recém-nascidos prematuros, uma vez que a utilização deceftriaxona, a substância activa de Ceftriaxona Labesfal pode desencadear complicaçõescom possível dano cerebral nestes doentes.

-Ceftriaxona Labesfal não deve ser usada por injecção intramuscular:
-em crianças com idade inferior a 2 anos de idade;
-durante a gravidez e aleitamento.

-Ceftriaxona Labesfal não deve ser usada em associação a tratamento com cálcio,devido ao risco de precipitação do sal ceftriaxona-cálcio em recém-nascidos.

As soluções de lidocaína, para administração intramuscular, não devem ser utilizadas nocaso de perturbações na condução cardíaca ou em caso de insuficiência cardíaca agudadescompensada.

Se tiver dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Tome especial cuidado com Ceftriaxona Labesfal

-Se alguma vez tiver tido uma reacção alérgica a qualquer antibiótico, informe o seumédico ou farmacêutico antes de utilizar este medicamento.
-Se alguma vez tiver tido outros tipos de reacção alérgica ou asma. Reacções dehipersensibilidade contra a ceftriaxona tendem a ocorrer mais frequentemente empessoas com uma tendência para qualquer reacção alérgica e podem ocorrer em todos osgraus de gravidade até a choque anafiláctico.
-Se alguma vez o tiverem informado que os seus rins e/ou fígado não funcionam bem.
-Se alguma vez tiver tido pedras na vesícula ou rins, ou se estiver a ser alimentado porvia intravenosa.
-Se alguma vez tiver tido inflamação do seu intestino, chamada colite, ou qualquer outradoença grave que tivesse afectado o seu intestino.
-Os estudos efectuados mostram que a ceftriaxona, tal como outras cefalosporinas, podedeslocar a bilirrubina da sua ligação à albumina sérica. Deve portanto, ter-se cuidadoquando se considera o tratamento com Ceftriaxona Labesfal em recém-nascidos comhiperbilirrubinemia. Ceftriaxona Labesfal não deve ser administrada a recém-nascidos
(especialmente prematuros) em risco de desenvolverem encefalopatia bilirrubinémica.
Em tratamento prolongado devem ser realizadas análises sanguíneas periodicamente.
-Este medicamento pode alterar os resultados de algumas análises sanguíneas (tal comoo teste de Coombs). É importante informar o seu médico que está a utilizar este

medicamento, se tiver de efectuar qualquer um destes testes. Este medicamento podetambém alterar os resultados de testes na urina não-enzimáticos para o açúcar. Se tiverdiabetes e testar a sua urina por rotina, informe o seu médico. Podem ter de serutilizados outros testes para monitorizar a sua diabetes, enquanto tiver a utilizar estemedicamento.

Ao utilizar Ceftriaxona Labesfal com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentementeoutros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Este medicamento pode ser afectado por outros medicamentos que são removidos pelosrins. Esta situação aplica-se, em especial, se estes outros medicamentos afectaremtambém o bom funcionamento dos rins.

Existem vários medicamentos que podem provocar este efeito, pelo que deve consultaro seu médico ou farmacêutico antes de utilizar este medicamento.

Em particular, informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a utilizar:
-Outros antibióticos para tratar infecções, nomeadamente aminoglicosídeos.
-Pílulas orais contraceptivas. É aconselhável utilizar medidas contraceptivas não-
hormonais suplementares.
-Outras substâncias activas, tal como Probenecida.

Gravidez e aleitamento

-Está grávida, ou pensa que pode estar grávida? Embora este medicamento não tenhademonstrado causar danos a crianças ainda não nascidas, só deve ser administrado auma mulher grávida se for realmente necessário.
-Está a amamentar? Este medicamento não deve ser administrado a mulheres queestejam a amamentar. Esta situação é devida a pequenas quantidades deste passarempara o leite e, como tal, para o lactente.
-Na gravidez a administração intramuscular está contra-indicada quando usado emassociação com lidocaína.

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de utilizar Ceftriaxona Labesfal.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Quando estiver a utilizar este medicamento pode ter tonturas. Este efeito pode afectar asua capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Se isto acontecer, não conduza ouutilize máquinas.

Informações importantes sobre alguns componentes de Ceftriaxona Labesfal

Ceftriaxona Labesfal contém aproximadamente 83 mg (3,6 mEq) de sódio por grama deceftriaxona. Esta informação deve ser tida em consideração em doentes com ingestãocontrolada de sódio.

3. COMO UTILIZAR CEFTRIAXONA LABESFAL

Utilizar Ceftriaxona Labesfal sempre de acordo com as indicações do médico. Fale como seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Ceftriaxona é normalmente administrada por um médico ou enfermeiro:
-É administrado na forma de uma injecção.
-A injecção é administrada na forma de uma injecção lenta numa veia ou uma injecçãoprofunda num músculo largo.

A dose que o seu médico lhe dá depende do tipo de infecção e da gravidade da infecção.
Também depende do seu peso e da forma como os seus rins estiverem a trabalhar. O seumédico irá explicar-lhe esta situação.

A dose habitual é:

Adultos, pessoas mais idosas e crianças com 12 anos e com mais de 50 kg de peso:
-1 a 2 g diariamente.
-Em infecções graves, a dose pode ser aumentada para 4 g diários, injectadas numa veia.

Recém-nascidos (até 14 dias de idade):
-20-50 mg por cada kg de peso corporal uma vez por dia, injectado numa veia.
-Não devem administradas mais do que 50 mg por kg, mesmo em infecções graves.

Crianças com idade entre os 15 dias e os 12 anos de idade:
-20-80 mg por cada kg de peso corporal por dia, injectado numa veia.
-Não devem ser administradas mais do que 80 mg por kg, mesmo em infecções graves –
excepto na meningite.

Informações especiais sobre a posologia:

-Para a infecção das meninges (meningite) são administradas inicialmente 100 mg porkg diariamente (mas não mais do que 4 g diários). Em recém-nascidos, não devem seradministradas mais do que 50 mg/kg. A seguinte duração do tratamento mostrou sereficaz:

Neisseria meningitidis 4 dias
Haemophilus influenzae 6 dias
Streptococcus pneumoniae
7 dias

-Quando a administração é efectuada antes de uma operação, a dose diária normal éadministrada 30-90 minutos antes da operação. Normalmente, apenas é administradauma dose.
-Para pessoas com problemas de rins, a dose não necessita de ser reduzida, se a funçãohepática estiver normal. Se a condição do rim fôr muito má (depuração da creatinina <
10 ml/min), a dose diária de ceftriaxone não deve exceder 2 g em doentes adultos.
-Pessoas com problemas no fígado não necessitam de reduzir a dose, a não ser quetenham problemas de rins.

-Na insuficiência renal e hepática graves em simultâneo as concentrações de ceftriaxonano sangue devem ser monitorizadas regularmente e a posologia ajustadaapropriadamente para crianças e adultos.
-Se estiver a fazer diálise, o médico irá efectuar testes para se assegurar de que está autilizar a dose correcta.
-Borreliose de Lyme: crianças e adultos ? 50 mg/kg até um máximo de 2 g, uma vez pordia, durante 14 dias.
-Gonorreia (estirpes produtoras e não produtoras de penicilase): para o tratamento dagonorreia, recomenda-se um dose única de 250 mg de Ceftriaxona por via IM.
-Infecções do ouvido (otite média aguda na criança e no lactente): no tratamento dedeterminadas otites médias agudas na criança e no lactente, nomeadamente caso tenhaocorrido falência do tratamento anterior ou na impossibilidade de garantir umtratamento adequado por via oral, recomenda-se a seguinte posologia:
-no caso de falência da terapêutica anterior: 50 mg/kg/dia, durante três dias.
-em alternativa aos tratamentos por via oral: 50 mg/kg numa única injecção.
A falência do tratamento anterior (com duração do tratamento de pelo menos 72 horas),
é definida pela persistência, reaparecimento ou agravamento da sintomatologia ou aindapelo aparecimento de otorreia. Esta situação exige comprovação bacteriológica porparacentese ou por colheita de otorreia. Excepcionalmente no lactente com menos de 30meses e na impossibilidade de assegurar um tratamento adequado por via oral,recomenda-se o tratamento da otite média aguda com Ceftriaxona Labesfal, comoterapêutica de primeira linha, especialmente em caso de otite média aguda que sesuspeite ser devida a pneumococos, nas regiões de forte prevalência de resistência dopneumococo à penicilina.

Volume de solução de ceftriaxona a injectar por via intramuscular (IM), em função dopeso da criança, para uma dose de 50 mg/kg/dia (frasco para injectáveis de 500 mg):

Volume a injectar para uma dose de
Peso da criança ou do lactente
50 mg/kg/dia
Frasco para injectáveis de 500 mg
5 kg
1,0 ml
6 kg
1,2 ml
7 kg
1,4 ml
8 kg
1,6 ml
9 kg
1,8 ml
10 kg
2,0 ml

A ceftriaxona é normalmente administrada uma vez por dia.
-A duração do tratamento é normalmente de, pelo menos, 2 dias, consoante anormalização da temperatura corporal.
-O tratamento pode continuar durante um total de 7 a 14 dias.
Se o doente é uma criança com menos de 2 anos de idade ou uma mulher grávida ou aamamentar, a ceftriaxona deve ser apenas administrada por injecção lenta numa veia.

Se utilizar mais Ceftriaxona Labesfal do que deveria

Se tiver sido utilizada demasiada Ceftriaxone do que o que deveria ser, fale com o seumédico directamente ou dirija-se ao serviço de urgências do hospital mais próximo.
Leve o medicamento consigo, dentro da caixa, de forma que o pessoal médico saibaexactamente o que foi utilizado.

Se parar de utilizar Ceftriaxona Labesfal

É importante que este medicamento seja utilizado da forma prescrita, não devendo serinterrompido apenas porque se sente bem novamente. Se o tratamento for interrompidodemasiado cedo, a infecção pode voltar novamente.

Fale com o seu médico, se não se sentir bem no final do tratamento prescrito, oumesmo, se se sentir pior durante o tratamento.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médicoou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS

Como todos os medicamentos, Ceftriaxona Labesfal pode causar efeitos secundários, noentanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Se algum dos seguintes efeitos secundários graves ocorrer, pare de utilizar estemedicamento e informe o seu médico de imediato ou dirija-se ao serviço de urgênciasdo hospital mais próximo.

-Os seguintes efeitos secundários são raros (afectam menos de 1 em 1.000 pessoas).
Reacções alérgicas, tais como asma súbita e dificuldade em respirar, inchaço daspálpebras, face ou lábios, erupções da pele graves que podem formar vesículas e podemenvolver os olhos, boca e garganta e órgãos genitais, perda de consciência (desmaios).

-Os seguintes efeitos secundários são muito raros (afectam menos de 1 em 10.000pessoas).
Diarreia grave, durante um período prolongado ou com sangue, com dor de estômagoou febre. Esta situação pode ser um sinal de uma inflamação grave no intestino
(denominada por ?colite pseudomembranosa?). A qual pode ocorrer após aadministração de antibióticos.

Efeitos secundários muito frequentes (afectam mais de 1 em 10 pessoas):
-Pedras na vesícula em crianças.

Efeitos secundários frequentes (afectam menos de 1 em 10 pessoas):
-Reacções alérgicas (erupções na pele, comichão, urticária, inchaço da pele earticulações).
-Alterações dos testes do sangue que verificam a forma como o seu fígado está afuncionar.
-Dor e rigidez quando injectado num músculo.
-Dor e vermelhidão quando injectado numa veia.

Efeitos secundários pouco frequentes (afectam menos de 1 em 100 pessoas)
-Náuseas, vómitos, dor de estômago, diarreia.
-Aftas, inflamação da língua, perda de apetite.
-Dor de cabeça, tonturas.
-Infecções: Estando a efectuar um tratamento com ceftriaxona pode temporariamenteaumentar a possibilidade de adquirir infecções causadas por outros microrganismos. Porexemplo, podem ocorrer aftas.
-Problemas nos rins: alterações da função renal e produção de urina reduzida.

Efeitos secundários raros (afectam menos de 1 em 1.000 pessoas)
-Pancreatite.
-Pedras na vesícula em adultos.
-Redução dos números de glóbulos broncos (algumas vezes graves com riscoaumentado de infecção grave).
-Pedras nos rins em crianças.
-Alteração de parâmetros sanguíneos laboratoriais (aumento da creatinina sérica) eoligúria (urinar pouco).

Efeitos secundários muito raros (afectam menos de 1 em 10.000 pessoas)
-Células sanguíneas reduzidas ou danificadas (aumento da possibilidade dehemorragias, nódoas negras ou infecções).
-Tipo de anemia que pode ser grave e é causada por falta de glóbulos vermelhos. Se, poralgum motivo, tiver de efectuar análises ao sangue, informe a pessoa que estiver arecolher a amostra de sangue de que se encontra a utilizar este medicamento, uma vezque este pode afectar os resultados.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundáriosnão mencionados neste folheto, informe o seu médico, enfermeiro ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR CEFTRIAXONA LABESFAL

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Ceftriaxona Labesfal após o prazo de validade impresso no rótulo do frascoou na embalagem exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mêsindicado.

Conservar a temperatura inferior a 25ºC.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.

O conteúdo dos frascos, uma vez abertos, deve ser usado de imediato.
As soluções devem ser usadas de imediato após a sua reconstituição. Apenas devem serusadas soluções límpidas.

Quaisquer soluções para injecção ou perfusão não usadas devem ser eliminadas.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Ceftriaxona Labesfal

-A substância activa é a ceftriaxona na forma de sal dissódico.
Um frasco para injectáveis contém substância seca equivalente a 500 mg, 1000 mg ou
2000 mg de ceftriaxona.

-Os outros componentes são:

A ampola de solvente para injecção intramuscular (injecção num músculo) contémsolução de cloridrato de lidocaína a 1% em água para preparações injectáveis.
A ampola de solvente para injecção intravenosa (injecção numa veia) contém água parapreparações injectáveis.

Ceftriaxona Labesfal 2000 mg Pó para Solução para Perfusão
Não contém outros componentes.

Qual o aspecto de Ceftriaxona Labesfal e conteúdo da embalagem

Ceftriaxona Labesfal: pó e solvente para solução injectável ou pó para solução paraperfusão.
Ceftriaxona Labesfal é um pó cristalino branco a amarelado. As soluções prontas a usarsão amarelo pálido a âmbar.

Embalagens para injecção intravenosa (IV):
-Ceftriaxona Labesfal 500 mg Pó e Solvente para Solução Injectável (IV)
1, 2, 4 ou 50 unidades de frascos para injectáveis com substância activa seca equivalentea 500 mg de ceftriaxona + 1, 2, 4 ou 50 ampolas de solvente (5 ml de água parapreparações injectáveis).
-Ceftriaxona Labesfal 1000 mg Pó e Solvente para Solução Injectável (IV)
1, 2, 4 ou 50 unidades de frascos para injectáveis com substância activa seca equivalentea 1000 mg de ceftriaxona + 1, 2, 4 ou 50 ampolas de solvente (10 ml de água parainjectáveis).
As embalagens de 50 unidades são embalagens hospitalares.

Embalagens para injecção intramuscular (IM):
-Ceftriaxona Labesfal 500 mg Pó e Solvente para Solução Injectável (IM)
1, 2 ou 4 unidades de frascos para injectáveis com substância activa seca equivalente a
500 mg de ceftriaxona + 1, 2 ou 4 ampolas de solvente (2 ml de solução de cloridrato delidocaína a 1%).
-Ceftriaxona Labesfal 1000 mg Pó e Solvente para Solução Injectável (IM)

1, 2, 4 ou 10 unidades de frascos para injectáveis com substância activa seca equivalentea 1000 mg de ceftriaxona + 1, 2, 4 ou 10 ampolas de solvente (3,5 ml de solução decloridrato de lidocaína a 1%).
As embalagens de 10 unidades são embalagens hospitalares.

Embalagens para perfusão (IV):
-Ceftriaxona Labesfal 2000 mg Pó para Solução para Perfusão
1, 2 ou 4 unidades de frascos para injectáveis com substância activa seca equivalente a
2000 mg de ceftriaxona.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

LABESFAL ? Laboratório Almiro S.A.
Zona Industrial do Lagedo
3465-157 Santiago de Besteiros
Portugal

Este folheto foi aprovado pela última vez em

A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais doscuidados de saúde:

Modo e via de administração de Ceftriaxona Labesfal pó e solvente para soluçãoinjectável ou pó para solução para perfusão
Ceftriaxona Labesfal é injectado numa veia (administração intravenosa); no entanto,também pode ser injectado num músculo (administração intramuscular).

Injecção intravenosa (injecção numa veia)
Para a preparação da injecção IV, Ceftriaxona Labesfal 500 mg deve ser dissolvido como conteúdo da ampola que acompanha o frasco para injectáveis – 5 ml de água estérilpara preparações injectáveis; Ceftriaxona Labesfal 1000 mg deve ser dissolvido com oconteúdo da ampola que acompanha o frasco para injectáveis – 10 ml de água estérilpara preparações injectáveis.
A duração da injecção é de 2 a 4 minutos.

Perfusão intravenosa (perfusão numa veia)
Para a administração intravenosa por perfusão IV, Ceftriaxona Labesfal 2000 mg deveser dissolvido em 40 ml de uma das seguintes soluções de perfusão, sem cálcio: cloretode sódio 0,9%, cloreto de sódio 0,45% + dextrose 2,5%, dextrose 5%, dextrose 10%,dextrano 6% em dextrose 5%, hidroxietilamido 6-10%, água para preparaçõesinjectáveis.

As soluções de Ceftriaxona Labesfal não devem ser misturadas com soluções contendooutros antibióticos ou soluções que não sejam as acima mencionadas, devido àpossibilidade de incompatibilidade.

A perfusão deve ser administrada durante, pelo menos, 30 minutos

Injecção intramuscular (injecção num músculo)
Para a preparação da injecção IM, Ceftriaxona Labesfal 500 mg deve ser dissolvido como conteúdo da ampola que acompanha o frasco para injectáveis – 2 ml de solução decloridrato de lidocaína a 1%; Ceftriaxona Labesfal 1000 mg deve ser dissolvido naampola que acompanha o frasco para injectáveis – 3,5 ml de cloridrato de lidocaína a
1%.
Após reconstituição da solução, esta deve ser injectada num músculo largo.
Não mais do que 1 g de ceftriaxona deve ser administrada no mesmo local do corpo. Adose máxima diária por administração intramuscular não deve exceder 2 g.
A ceftriaxona não deve ser misturada na mesma seringa com qualquer outromedicamento que não solução de cloridrato de lidocaína a 1% p/v (apenas para injecçãointramuscular).

Soluções de lidocaína não devem ser administradas por via intravenosa.
(Por favor, considere as informações do fabricante sobre os riscos da lidocaínacloridrato nos documentos de informação relevantes dos respectivos preparados delidocaína utilizados).

O tratamento com uma injecção num músculo é apenas justificado em casosexcepcionais e após uma cuidadosa avaliação risco/benefício. Ver também secção 2:
?Tome especial cuidado com Ceftriaxona Labesfal?.
Para outras vias de administração estão disponíveis outras dosagens de Ceftriaxona
Labesfal.

Não é aconselhável a administração intramuscular de ceftriaxona em recém-nascidos,nem a crianças com menos de 2 anos de idade.

Miscibilidade
Como princípio, as soluções de ceftriaxona devem ser sempre administradasseparadamente a partir de outras soluções para perfusão.
As soluções de ceftriaxona não devem ser misturadas com soluções contendo cálcio, emquaisquer circunstâncias.

Intolerâncias químicas principais
Ceftriaxona Labesfal nunca deve ser misturado com qualquer uma das seguintessoluções:
-Soluções contendo cálcio, tais como as soluções de Hartmann e Ringer.
-Aminoglicosídeos (quando administrados concomitantemente, estas preparaçõesdevem ser administradas em separado)
-Ceftriaxona Labesfal não deve ser administrado na mesma seringa, assim como outrosantibióticos ou outros agentes bactericidas.
-A intolerância química da ceftriaxona foi também descrita com amsacrina (agenteantitumoral), vancomicina (antibiótico) e fluconazol (fungicida).

Categorias
Ceftriaxona Lidocaína

Ceftriaxona Labesfal 2000 mg Pó para Solução para Perfusão Ceftriaxona bula do medicamento

Neste folheto:
1. O que é Ceftriaxona Labesfal e para que é utilizada
2. Antes de utilizar Ceftriaxona Labesfal
3. Como utilizar Ceftriaxona Labesfal
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Ceftriaxona Labesfal
6. Outras informações


FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Ceftriaxona Labesfal 500 mg/5 ml Pó e Solvente para Solução Injectável (IV)
Ceftriaxona Labesfal 1000 mg/10 ml Pó e Solvente para Solução Injectável (IV)
Ceftriaxona Labesfal 500 mg/2 ml Pó e Solvente para Solução Injectável (IM)
Ceftriaxona Labesfal 1000 mg/3,5 ml Pó e Solvente para Solução Injectável (IM)
Ceftriaxona Labesfal 2000 mg Pó para Solução para Perfusão

Ceftriaxona

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
-Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
-Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento podeser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
-Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitossecundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Neste folheto:

1. O QUE É CEFTRIAXONA LABESFAL E PARA QUE É UTILIZADA

Ceftriaxona é um antibiótico. Pertence ao grupo de antibióticos denominadoscefalosporinas. Este tipo de antibióticos é similar à penicilina.
Como todos os antibióticos, ceftriaxona é apenas eficaz contra alguns tipos de bactérias.
Desta forma, este é apenas adequado para tratar alguns tipos de infecções.

A ceftriaxona pode ser usada para tratar:
-Sépsis;
-Infecção das meninges (meningite);
-Borreliose de Lyme disseminada (etapas inicial e tardia da doença)
-Infecções abdominais (peritonite, infecções das vias biliares e do tractogastrointestinal);
-Infecções dos ossos, articulações, tecidos moles, pele e feridas;
-Infecções em doentes cujas defesas imunitárias estão reduzidas;
-Infecções renais e das vias urinárias;
-Infecções das vias respiratórias, particularmente pneumonias, e infecções do ouvido,nariz e garganta;
-Infecções genitais, incluindo gonorreia.

2. ANTES DE UTILIZAR CEFTRIAXONA LABESFAL

Não utilize Ceftriaxona Labesfal

-Se tem alergia (hipersensibilidade) à ceftriaxona ou a qualquer outro componente de
Ceftriaxona Labesfal
-Se tem alergia (hipersensibilidade) a qualquer outro tipo de antibiótico da classe dascefalosporinas.
-Se tiver alguma vez sofrido de reacções alérgicas graves a qualquer penicilina – ou aoutro antibiótico beta-lactâmico, dado que também pode ser alérgico a estemedicamento.

-Ceftriaxona Labesfal não deve ser administrada a recém-nascidos com icterícia
(hiperbilirrubinémia) ou recém-nascidos prematuros, uma vez que a utilização deceftriaxona, a substância activa de Ceftriaxona Labesfal pode desencadear complicaçõescom possível dano cerebral nestes doentes.

-Ceftriaxona Labesfal não deve ser usada por injecção intramuscular:
-em crianças com idade inferior a 2 anos de idade;
-durante a gravidez e aleitamento.

-Ceftriaxona Labesfal não deve ser usada em associação a tratamento com cálcio,devido ao risco de precipitação do sal ceftriaxona-cálcio em recém-nascidos.

As soluções de lidocaína, para administração intramuscular, não devem ser utilizadas nocaso de perturbações na condução cardíaca ou em caso de insuficiência cardíaca agudadescompensada.

Se tiver dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Tome especial cuidado com Ceftriaxona Labesfal

-Se alguma vez tiver tido uma reacção alérgica a qualquer antibiótico, informe o seumédico ou farmacêutico antes de utilizar este medicamento.
-Se alguma vez tiver tido outros tipos de reacção alérgica ou asma. Reacções dehipersensibilidade contra a ceftriaxona tendem a ocorrer mais frequentemente empessoas com uma tendência para qualquer reacção alérgica e podem ocorrer em todos osgraus de gravidade até a choque anafiláctico.
-Se alguma vez o tiverem informado que os seus rins e/ou fígado não funcionam bem.
-Se alguma vez tiver tido pedras na vesícula ou rins, ou se estiver a ser alimentado porvia intravenosa.
-Se alguma vez tiver tido inflamação do seu intestino, chamada colite, ou qualquer outradoença grave que tivesse afectado o seu intestino.
-Os estudos efectuados mostram que a ceftriaxona, tal como outras cefalosporinas, podedeslocar a bilirrubina da sua ligação à albumina sérica. Deve portanto, ter-se cuidadoquando se considera o tratamento com Ceftriaxona Labesfal em recém-nascidos comhiperbilirrubinemia. Ceftriaxona Labesfal não deve ser administrada a recém-nascidos
(especialmente prematuros) em risco de desenvolverem encefalopatia bilirrubinémica.
Em tratamento prolongado devem ser realizadas análises sanguíneas periodicamente.
-Este medicamento pode alterar os resultados de algumas análises sanguíneas (tal comoo teste de Coombs). É importante informar o seu médico que está a utilizar este

medicamento, se tiver de efectuar qualquer um destes testes. Este medicamento podetambém alterar os resultados de testes na urina não-enzimáticos para o açúcar. Se tiverdiabetes e testar a sua urina por rotina, informe o seu médico. Podem ter de serutilizados outros testes para monitorizar a sua diabetes, enquanto tiver a utilizar estemedicamento.

Ao utilizar Ceftriaxona Labesfal com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentementeoutros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Este medicamento pode ser afectado por outros medicamentos que são removidos pelosrins. Esta situação aplica-se, em especial, se estes outros medicamentos afectaremtambém o bom funcionamento dos rins.

Existem vários medicamentos que podem provocar este efeito, pelo que deve consultaro seu médico ou farmacêutico antes de utilizar este medicamento.

Em particular, informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a utilizar:
-Outros antibióticos para tratar infecções, nomeadamente aminoglicosídeos.
-Pílulas orais contraceptivas. É aconselhável utilizar medidas contraceptivas não-
hormonais suplementares.
-Outras substâncias activas, tal como Probenecida.

Gravidez e aleitamento

-Está grávida, ou pensa que pode estar grávida? Embora este medicamento não tenhademonstrado causar danos a crianças ainda não nascidas, só deve ser administrado auma mulher grávida se for realmente necessário.
-Está a amamentar? Este medicamento não deve ser administrado a mulheres queestejam a amamentar. Esta situação é devida a pequenas quantidades deste passarempara o leite e, como tal, para o lactente.
-Na gravidez a administração intramuscular está contra-indicada quando usado emassociação com lidocaína.

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de utilizar Ceftriaxona Labesfal.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Quando estiver a utilizar este medicamento pode ter tonturas. Este efeito pode afectar asua capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Se isto acontecer, não conduza ouutilize máquinas.

Informações importantes sobre alguns componentes de Ceftriaxona Labesfal

Ceftriaxona Labesfal contém aproximadamente 83 mg (3,6 mEq) de sódio por grama deceftriaxona. Esta informação deve ser tida em consideração em doentes com ingestãocontrolada de sódio.

3. COMO UTILIZAR CEFTRIAXONA LABESFAL

Utilizar Ceftriaxona Labesfal sempre de acordo com as indicações do médico. Fale como seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Ceftriaxona é normalmente administrada por um médico ou enfermeiro:
-É administrado na forma de uma injecção.
-A injecção é administrada na forma de uma injecção lenta numa veia ou uma injecçãoprofunda num músculo largo.

A dose que o seu médico lhe dá depende do tipo de infecção e da gravidade da infecção.
Também depende do seu peso e da forma como os seus rins estiverem a trabalhar. O seumédico irá explicar-lhe esta situação.

A dose habitual é:

Adultos, pessoas mais idosas e crianças com 12 anos e com mais de 50 kg de peso:
-1 a 2 g diariamente.
-Em infecções graves, a dose pode ser aumentada para 4 g diários, injectadas numa veia.

Recém-nascidos (até 14 dias de idade):
-20-50 mg por cada kg de peso corporal uma vez por dia, injectado numa veia.
-Não devem administradas mais do que 50 mg por kg, mesmo em infecções graves.

Crianças com idade entre os 15 dias e os 12 anos de idade:
-20-80 mg por cada kg de peso corporal por dia, injectado numa veia.
-Não devem ser administradas mais do que 80 mg por kg, mesmo em infecções graves –
excepto na meningite.

Informações especiais sobre a posologia:

-Para a infecção das meninges (meningite) são administradas inicialmente 100 mg porkg diariamente (mas não mais do que 4 g diários). Em recém-nascidos, não devem seradministradas mais do que 50 mg/kg. A seguinte duração do tratamento mostrou sereficaz:

Neisseria meningitidis 4 dias
Haemophilus influenzae 6 dias
Streptococcus pneumoniae
7 dias

-Quando a administração é efectuada antes de uma operação, a dose diária normal éadministrada 30-90 minutos antes da operação. Normalmente, apenas é administradauma dose.
-Para pessoas com problemas de rins, a dose não necessita de ser reduzida, se a funçãohepática estiver normal. Se a condição do rim fôr muito má (depuração da creatinina <
10 ml/min), a dose diária de ceftriaxone não deve exceder 2 g em doentes adultos.
-Pessoas com problemas no fígado não necessitam de reduzir a dose, a não ser quetenham problemas de rins.

-Na insuficiência renal e hepática graves em simultâneo as concentrações de ceftriaxonano sangue devem ser monitorizadas regularmente e a posologia ajustadaapropriadamente para crianças e adultos.
-Se estiver a fazer diálise, o médico irá efectuar testes para se assegurar de que está autilizar a dose correcta.
-Borreliose de Lyme: crianças e adultos ? 50 mg/kg até um máximo de 2 g, uma vez pordia, durante 14 dias.
-Gonorreia (estirpes produtoras e não produtoras de penicilase): para o tratamento dagonorreia, recomenda-se um dose única de 250 mg de Ceftriaxona por via IM.
-Infecções do ouvido (otite média aguda na criança e no lactente): no tratamento dedeterminadas otites médias agudas na criança e no lactente, nomeadamente caso tenhaocorrido falência do tratamento anterior ou na impossibilidade de garantir umtratamento adequado por via oral, recomenda-se a seguinte posologia:
-no caso de falência da terapêutica anterior: 50 mg/kg/dia, durante três dias.
-em alternativa aos tratamentos por via oral: 50 mg/kg numa única injecção.
A falência do tratamento anterior (com duração do tratamento de pelo menos 72 horas),
é definida pela persistência, reaparecimento ou agravamento da sintomatologia ou aindapelo aparecimento de otorreia. Esta situação exige comprovação bacteriológica porparacentese ou por colheita de otorreia. Excepcionalmente no lactente com menos de 30meses e na impossibilidade de assegurar um tratamento adequado por via oral,recomenda-se o tratamento da otite média aguda com Ceftriaxona Labesfal, comoterapêutica de primeira linha, especialmente em caso de otite média aguda que sesuspeite ser devida a pneumococos, nas regiões de forte prevalência de resistência dopneumococo à penicilina.

Volume de solução de ceftriaxona a injectar por via intramuscular (IM), em função dopeso da criança, para uma dose de 50 mg/kg/dia (frasco para injectáveis de 500 mg):

Volume a injectar para uma dose de
Peso da criança ou do lactente
50 mg/kg/dia
Frasco para injectáveis de 500 mg
5 kg
1,0 ml
6 kg
1,2 ml
7 kg
1,4 ml
8 kg
1,6 ml
9 kg
1,8 ml
10 kg
2,0 ml

A ceftriaxona é normalmente administrada uma vez por dia.
-A duração do tratamento é normalmente de, pelo menos, 2 dias, consoante anormalização da temperatura corporal.
-O tratamento pode continuar durante um total de 7 a 14 dias.
Se o doente é uma criança com menos de 2 anos de idade ou uma mulher grávida ou aamamentar, a ceftriaxona deve ser apenas administrada por injecção lenta numa veia.

Se utilizar mais Ceftriaxona Labesfal do que deveria

Se tiver sido utilizada demasiada Ceftriaxone do que o que deveria ser, fale com o seumédico directamente ou dirija-se ao serviço de urgências do hospital mais próximo.
Leve o medicamento consigo, dentro da caixa, de forma que o pessoal médico saibaexactamente o que foi utilizado.

Se parar de utilizar Ceftriaxona Labesfal

É importante que este medicamento seja utilizado da forma prescrita, não devendo serinterrompido apenas porque se sente bem novamente. Se o tratamento for interrompidodemasiado cedo, a infecção pode voltar novamente.

Fale com o seu médico, se não se sentir bem no final do tratamento prescrito, oumesmo, se se sentir pior durante o tratamento.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médicoou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS

Como todos os medicamentos, Ceftriaxona Labesfal pode causar efeitos secundários, noentanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Se algum dos seguintes efeitos secundários graves ocorrer, pare de utilizar estemedicamento e informe o seu médico de imediato ou dirija-se ao serviço de urgênciasdo hospital mais próximo.

-Os seguintes efeitos secundários são raros (afectam menos de 1 em 1.000 pessoas).
Reacções alérgicas, tais como asma súbita e dificuldade em respirar, inchaço daspálpebras, face ou lábios, erupções da pele graves que podem formar vesículas e podemenvolver os olhos, boca e garganta e órgãos genitais, perda de consciência (desmaios).

-Os seguintes efeitos secundários são muito raros (afectam menos de 1 em 10.000pessoas).
Diarreia grave, durante um período prolongado ou com sangue, com dor de estômagoou febre. Esta situação pode ser um sinal de uma inflamação grave no intestino
(denominada por ?colite pseudomembranosa?). A qual pode ocorrer após aadministração de antibióticos.

Efeitos secundários muito frequentes (afectam mais de 1 em 10 pessoas):
-Pedras na vesícula em crianças.

Efeitos secundários frequentes (afectam menos de 1 em 10 pessoas):
-Reacções alérgicas (erupções na pele, comichão, urticária, inchaço da pele earticulações).
-Alterações dos testes do sangue que verificam a forma como o seu fígado está afuncionar.
-Dor e rigidez quando injectado num músculo.
-Dor e vermelhidão quando injectado numa veia.

Efeitos secundários pouco frequentes (afectam menos de 1 em 100 pessoas)
-Náuseas, vómitos, dor de estômago, diarreia.
-Aftas, inflamação da língua, perda de apetite.
-Dor de cabeça, tonturas.
-Infecções: Estando a efectuar um tratamento com ceftriaxona pode temporariamenteaumentar a possibilidade de adquirir infecções causadas por outros microrganismos. Porexemplo, podem ocorrer aftas.
-Problemas nos rins: alterações da função renal e produção de urina reduzida.

Efeitos secundários raros (afectam menos de 1 em 1.000 pessoas)
-Pancreatite.
-Pedras na vesícula em adultos.
-Redução dos números de glóbulos broncos (algumas vezes graves com riscoaumentado de infecção grave).
-Pedras nos rins em crianças.
-Alteração de parâmetros sanguíneos laboratoriais (aumento da creatinina sérica) eoligúria (urinar pouco).

Efeitos secundários muito raros (afectam menos de 1 em 10.000 pessoas)
-Células sanguíneas reduzidas ou danificadas (aumento da possibilidade dehemorragias, nódoas negras ou infecções).
-Tipo de anemia que pode ser grave e é causada por falta de glóbulos vermelhos. Se, poralgum motivo, tiver de efectuar análises ao sangue, informe a pessoa que estiver arecolher a amostra de sangue de que se encontra a utilizar este medicamento, uma vezque este pode afectar os resultados.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundáriosnão mencionados neste folheto, informe o seu médico, enfermeiro ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR CEFTRIAXONA LABESFAL

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Ceftriaxona Labesfal após o prazo de validade impresso no rótulo do frascoou na embalagem exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mêsindicado.

Conservar a temperatura inferior a 25ºC.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.

O conteúdo dos frascos, uma vez abertos, deve ser usado de imediato.
As soluções devem ser usadas de imediato após a sua reconstituição. Apenas devem serusadas soluções límpidas.

Quaisquer soluções para injecção ou perfusão não usadas devem ser eliminadas.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Ceftriaxona Labesfal

-A substância activa é a ceftriaxona na forma de sal dissódico.
Um frasco para injectáveis contém substância seca equivalente a 500 mg, 1000 mg ou
2000 mg de ceftriaxona.

-Os outros componentes são:

A ampola de solvente para injecção intramuscular (injecção num músculo) contémsolução de cloridrato de lidocaína a 1% em água para preparações injectáveis.
A ampola de solvente para injecção intravenosa (injecção numa veia) contém água parapreparações injectáveis.

Ceftriaxona Labesfal 2000 mg Pó para Solução para Perfusão
Não contém outros componentes.

Qual o aspecto de Ceftriaxona Labesfal e conteúdo da embalagem

Ceftriaxona Labesfal: pó e solvente para solução injectável ou pó para solução paraperfusão.
Ceftriaxona Labesfal é um pó cristalino branco a amarelado. As soluções prontas a usarsão amarelo pálido a âmbar.

Embalagens para injecção intravenosa (IV):
-Ceftriaxona Labesfal 500 mg Pó e Solvente para Solução Injectável (IV)
1, 2, 4 ou 50 unidades de frascos para injectáveis com substância activa seca equivalentea 500 mg de ceftriaxona + 1, 2, 4 ou 50 ampolas de solvente (5 ml de água parapreparações injectáveis).
-Ceftriaxona Labesfal 1000 mg Pó e Solvente para Solução Injectável (IV)
1, 2, 4 ou 50 unidades de frascos para injectáveis com substância activa seca equivalentea 1000 mg de ceftriaxona + 1, 2, 4 ou 50 ampolas de solvente (10 ml de água parainjectáveis).
As embalagens de 50 unidades são embalagens hospitalares.

Embalagens para injecção intramuscular (IM):
-Ceftriaxona Labesfal 500 mg Pó e Solvente para Solução Injectável (IM)
1, 2 ou 4 unidades de frascos para injectáveis com substância activa seca equivalente a
500 mg de ceftriaxona + 1, 2 ou 4 ampolas de solvente (2 ml de solução de cloridrato delidocaína a 1%).
-Ceftriaxona Labesfal 1000 mg Pó e Solvente para Solução Injectável (IM)

1, 2, 4 ou 10 unidades de frascos para injectáveis com substância activa seca equivalentea 1000 mg de ceftriaxona + 1, 2, 4 ou 10 ampolas de solvente (3,5 ml de solução decloridrato de lidocaína a 1%).
As embalagens de 10 unidades são embalagens hospitalares.

Embalagens para perfusão (IV):
-Ceftriaxona Labesfal 2000 mg Pó para Solução para Perfusão
1, 2 ou 4 unidades de frascos para injectáveis com substância activa seca equivalente a
2000 mg de ceftriaxona.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

LABESFAL ? Laboratório Almiro S.A.
Zona Industrial do Lagedo
3465-157 Santiago de Besteiros
Portugal

Este folheto foi aprovado pela última vez em

A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais doscuidados de saúde:

Modo e via de administração de Ceftriaxona Labesfal pó e solvente para soluçãoinjectável ou pó para solução para perfusão
Ceftriaxona Labesfal é injectado numa veia (administração intravenosa); no entanto,também pode ser injectado num músculo (administração intramuscular).

Injecção intravenosa (injecção numa veia)
Para a preparação da injecção IV, Ceftriaxona Labesfal 500 mg deve ser dissolvido como conteúdo da ampola que acompanha o frasco para injectáveis – 5 ml de água estérilpara preparações injectáveis; Ceftriaxona Labesfal 1000 mg deve ser dissolvido com oconteúdo da ampola que acompanha o frasco para injectáveis – 10 ml de água estérilpara preparações injectáveis.
A duração da injecção é de 2 a 4 minutos.

Perfusão intravenosa (perfusão numa veia)
Para a administração intravenosa por perfusão IV, Ceftriaxona Labesfal 2000 mg deveser dissolvido em 40 ml de uma das seguintes soluções de perfusão, sem cálcio: cloretode sódio 0,9%, cloreto de sódio 0,45% + dextrose 2,5%, dextrose 5%, dextrose 10%,dextrano 6% em dextrose 5%, hidroxietilamido 6-10%, água para preparaçõesinjectáveis.

As soluções de Ceftriaxona Labesfal não devem ser misturadas com soluções contendooutros antibióticos ou soluções que não sejam as acima mencionadas, devido àpossibilidade de incompatibilidade.

A perfusão deve ser administrada durante, pelo menos, 30 minutos

Injecção intramuscular (injecção num músculo)
Para a preparação da injecção IM, Ceftriaxona Labesfal 500 mg deve ser dissolvido como conteúdo da ampola que acompanha o frasco para injectáveis – 2 ml de solução decloridrato de lidocaína a 1%; Ceftriaxona Labesfal 1000 mg deve ser dissolvido naampola que acompanha o frasco para injectáveis – 3,5 ml de cloridrato de lidocaína a
1%.
Após reconstituição da solução, esta deve ser injectada num músculo largo.
Não mais do que 1 g de ceftriaxona deve ser administrada no mesmo local do corpo. Adose máxima diária por administração intramuscular não deve exceder 2 g.
A ceftriaxona não deve ser misturada na mesma seringa com qualquer outromedicamento que não solução de cloridrato de lidocaína a 1% p/v (apenas para injecçãointramuscular).

Soluções de lidocaína não devem ser administradas por via intravenosa.
(Por favor, considere as informações do fabricante sobre os riscos da lidocaínacloridrato nos documentos de informação relevantes dos respectivos preparados delidocaína utilizados).

O tratamento com uma injecção num músculo é apenas justificado em casosexcepcionais e após uma cuidadosa avaliação risco/benefício. Ver também secção 2:
?Tome especial cuidado com Ceftriaxona Labesfal?.
Para outras vias de administração estão disponíveis outras dosagens de Ceftriaxona
Labesfal.

Não é aconselhável a administração intramuscular de ceftriaxona em recém-nascidos,nem a crianças com menos de 2 anos de idade.

Miscibilidade
Como princípio, as soluções de ceftriaxona devem ser sempre administradasseparadamente a partir de outras soluções para perfusão.
As soluções de ceftriaxona não devem ser misturadas com soluções contendo cálcio, emquaisquer circunstâncias.

Intolerâncias químicas principais
Ceftriaxona Labesfal nunca deve ser misturado com qualquer uma das seguintessoluções:
-Soluções contendo cálcio, tais como as soluções de Hartmann e Ringer.
-Aminoglicosídeos (quando administrados concomitantemente, estas preparaçõesdevem ser administradas em separado)
-Ceftriaxona Labesfal não deve ser administrado na mesma seringa, assim como outrosantibióticos ou outros agentes bactericidas.
-A intolerância química da ceftriaxona foi também descrita com amsacrina (agenteantitumoral), vancomicina (antibiótico) e fluconazol (fungicida).

Categorias
Ceftriaxona Lidocaína

Ceftriaxona Labesfal 500 mg Pó e Solvente para Solução Injectável (IV) Ceftriaxona bula do medicamento

Neste folheto:
1. O que é Ceftriaxona Labesfal e para que é utilizada
2. Antes de utilizar Ceftriaxona Labesfal
3. Como utilizar Ceftriaxona Labesfal
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Ceftriaxona Labesfal
6. Outras informações


FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR

Ceftriaxona Labesfal 500 mg/5 ml Pó e Solvente para Solução Injectável (IV)
Ceftriaxona Labesfal 1000 mg/10 ml Pó e Solvente para Solução Injectável (IV)
Ceftriaxona Labesfal 500 mg/2 ml Pó e Solvente para Solução Injectável (IM)
Ceftriaxona Labesfal 1000 mg/3,5 ml Pó e Solvente para Solução Injectável (IM)
Ceftriaxona Labesfal 2000 mg Pó para Solução para Perfusão

Ceftriaxona

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
-Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
-Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento podeser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
-Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitossecundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

Neste folheto:

1. O QUE É CEFTRIAXONA LABESFAL E PARA QUE É UTILIZADA

Ceftriaxona é um antibiótico. Pertence ao grupo de antibióticos denominadoscefalosporinas. Este tipo de antibióticos é similar à penicilina.
Como todos os antibióticos, ceftriaxona é apenas eficaz contra alguns tipos de bactérias.
Desta forma, este é apenas adequado para tratar alguns tipos de infecções.

A ceftriaxona pode ser usada para tratar:
-Sépsis;
-Infecção das meninges (meningite);
-Borreliose de Lyme disseminada (etapas inicial e tardia da doença)
-Infecções abdominais (peritonite, infecções das vias biliares e do tractogastrointestinal);
-Infecções dos ossos, articulações, tecidos moles, pele e feridas;
-Infecções em doentes cujas defesas imunitárias estão reduzidas;
-Infecções renais e das vias urinárias;
-Infecções das vias respiratórias, particularmente pneumonias, e infecções do ouvido,nariz e garganta;
-Infecções genitais, incluindo gonorreia.

2. ANTES DE UTILIZAR CEFTRIAXONA LABESFAL

Não utilize Ceftriaxona Labesfal

-Se tem alergia (hipersensibilidade) à ceftriaxona ou a qualquer outro componente de
Ceftriaxona Labesfal
-Se tem alergia (hipersensibilidade) a qualquer outro tipo de antibiótico da classe dascefalosporinas.
-Se tiver alguma vez sofrido de reacções alérgicas graves a qualquer penicilina – ou aoutro antibiótico beta-lactâmico, dado que também pode ser alérgico a estemedicamento.

-Ceftriaxona Labesfal não deve ser administrada a recém-nascidos com icterícia
(hiperbilirrubinémia) ou recém-nascidos prematuros, uma vez que a utilização deceftriaxona, a substância activa de Ceftriaxona Labesfal pode desencadear complicaçõescom possível dano cerebral nestes doentes.

-Ceftriaxona Labesfal não deve ser usada por injecção intramuscular:
-em crianças com idade inferior a 2 anos de idade;
-durante a gravidez e aleitamento.

-Ceftriaxona Labesfal não deve ser usada em associação a tratamento com cálcio,devido ao risco de precipitação do sal ceftriaxona-cálcio em recém-nascidos.

As soluções de lidocaína, para administração intramuscular, não devem ser utilizadas nocaso de perturbações na condução cardíaca ou em caso de insuficiência cardíaca agudadescompensada.

Se tiver dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Tome especial cuidado com Ceftriaxona Labesfal

-Se alguma vez tiver tido uma reacção alérgica a qualquer antibiótico, informe o seumédico ou farmacêutico antes de utilizar este medicamento.
-Se alguma vez tiver tido outros tipos de reacção alérgica ou asma. Reacções dehipersensibilidade contra a ceftriaxona tendem a ocorrer mais frequentemente empessoas com uma tendência para qualquer reacção alérgica e podem ocorrer em todos osgraus de gravidade até a choque anafiláctico.
-Se alguma vez o tiverem informado que os seus rins e/ou fígado não funcionam bem.
-Se alguma vez tiver tido pedras na vesícula ou rins, ou se estiver a ser alimentado porvia intravenosa.
-Se alguma vez tiver tido inflamação do seu intestino, chamada colite, ou qualquer outradoença grave que tivesse afectado o seu intestino.
-Os estudos efectuados mostram que a ceftriaxona, tal como outras cefalosporinas, podedeslocar a bilirrubina da sua ligação à albumina sérica. Deve portanto, ter-se cuidadoquando se considera o tratamento com Ceftriaxona Labesfal em recém-nascidos comhiperbilirrubinemia. Ceftriaxona Labesfal não deve ser administrada a recém-nascidos
(especialmente prematuros) em risco de desenvolverem encefalopatia bilirrubinémica.
Em tratamento prolongado devem ser realizadas análises sanguíneas periodicamente.
-Este medicamento pode alterar os resultados de algumas análises sanguíneas (tal comoo teste de Coombs). É importante informar o seu médico que está a utilizar este

medicamento, se tiver de efectuar qualquer um destes testes. Este medicamento podetambém alterar os resultados de testes na urina não-enzimáticos para o açúcar. Se tiverdiabetes e testar a sua urina por rotina, informe o seu médico. Podem ter de serutilizados outros testes para monitorizar a sua diabetes, enquanto tiver a utilizar estemedicamento.

Ao utilizar Ceftriaxona Labesfal com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentementeoutros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.

Este medicamento pode ser afectado por outros medicamentos que são removidos pelosrins. Esta situação aplica-se, em especial, se estes outros medicamentos afectaremtambém o bom funcionamento dos rins.

Existem vários medicamentos que podem provocar este efeito, pelo que deve consultaro seu médico ou farmacêutico antes de utilizar este medicamento.

Em particular, informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a utilizar:
-Outros antibióticos para tratar infecções, nomeadamente aminoglicosídeos.
-Pílulas orais contraceptivas. É aconselhável utilizar medidas contraceptivas não-
hormonais suplementares.
-Outras substâncias activas, tal como Probenecida.

Gravidez e aleitamento

-Está grávida, ou pensa que pode estar grávida? Embora este medicamento não tenhademonstrado causar danos a crianças ainda não nascidas, só deve ser administrado auma mulher grávida se for realmente necessário.
-Está a amamentar? Este medicamento não deve ser administrado a mulheres queestejam a amamentar. Esta situação é devida a pequenas quantidades deste passarempara o leite e, como tal, para o lactente.
-Na gravidez a administração intramuscular está contra-indicada quando usado emassociação com lidocaína.

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de utilizar Ceftriaxona Labesfal.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Quando estiver a utilizar este medicamento pode ter tonturas. Este efeito pode afectar asua capacidade de conduzir ou utilizar máquinas. Se isto acontecer, não conduza ouutilize máquinas.

Informações importantes sobre alguns componentes de Ceftriaxona Labesfal

Ceftriaxona Labesfal contém aproximadamente 83 mg (3,6 mEq) de sódio por grama deceftriaxona. Esta informação deve ser tida em consideração em doentes com ingestãocontrolada de sódio.

3. COMO UTILIZAR CEFTRIAXONA LABESFAL

Utilizar Ceftriaxona Labesfal sempre de acordo com as indicações do médico. Fale como seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Ceftriaxona é normalmente administrada por um médico ou enfermeiro:
-É administrado na forma de uma injecção.
-A injecção é administrada na forma de uma injecção lenta numa veia ou uma injecçãoprofunda num músculo largo.

A dose que o seu médico lhe dá depende do tipo de infecção e da gravidade da infecção.
Também depende do seu peso e da forma como os seus rins estiverem a trabalhar. O seumédico irá explicar-lhe esta situação.

A dose habitual é:

Adultos, pessoas mais idosas e crianças com 12 anos e com mais de 50 kg de peso:
-1 a 2 g diariamente.
-Em infecções graves, a dose pode ser aumentada para 4 g diários, injectadas numa veia.

Recém-nascidos (até 14 dias de idade):
-20-50 mg por cada kg de peso corporal uma vez por dia, injectado numa veia.
-Não devem administradas mais do que 50 mg por kg, mesmo em infecções graves.

Crianças com idade entre os 15 dias e os 12 anos de idade:
-20-80 mg por cada kg de peso corporal por dia, injectado numa veia.
-Não devem ser administradas mais do que 80 mg por kg, mesmo em infecções graves –
excepto na meningite.

Informações especiais sobre a posologia:

-Para a infecção das meninges (meningite) são administradas inicialmente 100 mg porkg diariamente (mas não mais do que 4 g diários). Em recém-nascidos, não devem seradministradas mais do que 50 mg/kg. A seguinte duração do tratamento mostrou sereficaz:

Neisseria meningitidis 4 dias
Haemophilus influenzae 6 dias
Streptococcus pneumoniae
7 dias

-Quando a administração é efectuada antes de uma operação, a dose diária normal éadministrada 30-90 minutos antes da operação. Normalmente, apenas é administradauma dose.
-Para pessoas com problemas de rins, a dose não necessita de ser reduzida, se a funçãohepática estiver normal. Se a condição do rim fôr muito má (depuração da creatinina <
10 ml/min), a dose diária de ceftriaxone não deve exceder 2 g em doentes adultos.
-Pessoas com problemas no fígado não necessitam de reduzir a dose, a não ser quetenham problemas de rins.

-Na insuficiência renal e hepática graves em simultâneo as concentrações de ceftriaxonano sangue devem ser monitorizadas regularmente e a posologia ajustadaapropriadamente para crianças e adultos.
-Se estiver a fazer diálise, o médico irá efectuar testes para se assegurar de que está autilizar a dose correcta.
-Borreliose de Lyme: crianças e adultos ? 50 mg/kg até um máximo de 2 g, uma vez pordia, durante 14 dias.
-Gonorreia (estirpes produtoras e não produtoras de penicilase): para o tratamento dagonorreia, recomenda-se um dose única de 250 mg de Ceftriaxona por via IM.
-Infecções do ouvido (otite média aguda na criança e no lactente): no tratamento dedeterminadas otites médias agudas na criança e no lactente, nomeadamente caso tenhaocorrido falência do tratamento anterior ou na impossibilidade de garantir umtratamento adequado por via oral, recomenda-se a seguinte posologia:
-no caso de falência da terapêutica anterior: 50 mg/kg/dia, durante três dias.
-em alternativa aos tratamentos por via oral: 50 mg/kg numa única injecção.
A falência do tratamento anterior (com duração do tratamento de pelo menos 72 horas),
é definida pela persistência, reaparecimento ou agravamento da sintomatologia ou aindapelo aparecimento de otorreia. Esta situação exige comprovação bacteriológica porparacentese ou por colheita de otorreia. Excepcionalmente no lactente com menos de 30meses e na impossibilidade de assegurar um tratamento adequado por via oral,recomenda-se o tratamento da otite média aguda com Ceftriaxona Labesfal, comoterapêutica de primeira linha, especialmente em caso de otite média aguda que sesuspeite ser devida a pneumococos, nas regiões de forte prevalência de resistência dopneumococo à penicilina.

Volume de solução de ceftriaxona a injectar por via intramuscular (IM), em função dopeso da criança, para uma dose de 50 mg/kg/dia (frasco para injectáveis de 500 mg):

Volume a injectar para uma dose de
Peso da criança ou do lactente
50 mg/kg/dia
Frasco para injectáveis de 500 mg
5 kg
1,0 ml
6 kg
1,2 ml
7 kg
1,4 ml
8 kg
1,6 ml
9 kg
1,8 ml
10 kg
2,0 ml

A ceftriaxona é normalmente administrada uma vez por dia.
-A duração do tratamento é normalmente de, pelo menos, 2 dias, consoante anormalização da temperatura corporal.
-O tratamento pode continuar durante um total de 7 a 14 dias.
Se o doente é uma criança com menos de 2 anos de idade ou uma mulher grávida ou aamamentar, a ceftriaxona deve ser apenas administrada por injecção lenta numa veia.

Se utilizar mais Ceftriaxona Labesfal do que deveria

Se tiver sido utilizada demasiada Ceftriaxone do que o que deveria ser, fale com o seumédico directamente ou dirija-se ao serviço de urgências do hospital mais próximo.
Leve o medicamento consigo, dentro da caixa, de forma que o pessoal médico saibaexactamente o que foi utilizado.

Se parar de utilizar Ceftriaxona Labesfal

É importante que este medicamento seja utilizado da forma prescrita, não devendo serinterrompido apenas porque se sente bem novamente. Se o tratamento for interrompidodemasiado cedo, a infecção pode voltar novamente.

Fale com o seu médico, se não se sentir bem no final do tratamento prescrito, oumesmo, se se sentir pior durante o tratamento.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médicoou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSIVEIS

Como todos os medicamentos, Ceftriaxona Labesfal pode causar efeitos secundários, noentanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Se algum dos seguintes efeitos secundários graves ocorrer, pare de utilizar estemedicamento e informe o seu médico de imediato ou dirija-se ao serviço de urgênciasdo hospital mais próximo.

-Os seguintes efeitos secundários são raros (afectam menos de 1 em 1.000 pessoas).
Reacções alérgicas, tais como asma súbita e dificuldade em respirar, inchaço daspálpebras, face ou lábios, erupções da pele graves que podem formar vesículas e podemenvolver os olhos, boca e garganta e órgãos genitais, perda de consciência (desmaios).

-Os seguintes efeitos secundários são muito raros (afectam menos de 1 em 10.000pessoas).
Diarreia grave, durante um período prolongado ou com sangue, com dor de estômagoou febre. Esta situação pode ser um sinal de uma inflamação grave no intestino
(denominada por ?colite pseudomembranosa?). A qual pode ocorrer após aadministração de antibióticos.

Efeitos secundários muito frequentes (afectam mais de 1 em 10 pessoas):
-Pedras na vesícula em crianças.

Efeitos secundários frequentes (afectam menos de 1 em 10 pessoas):
-Reacções alérgicas (erupções na pele, comichão, urticária, inchaço da pele earticulações).
-Alterações dos testes do sangue que verificam a forma como o seu fígado está afuncionar.
-Dor e rigidez quando injectado num músculo.
-Dor e vermelhidão quando injectado numa veia.

Efeitos secundários pouco frequentes (afectam menos de 1 em 100 pessoas)
-Náuseas, vómitos, dor de estômago, diarreia.
-Aftas, inflamação da língua, perda de apetite.
-Dor de cabeça, tonturas.
-Infecções: Estando a efectuar um tratamento com ceftriaxona pode temporariamenteaumentar a possibilidade de adquirir infecções causadas por outros microrganismos. Porexemplo, podem ocorrer aftas.
-Problemas nos rins: alterações da função renal e produção de urina reduzida.

Efeitos secundários raros (afectam menos de 1 em 1.000 pessoas)
-Pancreatite.
-Pedras na vesícula em adultos.
-Redução dos números de glóbulos broncos (algumas vezes graves com riscoaumentado de infecção grave).
-Pedras nos rins em crianças.
-Alteração de parâmetros sanguíneos laboratoriais (aumento da creatinina sérica) eoligúria (urinar pouco).

Efeitos secundários muito raros (afectam menos de 1 em 10.000 pessoas)
-Células sanguíneas reduzidas ou danificadas (aumento da possibilidade dehemorragias, nódoas negras ou infecções).
-Tipo de anemia que pode ser grave e é causada por falta de glóbulos vermelhos. Se, poralgum motivo, tiver de efectuar análises ao sangue, informe a pessoa que estiver arecolher a amostra de sangue de que se encontra a utilizar este medicamento, uma vezque este pode afectar os resultados.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundáriosnão mencionados neste folheto, informe o seu médico, enfermeiro ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR CEFTRIAXONA LABESFAL

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Ceftriaxona Labesfal após o prazo de validade impresso no rótulo do frascoou na embalagem exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mêsindicado.

Conservar a temperatura inferior a 25ºC.
Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.

O conteúdo dos frascos, uma vez abertos, deve ser usado de imediato.
As soluções devem ser usadas de imediato após a sua reconstituição. Apenas devem serusadas soluções límpidas.

Quaisquer soluções para injecção ou perfusão não usadas devem ser eliminadas.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Ceftriaxona Labesfal

-A substância activa é a ceftriaxona na forma de sal dissódico.
Um frasco para injectáveis contém substância seca equivalente a 500 mg, 1000 mg ou
2000 mg de ceftriaxona.

-Os outros componentes são:

A ampola de solvente para injecção intramuscular (injecção num músculo) contémsolução de cloridrato de lidocaína a 1% em água para preparações injectáveis.
A ampola de solvente para injecção intravenosa (injecção numa veia) contém água parapreparações injectáveis.

Ceftriaxona Labesfal 2000 mg Pó para Solução para Perfusão
Não contém outros componentes.

Qual o aspecto de Ceftriaxona Labesfal e conteúdo da embalagem

Ceftriaxona Labesfal: pó e solvente para solução injectável ou pó para solução paraperfusão.
Ceftriaxona Labesfal é um pó cristalino branco a amarelado. As soluções prontas a usarsão amarelo pálido a âmbar.

Embalagens para injecção intravenosa (IV):
-Ceftriaxona Labesfal 500 mg Pó e Solvente para Solução Injectável (IV)
1, 2, 4 ou 50 unidades de frascos para injectáveis com substância activa seca equivalentea 500 mg de ceftriaxona + 1, 2, 4 ou 50 ampolas de solvente (5 ml de água parapreparações injectáveis).
-Ceftriaxona Labesfal 1000 mg Pó e Solvente para Solução Injectável (IV)
1, 2, 4 ou 50 unidades de frascos para injectáveis com substância activa seca equivalentea 1000 mg de ceftriaxona + 1, 2, 4 ou 50 ampolas de solvente (10 ml de água parainjectáveis).
As embalagens de 50 unidades são embalagens hospitalares.

Embalagens para injecção intramuscular (IM):
-Ceftriaxona Labesfal 500 mg Pó e Solvente para Solução Injectável (IM)
1, 2 ou 4 unidades de frascos para injectáveis com substância activa seca equivalente a
500 mg de ceftriaxona + 1, 2 ou 4 ampolas de solvente (2 ml de solução de cloridrato delidocaína a 1%).
-Ceftriaxona Labesfal 1000 mg Pó e Solvente para Solução Injectável (IM)

1, 2, 4 ou 10 unidades de frascos para injectáveis com substância activa seca equivalentea 1000 mg de ceftriaxona + 1, 2, 4 ou 10 ampolas de solvente (3,5 ml de solução decloridrato de lidocaína a 1%).
As embalagens de 10 unidades são embalagens hospitalares.

Embalagens para perfusão (IV):
-Ceftriaxona Labesfal 2000 mg Pó para Solução para Perfusão
1, 2 ou 4 unidades de frascos para injectáveis com substância activa seca equivalente a
2000 mg de ceftriaxona.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

LABESFAL ? Laboratório Almiro S.A.
Zona Industrial do Lagedo
3465-157 Santiago de Besteiros
Portugal

Este folheto foi aprovado pela última vez em

A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais doscuidados de saúde:

Modo e via de administração de Ceftriaxona Labesfal pó e solvente para soluçãoinjectável ou pó para solução para perfusão
Ceftriaxona Labesfal é injectado numa veia (administração intravenosa); no entanto,também pode ser injectado num músculo (administração intramuscular).

Injecção intravenosa (injecção numa veia)
Para a preparação da injecção IV, Ceftriaxona Labesfal 500 mg deve ser dissolvido como conteúdo da ampola que acompanha o frasco para injectáveis – 5 ml de água estérilpara preparações injectáveis; Ceftriaxona Labesfal 1000 mg deve ser dissolvido com oconteúdo da ampola que acompanha o frasco para injectáveis – 10 ml de água estérilpara preparações injectáveis.
A duração da injecção é de 2 a 4 minutos.

Perfusão intravenosa (perfusão numa veia)
Para a administração intravenosa por perfusão IV, Ceftriaxona Labesfal 2000 mg deveser dissolvido em 40 ml de uma das seguintes soluções de perfusão, sem cálcio: cloretode sódio 0,9%, cloreto de sódio 0,45% + dextrose 2,5%, dextrose 5%, dextrose 10%,dextrano 6% em dextrose 5%, hidroxietilamido 6-10%, água para preparaçõesinjectáveis.

As soluções de Ceftriaxona Labesfal não devem ser misturadas com soluções contendooutros antibióticos ou soluções que não sejam as acima mencionadas, devido àpossibilidade de incompatibilidade.

A perfusão deve ser administrada durante, pelo menos, 30 minutos

Injecção intramuscular (injecção num músculo)
Para a preparação da injecção IM, Ceftriaxona Labesfal 500 mg deve ser dissolvido como conteúdo da ampola que acompanha o frasco para injectáveis – 2 ml de solução decloridrato de lidocaína a 1%; Ceftriaxona Labesfal 1000 mg deve ser dissolvido naampola que acompanha o frasco para injectáveis – 3,5 ml de cloridrato de lidocaína a
1%.
Após reconstituição da solução, esta deve ser injectada num músculo largo.
Não mais do que 1 g de ceftriaxona deve ser administrada no mesmo local do corpo. Adose máxima diária por administração intramuscular não deve exceder 2 g.
A ceftriaxona não deve ser misturada na mesma seringa com qualquer outromedicamento que não solução de cloridrato de lidocaína a 1% p/v (apenas para injecçãointramuscular).

Soluções de lidocaína não devem ser administradas por via intravenosa.
(Por favor, considere as informações do fabricante sobre os riscos da lidocaínacloridrato nos documentos de informação relevantes dos respectivos preparados delidocaína utilizados).

O tratamento com uma injecção num músculo é apenas justificado em casosexcepcionais e após uma cuidadosa avaliação risco/benefício. Ver também secção 2:
?Tome especial cuidado com Ceftriaxona Labesfal?.
Para outras vias de administração estão disponíveis outras dosagens de Ceftriaxona
Labesfal.

Não é aconselhável a administração intramuscular de ceftriaxona em recém-nascidos,nem a crianças com menos de 2 anos de idade.

Miscibilidade
Como princípio, as soluções de ceftriaxona devem ser sempre administradasseparadamente a partir de outras soluções para perfusão.
As soluções de ceftriaxona não devem ser misturadas com soluções contendo cálcio, emquaisquer circunstâncias.

Intolerâncias químicas principais
Ceftriaxona Labesfal nunca deve ser misturado com qualquer uma das seguintessoluções:
-Soluções contendo cálcio, tais como as soluções de Hartmann e Ringer.
-Aminoglicosídeos (quando administrados concomitantemente, estas preparaçõesdevem ser administradas em separado)
-Ceftriaxona Labesfal não deve ser administrado na mesma seringa, assim como outrosantibióticos ou outros agentes bactericidas.
-A intolerância química da ceftriaxona foi também descrita com amsacrina (agenteantitumoral), vancomicina (antibiótico) e fluconazol (fungicida).

Categorias
Antineoplásicos Irinotecano

Campto bula do medicamento

Neste folheto:
1. O que é CAMPTO e para que é utilizado
2. Antes de utilizar CAMPTO
3. Como utilizar CAMPTO
4. Efeitos secundários CAMPTO
5. Como conservar CAMPTO
6. Outras informações

CAMPTO 20 mg/ml Concentrado para solução para perfusão
Cloridrato de irinotecano tri-hidratado

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
– Caso ainda tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
– Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
– Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1.O que é CAMPTO e para que é utilizado
CAMPTO está indicado no tratamento de doentes com carcinoma colorectal avançado:

em associação com 5-fluorouracilo e ácido folínico em doentes sem quimioterapia anterior para doença avançada; em monoterapia em doentes que não responderam a um regime de tratamento estabelecido com 5- fluorouracilo.
CAMPTO está indicado no tratamento de doentes com carcinoma colorectal metastático com expressão dos receptores para o factor de crescimento epidérmico (EGFR), em associação com o cetuximab, após falência da terapêutica citotóxica incluindo irinotecano.

CAMPTO está indicado no tratamento de primeira linha de doentes com carcinoma do cólon ou do recto metastático, em associação com 5-fluorouracilo, ácido folínico e bevacizumab.

CAMPTO é um medicamento antineoplásico que actua por inibição de uma enzima específica do ADN, a topoisomerase I. Ao inibir a actividade desta enzima numa determinada fase do ciclo celular, a sequência de replicação do ADN é interrompida. Esta actividade citotóxica é dependente do tempo de contacto com as células.

2.Antes de utilizar CAMPTO
Não utilize CAMPTO
-se tem hipersensibilidade (alergia) conhecida ao cloridrato de irinotecano, tri-hidratado, ou a qualquer excipiente de CAMPTO;
-se sofre de doença inflamatória crónica do intestino e/ou obstrução intestinal;
-se está grávida ou a amamentar;
-se os seus valores de bilirrubina forem 3 vezes superiores ao limite superior do intervalo normal;
-se sofre de insuficiência medular grave;
-se o seu nível de desempenho na escala OMS for superior a 2;
-se está a tomar algum medicamento ou extracto de ervas que contenha Hipericão (erva de S. João).
Para informações adicionais sobre cetuximab e bavacizumab, consulte os respectivos Folhetos Informativos.

Tome especial cuidado com CAMPTO
A utilização de CAMPTO deve ser restrita a unidades especializadas na administração de quimioterapia citotóxica e só deve ser administrado sob a supervisão de um médico com experiência no uso de quimioterapia antineoplásica. se ocorrer uma situação de diarreia tardia, ou seja, diarreia após as 24 horas que se seguem à administração de CAMPTO e em qualquer altura antes do ciclo seguinte, deverá informar imediatamente o seu médico desta situação e iniciar rapidamente uma terapêutica adequada. Se não for correctamente tratada, a diarreia pode ameaçar a vida, sobretudo em casos de neutropenia concomitante (número reduzido de glóbulos brancos).
Logo que surjam as primeiras fezes líquidas, deve começar a ingerir grandes quantidades de bebidas ricas em electrólitos e iniciar imediatamente uma terapêutica antidiarreica adequada. Este tratamento antidiarreico será prescrito pelo serviço clínico onde CAMPTO foi administrado. Após a alta hospitalar, deve obter a medicação prescrita a fim de tratar a diarreia logo que esta ocorra. Além disso, deverá informar o seu médico ou o serviço clínico que administra CAMPTO quando/se surgir a diarreia.
Recomenda-se a realização semanal de hemograma completo durante o tratamento com CAMPTO. Se a contagem de glóbulos brancos for reduzida (neutropenia) significa que as suas defesas podem estar diminuídas. O aparecimento de febre pode indicar a presença de uma infecção. A neutropenia febril (temperatura =38ºC e contagem de neutrófilos ≤1000/mm3) deve ser objecto de tratamento de urgência em meio hospitalar, através da administração de antibióticos de largo espectro por perfusão intravenosa.
O risco de infecções e de toxicidade hematológica é maior em doentes com diarreia grave. Nestes doentes devem-se realizar hemogramas completos regularmente.
Devem ser efectuados testes de função hepática no início da terapêutica, antes de cada ciclo e sempre que os valores de bilirrubina o justifiquem.
Recomenda-se o tratamento preventivo com um medicamento antiemético (medicamento para evitar os vómitos) antes de cada administração de CAMPTO. Caso tenha vómitos associados a diarreia tardia deverá ser hospitalizado logo que possível.
Caso tenha diarreia precoce e vários outros sintomas, tais como, suor abundante, cólicas abdominais, lacrimejo, perturbações visuais e hipersalivação, deverá contactar de imediato o seu médico que lhe administrará uma terapêutica adequada ao controlo destes sintomas. Se sofre de asma, deverá prestar uma atenção especial ao aparecimento destes sintomas.
As funções biológicas poderão estar diminuídas em doentes idosos, em particular da função hepática.
Neste caso, o ajuste da dose de CAMPTO deverá ser feito com precaução.
Dado que este medicamento contém sorbitol, não é apropriado em caso de intolerância hereditária à frutose (intolerância a determinados açúcares).
Devem ser tomadas medidas contraceptivas durante o tratamento e até três meses após o fim da terapêutica.

Utilizar CAMPTO com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica.

CAMPTO não deverá ser administrado simultaneamente com bloqueadores neuromusculares, medicamentos anticonvulsivantes (por exemplo, carbamazepina, fenobarbital ou fenitoína), indutores ou inibidores do citocromo P4503A4 (por exemplo, cetoconazol e rifampicina, respectivamente). As preparações ervanárias à base de Hipericão (Hypericum perforatum) não devem ser tomadas ao mesmo tempo que o CAMPTO nem no intervalo das administrações, pois podem prejudicar a eficácia do CAMPTO. Se tem estado a tomar um preparado com Hipericão, suspenda esse tratamento e informe o seu médico desse facto.
Não deve ser tomado nenhum tratamento antidiarreico a título preventivo.

Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
CAMPTO não deverá ser utilizado durante a gravidez ou período de aleitamento.
Se está em idade fértil e a fazer tratamento com CAMPTO, não deverá engravidar. Devem ser tomadas medidas contraceptivas durante o tratamento e até três meses após o fim da terapêutica.
Caso ocorra uma gravidez informe imediatamente o seu médico.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Devido à possibilidade de ocorrência de tonturas ou perturbações visuais dentro das 24 horas após a administração de CAMPTO, não deverá conduzir ou utilizar máquinas caso estes sintomas ocorram.

Informações importantes sobre alguns componentes de CAMPTO
CAMPTO não é apropriado em caso de intolerância hereditária à frutose (intolerância a determinados açúcares) porque contém sorbitol. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açúcares, contacte-o antes de tomar este medicamento.

3.Como utilizar CAMPTO
Utilizar CAMPTO sempre de acordo com as instruções do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
CAMPTO é apenas para administração a adultos.
O concentrado para solução para perfusão de CAMPTO deve ser administrado numa veia central ou periférica.

Posologia recomendada
Em monoterapia (para doentes com tratamento anterior):
A dose recomendada de CAMPTO é de 350 mg/m2, administrada por perfusão intravenosa, durante um período de 30 a 90 minutos, de três em três semanas.

Em terapêutica combinada (para doentes sem tratamento anterior):

A segurança e eficácia do CAMPTO em associação com o 5-fluorouracilo (5-FU) e ácido folínico (FA) foram avaliadas com o esquema posológico seguinte:

CAMPTO e 5-FU/FA em administração quinzenal
A dose recomendada de CAMPTO é de 180 mg/m² administrada quinzenalmente por perfusão intravenosa durante um período de 30 a 90 minutos, seguida de perfusão com ácido folínico e com 5- fluorouracilo.

Ajustes posológicos
CAMPTO só deve ser administrado após recuperação adequada de todos os efeitos indesejáveis para o grau 0 ou 1 da escala NCI-CTC (National Cancer Institute Common Toxicity Criteria) e quando a diarreia induzida pelo tratamento estiver completamente resolvida.
No início duma administração subsequente da terapêutica, a dose de CAMPTO, e de 5-FU quando aplicável, devem ser reduzidas de acordo com a severidade dos efeitos secundários observados na perfusão anterior. O tratamento deve ser adiado 1 a 2 semanas a fim de permitir uma recuperação dos acontecimentos adversos relacionados com o tratamento.

Na presença dos seguintes acontecimentos adversos deve reduzir-se em 15 a 20 % a dose de CAMPTO e/ou do 5-FU, quando aplicável: toxicidade hematológica (neutropenia de grau 4, neutropenia febril (neutropenia de grau 3-4 e febre de grau 2-4), trombocitopenia e leucopenia (grau 4)), toxicidade não hematológica (grau 3-4).

Normalmente, a mesma dose de irinotecano é utilizada, tal como administrada nos últimos ciclos do regime anterior contendo irinotecano. O irinotecano não deve ser administrado antes de perfazer uma hora após a perfusão com cetuximab.

Duração do tratamento
O tratamento com CAMPTO deve continuar até haver progressão objectiva da doença ou toxicidade inaceitável.

Populações especiais de doentes
Doentes com Insuficiência Hepática: Em monoterapia: os níveis de bilirrubina no sangue (até 3 vezes o limite superior do intervalo normal (LSN)) em doentes com um nível de desempenho ≤ 2, devem
determinar a dose inicial do CAMPTO. Nestes doentes com hiperbilirrubinémia e tempo de protrombina superior a 50%, a depuração do irinotecano está diminuída e, portanto, o risco de hematotoxicidade está aumentado. Assim devem ser realizadas monitorizações semanais do hemograma nestes doentes.

Em doentes com valores de bilirrubina até 1,5 vezes o limite superior do intervalo normal (LSN), a dose recomendada de CAMPTO é de 350 mg/m²,
Em doentes com valores de bilirrubina entre 1,5 e 3 vezes o LSN, a dose recomendada de CAMPTO é de 200 mg/m²,

Doentes com valores de bilirrubina superiores a 3 vezes o LSN, não devem ser tratados com CAMPTO.
Não se dispõe de dados em doentes com insuficiência hepática tratados com CAMPTO em associação.
Doentes com Insuficiência Renal: Não se recomenda a administração de CAMPTO em doentes com insuficiência renal.

Idosos: A dose deve ser definida cuidadosamente nestes doentes, dada a maior frequência de deterioração das funções biológicas. Estes doentes necessitam de uma vigilância mais atenta (ver “Tome especial cuidado com CAMPTO”).
Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver a impressão que CAMPTO é demasiado forte ou demasiado fraco.

Se utilizar mais CAMPTO do que deveria
Os efeitos indesejáveis mais significativos que se observaram em situações de sobredosagem foram a neutropenia grave (grande redução do número de glóbulos brancos no sangue) e a diarreia grave. Não se conhece nenhum antídoto para o CAMPTO. Devem ser instituídas medidas máximas de suporte para prevenir a desidratação devido à diarreia e para tratar qualquer complicação infecciosa.

Caso seja esquecida uma dose de CAMPTO
Uma vez que este medicamento lhe será administrado sob cuidadosa supervisão médica, é pouco provável que não lhe tenha sido administrada uma dose. No entanto, deverá informar o seu médico ou farmacêutico se pensar que não lhe foi administrada uma dose.

Para informações adicionais sobre a utilização do cetuximab e do bevacizumab, nomeadamente informações sobre a posologia e alterações da dose, consulte o respectivo Folheto Informativo.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4.Efeitos secundários CAMPTO
Como todos os medicamentos, CAMPTO pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Os efeitos secundários detalhados nesta secção referem-se ao CAMPTO. Não existe evidência de que o perfil de segurança do CAMPTO seja influenciado pelo cetuximab ou vice-versa. Quando administrados em simultâneo, os efeitos secundários ocorridos foram os que se esperariam com a utilização de cetuximab (nomeadamente, erupção cutânea acneiforme).
Para informações adicionais sobre os efeitos secundários do cetuximab, consulte o respectivo Folheto Informativo.
Para informações adicionais sobre os efeitos secundários do bevacizumab, consulte o respectivo Folheto Informativo.

Foram registados os seguintes efeitos secundários durante o tratamento com CAMPTO:
•Transpiração abundante, cólicas abdominais, lacrimejo, perturbações visuais, queda da tensão arterial, tonturas, mal-estar, falta de ar, salivação excessiva e diarreia que ocorrem muitas vezes durante ou logo após a administração de CAMPTO (ver “Tome especial cuidado com CAMPTO”);
•Diarreia tardia, neutropenia e febre (ver “Tome especial cuidado com CAMPTO”);
•Náuseas e vómitos (ver “Tome especial cuidado com CAMPTO”);
•Queda do cabelo;
•Alterações dos valores das análises ao sangue;
•Fadiga;
•Outros efeitos menos frequentes ou de importância menor consistem em reacções alérgicas e cutâneas, dores de estômago, cãibras musculares, inflamação das mucosas da boca, inflamação no local da injecção, inflamação intestinal, hemorragia gastrointestinal, obstipação, pneumonia, insuficiência renal e hipertensão;
•Trombose venosa profunda;

A maioria destes efeitos é reversível com a interrupção do tratamento.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. Como conservar CAMPTO
Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Conservar a temperatura inferior a 25ºC e ao abrigo da luz.
Se for detectada qualquer precipitação nos frascos após a reconstituição, o produto deve ser rejeitado e eliminado de acordo com os procedimentos estabelecidos para substâncias citotóxicas.

Não utilize CAMPTO após expirar o prazo de validade indicado na embalagem.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6.Outras informações
Qual a composição de CAMPTO
A substância activa de CAMPTO é o cloridrato de irinotecano tri-hidratado. Cada frasco para injectáveis contém 20 mg/ml de cloridrato de irinotecano tri-hidratado.
Os outros componentes são o sorbitol, ácido láctico, hidróxido de sódio (para ajuste do pH a 3,5), ácido clorídrico (para ajuste do pH a 3,5, apenas para o medicamento acondicionado em frascos de polipropileno) e água para preparações injectáveis.

Qual o aspecto de CAMPTO e conteúdo da embalagem
Embalagens com 1 frasco para injectáveis de vidro de CAMPTO 40 mg/2 ml de concentrado para solução para perfusão.
Embalagens com 1 frasco para injectáveis de vidro de CAMPTO 100 mg/5 ml de concentrado para solução para perfusão.
Embalagens com 1 frasco para injectáveis de polipropileno de CAMPTO 40 mg/2 ml de concentrado para solução para perfusão.
Embalagens com 1 frasco para injectáveis de polipropileno de CAMPTO 100 mg/5 ml de concentrado para solução para perfusão.
Embalagens com 1 frasco para injectáveis de polipropileno de CAMPTO 300 mg/15 ml de concentrado para solução para perfusão.
É possível que nem todas as embalagens sejam comercializadas.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Laboratórios Pfizer, Lda.
Lagoas Park, Edifício 10,
2740-271 Porto Salvo
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o Titular da Autorização de Introdução no Mercado.

Este folheto foi revisto pela última vez em: 17-03-2008
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A informação que se segue destina-se apenas aos profissionais de saúde:

Incompatibilidades:
Não são conhecidas incompatibilidades. No entanto, CAMPTO não deverá ser misturado com outros medicamentos.

Diluição do concentrado para solução para perfusão:
A solução de CAMPTO é compatível com soluções para perfusão (solução de cloreto de sódio a 0,9% (p/v) e solução de glucose a 5% (p/v)), quando conservado em recipientes de LDPE ou PVC a 5ºC ou a 30ºC, protegido da humidade ambiente e da luz, até 28 dias. Quando é exposto à luz, a compatibilidade é de até 3 dias.

De modo a reduzir o risco de contaminação microbiana, recomenda-se que a solução para perfusão seja preparada imediatamente antes da utilização e que a perfusão seja iniciada, assim que possível, após a preparação. Se não for utilizado imediatamente, os tempos e condições de armazenagem antes da utilização são da responsabilidade do utilizador e não devem normalmente ser superiores a 24 horas a 2ºC-8ºC, a não ser que a reconstituição/diluição tenham sido efectuadas em condições assépticas controladas e validadas.

Como com outras preparações de antineoplásicos, CAMPTO deve ser preparado e utilizado com precaução. É indispensável a utilização de óculos de protecção, máscara e luvas.
Em caso de contacto cutâneo com a solução concentrada ou a solução já diluída, convém lavar a zona afectada, imediatamente e de forma cuidada, com água e sabão. Em caso de contacto das mucosas com a solução concentrada ou a solução já diluída, esta deve ser lavada imediatamente com água abundante.

Preparação do concentrado para solução para perfusão:
Tal como com outros medicamentos injectáveis, a solução de CAMPTO deve ser preparada assepticamente.
Caso se observe algum precipitado nos frascos ou após reconstituição, o produto deve eliminado de acordo com os procedimentos estabelecidos para medicamentos citostáticos.
Com a ajuda de uma seringa graduada, retirar assepticamente do frasco o volume requerido da solução de CAMPTO e injectar num saco ou num frasco de perfusão de 250 ml, contendo uma solução de cloreto de sódio a 0,9% ou uma solução de dextrose a 5%. Agitar por rotação manual de forma a misturar cuidadosamente a solução de perfusão.

Eliminação dos materiais:
Todo o material utilizado para a diluição e administração deve ser destruído segundo os processos hospitalares estabelecidos para produtos citotóxicos.

Categorias
Omeprazol

Losec 40 mg bula do medicamento

Neste folheto:

1. Indicações terapêuticas

2. Efeitos secundários LOSEC

3. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

4. Advertências e precauções especiais de utilização

5. Posologia LOSEC

6. Outras Informações

LOSEC 40 mg

Pó para solução para perfusão

Omeprazol

1. Indicações terapêuticas

LOSEC infusão está indicado no tratamento de:

  • Úlceras duodenais
  • Úlceras gástricas benignas
  • Esofagite de refluxo
  • Síndrome de Zollinger-Ellison

Contra-indicações

Hipersensibilidade conhecida ao omeprazol ou a qualquer dos excipientes.

2. Efeitos secundários LOSEC

LOSEC é bem tolerado e os efeitos indesejáveis observados são geralmente moderados e reversíveis. Foram notificados os seguintes efeitos indesejáveis em ensaios clínicos, ou na pós-comerialização, embora na maioria dos casos não tenha sido estabelecida uma relação causal com omeprazol.

Frequentes Sistema nervoso central e periférico: Cefaleias

(>1/100 e <1/10)

Gastrointestinais: Diarreia, obstipação, dor abdominal, náuseas/vómitos e flatulência.

Pouco frequentes Sistema nervoso central e periférico: Tonturas, parestesias, (>1/1000 e sonolência, insónias e vertigens. <1/100)

Hepáticos: Aumento das enzimas hepáticas. Cutâneos: Exantemas, dermatite e/ou prurido. Urticária. Outros: Mal-estar.

Raros (>1/10000 Sistema nervoso central e periférico: Confusão mental e <1/1000) reversível, agitação, agressividade, depressão e alucinações, sobretudo em doentes em estado muito grave.

Endócrinos: Ginecomastia.

Gastrointestinais: Xerostomia, estomatite e candidíase gastrintestinal.

Hematológicos: Leucopenia, trombocitopenia, agranulocitose e pancitopenia.

Hepáticos: Encefalopatia em doentes com doença hepática grave pré-existente; hepatite com ou sem icterícia, insuficiência hepática.

Músculo-esquelético: Artralgia, fraqueza muscular e mialgia

Cutâneos: Fotossensibilidade, eritema multiforme, síndrome de Stevens-Johnson, necrólise epidérmica tóxica (TEN), alopécia.

Outros: Reacções de hipersensibilidade, por ex., angioedema, febre, broncospasmo, nefrite intersticial e choque anafilático. Hipersudorese, edemas periféricos, visão turva, alterações de gosto e hiponatremia. Casos isolados de alteração irreversível da visão foram notificados em doentes com situações clínicas de extrema gravidade, medicados com omeprazol endovenoso, sobretudo utilizando altas doses, mas não foi estabelecida uma relação causal com o medicamento. Avise o seu médico se ocorrerem outros efeitos indesejáveis para além dos descritos anteriormente. Se tiver algum problema ou reacção fora do habitual durante o tratamento com LOSEC infusão informe o seu médico ou farmacêutico.

3. Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Devido à diminuída acidez intragástrica, a absorção do cetoconazol ou itraconazol poderá ser reduzida durante o tratamento com omeprazol tal como é com outros inibidores da secreção ácida. Dado que o omeprazol é metabolizado no fígado através do citocromo P450 2C19 (CYP2C19), pode prolongar o tempo de eliminação de diazepam, varfarina (R-varfarina), fenitoína e outros antagonistas da vitamina K, que são, em parte, substratos desta enzima.

Recomenda-se a monitorização nos doentes tratados com fenitoína , podendo ser necessária uma redução da dose. No entanto, o tratamento concomitante diário com LOSEC 20 mg em doentes em tratamento contínuo com este medicamento não alterou a concentração sanguínea de fenitoína.

Em doentes que tomam varfarina ou outro antagonista da vitamina K, é recomendada a monitorização do INR, podendo ser necessária uma redução da dose de varfarina (ou de outros antagonistas da vitanina K). O tratamento concomitante diário com LOSEC 20 mg não alterou o tempo de coagulação em doentes em tratamento contínuo com varfarina.

As concentrações plasmáticas de omeprazol e claritromicina aumentam durante a administração concomitante destes fármacos, mas não foi observada qualquer interacção com o metronidazole ou a amoxicilina. Estes antibióticos são utilizados em associação com o omeprazol na erradicação do Helicobacter pylori.

O tratamento simultâneo com omeprazol e digoxina em indivíduos saudáveis conduz a um aumento de 10% na biodisponibilidade da digoxina como consequência do aumento do pH gástrico. Não existe evidência de interacção do omeprazol com cafeína, propranolol, teofilina, metoprolol, lidocaína, quinidina, fenacetina, estradiol, amoxicilina, budesonido, diclofenac, metronidazol, naproxeno, piroxicam, ou antiácidos. A absorção do omeprazol não é afectada pelo álcool. A administração concomitante com atazanavir, pode conduzir a uma redução dos níveis plasmáticos de atazanavir.

A administração concomitante com tacrolimus, pode conduzir a um aumento dos níveis séricas de tacrolimus.

A administração concomitante de omeprazol com o voriconazole, um inibidor da CYP2C19 e da CYP3A4, resultou em mais do dobro da exposição do omeprazol. Contudo, não foi necessário um ajustamento da dose de omeprazol.

4. Advertências e precauções especiais de utilização

Na presença de qualquer sintoma de alarme (p. ex. perda de peso significativa e não intencional, vómitos recorrentes, disfagia, hematemese ou melenas) e em caso de úlcera gástrica suspeita ou confirmada, deve-se excluir a presença de neoplasias porque o tratamento pode aliviar os sintomas e retardar o diagnóstico.

O omeprazol deve ser usado com cuidado em doentes idosos e nos insuficientes renais e hepáticos, especialmente em elevadas doses.

Durante o tratamento com omeprazol, em doentes com insuficiência hepática grave, os valores das enzimas hepáticos devem ser verificados periodicamente.

Gravidez e aleitamento

Estudos epidemiológicos não indicam efeitos adversos durante a gravidez ou aumentos na taxa de malformações em geral. Contudo não existe informação no que respeita a anormalidades específicas. Nos ratos, o omeprazol e os seus metabolitos são excretados para o leite. Não existem dados suficientes sobre a exposição dos bebés via amamentação. A concentração do omeprazol no leite materno humano alcança cerca de 6% da concentração plasmática máxima da mãe. A utilização do omeprazol durante a gravidez e aleitamento requer uma cuidadosa avaliação da relação benefício-risco.

Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas É improvável que Losec afecte a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.

EXCIPIENTES

Cada frasco par injectável contém 1,5 mg de edetato dissódico dihidratado e hidróxido de sódio q.b. para ajuste do pH.

5. Posologia LOSEC

Alternativa à terapêutica oral:

Nos casos em que a administração oral não é adequada, recomenda-se a administração de LOSEC 40 mg infusão uma vez ao dia. Em doentes com síndrome de Zollinger-Ellison, a dose inicial recomendada é de 60 mg de LOSEC uma vez ao dia. Podem estar indicadas doses diárias mais elevadas e a dose deve ser ajustada individualmente. Doses superiores a 60 mg por dia devem ser divididas em duas tomas diárias.

Insuficiência renal:

Nos doentes com insuficiência renal não é necessário ajustamento posológico. Insuficiência hepática:

Dado que a semi-vida do omeprazol é prolongada em doentes com insuficiência hepática, a dose diária de 10-20 mg é geralmente suficiente.

Crianças:

A experiência de Losec infusão em crianças é limitada. Idosos: Nos doentes idosos não é necessário ajustamento posológico. Modo de administração: LOSEC 40 mg infusão deve ser administrado através de uma perfusão intravenosa, (durante um período de 20-30 minutos ou superior). Para mais informação, ver Instruções de utilização e manipulação. A solução reconstituída não deve ser misturada ou co-administrada com outro fármaco no mesmo sistema de perfusão.

Solução para administração oral

Recomenda-se a administração oral de LOSEC 40 mg infusão em crianças que necessitem de uma dose inferior a 10 mg, em doentes que não possam tomar LOSEC cápsulas ou em doentes entubados (ver secção Instruções de utilização e manipulação).

Sobredosagem

Foram administradas, em ensaios clínicos, doses i.v. até 270 mg num único dia e de até 650 mg durante um período de três dias, não tendo sido observadas quaisquer reacções adversas relacionadas com a dose.

O QUE FAZER EM CASO DE OMISSÃO DE DOSE

Se falhar a administração de LOSEC infusão deverá administrá-la assim que se lembrar, retomando em seguida o horário habitual. No entanto, se já for próximo da administração seguinte, não administre a dose esquecida e administre a dose seguinte na hora normal. Incompatibilidades Não aplicável. Precauções especiais de conservação Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não guardar acima de 25°C.

Frascos para injecáveis (no exterior da caixa de cartão): Devem ser protegidos da luz e guardados à luz ambiente normal até um período máximo de 24 horas.

Foi demonstrada estabilidade química e física no decurso da utilização, durante 12 horas após reconstituição com soro fisiológico ou durante 6 horas após reconstituição com dextrose a 5%. Sob o ponto de vista microbiológico, a solução deve ser utilizada de imediato, excepto se a reconstituição tiver sido efectuada em condições assépticas validadas e controladas.

Instruções de utilização e manipulação

Cada embalagem contém as instruções de utilização.

A solução pode ser manipulada à luz ambiente normal sem precauções especiais.

Técnica de reconstituição:

LOSEC 40 mg infusão é reconstituído dissolvendo o omeprazol liofilizado em 100 ml de cloreto de sódio a 0,9% para perfusão ou em 100 ml de dextrose a 5 % para perfusão.

A solução de 40 mg de omeprazol em cloreto de sódio a 0,9 % deve ser utilizada no período de 12 horas.

A solução de 40 mg de omeprazol em dextrose a 5% deve ser utilizada no período de 6 horas. Após a reconstituição, deve iniciar-se imediatamente a perfusão. Preparação:

Com uma seringa retirar 5 ml da solução para perfusão do frasco ou do saco de perfusão.

Adicionar a solução para perfusão ao frasco para injectáveis com o liofilizado, misturar bem até o omeprazol estar dissolvido.

Retirar a solução obtida de omeprazol para a seringa.

Transferir a solução obtida para o frasco ou saco de perfusão.

Repetir de 1-4, para garantir que o omeprazol é transferido do frasco para injectáveis para o frasco ou saco de perfusão.

Preparação alternativa para perfusões em recipientes flexíveis:

Utilizar uma agulha de transferência com duas extremidades e fixar à membrana de injecção do saco de perfusão. Ligar a outra extremidade da agulha ao frasco para injectáveis contendo o omeprazol liofilizado. Dissolver o omeprazol bombeando a solução para perfusão, nos dois sentidos, entre o saco de perfusão e o frasco. Certificar-se da completa dissolução do omeprazol e retirar o frasco para injecáveis vazio e a agulha do saco de perfusão Recomendações para a preparação e manipulação da solução para administração oral: Utilizar uma seringa para adicionar 8 ml de água purificada através da rolha de borracha do frasco para injectáveis de LOSEC infusão 40 mg. Agitar o frasco para injectáveis para dissolver o conteúdo. A concentração de omeprazol na solução será de 5 mg/ml. A solução de omeprazol pode ser armazenada no frasco para injectáveis original ou no frigorífico (2-8°C) até 8 dias. A solução de omeprazol que foi extraída a partir do frasco para injectáveis original para administração ao doente, pode ser armazenada não diluída à temperatura ambiente (< 25°C) até 6 horas.

O omeprazol deve ser co-administrado com bicarbonato de sódio (0,4 mmol/kg). Pode ser utilizada uma solução de bicarbonato de sódio a 5% ou a 8,4%. Utilizar a tabela abaixo (Tabela 1) para determinar o volume correcto de solução de bicarbonato de sódio.

Calcular o volume de solução de omeprazol para a dose de omeprazol necessária e extrair esse volume de solução de omeprazol.

Adicionar a solução de omeprazol à solução de bicarbonato de sódio.

Adicionar água até obter um volume total de 15 ml para crianças com peso até 10 kg, e de 40 ml para doentes com peso superior a 10 kg.

Administrar ao doente a solução de bicarbonato-omeprazol e passar o recipiente ou a seringa/tubo com um pouco de mais água.

A solução de bicarbonato-omeprazol diluída deve ser administrada ao doente num prazo de 1 hora após preparação.

Tabela 1 Indicações para a co-administração de bicarbonato de sódio. A tabela apresenta o volume correcto para co-administração de 0,4 mmol de solução de bicarbonato de sódio por kilograma do peso corporal. A quantidade de bicarbonato de sódio não deve exceder 20 mmol por dia.

Peso corporal (Kkg) Volume correspondente da solução de bicarbonato de sódio a 5% (ml) Volume correspondente da solução de bicarbonato de sódio a 8,4% (ml) Quantidade de Bicarbonato Sódio (mmol) Carga total de Sódio mEq
5 3,5 2 2 2
10 7 4 4 4
20 14 8 8 8
30 20 12 12 12
40 27 16 16 16
>50 34 20 20 20

6. Outras Informações

DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO

LOSEC pó para solução para perfusão 40 mg

COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA

Cada frasco para injectáveis contém 42,6 mg de omeprazol sódico, equivalente a 40 mg de omeprazol.

Natureza e conteúdo do recipiente

Frasco para injectáveis de 10 ml de vidro de borosilicato incolor, F. Eur., tipo I. Cápsula constituída por dois componentes, uma estrutura de alumínio de cor dourada e uma tampa de polipropileno, de cor azul. Rolha de borracha cinzenta de bromobutilo.

GRUPO FARMACOTERAPÊUTICO

Inibidores da Bomba de protões Propriedades farmacodinâmicas LOSEC (omeprazol), uma mistura racémica de dois enantiómeros activos, reduz a secreção ácida gástrica através de um mecanismo de acção altamente direccionado. É um inibidor específico da bomba de ácido da célula parietal. Tem uma acção rápida e permite um controlo através da inibição reversível da secreção ácida gástrica com uma dose diária.

Local e mecanismo de acção:

O omeprazol é uma base fraca, concentrando-se e convertendo-se na sua forma activa no meio altamente ácido dos canalículos intracelulares da célula parietal, onde inibe a enzima H+, K+ -ATPase – a bomba de protões. Este efeito na fase terminal da secreção de ácido é dose-dependente, permitindo uma inibição altamente eficaz tanto da secreção ácida basal como da secreção ácida estimulada, independentemente do respectivo estímulo.

Todos os efeitos farmacodinâmicos observados podem ser explicados pelo efeito do omeprazol sobre a secreção de ácido.

Efeito na secreção ácida gástrica: A administração intravenosa do omeprazol induz uma inibição da secreção ácida gástrica, dependente da dose. Para se atingir imediatamente uma redução da acidez intragástrica semelhante à obtida após a administração de doses repetidas de 20 mg por via oral, recomenda-se uma dose inicial de 40 mg por via intravenosa. Esta dose provoca uma diminuição imediata da acidez intragástrica e uma redução média de aproximadamente 90%, no período de 24 horas, tanto no caso da injecção i.v. como da perfusão i.v..

A inibição da secreção ácida não depende das concentrações plasmáticas existentes, mas sim da área sob a curva de concentração plasmática-tempo (AUC). Não foi observada taquifilaxia durante o tratamento com omeprazol.

Efeito sobre o Helicobacter pylori: Para mais informações, ver LOSEC cápsulas. Outros efeitos relacionados com a inibição ácida: Durante o tratamento a longo prazo foi notificado um ligeiro aumento da incidência de quistos glandulares gástricos. Estas alterações são uma consequência fisiológica da marcada inibição da secreção ácida, são de carácter benigno e parecem ser reversíveis. A acidez gástrica diminuída por quaisquer meios, incluindo os inibidores da bomba de protões, aumenta as contagens gástricas de bactérias normalmente presentes no tracto gastrointestinal.

O tratamento com fármacos redutores do ácido conduz a um ligeiro aumento das infecções gastrointestinais, tais como as por Salmonella e Campylobacter.

Propriedades farmacocinéticas Distribuição: O volume de distribuição aparente em indivíduos saudáveis é de aproximadamente 0,3 L/kg. Um valor similar é igualmente observado em doentes com insuficiência renal. Nos idosos e em doentes com insuficiência hepática, o volume de distribuição está ligeiramente diminuído. A ligação de omeprazol às proteínas plasmáticas é de cerca de 95%. Metabolismo e excreção:

A semi-vida média da fase terminal da curva de concentração plasmática-tempo, após a administração i.v. do omeprazol, é de aproximadamente 40 minutos; a depuração plasmática total é de 0,3 a 0,6 l/min. Não há alterações da semi-vida durante o tratamento.

O omeprazol é completamente metabolizado pelo sistema do citocromo P450 (CYP), sobretudo no fígado. A maior parte do seu metabolismo é dependente do isómero específico CYP2C19 (S-mefenitoína hidroxilase), de expressão polimórfica, responsável pela formação de hidroxiomeprazol, o principal metabolito no plasma. Assim, e como consequência da inibição competitiva, é provável que ocorram interacções medicamentosas metabólicas entre o omeprazol e outros substratos para o CYP2C19. Os resultados de uma série de estudos de interacção com LOSEC versus outros fármacos, demonstram, no entanto, que o omeprazol, administrado em doses diárias de 20-40 mg, não exerce qualquer influência sobre outras isoformas relevantes do CYP, dada a ausência de interacção metabólica com substratos para o CYP1A2 (cafeína, fenacetina, teofilina), CYP2C9 (S-varfarina, piroxicam, diclofenac e naproxeno), CYP2D6 (metoprolol, propranolol), CYP2E1 (etanol) e CYP3A (ciclosporina, lidocaína, quinidina, estradiol, eritromicina, budesonide). Nenhum dos metabolitos mostrou exercer qualquer efeito sobre a secreção ácida gástrica.

Quase 80 % de uma dose administrada por via intravenosa, é excretada na urina sob a forma de metabolitos, sendo os restantes excretados nas fezes, primariamente provenientes da secreção da bílis. A eliminação de omeprazol não é alterada em doentes com insuficiência renal. A área semi-vida de eliminação está aumentada em doentes com insuficiência da função hepática mas, omeprazol não mostrou qualquer tendência para acumulação com uma dose única diária.

TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

AstraZeneca Produtos Farmacêuticos, Lda. Rua Humberto Madeira, 7 Valejas 2745-663 Barcarena

Este folheto informativo foi revisto em 07-12-2006.

Categorias
Albumina humana hemoderivado injetável

Albumina Humana 20% Behring bula do medicamento

Neste folheto:
1. O que é Albumina Humana 20 % Behring e para que é utilizado
2. Antes de utilizar Albumina Humana 20 % Behring
3. Como utilizar Albumina Humana 20 % Behring
4. Efeitos Albumina Humana 20 % Behring
5. Como conservar Albumina Humana 20 % Behring
6. Outras informações

Albumina Humana 20 % Behring 200 g/l Solução para perfusão
Albumina humana
Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
-Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico
-Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
-Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico

1. O QUE É ALBUMINA HUMANA 20 % BEHRING E PARA QUE É UTILIZADO
Grupo farmacoterapêutico: 12.6 Correctivos da volémia e das alterações electrolíticas.
Substitutos do plasma e das fracções proteicas do plasma.
Albumina Humana 20 % Behring é um substituto do plasma e das fracções proteicas do plasma, indicado na reposição e manutenção do volume de sangue circulante quando haja hipovolémia comprovada e seja apropriada a administração de um colóide.
A escolha da albumina em vez de um colóide artificial dependerá da situação clínica do doente e com base em recomendações oficiais.

2. ANTES DE UTILIZAR ALBUMINA HUMANA 20 % BEHRING
Não utilize Albumina Humana 20 % Behring
-Se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa (albumina humana) ou a qualquer outro componente de Albumina Humana 20 % Behring. Incompatibilidades
A albumina humana não deve ser misturada com outros medicamentos (excepto os diluentes recomendados), incluindo sangue total e concentrados de eritrócitos.
Tome especial cuidado com Albumina Humana 20 % Behring
Na suspeita da ocorrência de reacções alérgicas ou de tipo anafiláctico, a perfusão deve ser interrompida de imediato. Em caso de choque, deve ser adoptado o tratamento clínico habitual para situações de choque.
A albumina deve ser usada com precaução nas situações em que a hipervolemia e as suas consequências ou a hemodiluição podem representar um risco especial para o doente.

Exemplos dessas condições são:
-Insuficiência cardíaca descompensada
-Hipertensão
-Varizes esofágicas
-Edema pulmonar
-Diátese hemorrágica
-Anemia grave
-Anúria renal e pós-renal
O efeito colóide-osmótico da albumina humana 200 mg/ml ou 250 mg/ml é cerca de quatro vezes superior ao do plasma sanguíneo. Assim, quando se administra albumina concentrada, deverá ser assegurada uma adequada hidratação do doente. Os doentes devem ser cuidadosamente monitorizados para prevenir a sobrecarga circulatória e
hiperhidratação.
As soluções de albumina humana 200-250 mg/ml contêm quantidades relativamente baixas de electrólitos em comparação com as soluções de albumina humana 40-50 mg/ml. Quando se administra albumina, deve ser monitorizado o equilíbrio electrolítico dos doentes (ver Como utilizar Albumina Humana 20 % Behring) e devem ser tomadas as medidas apropriadas para restabelecer ou manter esse equilíbrio electrolítico.
As soluções de albumina não devem ser diluídas com água para preparações injectáveis, dado que tal poderá provocar hemólise nos doentes.
Caso seja necessário repor volumes relativamente elevados, deverá ser efectuado o controlo da coagulação e do hematócrito. Deverá ainda ser assegurada a substituição adequada dos restantes componentes do sangue (factores de coagulação, electrólitos, plaquetas e eritrócitos).
Se a dosagem e a velocidade de perfusão não estiverem ajustadas à situação circulatória do doente, pode surgir hipervolemia. Assim que se verifiquem os primeiros sinais clínicos de sobrecarga cardiovascular (cefaleias, dispneia, congestão da veia jugular) ou aumento da pressão arterial, aumento da pressão venosa e edema pulmonar, a perfusão tem de ser imediatamente interrompida.

Segurança viral
As medidas que se encontram estabelecidas para a prevenção das infecções resultantes da utilização de medicamentos preparados a partir do sangue ou plasma humano incluem a selecção dos dadores, o rastreio das dádivas individuais e das pools de plasma para detecção de marcadores específicos de infecções e a inclusão de etapas de fabrico eficazes na eliminação e/ou inactivação viral. Contudo, quando são administrados medicamentos preparados a partir do sangue ou plasma humano, não pode excluir-se totalmente a possibilidade de ocorrência de doenças infecciosas devido à transmissão de
agentes infecciosos. Tal aplica-se também a vírus ou agentes patogénicos desconhecidos ou emergentes.
Não existem relatórios de transmissões virais com albumina fabricada em conformidade com as especificações da Farmacopeia Europeia por meio de processos estabelecidos.
Recomenda-se que sempre que seja administrada Albumina Humana Behring a um doente, seja registado o nome e o número do lote do medicamento, com vista a manter a ligação entre o doente e o lote do medicamento.
Ao utilizar Albumina Humana 20 % Behring com outros medicamentos Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Não são conhecidas interacções específicas da albumina humana com outros medicamentos.

Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
A segurança relativa à utilização de albumina humana durante a gravidez não foi estabelecida em ensaios clínicos controlados. No entanto, a experiência clínica com albumina sugere que não são de esperar efeitos nocivos no decurso da gravidez, no feto ou no recém nascido.
Não foram efectuados estudos de reprodução animal com albumina humana.
Os estudos experimentais realizados em animais são insuficientes para avaliar a segurança relativamente à reprodução, desenvolvimento do embrião ou do feto, evolução da gestação e desenvolvimento peri e pós-natal. No entanto, deve salientar-se que a albumina humana é um componente normal do sangue humano.

Condução de veículos e utilização de máquinas
Não foram observados efeitos na capacidade de condução ou de utilização de máquinas.
Informações importantes sobre alguns componentes de Albumina Humana 20 % Behring
A Albumina Humana 20 % Behring contém 125 mmol de sódio por litro. Tal deve ser tido em consideração em doentes com ingestão controlada de sódio.
A Albumina Humana 20 % Behring contém 6,26 mmol (ou 144 mg) de sódio por 50 ml.
Esta informação deve ser tida em consideração em doentes com ingestão controlada de sódio.

3. COMO UTILIZAR ALBUMINA HUMANA 20 % BEHRING
Administrar por via intra-venosa.
Utilizar Albumina Humana 20 % Behring sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas
A concentração, a dosagem e a velocidade de perfusão da solução de albumina devem ser ajustadas às necessidades individuais de cada doente.
A dose necessária depende da superfície corporal do doente, da gravidade do traumatismo ou da doença e da perda de fluidos e proteínas. Para determinar a dose necessária, devem usar-se medidas de adequação do volume circulante e não os níveis plasmáticos de albumina.

Quando se administra albumina humana, o comportamento hemodinâmico deve ser regularmente monitorizado; esta monitorização pode incluir:
-Pressão sanguínea arterial e frequência cardíaca
-Pressão venosa central
-Pressão de encravamento da artéria pulmonar
-Débito urinário
-Electrólitos
-Hematócrito/hemoglobina
A albumina humana pode ser administrada directamente por via intravenosa ou pode também ser diluída numa solução isotónica (ex: glucose 5% ou cloreto de sódio 0,9%).
A velocidade de perfusão deve ser ajustada de acordo com as condições individuais e com a indicação.
Na substituição plasmática, a velocidade de perfusão deve ser ajustada à velocidade de remoção.
Se são administrados grandes volumes de albumina, o produto deve ser aquecido à temperatura ambiente ou corporal antes da sua utilização.
Não utilizar soluções que apresentem turvação ou depósitos. Tal pode indicar que a proteína é instável ou que a solução ficou contaminada.
Se utilizar mais Albumina Humana 20 % Behring do que deveria
Se a dose e a velocidade de perfusão forem demasiado elevadas, pode ocorrer hipervolemia. Assim que se verifiquem os primeiros sinais clínicos de sobrecarga cardiovascular (cefaleias, dispneia, congestão da veia jugular) ou aumento da pressão arterial, aumento da pressão venosa central e edema pulmonar, a perfusão tem de ser imediatamente interrompida e os parâmetros hemodinâmicos do doente devem ser cuidadosamente monitorizados.
Caso se tenha esquecido de utilizar Albumina Humana 20 % Behring
Não utilize uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de utilizar.
Se parar de utilizar Albumina Humana 20 % Behring
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS ALBUMINA HUMANA 20 % BEHRING
Como todos os medicamentos, Albumina Humana 20 % Behring pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico
Comunique ao seu médico ou farmacêutico se tiver quaisquer reacções, sobretudo as que não se encontram descritas neste folheto informativo.
Raramente ocorrem reacções ligeiras, tais como: rubor cutâneo, urticária, febre e náuseas.
Estas reacções normalmente desaparecem de forma rápida quando se diminui a velocidade ou se interrompe a perfusão. Muito raramente podem ocorrer reacções graves, tais como choque. Nestes casos, a perfusão deve ser imediatamente interrompida e deve instituir-se o tratamento adequado.

5. COMO CONSERVAR ALBUMINA HUMANA 20 % BEHRING
Conservar entre 2ºC-25ºC.
Não congelar. Proteger da luz.
Conservar na embalagem original. Manter o recipiente na embalagem exterior para o proteger da luz.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não utilize Albumina Humana 20 % Behring após o prazo de validade impresso no rótulo do frasco e na embalagem exterior a seguir à abreviatura utilizada para prazo de validade (“VAL”). O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Uma vez aberto o frasco, o seu conteúdo deve ser utilizado de imediato.
Não utilize Albumina Humana 20 % Behring se verificar sinais visíveis de deterioração.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico.
Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita.
Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Albumina Humana 20 % Behring
A substância activa é a albumina humana. Cada mililitro de Albumina Humana 20 % Behring contém 200 mg de proteínas totais, das quais pelo menos 96% são albumina humana. 50 ml contêm no mínimo, 9,6 g de albumina humana.
Os outros componentes são: Cloreto de sódio, caprilato de sódio, N-acetil-D,L-triptofano, HCl ou NaOH (em pequenas quantidades para ajuste do pH) e água para preparações injectáveis .
Qual o aspecto de Albumina Humana 20 % Behring e conteúdo da embalagem
Albumina Humana 20 % Behring apresenta-se na forma farmacêutica de solução para perfusão, límpida, ligeiramente viscosa; quase incolor, amarela, âmbar ou verde. acondicionada em frascos para injectáveis de 50 ml, em vidro Tipo II transparente, com tampa borracha, selo de alumínio e cápsula de plástico.

Embalagem com um frasco para injectáveis, contendo 50 ml de solução para perfusão.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante
CSL Behring GmbH
Emil-von-Behring-Str. 76
35041 Marburg
Alemanha
Medicamento sujeito a receita médica restrita destinado a uso exclusivo hospitalar, devido às suas características farmacológicas, à sua novidade, ou por razões de saúde pública.
Este folheto foi aprovado pela última vez em 21-02-2008

Categorias
Azitromicina

Zithromax IV 500 mg bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é Zithromax IV e para que é utilizado
2.  Antes de tomar Zithromax IV
3.  Como tomar Zithromax IV
4.  Efeitos secundários Zithromax IV
5.  Como conservar Zithromax IV
6.  Outras informações

Zithromax IV 500 mg

Pó para solução para perfusão

Azitromicina

Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É ZITHROMAX IV E PARA QUE É UTILIZADO

ZITHROMAX IV pertence a um grupo de antibióticos denominados macrólidos. É um antibiótico utilizado no tratamento de infecções localizadas em diversas partes do organismo provocadas por bactérias.

Quais as patologias que são tratadas com Zithromax IV?

ZITHROMAX IV está indicado no tratamento de infecções graves ou quando o tratamento oral não pode ser utilizado. É utilizado para tratamento das pneumonias (infecções dos pulmões), incluindo infecções provocadas pela bactéria Legionella pneumophila, e infecções pélvicas.

2. ANTES DE TOMAR ZITHROMAX IV

Não tome Zithromax IV

-se tem alergia (hipersensibilidade) à azitromicina, a outro macrólido ou quetólido ou a qualquer outro componente de ZITHROMAX IV

Tome especial cuidado com Zithromax IV

-Deverá interromper o tratamento com ZITHROMAX e contactar o seu médico se surgirem sinais de reacção alérgica como sejam o aparecimento de manchas vermelhas ou brancas na pele e sensação de comichão e irritação; inchaço na pele, na laringe ou na língua, e dificuldade em respirar.

-Deverá informar o médico se já teve ou tem doenças do fígado ou dos rins.

ZITHROMAX IV deve ser reconstituído e diluído de acordo com as instruções, sendo administrado em perfusão endovenosa durante um período não inferior a 60 minutos.

Ao tomar Zithromax IV com outros medicamentos

Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos sem receita médica.

Os medicamentos podem interagir entre si ou com outras substâncias não medicamentosas originando reacções inesperadas ou podendo, nalguns casos, provocar uma diminuição ou aumento do efeito esperado. Assim, deverá indicar ao médico todos os medicamentos que está a usar, ou costuma usar, especialmente os seguintes:

-Derivados da ergotamina (utilizada no tratamento das enxaquecas)

-Digoxina (utilizada no tratamento da insuficiência cardíaca)

-Varfarina (ou outro medicamento com interferência na coagulação sanguínea)

-Ciclosporina (utilizado na supressão do sistema imunitário para prevenir e tratar a rejeição em transplantes de orgãos ou de medula óssea)

-Zidovudina (utilizado no tratamento de infecções por VIH (SIDA))

-Terfenadina (utilizado no tratamento da febre dos fenos ou alergia na pele)

Não deve tomar ZITHROMAX ao mesmo tempo que os antiácidos.

Gravidez e Aleitamento

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Se está grávida (ou pensa poder estar) ou a amamentar, apenas poderá ser medicada com ZITHROMAX IV se receitado por um médico que tenha conhecimento do seu estado.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Tanto quanto se sabe ZITHROMAX IV não tem efeitos sobre a capacidade de conduzir veículos e de utilização de outras máquinas.

3. COMO TOMAR ZITHROMAX IV

Tomar Zithromax IV sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

O seu médico determinará qual a dose e duração do tratamento adequadas ao seu caso.

A tabela seguinte ilustra as doses mais vulgarmente utilizadas em doentes adultos para tratamento da Pneumonia (infecção pulmonar) e de Infecções Pélvicas.

Infecção

Dose

Pneumonia

500 mg em dose única diária por perfusão IV, durante pelo menos dois dias, seguindo-se a administração da formulação oral de ZITHROMAX. O seu médico determinará qual a altura considerada adequada para passagem da perfusão IV para a formulação oral de ZITHROMAX.

Infecções Pélvicas

500 mg em dose única diária por perfusão IV, durante um ou dois dias, seguindo-se a administração da formulação oral de ZITHROMAX. O seu médico determinará qual a altura considerada adequada para passagem da perfusão IV para a formulação oral de ZITHROMAX.

Modo e Via de Administração

ZITHROMAX IV destina-se a ser administrado por perfusão intravenosa.

Duração Média do Tratamento

A duração do seu tratamento dependerá da gravidade da sua infecção. Tal decisão caberá ao seu médico.

INFORMAÇÃO ADICIONAL PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE

ZITHROMAX IV deve ser reconstituído e diluído de acordo com as instruções, sendo administrado em perfusão endovenosa durante um período não inferior a 60 minutos.

Não deve ser administrado em bólus ou como injecção intramuscular.

Fase 1

Este medicamento deve ser preparado em condições de assepsia. Adicionar 4,8 ml de água para injectáveis ao frasco de 10 ml utilizando uma seringa padronizada de 5 ml e agitando-o até que todo o fármaco esteja dissolvido.

Fase 2

Para obtenção de uma concentração final de 1,0 mg/ml

Transferir 5 ml da solução de azitromicina contida no frasco (resultante da Fase 1) para 500 ml de um dos solventes abaixo descritos.

Para obtenção de uma concentração final de 2,0 mg/ml

Transferir 5 ml da solução de azitromicina contida no frasco (resultante da Fase 1) para 250 ml de um dos solventes abaixo descritos.

Cloreto de Sódio 0,9% Cloreto de Sódio 0,45%

Dextrose a 5% em Água

Solução de Lactato de Ringer

Dextrose a 5% em Cloreto de Sódio a 0,45% com 20 mEq KCl Dextrose a 5% em Solução de Lactato de Ringer Dextrose a 5% em Cloreto de Sódio a 0,3% Dextrose a 5% em Cloreto de Sódio a 0,45%

Não devem ser adicionadas ao ZITHROMAX IV outras substâncias endovenosas, aditivos ou medicamentos, nem administrados simultaneamente por perfusão através da mesma linha intravenosa.

Grupos Especiais de Doentes

ZITHROMAX IV não esta recomendado para utilização em crianças e adolescentes em fase de crescimento.

Não são necessárias alterações especiais da dose nos seguintes grupos de doentes:

doentes idosos;

doentes com insuficiência renal ligeira a moderada; doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS ZITHROMAX IV

Como todos os medicamentos, Zithromax IV pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Os efeitos secundários relacionam-se, a maior parte das vezes, com o tracto gastrointestinal, tais como: diarreia/fezes moles, náuseas, dispepsia (dificuldade na digestão), mal-estar abdominal (dores/cólicas), anorexia (falta de apetite), vómitos, obstipação, flatulência (gases), colite pseudomembranosa e casos raros de descoloração da língua e alterações no paladar.

À semelhança do que tem sido descrito com outros antibióticos da mesma classe do ZITHROMAX IV, poderão ocorrer alterações da audição (habitualmente reversíveis), tonturas/vertigens e convulsões.

Foram também descritos casos de trombocitopenia (diminuição do número de plaquetas no sangue), cefaleias (dores de cabeça), sonolência, agressividade, nervosismo, agitação, ansiedade, parestesias (sensação de formigueiro ou adormecimento nos membros), artralgias (dor nas articulações) hiperactividade, candidiase, vaginite (infecção vaginal),alterações da função hepática e renal, bem como reacções alérgicas, tendo sido descritas, embora raramente, reacções cutâneas graves (ver Precauções Especiais de Utilização).

Com a administração de azitromicina pela via intravenosa foi relatada inflamação/dor no local da perfusão.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR ZITHROMAX IV

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize Zithromax após o prazo de validade impresso na embalagem exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Mantenha o medicamento na embalagem original. Não conservar acima de 30°C.

Após reconstituição a solução concentrada (de acordo com as instruções): a azitromicina sob a forma de pó para solução para perfusão é estável química e fisicamente durante 24 horas, quando conservada abaixo de 30°C. Quando diluído de acordo com as instruções, resulta numa solução química e fisicamente estável durante 24 horas a < 30°C ou durante 7 dias se mantida sob refrigeração (5°C). No entanto, sob um ponto de vista microbiológico, o medicamento deve ser utilizado imediatamente. Caso não seja utilizado imediatamente, o tempo e as condições de conservação antes da administração são da responsabilidade do utilizador e, normalmente, não devem exceder as 24 horas de 2 a 8°C, a não ser que a reconstituição tenha ocorrido em condições assépticas controladas e validadas.

A solução não utilizada deve ser rejeitada.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Zithromax IV

Cada frasco de 10 ml contém 500 mg de azitromicina di-hidratada que, após reconstituição, dá origem a uma solução doseada a 100 mg/ml (ver secção 3 relativa às instruções).

Os outros componentes são ácido cítrico anidro e hidróxido de sódio. Qual o aspecto de Zithromax IV e conteúdo da embalagem

Frascos de 10 ml contendo pó para solução para perfusão equivalente a 500 mg de azitromicina di-hidratada

Titular da autorização de introdução no mercado

Laboratórios Pfizer, Lda. Lagoas Park, Edifício 10, 2740-271 Porto Salvo

Fabricante

Pfizer PGM

Zone Industrielle de Pocé-sur-Cisse

Amboise cedex

França

Este folheto foi aprovado pela última vez em 03-03-2009.

Categorias
Verteporfina

Visudyne 15 mg pó para solução para perfusão bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO – Visudyne

1. NOME DO MEDICAMENTO
Visudyne 15 mg pó para solução para perfusão
2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Cada frasco para injectáveis contém 15 mg de verteporfina.
Após reconstituição, 1 ml contém 2 mg de verteporfina. 7,5 ml de solução reconstituída contêm 15 mg de verteporfina.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.
3. FORMA FARMACÊUTICA
Pó para solução para perfusão
Pó verde-escuro a preto.
4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS
4.1 Indicações terapêuticas
Visudyne é indicado no tratamento de
– doentes com degenerescência macular relacionada com a idade (DMI) exsudativa (húmida) com neovascularização coroideia subfoveal predominantemente clássica (NVC) ou
– doentes com neovascularização coroideia subfoveal secundária a miopia patológica.
4.2 Posologia e modo de administração
Visudyne deve ser usado somente por oftalmologistas experientes no tratamento de doentes com degenerescência macular relacionada com a idade ou miopia patológica.
Adultos e idosos:
A terapia fotodinâmica com Visudyne (TFD) é um processo com duas etapas:
A 1ª etapa consiste na perfusão intravenosa de Visudyne numa dosagem igual a 6 mg/m2 de área de superfície corporal, diluído em 30 ml de solução para perfusão, durante 10 minutos (ver secção 6.6).
A 2ª etapa consiste na activação de Visudyne pela luz, 15 minutos após o início da perfusão intravenosa. Para tal, é utilizada uma radiação vermelha não térmica (comprimento de onda de 689 nm ± 3 nm), gerada por um laser díodo, e administrada através de uma lâmpada de fenda equipada com uma fibra óptica, recorrendo a uma lente de contacto apropriada. Na intensidade de luz recomendada de 600 mW/cm2, são necessários 83 segundos para se administrar a dose de luz necessária de 50 J/cm2.
O diâmetro máximo da lesão neovascular coroideia é estimado através de uma angiografia fluoresceínica e fotografia do fundo do olho. É recomendada a utilização de uma câmara para fotografia do fundo do olho com a ampliação de 2,4-2,6X. Todos os neovasos, hemorragias e/ou manchas de fluoresceína devem estar incluídos na zona de tratamento. Para garantir o tratamento de lesões com bordos mal delimitados, deve ser considerada uma margem adicional de 500 μm à volta da lesão visível. O bordo nasal da zona de tratamento deve estar a uma distância de, pelo menos, 200 μm do bordo temporal do disco óptico. O tamanho maior da zona usada para o primeiro tratamento nos
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ensaios clínicos foi de 6.400 μm. Para o tratamento de lesões maiores do que o tamanho máximo da zona de tratamento, aplique a radiação à maior área possível da lesão activa.
É importante seguir as recomendações anteriormente descritas, para que se possam obter os melhores resultados do tratamento.
Os doentes devem ser reavaliados a cada 3 meses. Em caso de hemorragia recorrente dos NVC, a terapia com Visudyne poderá ser administrada até 4 vezes por ano.
Utilização pediátrica:
A utilização em doentes pediátricos não foi investigada.
4.3 Contra-indicações
Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer um dos excipientes.
Visudyne é também contra-indicado em doentes com porfiria e em doentes com disfunção hepática grave.
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Os doentes submetidos ao tratamento com Visudyne ficam fotossensíveis durante as 48 horas seguintes à perfusão. Durante este período, a exposição directa da pele desprotegida, olhos ou outros órgãos do corpo à luz solar ou luz artificial intensa, como por exemplo salões de bronzeamento artificial, lâmpadas fortes de halogéneo, ou luz de alta intensidade utilizada em blocos operatórios e consultórios dentários, deve ser evitada. A exposição prolongada à luz emitida por dispositivos médicos, tais como oxímetros de pulso também deve ser evitada nas 48 horas seguintes à administração de Visudyne. O doente deve proteger a pele e os olhos, usando roupas protectoras e óculos escuros, se tiver que sair para o exterior durante o dia, nas 48 horas após o tratamento. Os cremes protectores solares anti-UV não são eficazes para evitar as reacções de fotossensibilidade.
A luz ambiente artificial é segura. Os doentes não devem permanecer no escuro, e devem ser encorajados a expor a sua pele à luz ambiente artificial, dado que este procedimento acelera a eliminação cutânea do fármaco através de um processo designado por fotobranqueamento.
A terapêutica com Visudyne deve ser utilizada com precaução em doentes com disfunção hepática moderada ou obstrução biliar, visto não existirem estudos para este grupo de doentes.
Os doentes que apresentarem uma diminuição grave da visão (equivalente a 4 linhas ou mais) no espaço de uma semana após o tratamento, não devem ser submetidos a um novo tratamento, pelo menos até que a sua visão tenha recuperado por completo e atinja os níveis registados antes do tratamento, e até que os potenciais benefícios e riscos do tratamento subsequente tenham sido objecto de avaliação cuidadosa pelo médico assistente.
O extravasamento de Visudyne, particularmente se a área afectada está exposta à luz, pode provocar dor forte, inflamação, edema, formação de bolhas ou descoloração no local da injecção. A dor pode ser aliviada pela administração de analgésicos. Se se verificar extravasamento, a perfusão intravenosa deve ser interrompida imediatamente. Proteja totalmente a área afectada da luz directa intensa até o edema e a descoloração terem desaparecido, e aplique compressas frias no local da injecção. Para evitar o extravasamento, dever-se-á, antes de iniciar a perfusão com Visudyne, verificar se a via periférica está permeável e funcionante (perfundindo soro), e vigiar o procedimento da perfusão. Para a perfusão deve ser usada a veia de maior diâmetro possível do membro superior, de preferência a do antebraço, devendo evitar-se as veias mais finas da face posterior da mão.
Foram notificadas reacções como dor no peito, reacções vasovagais e reacções de hipersensibilidade que, em raras ocasiões, podem ser graves. Tanto as reacções vasovagais como as reacções de hipersensibilidade estão associadas com sintomas gerais como síncope, suores, tonturas, erupções
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cutâneas, dispneia, eritema, e alterações da pressão arterial e da frequência cardíaca. O doentes devem estar sob supervisão médica apertada durante a perfusão de Visudyne.
Não existem dados clínicos sobre a utilização de Visudyne em doentes anestesiados. Após uma injecção por bólus, em porcos sedados ou anestesiados, de uma dose de Visudyne significativamente superior à dose recomendada para os doentes, verificaram-se alterações hemodinâmicas graves, incluindo morte, provavelmente como resultado da activação do sistema do complemento. A administração prévia de difenidramina diminuiu o aparecimento destes efeitos, sugerindo que a histamina tem um papel activo neste processo. Este efeito não foi observado em porcos conscientes não sedados, ou em outras espécies, incluindo a espécie humana. Visudyne, quando presente em concentrações 5 vezes superiores à concentração plasmática máxima esperada em doentes tratados, provocou um baixo nível de activação do sistema do complemento no sangue humano in vitro. Não foi registada activação clinicamente relevante do sistema do complemento, durante os ensaios clínicos, mas o risco de reacções anafiláticas foi notificado durante a vigilância pós-comercialização. Os doentes devem estar sob supervisão médica apertada durante a perfusão de Visudyne e deve ser-se prudente quando se considera a realização do tratamento com Visudyne sob o efeito de anestesia geral.
Não existem dados clínicos que demonstrem a necessidade de tratamento concomitante do segundo olho. Contudo, se o tratamento do segundo olho for considerado necessário, deve ser aplicada luz no segundo olho imediatamente após a aplicação de luz no primeiro olho, mas nunca depois de 20 minutos a contar do início da perfusão.
Não existe experiência clínica em doentes com doença cardíaca instável (classe III ou classe IV) ou em doentes com hipertensão arterial não controlada.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Não foram realizados estudos específicos de interacção fármaco-fármaco em seres humanos.
A utilização concomitante de outros fármacos fotossensibilizantes (por exemplo, tetraciclinas, sulfonamidas, fenotiazinas, sulfonilureia, agentes hipoglicemiantes, diuréticos tiazídicos e griseofulvina) pode aumentar o risco de reacções de fotossensibilização.
4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez
No que respeita a verteporfina, não existem dados clínicos sobre as gravidezes a ela expostas. Estudos em animais revelaram efeitos teratogénicos numa espécie (ratinho) (ver secção 5.3). Desconhece-se o risco potencial para o ser humano. Visudyne não deve ser utilizado durante a gravidez, a menos que tal seja claramente necessário (apenas se o benefício justificar o risco potencial para o feto).
Aleitamento
A verteporfina e o seu metabolito diacídico são excretados no leite materno em pequenas quantidades. O tratamento com Visudyne não deve ser administrado durante o período de aleitamento ou, se tal acontecer, o aleitamento deve ser interrompido durante 48 horas após a administração.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Após o tratamento com Visudyne o doente pode apresentar distúrbios visuais transitórios que podem interferir na capacidade de conduzir ou utilizar máquinas, tais como alterações da visão, diminuição da visão, ou alteração do campo visual. Os doentes não devem conduzir ou utilizar máquinas enquanto os sintomas persistirem.
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4.8 Efeitos indesejáveis
Nos ensaios clínicos, as reacções adversas abaixo indicadas foram consideradas como estando potencialmente relacionadas com a terapêutica com Visudyne:
Efeitos indesejáveis oculares:
Efeitos frequentes (1-10%): Alterações da visão, como sejam: enevoamento e distorção da visão ou visualização de centelhas de luz, diminuição da visão, alteração do campo visual com aparecimentos de anéis escuros ou acinzentados, escotomas e manchas negras.
Foi notificada perda grave de visão, equivalente a 4 linhas ou mais, nos sete dias seguintes ao tratamento, em 2,1% dos doentes tratados com verteporfina em ensaios clínicos oculares de fase III controlados com placebo, e em menos de 1% dos doentes incluídos em ensaios clínicos não controlados. Essa situação ocorreu principalmente em doentes com DMI com lesões NVC unicamente ocultas (4,9%) ou minimamente clássicas, não tendo sido notificada em doentes tratados com placebo. Em alguns doentes observou-se recuperação parcial da visão.
Efeitos pouco frequentes (0,1-1%): Descolamento da retina (não regmatogéneo), hemorragia subretiniana/retiniana, hemorragia do vítreo.
Efeitos indesejáveis no local da injecção:
Efeitos frequentes (1-10%): Dor, edema, inflamação, extravasamento.
Efeitos pouco frequentes (0,1-1%): Hemorragia, descoloração e hipersensibilidade.
Efeitos indesejáveis sistémicos:
Efeitos frequentes (1-10%): Dor relacionada com a perfusão apresentando-se primeiramente como dor nas costas, náusea, reacções de fotossensibilidade, astenia, hipercolesterolemia.
As reacções de fotossensibilidade (em 2,2% dos doentes e <1% dos tratamentos com Visudyne) manifestaram-se sob a forma de queimaduras solares na sequência da exposição ao sol, geralmente nas 24 horas após o tratamento com Visudyne. Estas reacções podem ser evitadas se forem seguidas as instruções de protecção da fotossensibilização descritas na secção 4.4.
A elevada incidência de dores de costas durante a perfusão no grupo tratado com Visudyne não foi associada a qualquer evidência de hemólise ou reacção alérgica, desaparecendo geralmente uma vez terminada a perfusão.
Em particular em doentes com antecedentes de patologia cardiovascular, foram notificados casos de enfarte do miocárdio, por vezes 48 horas após a perfusão.
Efeitos pouco frequentes (0,1-1%): Dor, hipertensão arterial, hiperestesia, febre.
Efeitos adversos raros ocorridos nos ensaios clínicos (<0,1%) ou reportados espontaneamente durante a vigilância pós-comercialização inclusive:
Efeitos indesejáveis oculares: Não perfusão dos vasos retinianos ou coroideus, rasgadura do epitélio pigmentado retiniano.
Efeitos indesejáveis no local de injecção: Formação de bolhas.
Efeitos indesejáveis sistémicos: Foram notificadas reacções vasovagais e reacções de hipersensibilidade que, em raras ocasiões, podem ser graves. Os sintomas gerais poderão incluir cefaleias, mal-estar geral, síncope, suores, tonturas, erupções cutâneas, urticária, prurido, dispneia, eritema, e alterações da pressão arterial e da frequência cardíaca.
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Dores de costas e de peito relacionadas com a perfusão, com possível irradiação para outras áreas, incluindo, mas não se limitando a, pélvis, ombro ou costelas.
A maioria das reacções adversas notificadas foram ligeiras a moderadas e de natureza transitória. Os efeitos indesejáveis reportados em doentes com miopia patológica foram semelhantes aos reportados em doentes com DMI.
4.9 Sobredosagem
Não foram notificados casos de sobredosagem. A sobredosagem de Visudyne e/ou de radiação no olho tratado podem provocar uma situação de não perfusão não selectiva dos vasos sanguíneos normais da retina, e dar origem a uma redução grave da visão.
A sobredosagem de Visudyne pode prolongar o período de fotossensibilidade de doente. Nesta situação, o doente deve prolongar o período de protecção da pele e olhos da incidência de luz solar directa ou de luz artificial intensa para um período de tempo proporcional à sobredosagem que recebeu.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Agentes anti-neovascularização, código ATC: S01LA01
A verteporfina, um derivado monoacídico de uma benzoporfirina (BPD-MA), consiste numa mistura 1:1 de dois regioisómeros igualmente activos, BPD- MAC e BPD-MAD. A verteporfina é utilizada como um fármaco activado pela luz (fotossensibilizante).
A dose clinicamente recomendada de verteporfina, por si só, não é citotóxica. A verteporfina só produz agentes citotóxicos após activação pela luz, na presença de oxigénio. Quando a energia absorvida pela porfirina é transferida para o oxigénio, assiste-se à formação de oxigénio singleto altamente reactivo e com um tempo de vida curto. O oxigénio singleto provoca lesões nas estruturas biológicas vizinhas, causando uma oclusão vascular local, lesões celulares e, sob certas condições, a morte celular.
A selectividade da terapêutica fotodinâmica com verteporfina é o resultado, para além da exposição localizada à radiação, da captação e retenção de verteporfina de forma rápida e selectiva, pelas células em proliferação rápida, nomeadamente pelas células endoteliais da neovascularização coroideia.
Degenerescência Macular relacionada com a Idade com leões subfoveais predominantemente clássicas
Visudyne foi estudado em dois estudos multicêntricos, duplamente cegos, controlados com placebo, aleatórios (BPD OCR 002 A e B ou Tratamento da Degenerescência Macular relacionada com a Idade com Terapêutica Fotodinâmica [TAP]). Foram inscritos 609 doentes (402 com Visudyne e 207 com placebo).
O objectivo foi demonstrar a eficácia e a segurança a longo prazo da terapêutica fotodinâmica com verteporfina na limitação da diminuição da acuidade visual em doentes com neovascularização coroideia subfoveal devida a degenerescência macular relacionada com a idade.
Foi considerada como variável primária de eficácia a taxa de doentes que responderam ao tratamento, definida com a proporção de doentes que perderam menos de 15 letras (equivalente a 3 linhas) de acuidade visual (medida com as cartas ETDRS) no mês 12, relativamente à linha de base.
Para o tratamento foram considerados os seguintes critérios de inclusão: doentes com mais de 50 anos de idade, presença de NVC secundária a DMI, presença de componentes de lesão clássica da NVC (definida como uma área bem demarcada da angiografia de fluorescência), NVC de localização
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subfoveal (envolvendo o centro geométrico da zona foveal não vascularizada), zona de NVC clássica e oculta ≥50% da superfície total da lesão, maior dimensão linear de toda a lesão ≤9 áreas do disco do Estudo de Fotocoagulação Macular (MPS) e uma acuidade visual corrigida entre 34 e 73 letras (isto é, cerca de 20/40 e 20/200) no olho tratado. Foi permitida a presença de lesões ocultas NVC (fluorescência não bem demarcada no angiograma).
Os resultados indicam que, aos 12 meses, Visudyne foi estatisticamente superior ao placebo em termos de proporção de doentes que responderam ao tratamento. Os estudos mostraram uma diferença de 15% entre os grupos de tratamento (61% para os doentes tratados com Visudyne, comparativamente com 46% para os doentes tratados com placebo, p<0,001, análise ITT). Esta diferença de 15% entre os grupos de tratamento foi confirmada aos 24 meses (53% nos doentes tratados com Visudyne versus 38% nos doentes tratados com placebo, p<0,001).
O subgrupo de doentes com predominância de lesões clássicas de NVC (N=243; Visudyne 159, placebo 84) foi o que, com maior probabilidade, evidenciou um maior benefício com o tratamento. Aos 12 meses, estes doentes revelaram uma diferença de 28% entre os grupos de tratamento (67% para os doentes com Visudyne comparado com 39% para os doentes com placebo, p<0,001); o benefício manteve-se aos 24 meses (59% versus 31%, p<0,001). Em relação à extensão do estudo TAP: Em doentes seguidos a partir do 24º mês e sujeitos a tratamento aberto, não controlado, com Visudyne conforme necessário, os dados a longo prazo do estudo de extensão sugerem que os resultados obtidos ao nível da visão ao 24º mês se podem manter até aos 60 meses. No estudo TAP, em todos os tipos de lesão, o número médio de tratamentos por ano foi de 3,5 no primeiro ano após diagnóstico, 2,4 no segundo para a fase aleatorizada, controlada com placebo, 1,34 no terceiro ano, 0,4 no quarto e 0,1 no quinto ano para a fase de extensão aberta. Não foi identificada qualquer questão de segurança adicional. Degenerescência Macular relacionada com a Idade com lesões ocultas sem componente clássica O benefício do produto na população de doentes com DMI com NVC subfoveal oculta com evidência de progressão recente ou em curso da doença não foi demonstrado de forma consistente. Dois estudos randomizados, versus placebo, com dupla ocultação, multicêntricos, com a duração de 24 meses (BPD OCR 003 AMD ou Verteporfina em Terapia Fotodinâmica-AMD [VIP-AMD] e BPD OCR 0013 ou Visudyne na Neovascularização Coroidal Oculta [VIO] foram realizados em doentes com DMI caracterizada como NVC subfoveal oculta sem componente clássica. O estudo VIO incluiu doentes com NVC subfoveal sem componente clássica com uma acuidade visual de 73-34 letras (20/40-20/200), e doentes com lesões >4 áreas do disco de MPS com uma acuidade visual <65 letras (<20/50). 364 doentes (224 verteporfina, 120 placebo) foram incluídos neste estudo. O parâmetro de eficácia primário foi o mesmo de TAP (ver acima) com um endpoint adicional definido ao mês 24. Um outro parâmetro de eficácia foi também definido: a proporção de doentes que perdeu menos de 30 letras (equivalente a 6 linhas) de acuidade visual ao mês 12 e 24 em relação ao valor basal. O estudo não revelou quaisquer resultados estatisticamente significativos ao mês 12 (taxa de resposta de 15 letras, 62,7% versus 55,0%, p=0,150; taxa de resposta de 30 letras, 84,0% versus 83,3%, p=0,868) ou ao mês 24 (taxa de resposta de 15 letras, 53,3% versus 47,5%, p=0,300; taxe de resposta de 30 letras, 77,5% versus 75,0%, p=0,602). Uma percentagem maior de doentes que receberam Visudyne comparativamente com os que receberam placebo revelou efeitos adversos (88,1% versus 81,7%), efeitos adversos associados (23,0% versus 7,5%), efeitos que levaram à descontinuação (11,9% versus 3,3%) e efeitos que conduziram à morte (n=10 [4,1%]versus n=1 [0,8%]). Nenhuma morte foi considerada causada pelo tratamento. O VIP-AMD incluiu doentes com lesões com NVC oculta sem componente clássica com uma acuidade visual >50 letras (20/100). Este estudo também incluiu doentes com NVC com componente
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clássica com uma acuidade visual >70 letras (ou 20/40). 339 doentes (225 verteporfina, 114 placebo) foram recrutados para este estudo. O parâmetro de eficácia utilizado foi o mesmo do TAP e VIO (ver acima) com um endpoint adicional definido ao mês 24. Ao mês 12, o estudo não apresentou quaisquer resultados estatisticamente significativos ao nível dos parâmetros de eficácia primários (taxa de resposta 49,3% versus 45,6%, p=0,517). Ao mês 24, observou-se uma diferença estatisticamente significativa de 12,9% a favor de Visudyne quando comparado com o placebo (46,2% versus 33,3%, p=0,023). Um grupo de doentes que apresentava lesões ocultas sem componente clássica (n=258) obteve uma diferença estatisticamente significativa de 13,7% a favor de Visudyne quando comparado com o placebo (45,2% versus 31,5%, p=0,032). Uma maior percentagem de doentes que receberam Visudyne, comparativamente com os que receberam placebo, apresentou efeitos adversos (89,3% versus 82,5%), efeitos adversos associados (42,7% versus 18,4%) e efeitos que originaram a interrupção (6,2% versus 0,9%). Uma percentagem menor de doentes de Visudyne teve efeitos que conduziram à morte (n=4 [1,8%] versus n=3 [2,6%]; nenhuma morte foi considerada causada pelo tratamento.
Miopia patológica
Foi realizado um estudo multicêntrico, aleatorizado, versus placebo, em dupla ocultação (BPD OCR 003 PM [VIP-PM]), em doentes com neovascularização coroideia subfoveal provocada por miopia patológica. Foram recrutados um total de 120 doentes (81 Visudyne, 39 placebo). A posologia e frequência da repetição dos tratamentos foi a mesma que foi utilizada nos estudos da DMI.
Ao mês 12, registou-se vantagem de Visudyne ao nível dos parâmetros primários de eficácia (percentagem de doentes que perderam menos que 3 linhas de acuidade visual) – 86% com Visudyne versus 67% com placebo, p=0,011. A percentagem de doentes que perderam menos de 1,5 linhas foi de 64% com Visudyne e 49% com placebo (p=0,106).
No mês 24, 79% dos doentes tratados com Visudyne perderam menos de 3 linhas de acuidade visual (p=0,38) versus 72% dos doentes tratados com placebo. A percentagem de doentes que perderam menos de 1,5 linhas foi de 64% com Visudyne e 49% com placebo (p=0,106).
Este resultados indicam que o benefício clínico pode diminuir ao longo do tempo.
Em relação à extensão do estudo VIP-PM:
Em doentes seguidos a partir do 24º mês e sujeitos a tratamento aberto, não controlado, com Visudyne conforme necessário, os dados a longo prazo da extensão sugerem que os resultados obtidos ao nível da visão ao 24º mês se podem manter até aos 60 meses.
No estudo VIP-PM na miopia patológica, o número médio de tratamentos por ano foi de 3,5 no primeiro ano após diagnóstico, 1,8 no segundo para a fase aleatorizada, controlada com placebo, 0,4 no terceiro ano, 0,2 no quarto e 0,1 no quinto ano para a fase de extensão aberta.
Não foi identificada qualquer questão de segurança adicional.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Distribuição
A Cmáx após perfusão de 6 e 12 mg/m2 área de superfície corporal, durante 10 minutos na população-alvo, é aproximadamente de 1,5 e 3,5 μg/ml, respectivamente. Estes valores são um pouco mais elevados (26% para a dose proposta de 6 mg/m²) do que os que foram observados em voluntários jovens e saudáveis, e podem resultar numa exposição superior. A relevância clínica desta diferença relacionada com a idade é remota, uma vez que a avaliação risco/benefício determinada na população – alvo é favorável. Por cada dose de Visudyne administrada, observaram-se variações interindividuais de, no máximo, 2 vezes entre a Cmáx plasmática (imediatamente após o fim da perfusão intravenosa) e a concentração plasmática no momento da exposição à radiação.
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Os valores de Cmáx e AUC para os dois regioisómeros foram proporcionais à dose. No final da perfusão, os valores de Cmáx obtidos para o regioisómero BPD- MAD foram superiores aos obtidos para o regioisómero BPD- MAC. O volume de distribuição foi de 0,5 l/kg.
Ligação às proteínas
No sangue humano 90% da verteporfina encontra-se ligada ao plasma e 10% ligada às células sanguíneas, dos quais uma percentagem muito reduzida está ligada às membranas. No plasma humano, 90% da verteporfina encontra-se associada à fracção lipoproteica do plasma e aproximadamente 6% encontra-se associada à albumina.
Metabolismo
O grupo éster da verteporfina é hidrolisado por esterases plasmáticas e hepáticas, levando à formação de um derivado diacídico benzoporfirínico (BPD-DA). BPD-DA é também fotossensibilizante mas a sua exposição sistémica é baixa (5-10% da exposição da verteporfina, sugerindo que a maior parte da droga é eliminada sem alterações). Estudos in vitro não mostraram qualquer envolvimento significativo do metabolismo oxidativo pelos enzimas do citocromo P450.
Eliminação
Os valores médios de semi-vida de eliminação plasmática variam aproximadamente entre 5-6 horas para a verteporfina.
Os valores médios da área sob a curva (AUC) para indivíduos com disfunção hepática ligeira foram até 1,4 vezes superiores aos observados em indivíduos com função hepática normal. Esta diferença não é clinicamente relevante e não requer qualquer ajuste da dose em doentes com disfunção hepática moderada.
A excreção combinada da verteporfina e de BPD-DA na urina humana foi inferior a 1%, sugerindo excreção biliar.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Nos estudos de dose repetida realizados em ratos e cães (1 por dia, sem activação pela radiação durante 4 semanas), registou-se a ocorrência de hemólise extravascular ligeira e resposta hematopoiética com exposição aproximadamente 70 vezes (ratos) e 32 vezes (cães) maior do que a exposição (baseada em AUC) da dose humana recomendada.
A administração rápida de 2,0 mg/kg de verteporfina, a uma taxa de 7 ml/minuto em porcos anestesiados, provocou alterações hemodinâmicas e, em alguns casos, morte súbita, nos 2 minutos após administração do fármaco. Efeitos semelhantes foram observados em porcos sedados. O pré-tratamento com difenidramina diminuiu estes efeitos, o que sugere que a histamina pode desempenhar um papel neste processo. Os animais não anestesiados e não sedados não foram afectados por estes parâmetros de dosagem. Em cães anestesiados ou conscientes, que receberam 20 mg/kg de verteporfina administrada a uma taxa de perfusão de 5 ml/minuto, não foram registadas alterações. Os efeitos registados podem resultar da cativação do complemento. A verteporfina, em concentrações 5 vezes superiores às concentrações plasmáticas esperadas em doentes tratados, provocou um baixo nível de activação do complemento em sangue humano in vitro.
Foram registados os níveis de toxicidade ocular em coelhos e macacos normais, particularmente na retina/coroideia, relacionados com a dose de fármaco, dose de radiação, e tempo de exposição à radiação. Os estudos de toxicidade ao nível da retina, realizados em cães normais, com verteporfina intravenosa e da luz ambiente, mostraram não haver toxicidade ocular relacionada com o tratamento.
Num estudo de embriotoxicidade, fetos de ratos fêmeas, submetidas a doses maiores do que aproximadamente 67 vezes a dose recomendada em seres humanos (com base na AUC), apresentaram uma maior incidência de anoftalmia/microftalmia, costelas onduladas e outras alterações fetais. Não foi observada teratogenicidade em fetos de coelhas submetidas a 67 vezes a dose recomendada em humanos.
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A verteporfina não apresentou genotoxicidade quer na ausência quer na presença de radiação, no conjunto habitual de testes genotóxicos.
Foram observados efeitos imunomodulatórios em ratinhos. A fotoactivação de todo o corpo nas 3 horas seguintes à administração de verteporfina modificou positivamente o curso de várias doenças mediadas imunologicamente e reduziu a resposta imunitária da pele normal sem causar reacção cutânea ou imunossupressão generalizada não específica.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1. Lista dos excipientes
Lactose mono-hidratada
Fosfatidilglicerol do ovo
Dimiristoil fosfatidilcolina
Palmitato de ascorbilo
Butil-hidroxitolueno (E321)
6.2 Incompatibilidades
Visudyne precipita em soluções salinas. Não utilize soluções salinas normais ou outras soluções parentéricas. Na ausência de estudos de compatibilidade, este medicamento não deve ser misturado com outros medicamentos, excepto os mencionados na secção 6.6.
6.3 Prazo de validade
Prazo de validade para o frasco para injectáveis selado: 4 anos
Prazo de validade após reconstituição e diluição: A estabilidade química e física durante o uso foi demonstrada durante 4 horas a 25°C. Do ponto de vista microbiológico, o produto deve ser utilizado imediatamente. Se não utilizado imediatamente, o tempo e as condições de armazenamento antes da utilização são da responsabilidade do utilizador e não devem normalmente exceder 4 horas a temperatura inferior a 25°C, protegido da luz.
6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25°C. Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz.
Após reconstituição e diluição, ver secção 6.3.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Pó em frasco para injectáveis de vidro (tipo I), selado com rolha de borracha butílica e cápsula de alumínio.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Reconstitua Visudyne em 7,0 ml de água para injectáveis, para obter 7,5 ml de solução com uma concentração de 2 mg/ml. Visudyne reconstituído é uma solução opaca verde-escura a preta. Recomenda-se que a solução de Visudyne reconstituída seja inspeccionada visualmente no que respeita a partículas e descoloração antes da administração. Para obter uma dose de 6 mg/m2 área de superfície corporal (ver secção 4.2) dilua a quantidade de Visudyne necessária em Dextrose para injectáveis a 5%, para um volume final de 30 ml. Não utilize soluções salinas (ver secção 6.2). Recomenda-se o uso de um filtro normal de linha de perfusão com membranas hidrófilas (como polietersulfona) com poros de diâmetro não inferior a 1,2 μm.
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O frasco e qualquer porção de solução reconstituída devem ser eliminados após utilização única.
No caso de derramamento da solução, o local deve ser isolado e limpo com um pano húmido. Evite o contacto com a pele e os olhos. Recomenda-se o uso luvas de borracha e de protecção ocular. Todos os materiais devem ser eliminados de forma adequada.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Novartis Europharm Limited
Wimblehurst Road
Horsham
West Sussex, RH12 5AB
Reino Unido
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/00/140/001
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Data da primeira autorização: 27 de Julho de 2000
Data da primeira renovação: 27 de Julho de 2005
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
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ANEXO II
A. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
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A TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote
Novartis Pharma S.A.S.
26, rue de la Chapelle
F-68333 Huningue Cedex
França
B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
• CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Medicamento de receita médica restrita, de utilização reservada a certos meios especializados (ver anexo I: Resumo das Características do Medicamento, secção 4.2.).
• CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO MEDICAMENTO
Não aplicável.
• OUTRAS CONDIÇÕES
Sistema de Farmacovigilância
O Titular da AIM deve assegurar que o sistema de farmacovigilância, tal como descrito na versão 1.0, datada de 30 de Junho de 2008, apresentada no Módulo 1.8.1 do pedido de Autorização de Introdução no Mercado, está implementado e em funcionamento antes e enquanto o produto estiver no mercado.
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ANEXO III
ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO
14
A. ROTULAGEM 15
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
EMBALAGEM EXTERIOR
1. NOME DO MEDICAMENTO
Visudyne 15 mg pó para solução para perfusão
Verteporfina
2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S)
Cada frasco para injectáveis contém 15 mg de verteporfina.
3. LISTA DOS EXCIPIENTES
Lactose mono-hidratada, dimiristoil fosfatidilcolina, fosfatidilglicerol do ovo, palmitato de ascorbilo, butil-hidroxitolueno (E321).
4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
Pó para solução para perfusão.
Caixa contendo 1 frasco para injectáveis, contendo pó.
5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Via intravenosa.
Não dissolver em soluções salinas.
Consultar o folheto informativo antes de utilizar.
6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
8. PRAZO DE VALIDADE
EXP
9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Não conservar acima de 25°C.
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz.
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Prazo de validade após reconstituição e diluição: ver folheto informativo.
10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL
11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Novartis Europharm Limited
Wimblehurst Road
Horsham
West Sussex
RH12 5AB
Reino Unido
12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/00/140/001
13. NÚMERO DO LOTE
Lote
14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica.
15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Foi aceite a justificação para não incluir a informação em Braille.
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INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
RÓTULO DO FRASCO PARA INJECTÁVEIS
1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Visudyne 15 mg pó para solução para perfusão
Verteporfina
Via intravenosa
2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
3. PRAZO DE VALIDADE
EXP
4. NÚMERO DO LOTE
Lot
5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE
Cada frasco para injectáveis contém 15 mg de verteporfina
6. OUTRAS
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B. FOLHETO INFORMATIVO
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FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Visudyne 15 mg pó para solução para perfusão
Verteporfina
Leia atentamente este folheto antes de lhe administrarem este medicamento.
– Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
– Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico, farmacêutico ou enfermeiro.
– Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
– Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou enfermeiro.
Neste folheto
1. O que é Visudyne e para que é utilizado
2. Antes de lhe ser administrado Visudyne
3. Como Visudyne é utilizado
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Visudyne
6. Outras informações
1. O QUE É VISUDYNE E PARA QUE É UTILIZADO
Visudyne é um medicamento foto-activado usado em terapêutica fotodinâmica.
É usado para o tratamento da forma húmida de degenerescência macular relacionada com a idade (DMI) e miopia patológica (MP). Estas doenças conduzem a perda de visão devido a destruição da retina, causada pelo crescimento de vasos sanguíneos, a que se chama neovascularização coroideia (NVC). Existem dois tipos de NVC conhecidas por NVC clássica e NVC oculta, que podem ser identificadas através de angiografia fluoresceínica. Visudyne é usado para o tratamento de NVC predominantemente clássica em doentes com DMI, e para o tratamento de todos os tipos de NVC em doentes com miopia patológica.
2. ANTES DE LHE SER ADMINSTRADO VISUDYNE
Não lhe deve ser administrado Visudyne:
– se tem alergia (hipersensibilidade) à verteporfina ou a qualquer outro componente de Visudyne.
– se tem porfiria.
– se sofrer de disfunção hepática grave.
Tome especial cuidado com Visudyne:
– Informe o seu médico se sofre de alguma doença ou se está a tomar algum medicamento. O seu médico necessita de ter em conta esta informação quando for tratá-lo(a).
– Informe o seu médico ou enfermeiro se detectar algum problema durante o tratamento.
– Se, durante a perfusão, Visudyne extravasar para fora da veia, e especialmente se a área afectada estiver exposta à luz, tal pode provocar dor, inchaço, formação de bolhas e alteração da cor da pele no local do extravasamento. Se esta situação se verificar, é necessário interromper a perfusão, aplicar compressas frias no local afectado e proteger completamente a pele da luz até que a sua coloração volte ao normal. Pode ser necessário tomar um analgésico.
– Irá apresentar sensibilidade à luz forte, pelo menos durante as 48 horas após o tratamento. Durante este período, evite a exposição directa à luz solar, à luz artificial intensa, como seja em salões de bronzeamento artificial, lâmpadas de halogéneo fortes, luz de alta intensidade utilizada pelos cirurgiões e dentistas, ou a luz emitida por dispositivos médicos, tais como 20
oxímetros de pulso. Se sair para o exterior durante o dia, nas 48 horas após o tratamento, deverá proteger a sua pele e olhos utilizando roupas protectoras e óculos escuros. Os cremes protectores solares não oferecem protecção. A luz ambiente artificial é segura. Não permaneça no escuro, porque a exposição à luz ambiente artificial ajuda o seu organismo a eliminar mais rapidamente Visudyne.
– Informe o seu médico se detectar algum problema ocular após o tratamento.
Gravidez e aleitamento
Não existe experiência com Visudyne em mulheres grávidas. Se está grávida ou pensa engravidar, ou se está a amamentar, só deve receber tratamento com Visudyne se o seu médico considerar absolutamente essencial.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas
Após o tratamento com Visudyne pode apresentar alguns problemas de visão. Se isto se verificar, não conduza ou utilize quaisquer ferramentas ou máquinas até a sua visão melhorar.
Informações importantes sobre alguns componentes de Visudyne
Visudyne contém pequenas quantidades de butil-hidroxitolueno (E321). Este ingrediente é irritante para os olhos, pele e membranas mucosas. Caso tenha algum contacto directo com Visudyne, deve lavar abundantemente com água a zona atingida.
3. COMO VISUDYNE É UTILIZADO
O seu médico ou farmacêutico preparará a solução para perfusão de Visudyne. Esta será administrada pelo seu médico ou enfermeiro.
No final da injecção, o seu médico adapta uma lente de contacto especial ao seu olho e procede ao tratamento utilizando um laser especial. São necessários 83 segundos para administrar uma dose de laser de 50 J/cm2 necessária para activar Visudyne. Durante este período de tempo, terá de seguir as instruções do seu médico e manter os seus olhos fixos.
Se necessário, o tratamento com Visudyne pode ser repetido de 3 em 3 meses.
Caso lhe tenha sido administrado mais Visudyne do que necessário
Uma sobredosagem de Visudyne pode prolongar o tempo durante o qual se encontra fotossensível e pode ter de seguir as instruções de protecção dadas na secção 2 durante mais de 48 horas. O seu médico irá aconselhá-lo.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Visudyne pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Para a dose recomendada, um reduzido número de doentes apresentou um ou mais dos efeitos secundários mencionados de seguida. A maior parte destes efeitos secundários foi de pouca importância e desapareceu rapidamente.
Alguns doentes mencionaram efeitos secundários no olho tratado, como sejam: alteração ou diminuição da visão, alteração no campo visual, descolamento da retina e falta de circulação sanguínea na retina ou coroideia.
Adicionalmente, alguns doentes referiram uma ou mais das seguintes reacções: náuseas, queimaduras solares, cansaço, dor nas costas e no peito relacionada com a perfusão, a qual pode irradiar para outras
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áreas incluindo, mas não se limitando, à pélvis, ombros ou costelas; aumento do colesterol, dor generalizada, aumento da pressão arterial, diminuição da sensibilidade, febre. Foram comunicadas reacções como reacções vasovagais (tonturas e desmaio) e reacções de hipersensibilidade que, em raras ocasiões, podem ser graves. Os sintomas gerais poderão incluir dor de cabeça, mal-estar geral, síncope, suores, tonturas, erupção cutânea, urticária, comichão, dispneia, eritema, e alterações da pressão arterial e do ritmo cardíaco.
Tal como para outras injecções, alguns doentes comunicaram dor, inchaço, inflamação, formação de bolhas, extravasamento para a área à volta da veia e hemorragia no local da injecção, alteração da cor da pele e alergia. Se isto lhe acontecer, apresentará uma maior sensibilidade à luz nessa zona da pele até ao desaparecimento da cor verde.
Em particular em doentes com antecedentes de doença cardíaca, foram notificados casos de ataque cardíaco, por vezes 48 horas após o tratamento com Visudyne.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou enfermeiro.
5. COMO CONSERVAR VISUDYNE
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não conservar acima de 25°C. Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz.
A estabilidade química e física da solução preparada foi demonstrada durante 4 horas após a preparação, a 25°C. Do ponto de vista microbiológico, a solução deve ser utilizada imediatamente. Quando não for utilizada imediatamente, o tempo e as condições de armazenagem da solução preparada antes da sua utilização são da responsabilidade do utilizador, que deve ter presente que a solução não dura normalmente mais de 4 horas, se guardada a temperatura inferior a 25°C, protegida da luz.
Não utilize Visudyne após o prazo de validade impresso na embalagem exterior e no frasco para injectáveis.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Visudyne
– A substância activa é a verteporfina.
– Os outros componentes são o dimiristoil fosfatidilcolina, o fosfatidilglicerol do ovo, o palmitato de ascorbilo, o butil-hidroxitolueno (E321) e a lactose mono-hidratada.
Qual o aspecto de Visudyne e conteúdo da embalagem
Visudyne é fornecido sob a forma de pó verde-escuro a negro em frasco para injectáveis de vidro transparente. O pó é reconstituído em água para injectáveis antes da administração, obtendo-se uma solução opaca verde-escura.
Visudyne está disponível em embalagens contendo 1 frasco para injectáveis, contendo pó.
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Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Novartis Europharm Limited
Wimblehurst Road
Horsham
West Sussex, RH12 5AB
Reino Unido
Fabricante
Novartis Pharma S.A.S.
26, rue de la Chapelle
F-68333 Huningue Cedex
França
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do Titular da Autorização de Introdução no Mercado.
België/Belgique/Belgien
Novartis Pharma N.V.
Tél/Tel: +32 2 246 16 11
Luxembourg/Luxemburg
Novartis Pharma GmbH
Tél/Tel: +49 911 273 0
България
Novartis Pharma Services Inc.
Тел.: +359 2 489 98 28
Magyarország
Novartis Hungária Kft. Pharma
Tel.: +36 1 457 65 00
Česká republika
Novartis s.r.o.
Tel: +420 225 775 111
Malta
Novartis Pharma Services Inc.
Tel: +356 2298 3217
Danmark
Novartis Healthcare A/S
Tlf: +45 39 16 84 00
Nederland
Novartis Pharma B.V.
Tel: +31 26 37 82 111
Deutschland
Novartis Pharma GmbH
Tel: +49 911 273 0
Norge
Novartis Norge AS
Tlf: +47 23 05 20 00
Eesti
Novartis Pharma Services Inc.
Tel: +372 60 62 400
Österreich
Novartis Pharma GmbH
Tel: +43 1 86 6570
Ελλάδα
Novartis (Hellas) A.E.B.E.
Τηλ: +30 210 281 17 12
Polska
Novartis Poland Sp. Z o.o.
Tel.: +48 22 550 8888
España
Novartis Farmacéutica, S.A.
Tel: +34 93 306 42 00
Portugal
Novartis Farma – Produtos Farmacêuticos, S.A.
Tel: +351 21 000 8600
France
Novartis Pharma S.A.S.
Tél: +33 1 55 47 66 00
România
Novartis Pharma Services Inc.
Tel: +40 21 31299 01
23
Ireland
Novartis Ireland Limited
Tel: +353 1 260 12 55
Slovenija
Novartis Pharma Services Inc.
Tel: +386 1 300 75 77
Ísland
Vistor hf.
Sími: +354 535 7000
Slovenská republika
Novartis Slovakia s.r.o.
Tel: +421 2 5542 5439
Italia
Novartis Farma S.p.A.
Tel: +39 02 96 54 1
Suomi/Finland
Novartis Finland Oy
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Este folheto foi aprovado pela última vez em 24
INFORMAÇÃO PARA PROFISSIONAIS DE SAÚDE
A informação que se segue destina-se apenas aos médicos e aos profissionais de saúde:
Dissolver Visudyne em 7,0 ml de água para injectáveis de modo a obter 7,5 ml de solução a 2 mg/ml. A solução de Visudyne reconstituída é uma solução opaca verde-escura. Recomenda-se que a solução de Visudyne reconstituída seja inspeccionada visualmente no que respeita a partículas e descoloração, antes da administração. Para uma dose de 6 mg/m² de superfície corporal (a dosagem recomendada para o tratamento), diluir a quantidade necessária de solução de Visudyne em dextrose para injectáveis a 5% até um volume final de 30 ml. Não utilizar solução salina. É aconselhável o uso de um filtro normal na linha de perfusão, com membranas hidrófilas (como polietersulfona), e poros de diâmetro não inferior a 1,2 μm.
Para condições de conservação, por favor consulte a secção 5 deste folheto.
O frasco para injectáveis e qualquer porção de solução reconstituída devem ser eliminados após utilização única.
No caso de derramamento da solução o local deve ser isolado e limpo com um pano húmido. Evite o contacto com a pele e os olhos. Recomenda-se o uso de luvas de borracha e de protecção ocular. Todos os materiais devem ser eliminados de forma adequada.
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Categorias
Bevacizumab

Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO – Avastin

1. NOME DO MEDICAMENTO
Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA
Bevacizumab 25 mg por ml. Cada frasco para injectáveis contém 100 mg em 4 ml e 400 mg em 16 ml de bevacizumab, respectivamente.
Bevacizumab é um anticorpo monoclonal recombinante humanizado produzido por tecnologia de ADN em células de ovário de hamster chinês.
Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA
Concentrado para solução para perfusão.
Líquido transparente a ligeiramente opalescente, incolor a castanho claro

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS

4.1 Indicações terapêuticas
Avastin (bevacizumab), em associação com quimioterapia contendo fluoropirimidinas, está indicado no tratamento de doentes com carcinoma metastizado do cólon ou do recto.
Avastin, em associação com paclitaxel, está indicado no tratamento de primeira linha de doentes com cancro da mama metastático.
Avastin, em associação com quimioterapia baseada em platinos, está indicado no tratamento de primeira linha de doentes com cancro do pulmão de células não pequenas, irressecável, avançado, metastático ou recidivante, excluindo histologia com predomínio de células escamosas.
Avastin, em associação com interferão alfa-2a, está indicado no tratamento de primeira linha de doentes com cancro de células renais avançado e/ou metastizado.
4.2 Posologia e modo de administração
Geral
Avastin deve ser administrado sob supervisão de um médico com experiência na utilização de terapêuticas antineoplásicas.
Recomenda-se a continuação da terapêutica até à progressão da doença.
A dose inicial deve ser administrada sob a forma de perfusão intravenosa durante 90 minutos. Se a primeira perfusão for bem tolerada, a administração da segunda perfusão pode ser feita durante 60 minutos. Se a perfusão com duração de 60 minutos for bem tolerada, todas as perfusões seguintes poderão ser administradas durante 30 minutos.
Não administrar sob a forma de injecção intravenosa rápida ou bólus.
As instruções para a preparação da perfusão de Avastin encontram-se descritas na secção 6.6.
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A perfusão de Avastin não deve ser misturada nem administrada juntamente com soluções de glucose (ver secção 6.2).
Carcinoma metastizado do cólon ou do recto
A dose recomendada de Avastin, administrada sob a forma de perfusão intravenosa, é de 5 mg/kg ou 10 mg/kg de peso corporal, administrada uma vez de 2 em 2 semanas, ou 7,5 mg/kg ou 15 mg/kg de peso corporal administrada uma vez de 3 em 3 semanas.
Não se recomenda a redução da dose por ocorrência de acontecimentos adversos. Se indicado, o tratamento deve ser interrompido permanentemente ou suspenso temporariamente de acordo com o descrito na secção 4.4.
Cancro da mama metastático
A dose recomendada de Avastin é de 10 mg/kg de peso corporal administrada uma vez, de duas em duas semanas, ou 15 mg/Kg de peso corporal, administrada uma vez cada 3 semanas, sob a forma de perfusão intravenosa.
Cancro do pulmão de células não pequenas
Avastin é administrado em associação a quimioterapia com base em platinos, em até 6 ciclos de tratamento, seguidos de Avastin em monoterapia até progressão da doença.
A dose recomendada de Avastin é de 7,5 mg/kg ou 15 mg/kg de peso corporal, administrada uma vez em cada 3 semanas, por perfusão intravenosa.
O benefício clínico em doentes com do cancro do pulmão de células não pequenas foi demonstrado com ambas as doses de 7,5 mg/kg e15 mg/kg. Para mais informação, ver secção 5.1 Propriedades Farmacodinâmicas, cancro do pulmão de células não pequenas.
Cancro de células renais avançado e/ou metastizado
A dose recomendada de Avastin é de 10 mg/kg de peso corporal, administrada uma vez em cada 2 semanas, por perfusão intravenosa.
Populações especiais
Crianças e adolescentes: A segurança e a eficácia não foram estabelecidas em crianças e adolescentes. O Avastin não é recomendado em crianças e adolescentes devido à ausência de dados de segurança e eficácia (ver secção 5.3).
Idosos: Não é necessário ajuste da dose em doentes idosos.
Compromisso renal: A segurança e a eficácia não foram estudadas em doentes com compromisso renal.
Compromisso hepático: A segurança e a eficácia não foram estudadas em doentes com compromisso hepático.
4.3 Contra-indicações
• Hipersensibilidade à substância activa ou a qualquer dos excipientes.
• Hipersensibilidade a produtos derivados de células de ovário de hamster chinês (CHO) ou a outros anticorpos recombinantes humanos ou humanizados.
• Gravidez (ver secção 4.6).
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• Avastin está contra-indicado em doentes com metástases do SNC não tratadas (ver secção 4.4 e 4.8).
4.4 Advertências e precauções especiais de utilização
Perfuração gastrointestinal (ver secção 4.8)
Os doentes tratados com Avastin podem estar em risco aumentado de desenvolver perfuração gastrointestinal. Em doentes com carcinoma metastizado do cólon ou do recto, um processo inflamatório intra-abdominal pode ser um factor de risco para ocorrência de perfuração gastrointestinal, por conseguinte, deve ter-se cuidado ao tratar estes doentes. A terapêutica deve ser interrompida definitivamente nos doentes que desenvolvam perfuração gastrointestinal.
Fístulas (ver secção 4.8)
Quando tratados com Avastin os doentes podem apresentar um risco aumentado de desenvolver fístulas.
Descontinuar permanentemente o tratamento com Avastin em doentes com fístula TE (traqueoesofágica) ou qualquer fístula de grau 4. A informação disponível relativa ao uso continuado de Avastin em doentes com outras fístulas é limitada. Deve considerar-se a descontinuação do tratamento com Avastin em casos de fístula interna não originada no tracto GI.
Complicações na cicatrização das feridas (ver secção 4.8)
O Avastin pode influenciar adversamente o processo de cicatrização das feridas. A terapêutica não pode ser iniciada antes de decorridos pelo menos 28 dias depois de uma grande cirurgia ou até cicatrização completa da ferida cirúrgica. Nos doentes que apresentarem complicações da cicatrização de feridas durante o tratamento, este deve ser suspenso até cicatrização completa da ferida. A terapêutica deve ser suspensa antes da cirurgia electiva.
Hipertensão (ver secção 4.8)
Observou-se uma incidência aumentada de hipertensão em doentes submetidos a tratamento com Avastin. Os dados de segurança clínica sugerem que a incidência de hipertensão está provavelmente relacionada com a dose. A hipertensão pré-existente deve ser adequadamente controlada antes do início do tratamento com Avastin. Não existem informações acerca do efeito do Avastin em doentes com hipertensão não controlada à data de início da terapêutica. É geralmente recomendada a monitorização da tensão arterial durante a terapêutica.
Na maioria dos casos a hipertensão foi controlada adequadamente através de tratamento anti-hipertensivo habitual, apropriado à situação individual do doente. Não se aconselha a utilização de diuréticos para controlo da hipertensão em doentes que estejam a fazer regimes de quimioterapia com base em cisplatina. Caso a hipertensão seja clinicamente significativa e não possa ser adequadamente controlada com terapêutica anti-hipertensiva ou caso o doente desenvolva uma crise hipertensiva ou encefalopatia hipertensiva, deve suspender-se definitivamente o tratamento com Avastin.
Síndrome de leucoencefalopatia reversível posterior (RPLS) (ver secção 4.8)
Têm sido notificados casos raros de doentes tratados com Avastin que desenvolveram sinais e sintomas consistentes com a síndrome de leucoencefalopatia reversível posterior, uma doença neurológica rara, que pode apresentar, entre outros, os seguintes sinais e sintomas: convulsões, dor de cabeça, alterações do estado mental, perturbações visuais ou cegueira cortical, com ou sem hipertensão associada. O diagnóstico de síndrome de leucoencefalopatia reversível posterior requer confirmação por imagiologia cerebral. Nos doentes que desenvolvam síndrome de leucoencefalopatia reversível posterior, recomenda-se o tratamento de sintomas específicos incluindo o controlo da hipertensão, juntamente com a interrupção do Avastin. Desconhece-se a segurança de reiniciar a terapêutica com Avastin em doentes que tenham sofrido de síndrome de leucoencefalopatia reversível posterior.
Proteinúria (ver secção 4.8)
O doente com história clínica de hipertensão pode estar em risco aumentado de desenvolver proteinúria quando submetido a tratamento com Avastin. Há indícios que apontam para a possibilidade
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de a proteinúria de Grau 1 [US National Cancer Institute-Common Toxicity Criteria (NCI-CTC) versão 2.0] poder estar relacionada com a dose. Recomenda-se a monitorização da proteinúria por meio de análise da urina com dipstick antes do início e durante a terapêutica. Avastin deve ser interrompido definitivamente nos doentes que desenvolvam proteinúria de Grau 4 (síndroma nefrótico).
Tromboembolismo arterial (ver secção 4.8)
Em cinco ensaios clínicos aleatorizados, a incidência de acontecimentos tromboembólicos arteriais, incluindo acidente vascular cerebral (AVC), acidente isquémico transitório (AIT) e enfarte do miocárdio (EM), foi maior nos doentes submetidos a tratamento com Avastin em associação com quimioterapia do que nos doentes a fazer apenas quimioterapia.
Doentes em tratamento com Avastin mais quimioterapia e com história clínica de tromboembolismo arterial ou idade superior a 65 anos apresentam um risco aumentado de desenvolvimento de acontecimentos tromboembólicos arteriais durante a terapêutica. Deve ter-se precaução ao tratar estes doentes com Avastin.
A terapêutica deve ser interrompida definitivamente nos doentes que desenvolvam acontecimentos tromboembólicos arteriais.
Tromboembolismo venoso (ver secção 4.8)
Doentes em tratamento com Avastin podem estar em risco de desenvolverem acontecimentos tromboembólicos venosos, incluindo embolismo pulmonar. Avastin deve ser interrompido em doentes com embolismo pulmonar potencialmente fatal (Grau 4) e doentes com embolismo pulmonar de Grau ≤ 3 devem ser monitorizados de perto.
Hemorragia
O risco de hemorragia no SNC não pode ser totalmente avaliado em doentes com metástases no SNC, em tratamento com Avastin, uma vez que estes doentes foram excluídos dos ensaios clínicos. Por conseguinte, Avastin não deve ser utilizado nestes doentes (ver secções 4.3 e 4.8).
Os doentes tratados com Avastin apresentam um risco aumentado de hemorragia, principalmente hemorragia relacionada com o tumor. Avastin deve ser interrompido definitivamente nos doentes em que surjam hemorragias de Grau 3 ou 4 no decurso da terapêutica (ver secção 4.8).
Não existem informações sobre o perfil de segurança do Avastin em doentes com diátese hemorrágica congénita, com coagulopatia adquirida ou que estejam em tratamento com anticoagulantes (na dose habitual) para terapêutica do tromboembolismo antes da instituição do Avastin, uma vez que esses doentes foram excluídos dos ensaios clínicos. Por conseguinte, a decisão de instituir a terapêutica nestes doentes deve ser bem ponderada. No entanto, aparentemente os doentes que desenvolvem trombose venosa ao receber o tratamento não apresentam uma incidência mais elevada de hemorragias de grau igual ou superior a 3 quando submetidos a tratamento concomitante com Avastin e varfarina.
Hemorragia pulmonar/Hemoptise
Doentes com cancro do pulmão de células não pequenas tratados com Avastin podem ter um risco aumentado de desenvolver hemorragia pulmonar/ hemoptise grave e em alguns casos fatal. Doentes com hemorragia pulmonar/ hemoptise (volume de sangue > 2,5 ml) não devem ser tratados com Avastin.
Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) (ver secção 4.8)
Em ensaios clínicos foram notificados acontecimentos consistentes com ICC. Os sintomas variaram desde diminuição assintomática na fracção de ejecção ventricular esquerda até ICC sintomática que necessitou de tratamento ou hospitalização. A maioria dos doentes que teve ICC tinha cancro da mama metastático e tinha sido anteriormente tratada com antraciclinas, tinha feito radioterapia à parede torácica esquerda ou tinha outro factor de risco para a ICC, como por exemplo doença coronária pré-existente ou terapêutica cardiotóxica concomitante.
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A instituição da terapêutica com Avastin em doentes com doença cardiovascular clinicamente significativa ou insuficiência cardíaca congestiva pré-existente deve ser bem ponderada.
Neutropenia (ver secção 4.8)
Em doentes tratados com alguns regimes de quimioterapia mielotóxica mais Avastin observou-se uma taxa aumentada de neutropenia grave, neutropenia febril ou infecção com neutropenia grave (incluindo alguns casos fatais), comparativamente com a observada com regimes contendo apenas quimioterapia.
4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção
Efeito de fármacos antineoplásicos na farmacocinética do bevacizumab
Com base nos resultados de uma análise farmacocinética populacional, não se observaram interacções farmacocinéticas clinicamente relevantes para o Avastin, decorrentes da co-administração com quimioterapia. A depuração de Avastin não foi alterada em doentes tratados em monoterapia, comparativamente a doentes tratados com Avastin em associação com um regime de Irinotecano/5-FU/ácido folínico (IFL) em bólus. O efeito da co-administração de outras quimioterapias na depuração de Avastin é considerado não clinicamente significativo.
Efeito do bevacizumab na farmacocinética de outros fármacos antineoplásicos
Os resultados de um estudo específico de interacção fármaco-fármaco demonstraram não existir efeito significativo do bevacizumab na farmacocinética do irinotecano e do seu metabolito activo SN38.
Os resultados de um estudo realizado em doentes com cancro colorrectal metastizado demonstraram não existir efeito significativo do bevacizumab na farmacocinética da capecitabina e dos seus metabolitos, nem na farmacocinética da oxaliplatina, como determinado pelas concentrações plasmáticas de platina livre e total.
Os resultados de um estudo em doentes com cancro renal demonstraram não existir efeito significativo do bevacizumab na farmacocinética do interferão alfa-2a.
O efeito potencial do bevacizumab na farmacocinética da cisplatina e gemcitabina foi estudado em doentes com cancro do pulmão de células não pequenas não escamosas. Os resultados do estudo demonstraram que o bevacizumab não tem um efeito significativo na farmacocinética da cisplatina. Os resultados do referido estudo não permitem concluir com certeza sobre o impacto do bevacizumab na farmacocinética da gemcitabina, devido à grande variabilidade inter-doentes e ao limitado tamanho da amostra.
Associação de bevacizumab e malato de sunitinib
Em dois estudos clínicos no carcinoma de células renais metastizado foi notificada anemia hemolítica microangiopática (MAHA), em 7 de 19 doentes tratados com a associação de bevacizumab (10 mg/kg cada duas semanas) e malato de sunitinib (50 mg uma vez por dia).
A MAHA é uma alteração hemolítica que pode apresentar-se com fragmentação de glóbulos vermelhos, anemia e trombocitopenia. Adicionalmente, foi observada em alguns destes doentes hipertensão (incluindo crise hipertensiva), aumento nos níveis de creatinina e sintomas neurológicos. Todos estes efeitos foram reversíveis após a descontinuação do bevacizumab e malato de sunitinib (ver Hipertensão, Proteinúria, RPLS, na secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização).
Radioterapia
A segurança e a eficácia da administração concomitante de radioterapia e Avastin não foram estabelecidas.
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4.6 Gravidez e aleitamento
Gravidez
Não existem dados sobre a utilização de Avastin na mulher grávida. Os estudos em animais revelaram toxicidade reprodutiva incluindo malformações (ver secção 5.3). Sabe-se que as IgG atravessam a placenta e calcula-se que Avastin iniba a angiogénese no feto, podendo provocar graves anomalias congénitas em caso de administração durante a gravidez. Avastin é contra-indicado (ver secção 4.3) durante a gravidez. As mulheres em risco de engravidar têm de utilizar um método contraceptivo eficaz durante (e até 6 meses após) o tratamento.
Aleitamento
Não se sabe se o bevacizumab é excretado no leite humano. Uma vez que a IgG materna é excretada no leite e que o bevacizumab pode ter efeitos nefastos sobre o crescimento e desenvolvimento do lactente (ver secção 5.3), a mulher deve suspender o aleitamento durante a terapêutica e não amamentar durante pelo menos 6 meses após a administração da última dose de Avastin.
4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas
Não foram estudados os efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. No entanto, não há indícios de que o tratamento com Avastin resulte num aumento dos acontecimentos adversos que possam levar à diminuição da capacidade de conduzir ou utilizar máquinas ou que afectem a capacidade mental.
4.8 Efeitos indesejáveis
O perfil global de segurança do Avastin baseia-se em dados referentes a mais de 3500 doentes com várias malignidades, predominantemente tratados com Avastin em associação com quimioterapia, no âmbito dos ensaios clínicos.
As reacções medicamentosas adversas mais graves foram:
• Perfuração gastrointestinal (ver secção 4.4).
• Hemorragia, incluindo hemorragia pulmonar/hemoptise, que é mais frequente em doentes com cancro do pulmão de células não pequenas (ver secção 4.4).
• Tromboembolismo arterial (ver secção 4.4).
No âmbito de ensaios clínicos as reacções adversas medicamentosas mais frequentemente observadas em doentes em tratamento com Avastin foram hipertensão, fadiga ou astenia, diarreia e dor abdominal.
A análise dos dados de segurança clínica sugere que a ocorrência de hipertensão e proteinúria com a terapêutica com Avastin está provavelmente relacionada com a dose.
A tabela 1 apresenta as reacções adversas medicamentosas relacionadas com a utilização de Avastin em associação com diferentes regimes de quimioterapia, em várias indicações. Estas reacções ocorreram com uma diferença de, pelo menos, 2% comparativamente com o braço controlo (reacções de grau 3-5 de acordo com NCI-CTC) ou com uma diferença de, pelo menos, 10% comparativamente com o braço controlo (reacções de grau 1-5 de acordo com NCI-CTC) em pelo menos um dos ensaios clínicos major.
As reacções adversas medicamentosas apresentadas na tabela são incluídas nas seguintes categorias: Muito Frequentes (≥ 10%) e Frequentes (≥ 1% – < 10%). Na tabela seguinte, as reacções adversas medicamentosas são incluídas na categoria apropriada de acordo com a incidência mais elevada, observada em qualquer um dos ensaios clínicos major. Dentro de cada grupo de frequência as reacções adversas medicamentosas são apresentadas por ordem decrescente de gravidade. Algumas das reacções adversas medicamentosas são reacções frequentemente observadas com quimioterapia, (por exemplo, síndrome de eritrodisestesia palmo-plantar com capecitabina e neuropatia sensorial periférica
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com paclitaxel ou oxaliplatina); no entanto, não se pode excluir uma exacerbação com a terapêutica com Avastin.
Tabela 1 Reacções adversas medicamentosas muito frequentes e frequentes
Reacções de Grau 3-5 (NCI-CTC)
(diferença entre os braços de estudo ≥ 2% em pelo menos um ensaio clínico)
Reacções de todos os Graus
(diferença entre os braços de estudo ≥ 10% em pelo menos um ensaio clínico)
Sistema de Classe de Órgãos (SOC)
Muito frequentes
Frequentes
Muito frequentes
Infecções e infestações
Sepsis
Abcesso
Infecção
Doenças do sangue e do sistema linfático
Leucopenia
Trombocitopenia
Neutropenia
Neutropenia febril
Anemia
Doenças do metabolismo e da nutrição
Desidratação
Anorexia
Doenças do sistema nervoso
Neuropatia periférica sensorial
Acidente cerebrovascular
Síncope
Sonolência
Cefaleia
Disgeusia
Cefaleia
Afecções oculares
Afecção ocular
Cardiopatias
Insuficiência cardíaca congestiva
Taquicardia supraventricular
Vasculopatias
Hipertensão
Tromboembolismo (arterial)*
Trombose venosa profunda
Hemorragia
Hipertensão
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Embolismo pulmonar
Dispneia
Hipoxia
Epistaxe
Dispneia
Epistaxe
Rinite
Doenças gastrointestinais
Diarreia
Náusea
Vómito
Perfuração intestinal
Íleo
Obstrução intestinal
Dor abdominal
Afecção gastrointestinal
Obstipação
Estomatite
Hemorragia do recto
Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneas
Síndrome de eritrodisestesia palmo-plantar
Dermatite exfoliativa
Pele seca
Descoloração da pele
Afecções musculoesqueléticas e dos tecidos conjuntivos
Fraqueza muscular
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Reacções de Grau 3-5 (NCI-CTC)
(diferença entre os braços de estudo ≥ 2% em
pelo menos um ensaio clínico)
Reacções de todos os
Graus
(diferença entre os
braços de estudo ≥ 10%
em pelo menos um
ensaio clínico)
Sistema de Classe de
Órgãos (SOC)
Muito frequentes
Frequentes
Muito frequentes
Doenças renais e urinárias
Proteinúria
Infecção do tracto urinário
Proteinúria
Perturbações gerais e alterações no local de administração
Astenia
Fadiga
Dor
Letargia
Pirexia
Astenia
Dor
* Conjunto de acontecimentos tromboembólicos arteriais incluindo acidente cerebrovascular, enfarte do miocárdio, acidente isquémico transitório e outros acontecimentos tromboembólicos arteriais
Informação não ajustada relativamente à diferente duração do tratamento
Informações adicionais sobre determinadas reacções adversas medicamentosas:
Perfuração gastrointestinal (ver secção 4.4):
Avastin tem sido associado a casos graves de perfuração gastrointestinal ou fístulas (ver também a secção Fístulas).
No âmbito de ensaios clínicos a perfuração gastrointestinal foi notificada com uma incidência inferior a 1% em doentes com cancro da mama metastático ou cancro do pulmão de células não pequenas e não escamosas e em até 2,0% em doentes com cancro colorrectal metastático. Casos com consequência fatal foram notificados em aproximadamente um terço dos casos de perfuração gastrointestinal grave, o que representa entre 0,2% – 1% de todos os doentes tratados com Avastin.
A apresentação destes acontecimentos adversos variou no tipo e severidade, desde
a observação de ar por raios-X simples do abdómen, que se resolveu sem qualquer tratamento, até uma perfuração intestinal com abcesso abdominal e morte. Em alguns casos existia inflamação intra-abdominal subjacente resultante ou de doença ulcerativa gástrica, necrose tumoral, diverticulite ou de colite associada a quimioterapia.
Fístulas (ver secção 4.4):
A utilização de Avastin tem sido associada a casos graves de fístulas, incluindo acontecimentos resultando em morte.
Em ensaios clínicos, as fístulas gastrointestinais têm sido notificadas com uma incidência até 2% em doentes com cancro colorrectal metastático, mas foram também notificadas menos frequentemente em doentes com outros tipos de cancro. Em outras indicações foram observadas notificações pouco frequentes (≥ 0.1% a < 1%) de outros tipos de fístulas envolvendo áreas do corpo que não o tracto gastrointestinal (por ex.: broncopleural, urogenital e fístulas biliares). Foram também notificadas fístulas em experiência pós-comercialização.
Foram notificados acontecimentos em várias alturas durante o tratamento, desde uma semana a mais de 1 ano após o início de Avastin, com a maioria dos acontecimentos a ocorrer durante os primeiros 6 meses de terapêutica.
Cicatrização de feridas (ver secção 4.4):
Uma vez que o Avastin pode ter um impacto negativo na cicatrização de feridas, excluíram-se da participação em ensaios de fase III os doentes submetidos a grande cirurgia nos 28 dias anteriores ao início do ensaio.
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Nos ensaios clínicos no cancro metastizado do cólon ou do recto, não se observou risco aumentado de hemorragia pós-operatória ou de complicações na cicatrização de feridas em doentes submetidos a grande cirurgia 28 e 60 dias antes do início do tratamento com Avastin. Nos doentes tratados com Avastin na altura da cirurgia, observou-se incidência aumentada de casos de hemorragia pós-operatória ou complicações na cicatrização nos 60 dias após a grande cirurgia. A incidência variou entre 10% (4/40) e 20% (3/15).
No cancro da mama localmente avançado ou metastático, observaram-se complicações na cicatrização de feridas de Grau 3-5 em 1,1% dos doentes submetidos a tratamento com Avastin + paclitaxel; nos doentes a fazer paclitaxel em monoterapia não se observou qualquer caso.
Hipertensão (ver secção 4.4):
Em ensaios clínicos observou-se um aumento da incidência de hipertensão (todos os graus) de até 34% em doentes tratados com Avastin, comparativamente com uma incidência de até 14% nos doentes tratados com comparador. Em doentes tratados com Avastin, a hipertensão de Grau 3 e 4 (com necessidade de medicação anti-hipertensiva oral) variou de 3,0% a 17,9%. Em doentes tratados com Avastin e quimioterapia, a hipertensão de Grau 4 (crise hipertensiva) observou-se em até 1,0%, comparativamente com até 0,2% nos doentes tratados só com o mesmo regime de quimioterapia.
A hipertensão foi, em geral, adequadamente controlada com anti-hipertensores orais, tais como inibidores da enzima de conversão da angiotensina, diuréticos e bloqueadores dos canais de cálcio. A hipertensão raramente conduziu à descontinuação do tratamento com Avastin ou à hospitalização.
Foram notificados casos muito raros de encefalopatia hipertensiva, alguns dos quais fatais.
O risco de hipertensão associada ao Avastin não esteve relacionado com as características iniciais do doente, com doença pré-existente ou com terapêutica concomitante.
Proteinúria (ver secção 4.4):
Em ensaios clínicos foram notificados casos de proteinúria no intervalo de 0,7% a 38% dos doentes tratados com Avastin.
A proteinúria variou em gravidade, desde clinicamente assintomática, transitória e vestigial até síndrome nefrótico, embora a grande maioria dos casos de proteinúria tenha sido de Grau 1. A proteinúria de Grau 3 foi notificada numa percentagem < 3% dos doentes tratados; no entanto, em doentes tratados para o cancro de células renais avançado e/ou metastizado esta percentagem foi de até 7%. A proteinúria de Grau 4 (síndrome nefrótico) foi observada em até 1,4% dos doentes tratados. A proteinúria observada nos ensaios clínicos não esteve associada a disfunção renal e raramente exigiu a descontinuação permanente da terapêutica. Recomenda-se a análise da proteinúria antes do início da terapêutica com Avastin. Na maioria dos estudos clínicos a existência de níveis de proteínas na urina ≥ 2g /24 horas conduziu à suspensão de Avastin até à recuperação para valores < 2g/24 horas.
Hemorragia (ver secção 4.4):
Em ensaios clínicos realizados em várias indicações, a incidência global de acontecimentos hemorrágicos de Grau 3-5 do NCI-CTC variou de 0,4,0% a 5% nos doentes tratados com Avastin, comparativamente com até 2,9% dos doentes no grupo controlo de quimioterapia.
Os acontecimentos hemorrágicos observados nos estudos clínicos foram predominantemente hemorragia associada ao tumor (ver a seguir) e hemorragias mucocutâneas ligeiras (por exemplo epistaxe).
Hemorragia associada ao tumor (ver secção 4.4)
Casos de hemorragia pulmonar/hemoptise major ou maciça foram observados principalmente em estudos realizados com doentes com cancro do pulmão de células não pequenas. Os possíveis factores de risco incluem histologia celular escamosa, tratamento com medicamentos anti-reumáticos/anti-inflamatórios, tratamento com anticoagulantes, radioterapia anterior, terapêutica com Avastin, antecedentes médicos de aterosclerose, localização central do tumor e cavitação do tumor antes ou durante a terapêutica. As únicas variáveis que mostraram estar correlacionadas de uma
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forma estatisticamente significativa com hemorragia foram a terapêutica com Avastin e a histologia celular escamosa. Doentes com cancro do pulmão de células não pequenas com histologia celular do tipo escamosa ou mista conhecida com predominância de histologia celular escamosa foram excluídos de estudos de fase III subsequentes, embora tenham sido incluídos doentes com histologia tumoral desconhecida.
Em doentes com cancro do pulmão de células não pequenas, excluindo histologia com predomínio de células escamosas, observaram-se acontecimentos de todos os graus com uma frequência de até 9% quando tratados com Avastin mais quimioterapia, comparativamente com 5% nos doentes tratados só com quimioterapia. Observaram-se acontecimentos de Grau 3-5 em até 2,3% de doentes tratados com Avastin mais quimioterapia, comparativamente com < 1% em doentes só a fazer quimioterapia. Podem ocorrer repentinamente casos de hemorragia pulmonar/hemoptise major ou maciça e até dois terços dos casos de hemorragia pulmonar grave foram fatais. Hemorragias gastrointestinais incluindo hemorragia rectal e melena foram notificadas em doentes com cancro colorrectal e têm sido avaliadas como hemorragias associadas ao tumor. A hemorragia associada ao tumor foi também observada raramente em outros tipos e localizações tumorais, incluindo um caso de hemorragia do sistema nervoso central (SNS), num doente com um hepatoma e com metástases ocultas no SNS (ver secção 4.3) e um outro doente que desenvolveu hemorragia persistente de um sarcoma na coxa com necrose. No âmbito de todos os ensaios clínicos, foi observada hemorragia mucocutânea em 20% – 40% dos doentes tratados com Avastin. A maioria destes acontecimentos foi epistaxe de Grau 1, NCI-CTC, com duração inferior a 5 minutos, resolvendo-se sem qualquer intervenção médica e que não implicou alterações no regime de tratamento de Avastin. A informação clínica de segurança sugere que a incidência de hemorragia mucocutânea minor (por ex. epistaxe) pode ser dose-dependente. Também foram observados casos menos frequentes de hemorragia mucocutânea ligeira em diferentes localizações, tais como hemorragia gengival ou hemorragia vaginal. Tromboembolismo (ver secção 4.4): Tromboembolismo arterial: Observou-se um aumento da incidência de acontecimentos tromboembólicos arteriais em doentes tratados com Avastin em várias indicações, incluindo acidentes cerebrovasculares, enfarte do miocárdio, acidente isquémico transitório e outros acontecimentos tromboembólicos arteriais. Nos ensaios clínicos, a incidência global de acontecimentos tromboembólicos arteriais variou até 3.8% nos braços com Avastin, comparativamente com até 1,7% nos braços controlo com quimioterapia. Foram notificados casos com consequência fatal em 0,8% dos doentes tratados com Avastin, comparativamente com 0,5% dos doentes tratados apenas com quimioterapia. Acidentes cerebrovasculares (incluindo acidente isquémico transitório) foram notificados em até 2,3% dos doentes tratados com Avastin em associação com quimioterapia, comparativamente com 0,5% nos doentes tratados apenas com quimioterapia. Foram notificados casos de enfarte do miocárdio em 1,4% dos doentes tratados com Avastin em associação com quimioterapia comparativamente com 0,7% dos doentes tratados apenas com quimioterapia. No ensaio clínico AVF2192g, incluíram-se doentes com cancro colorrectal metastático que não eram candidatos para o tratamento com irinotecano. Neste ensaio observaram-se acontecimentos tromboembólicos arteriais em 11% (11/100) dos doentes, comparativamente a 5,8% (6/104) no grupo controlo com quimioterapia. Tromboembolismo venoso: A incidência de acontecimentos tromboembólicos venosos em ensaios clínicos foi semelhante em doentes tratados com Avastin em associação com quimioterapia, comparativamente à verificada em 11 doentes a fazer o tratamento controlo apenas com quimioterapia. Os acontecimentos tromboembólicos venosos incluem trombose venosa profunda, embolismo pulmonar e tromboflebite. Nos ensaios clínicos realizados em várias indicações, a incidência global de acontecimentos tromboembólicos venosos, variou de 2,8% a 17,3% nos doentes tratados com Avastin comparativamente com 3,2% a 15,6% nos doentes tratados nos grupos controlo. Foram notificados acontecimentos tromboembólicos venosos de Grau 3-5 até um máximo de 7,8% dos doentes tratados com quimioterapia e bevacizumab, comparativamente com um máximo de 4,9% dos doentes tratados apenas com quimioterapia. Doentes que tenham sofrido acontecimentos tromboembólicos venosos podem ter um risco superior de recorrência caso façam tratamento com Avastin em associação com quimioterapia, comparativamente a um tratamento apenas com quimioterapia. Insuficiência cardíaca congestiva (ICC) Em ensaios clínicos com Avastin, observaram-se casos de insuficiência cardíaca congestiva (ICC) em todas as indicações oncológicas estudadas até à data, mas predominantemente em doentes com cancro da mama metastático. Em dois estudos de fase III (AVF2119g e E2100) realizados em doentes com cancro da mama metastático observou-se um aumento de ICC de Grau 3 ou superior com Avastin. A ICC foi notificada até 3,5% dos doentes tratados com Avastin comparativamente com até 0,9% nos braços controlo. A maioria destes doentes apresentou melhoria dos sintomas e/ou melhoria da função ventricular esquerda no seguimento de tratamento médico adequado. Na maioria dos ensaios clínicos de Avastin, excluíram-se doentes com ICC pré-existente (New York Heart Association (NYHA) II-IV) pelo que não há informação disponível sobre o risco de ICC nesta população. O tratamento prévio com antraciclinas e /ou com radiação da parede torácica podem ser factores de risco para o desenvolvimento de ICC. Doentes idosos Em ensaios clínicos aleatorizados o tratamento de doentes com idade > 65 anos, com Avastin esteve associado a um risco aumentado de desenvolvimento de acontecimentos tromboembólicos arteriais incluindo acidentes vasculares cerebrais (AVCs), acidentes isquémicos transitórios (AITs) e enfartes do miocárdio (EMs). Outras reacções observadas com uma frequência superior em doentes com mais de 65 anos foram: leucopenia e trombocitopenia de Grau 3-4, neutropenia, diarreia, náuseas, cefaleia e fadiga de todos os graus, comparativamente com as observadas em doentes com idade ≤ 65 anos quando tratados com Avastin (ver secções 4.4 e 4.8 em Tromboembolismo).
Não foi observado um aumento da incidência de outras reacções, incluindo perfuração gastrointestinal, complicações na cicatrização de feridas, hipertensão, proteinúria, insuficiência cardíaca congestiva e hemorragia em doentes idosos (> 65 anos), comparativamente com doentes com idade ≤65 anos tratados com Avastin.
Alterações laboratoriais:
A diminuição do número de neutrófilos, diminuição do número de leucócitos e presença de proteínas na urina podem estar associados ao tratamento com Avastin.
No decurso dos ensaios clínicos ocorreram as seguintes alterações laboratoriais, de Grau 3 e 4, em doentes tratados com Avastin, com pelo menos uma diferença de 2% comparativamente aos grupos controlo correspondentes: hiperglicemia, hemoglobina diminuída, hipocaliemia, hiponatremia, diminuição do número de glóbulos brancos, índice normalizado internacional (INR) aumentado.
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Experiência pós-comercialização:
Tabela 2: Reacções adversas notificadas em ambiente pós-comercialização
Sistema de Classe de Órgãos (SOC)
Reacções (frequência*)
Doenças do sistema nervoso
Encefalopatia hipertensiva (muito raro) (ver também secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização, e Hipertensão na secção 4.8 Efeitos Indesejáveis).
Síndrome de Leucoencefalopatia Reversível Posterior (raro) (ver também a secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização).
Vasculopatias
Microangiopatia Trombótica Renal, manifestada clinicamente por proteinúria (frequência desconhecida). Para mais informação sobre proteinúria ver secção 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização, e Proteinúria na secção 4.8 Efeitos Indesejáveis.
Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino
Perfuração do septo nasal (desconhecida)
Hipertensão pulmonar (desconhecida)
Disfonia (frequente)
* se especificada, a frequência foi obtida a partir de dados de ensaios clínicos
4.9 Sobredosagem
A dose mais elevada testada no ser humano (20 mg/kg de peso corporal, cada 2 semanas, por via intravenosa) foi associada, em diversos doentes, a enxaqueca severa.
5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1 Propriedades farmacodinâmicas
Grupo farmacoterapêutico: Agentes antineoplásicos, anticorpo monoclonal, código ATC: L01X C07
Mecanismo de acção
O bevacizumab liga-se ao factor de crescimento do endotélio vascular (VEGF), o principal factor envolvido na vasculogénese e na angiogénese, inibindo desta forma a ligação do VEGF aos seus receptores, Flt-1 (VEGFR-1) e KDR (VEGFR-2), na superfície das células endoteliais. A neutralização da actividade biológica do VEGF regride a vascularização tumoral, normaliza a vasculatura remanescente do tumor e inibe a formação de novos vasos, inibindo assim o crescimento tumoral.
Efeitos farmacodinâmicos
A administração de bevacizumab ou do seu anticorpo murino homólogo, a modelos de xenotransplante de cancro, no ratinho nu, resultou numa intensa actividade antitumoral contra cancros humanos, incluindo os do cólon, mama, pâncreas e próstata. A progressão das metástases foi inibida e a permeabilidade microvascular foi reduzida.
13
Eficácia clínica
Carcinoma metastizado do cólon ou recto
Estudou-se a segurança e a eficácia da dose recomendada (5 mg/kg de peso corporal, de duas em duas semanas) no carcinoma metastizado do cólon ou do recto em três ensaios clínicos aleatorizados, controlados por substância activa, em associação com quimioterapia de primeira linha contendo fluoropirimidinas. O Avastin foi associado com 2 regimes de quimioterapia:
• AVF2107g: Um esquema de administração semanal de irinotecano/bólus de
5-fluorouracilo/ácido folínico (IFL) durante um total de 4 semanas, de cada ciclo de 6 semanas
(regime de Saltz).
• AVF0780g: Em associação com bólus de 5-fluorouracilo/ácido folínico (5-FU/AF) durante um
total de 6 semanas de cada ciclo de 8 semanas (regime de Roswell Park).
• AVF2192g: Em associação com bólus de 5-fluorouracilo/ ácido folínico (5-FU/AF) durante um
total de 6 semanas, de cada ciclo de 8 semanas (regime de Roswell Park), em doentes que não
eram candidatos ideais para o tratamento de primeira linha com irinotecano.
Realizaram-se dois estudos adicionais em primeira (NO16966) e segunda linhas (E3200) de tratamento do carcinoma metastizado do cólon ou do recto, em que Avastin foi administrado nas seguintes posologias, em associação com FOLFOX-4 (5FU/LV/Oxaliplatina) e XELOX (Capecitabina/Oxaliplatina):
• NO16966: Avastin 7,5 mg/kg de peso corporal de 3 em 3 semanas em associação com capecitabina por via oral e oxaliplatina por via intravenosa (XELOX) ou Avastin 5 mg/kg de 2 em 2 semanas em associação com folinato de cálcio e 5-fluorouracilo em bólus, seguido de perfusão de 5-fluorouracilo com oxaliplatina por via intravenosa (FOLFOX-4).
• E3200: Avastin 10 mg/kg de peso corporal de 2 em 2 semanas em associação com folinato de cálcio e 5-fluorouracilo em bólus, seguido de perfusão de 5-fluorouracilo com oxaliplatina por via intravenosa (FOLFOX-4).
AVF2107g: Tratou-se de um ensaio clínico de fase III, aleatorizado, com dupla ocultação, controlado por substância activa, para avaliar o Avastin em associação com IFL como tratamento de primeira linha do carcinoma metastizado do cólon ou do recto. Foram aleatorizados 813 doentes para tratamento com IFL + placebo (braço 1) ou com IFL + Avastin (5 mg/kg de 2 em 2 semanas, braço 2). Um terceiro grupo de 110 doentes recebeu bólus de 5-FU/AF + Avastin (braço 3). A inclusão de doentes no braço 3 foi interrompida, tal como previamente especificado, logo que foi estabelecida e considerada aceitável, a segurança do Avastin em associação com IFL. Todos os tratamentos prosseguiram até se registar progressão da doença. A idade média dos doentes foi de 59,4 anos; 56,6% dos doentes apresentava uma performance status ECOG de 0, 43% tinha um valor de 1 e 0,4% um valor de 2. 15,5% dos doentes tinham sido previamente submetidos a radioterapia e 28,4% a quimioterapia.
Neste ensaio, a principal variável de eficácia foi a sobrevivência global. A adição de Avastin a IFL resultou em aumentos estatisticamente significativos da sobrevivência global, sobrevivência livre de progressão e taxa de resposta global (ver a Tabela 3). O benefício clínico do Avastin, determinado pela sobrevivência global, foi observado em todos os subgrupos pré-especificados de doentes, incluindo os definidos pela idade, sexo, performance status, localização do tumor primário, número de órgãos envolvidos e duração da doença metastizada.
Os resultados de eficácia do Avastin em associação com quimioterapia com IFL são apresentados na Tabela 3.
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Tabela 3 Resultados de eficácia obtidos no estudo AVF2107g
AVF2107g
Braço 1
IFL + Placebo
Braço 2
IFL + Avastina
Número de doentes
411
402
Sobrevivência global
Mediana (meses)
15,6
20,3
Intervalo de confiança 95%
14,29 – 16,99
18,46 – 24,18
Hazard Ratio b
0,660
(valor de p = 0,00004)
Sobrevivência livre de progressão
Mediana (meses)
6,2
10,6
Hazard Ratio
0,54
(valor de p < 0,0001)
Taxa de resposta global
Taxa (%)
34,8
44,8
(valor de p = 0,0036)
a 5 mg/kg de 2 em 2 semanas
b Relativamente ao braço de controlo
Entre os 110 doentes aleatorizados para o Braço 3 (5-FU/AF + Avastin), antes da descontinuação deste braço de tratamento, a sobrevivência global mediana foi de 18,3 meses e a mediana da sobrevivência livre de progressão foi de 8,8 meses,.
AVF2192g: Tratou-se de um ensaio clínico aleatorizado de fase II, com dupla ocultação, controlado por substância activa, para avaliar a eficácia e segurança do Avastin em associação com 5-FU/AF como tratamento de primeira linha do cancro colorrectal metastizado em doentes que não eram candidatos ideais ao tratamento de primeira linha com irinotecano. Foram aleatorizados 105 doentes para o braço 5-FU/AF + placebo e 104 doentes para o braço 5-FU/AF + Avastin (5 mg/kg de 2 em 2 semanas). Todos os tratamentos prosseguiram até progressão da doença. A adição de 5 mg/kg de Avastin, de 2 em 2 semanas, ao 5-FU/AF resultou em taxas de resposta objectiva mais elevadas, uma sobrevivência livre de progressão significativamente mais longa e uma tendência para uma sobrevivência global mais longa, comparativamente com as obtidas com a quimioterapia apenas com 5-FU/AF.
AVF0780g: Tratou-se de um ensaio clínico de fase II aleatorizado, controlado por substância activa, aberto, destinado a investigar o Avastin em associação com o 5-FU/AF como tratamento de primeira linha do cancro colorrectal metastizado. A idade média foi de 64 anos. 19% dos doentes tinham sido tratados previamente com quimioterapia e 14% com radioterapia. Setenta e um doentes foram aleatorizados para tratamento com 5-FU/AF em bólus ou 5-FU/AF + Avastin (5 mg/kg de 2 em 2 semanas). Um terceiro grupo de 33 doentes recebeu bólus de 5-FU/AF + Avastin (10 mg/kg de 2 em 2 semanas). Os doentes foram tratados até progressão da doença. Os objectivos primários do ensaio foram a taxa de resposta objectiva e a sobrevivência livre de progressão. A adição de 5 mg/kg de Avastin, de 2 em 2 semanas, a 5-FU/AF resultou numa maior taxa de resposta objectiva, numa maior sobrevivência livre de progressão e numa tendência para uma sobrevivência mais prolongada, comparativamente com o observado com quimioterapia apenas com 5-FU/AF (ver a Tabela 4). Estes resultados de eficácia são consistentes com os resultados obtidos no estudo AVF2107g.
Na Tabela 4 indicam-se, em resumo, os resultados de eficácia obtidos nos estudos AVF0780g e AVF2192g destinados a estudar o Avastin em associação com a quimioterapia com 5-FU/AF.
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Tabela 4: Resultados de eficácia obtidos nos estudos AVF0780g e AVF2192g
AVF0780g
AVF2192g
5-FU/AF
5-FU/AF + Avastina
5-FU/AF + Avastinb
5-FU/AF + placebo
5-FU/AF + Avastin
Número de doentes
36
35
33
105
104
Sobrevivência global
Mediana (meses)
13,6
17,7
15,2
12,9
16,6
Intervalo de confiança 95%
10,35 – 16,95
13,63 – 19,32
Hazard Ratio c

0,52
1,01
0,79
Valor de p
0,073
0,978
0,16
Sobrevivência livre de progressão
Mediana (meses)
5,2
9,0
7,2
5,5
9,2
Hazard Ratio
0,44
0,69
0,5
Valor de p

0,0049
0,217
0,0002
Taxa de resposta global
Taxa (percentagem)
16,7
40,0
24,2
15,2
26
IC 95%
7,0 − 33,5
24,4 − 57,8
11,7 – 42,6
9,2 – 23,9
18,1 – 35,6
Valor de p
0,029
0,43
0,055
Duração da resposta
Mediana (meses)
NR
9,3
5,0
6,8
9,2
Percentil 25–75 (meses)
5,5 – NR
6,1 – NR
3,8 – 7,8
5,59 – 9,17
5,88 – 13,01
a 5 mg/kg de 2 em 2 semanas
b 10 mg/kg de 2 em 2 semanas
c Relativamente ao braço de controlo
NR = Não atingida
NO16966
Este foi um ensaio clínico de fase III, aleatorizado, em dupla ocultação (para bevacizumab), para investigação de Avastin 7,5 mg/kg em associação com capecitabina por via oral e oxaliplatina por via intravenosa (XELOX), administrado de 3 em 3 semanas; ou Avastin 5 mg/kg em associação com folinato de cálcio e 5-fluorouracilo em bólus, seguido de perfusão de 5-fluorouracilo com oxaliplatina por via intravenosa (FOLFOX-4) administrado de 2 em 2 semanas. O estudo conteve duas partes: uma parte inicial, sem ocultação, com 2 braços (Parte I), em que os doentes foram aleatorizados para dois grupos de tratamento diferentes (XELOX e FOLFOX-4) e uma parte subsequente com 4 braços (Parte II) factorial 2 x 2, em que os doentes foram aleatorizados para quatro grupos de tratamento (XELOX + placebo, FOLFOX-4 + placebo, XELOX + Avastin, FOLFOX-4 + Avastin). Na parte II, a determinação do tratamento foi em dupla ocultação relativamente a Avastin.
Foram aleatorizados aproximadamente 350 doentes para cada um dos 4 braços do estudo na Parte II do ensaio.
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Tabela 5 Regimes de tratamento no Estudo N016966 (Carcinoma metastizado do cólon ou do recto)
Tratamento
Dose Inicial
Regime posológico
Oxaliplatina
85 mg/m2 IV 2 h
Folinato de cálcio
200 mg/m2 IV 2 h
5-Fluorouracilo
400 mg/m2 IV bólus, 600 mg/m2 IV 22 h
Oxaliplatina no Dia 1
Folinato de cálcio no Dia 1 e 2
5-fluorouracilo IV bólus/perfusão, cada nos Dias 1 e 2
FOLFOX-4
ou
FOLFOX-4 + Avastin
Placebo ou Avastin
5 mg/kg IV 30-90 min
Dia 1, antes de FOLFOX-4, de 2 em 2 semanas
Oxaliplatina
130 mg/m2 IV 2 h
Capecitabina
1000 mg/m2 oral duas vezes/dia
Oxaliplatina no Dia 1
Capecitabina oral duas vezes/dia durante 2 semanas (seguido de 1 semana sem tratamento)
XELOX
ou
XELOX + Avastin
Placebo ou Avastin
7,5 mg/kg IV 30-90 min
Dia 1, antes de XELOX, de 3 em 3 semanas
5-Fluorouracilo: Injecção em bólus intravenoso imediatamente após o folinato de cálcio
O parâmetro primário de eficácia do ensaio foi a duração da sobrevivência livre de progressão. Neste estudo houve dois objectivos primários: demonstrar que XELOX não era inferior a FOLFOX-4 e demonstrar também que Avastin em associação com quimioterapia, FOLFOX-4 ou XELOX, era superior à quimioterapia isolada. Ambos os objectivos primários foram atingidos:
i) Globalmente foi demonstrada não inferioridade nos braços com XELOX comparativamente aos braços com FOLFOX-4, em termos de sobrevivência livre de progressão e sobrevivência global na população eligível de acordo com o protocolo.
ii) A superioridade nos braços contendo Avastin versus os braços apenas com quimioterapia foi demonstrada na comparação global em termos de sobrevivência livre de progressão na população ITT (Tabela 6).
A análise secundária da sobrevivência livre de progressão (PFS), baseadas nas avaliações de resposta durante o tratamento, confirmou o benefício clínico significativamente superior nos doentes tratados com Avastin (análise demonstrada na Tabela 6), consistente com o benefício estatisticamente significativo observado no grupo de análises efectuadas.
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Tabela 6 Principais resultados de eficácia na análise de superioridade (população ITT, Estudo NO16966)
Endpoint (meses)
FOLFOX-4 ou XELOX
+ Placebo
(n=701)
FOLFOX-4 ou XELOX
+ Bevacizumab (n=699)
Valor de p
Objectivo primário
PFS mediana**
8,0
9,4
0,0023
Hazard Ratio (IC 97,5%) a
0,83 (0,72–0,95)
Objectivos secundários
PFS mediana (em tratamento)**
7,9
10,4
<0,0001
Hazard Ratio (IC 97,5%)
0,63 (0,52-0,75)
Taxa de resposta global (Avaliação do Invest.)**
49,2%
46,5%
Sobrevivência global mediana*
19,9
21,2
0,0769
Hazard Ratio (IC 97,5%)
0,89 (0,76-1,03)
* Análise de sobrevivência global ao cut-off clínico de 31 Janeiro 2007
** Análise primária ao cut-off clínico de 31 Janeiro 2006
a Relativamente ao braço de controlo
No subgrupo de tratamento com FOLFOX, a PFS mediana foi de 8,6 meses nos doentes a receber placebo e de 9,4 meses nos doentes tratados com bevacizumab, Hazard Ratio (HR) = 0,89, IC 97,5% = [0,73 ; 1,08]; valor de p = 0,1871; os resultados correspondentes no subgrupo de tratamento com XELOX foram de 7,4 vs. 9,3 meses, HR = 0,77, IC 97,5% = [0,63 ; 0,94]; valor de p = 0,0026.
No subgrupo de tratamento com FOLFOX, a mediana da sobrevivência global foi de 20,3 meses nos doentes a receber placebo e de 21,2 meses nos doentes tratados com bevacizumab, HR = 0,94, IC 97,5% = [0,75 ; 1,16]; valor de p = 0,4937; os resultados correspondentes no subgrupo de tratamento com XELOX foram de 19,2 vs. 21,4 meses, HR = 0,84, IC 97,5% = [0,68 ; 1,04]; valor de p = 0,0698.
ECOG E3200
Este foi um estudo de fase III, aleatorizado, controlado por substância activa, aberto, para investigação de Avastin 10 mg/kg em associação com folinato de cálcio e 5-fluorouracilo em bólus, seguido de perfusão de 5-fluorouracilo com oxaliplatina por via intravenosa (FOLFOX-4), administrado cada 2 semanas em doentes previamente tratados (segunda linha) com cancro do cólon ou do recto avançado. Nos braços com quimioterapia, o regime de FOLFOX-4 utilizou as mesmas doses e posologia referidas na Tabela 5 para o Estudo NO16966.
O parâmetro primário de eficácia do ensaio foi a sobrevivência global, definida como o tempo desde a aleatorização à morte por qualquer causa. Foram aleatorizados 829 doentes (292 FOLFOX-4, 293 Avastin + FOLFOX-4 e 244 para Avastin em monoterapia). A adição de Avastin a FOLFOX-4 resultou num aumento estatisticamente significativo da sobrevivência. Observaram-se também melhorias estatisticamente significativas na sobrevivência livre de progressão e na taxa de resposta objectiva (ver Tabela 7).
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Tabela 7 Resultados de eficácia obtidos no Estudo E3200
E3200
FOLFOX-4
FOLFOX-4 + Avastina
Número de Doentes
292
293
Sobrevivência Global
Mediana (meses)
10,8
13,0
Intervalo de confiança de 95%
10,12 – 11,86
12,09 – 14,03
Hazard Ratiob
0,751
(valor de p = 0,0012)
Sobrevivência Livre de Progressão
Mediana (meses)
4,5
7,5
Hazard Ratio
0,518
(valor de p < 0,0001)
Taxa de Resposta Objectiva
Taxa
8,6%
22,2%
(valor de p < 0,0001)
a 10 mg/kg de 2 em 2 semanas
b Relativamente ao braço de controlo
Não foi observada diferença significativa na duração da sobrevivência global entre doentes que receberam Avastin em monoterapia comparativamente a doentes tratados com FOLFOX-4. A sobrevivência livre de progressão e a taxa de resposta objectiva foram inferiores no braço com Avastin em monoterapia comparativamente ao braço com FOLFOX-4.
O benefício de re-tratamento com Avastin em doentes com cancro do cólon ou do recto metastizado anteriormente expostos a Avastin em tratamentos prévios, não foi avaliado em ensaios clínicos aleatorizados.
Cancro da mama metastático
O estudo E2100 foi um ensaio clínico aberto, aleatorizado, controlado por comparador activo, multicêntrico, para avaliar o Avastin em associação com paclitaxel no cancro da mama localmente avançado ou metastático em doentes não anteriormente tratados com quimioterapia para a doença metastática ou localmente avançada. Os doentes foram aleatoriamente distribuídos para o braço de tratamento com paclitaxel sozinho (90 mg/m2 IV durante 1 hora, uma vez por semana, durante três semanas em cada quatro) ou no braço em associação com Avastin (10 mg/kg IV por perfusão, administrado de duas em duas semanas). Foi permitida terapêutica hormonal anterior, para tratamento da doença metastática. A terapêutica adjuvante com taxanos foi permitida apenas nos casos em que tivesse sido concluída, pelo menos, 12 meses antes do doente entrar para o estudo. Dos 722 doentes do estudo, a maioria (90%) apresentava doença HER-2 negativa e um número pequeno de doentes tinha status HER-2 desconhecido (8%) ou positivo confirmado (2%). Neste pequeno número doentes, incluíam-se doentes anteriormente tratados com trastuzumab e doentes para os quais este tratamento não foi considerado adequado. Adicionalmente, 65% dos doentes tinham sido anteriormente submetidos a quimioterapia adjuvante, incluindo taxanos (19%) e antraciclinas (49%). Foram excluídos doentes com metástases do sistema nervoso central, incluindo doentes com lesões cerebrais anteriormente tratadas ou sujeitas a ressecção.
No estudo E2100, os doentes foram tratados até progressão de doença. Em situações em que a descontinuação precoce da quimioterapia era necessária, o tratamento com Avastin em monoterapia manteve-se até progressão de doença. As características dos doentes eram semelhantes nos braços do
19
estudo. O objectivo primário deste ensaio clínico era a sobrevivência livre de progressão, baseada na avaliação, pelo investigador, da progressão de doença. Adicionalmente, foi também efectuada uma revisão independente do objectivo primário. Os resultados deste estudo são apresentados na tabela 8.
Tabela 8 Resultados de eficácia do estudo E2100:
Sobrevivência livre de progressão
Avaliação do Investigator*
Avaliação Independente
Paclitaxel
(n=354)
Paclitaxel/Avastin
(n=368)
Paclitaxel
(n=354)
Paclitaxel/Avastin
(n=368)
PFS Mediana (meses)
5,8
11,4
5,8
11,3
HR
(IC 95%)
0,421
(0,343 ; 0,516)
0,483
(0,385 ; 0,607)
Valor de p
<0,0001
<0,0001
Taxas de Resposta (em doentes com doença mensurável)
Avaliação do Investigator
Avaliação Independente
Paclitaxel
(n=243)
Paclitaxel/Avastin
(n=229)
Paclitaxel
(n=243)
Paclitaxel/Avastin
(n=229)
% doentes com resposta objectiva
23,4
48,0
22,2
49,8
Valor de p
<0,0001
<0,0001
* análise primária
Sobrevivência global
Paclitaxel
(n=354)
Paclitaxel/Avastin
(n=368)
OS Mediana (meses)
24,8
26,5
HR
(IC 95%)
0,869
(0,722 ; 1,046)
Valor de p
0,1374
O benefício clínico do Avastin, medido pela sobrevivência livre de progressão, foi observado em todos os subgrupos testados pré-especificados (incluindo intervalo livre de doença, número de locais metastáticos, tratamento anterior com quimioterapia adjuvante e status do receptor de estrogénio).
Cancro do pulmão de células não pequenas
A segurança e eficácia de Avastin em associação a quimioterapia com base em platinos, no tratamento em primeira linha de doentes com cancro do pulmão de células não pequenas não escamosas, foram estudadas nos estudos E4599 e BO17704. No estudo E4599 foi demonstrado um benefício em termos de sobrevivência global com uma dose de bevacizumab de 15 mg/kg, administrada cada 3 semanas. O estudo BO17704 demonstrou o aumento da sobrevivência livre de progressão e da taxa de resposta com ambas as doses de bevacizumab, 7,5 mg/kg, administrada cada 3 semanas e 15 mg/kg, administrada cada 3 semanas. Devido à curta duração do período de seguimento (follow-up) do estudo BO17704, não é possível retirar conclusões sobre o benefício na sobrevivência global.
O estudo E4599 foi um estudo aberto, aleatorizado, controlado activamente, multicêntrico para avaliação de Avastin no tratamento de primeira linha de doentes com cancro do pulmão de células não pequenas localmente avançado (estádio IIIb com derrame pleural maligno), metastático ou recidivante, excluindo histologia com predomínio de células escamosas.
Os doentes foram aleatoriamente distribuídos para o braço de quimioterapia à base de platinos (200 mg/m2 de paclitaxel e carboplatina AUC = 6,0; ambos administrados por perfusão IV) (PC), administrada no dia 1 de cada ciclo de 3 semanas até um total de 6 ciclos ou para o braço com PC em associação com Avastin na dose de 15 mg/kg, administrado por perfusão IV, no dia 1 de cada ciclo de
20
3 semanas. Após a conclusão dos seis ciclos de quimioterapia com carboplatina – paclitaxel ou após descontinuação prematura da quimioterapia, os doentes no braço de Avastin + carboplatina-paclitaxel continuaram a receber Avastin em monoterapia cada 3 semanas até progressão da doença. Foram randomizados para os dois braços de tratamento 878 doentes.
Durante o estudo, dos doentes que receberam medicação de ensaio, 32,2% (136/422) receberam 7-12 administrações de Avastin e 21,1% (89/422) receberam 13 ou mais administrações de Avastin.
O endpoint primário foi a duração da sobrevivência. Os resultados são apresentados na Tabela 9.
Tabela 9 Resultados de eficácia do estudo E4599
Braço 1
Carboplatina/
Paclitaxel
Braço 2
Carboplatina/ Paclitaxel + Avastin 15 mg/kg cada 3 semanas
Número de doentes
444
434
Sobrevivência Global
Mediana (meses)
10,3
12,3
Hazard Ratio
0,80 (p=0,003)
IC 95% (0,69; 0,93)
Sobrevivência Livre de Progressão
Mediana (meses)
4,8
6,4
Hazard Ratio
0,65 (p< 0,0001)
IC 95% (0,56; 0,76)
Taxa de Resposta Global
Taxa (percentagem)
12,9
29,0 (p< 0,0001)
Numa análise explanatória, a magnitude do benefício de Avastin na sobrevivência global foi menos pronunciada no subgrupo de doentes que não apresentava histologia de adenocarcinoma.
O estudo BO17704 foi um estudo de fase III, aleatorizado, duplamente cego, com Avastin em associação a cisplatina e gemcitabina versus placebo, cisplatina e gemcitabina, em doentes com cancro do pulmão de células não pequenas não escamosas, localmente avançado (estádio IIIb com metástases no gânglio linfático supraclavicular ou com derrame pleural ou pericárdico maligno), metastático ou recidivante, que não foram previamente tratados com quimioterapia. O endpoint primário foi a sobrevivência livre de progressão (PFS).
Os doentes foram aleatoriamente distribuídos para o braço de quimioterapia à base de platinos, cisplatina 80 mg/m2, administrada por perfusão IV no dia 1 e 1250 mg/m2 de gemcitabina, administrada por perfusão IV, nos dias 1 e 8 de cada ciclo de 3 semanas até um total de 6 ciclos (CG) com placebo ou para o braço de CG com Avastin na dose de 7,5 mg/kg ou 15 mg/kg, administrado por perfusão IV, no dia 1 de cada ciclo de 3 semanas. Nos braços contendo Avastin, os doentes podiam receber Avastin em monoterapia cada 3 semanas até progressão de doença ou toxicidade inaceitável. Os resultados do estudo mostram que 94% (277/296) dos doentes elegíveis continuaram a receber bevacizumab em monoterapia no ciclo 7.
Os resultados de eficácia são apresentados na Tabela 10.
21
Tabela 10 Resultados de eficácia do estudo BO17704
Cisplatina/Gemcitabina + placebo
Cisplatina/Gemcitabina + Avastin 7,5 mg/kg cada 3 semanas
Cisplatina/Gemcitabina+ Avastin 15 mg/kg cada 3 semanas
Número de doentes
347
345
351
Sobrevivência livre de progressão
Mediana (meses)
6,1
6,7
(p= 0,0026)
6,5
(p=0,0301)
Hazard Ratio
0,75
[0,62; 0,91]
0,82
[0,68;0,98]
Melhor Taxa de resposta global a
20,1%
34,1%
(p< 0,0001)
30,4%
(p=0,0023)
a doentes com doença mensurável na baseline
Cancro de células renais avançado e/ou metastizado
Avastin em associação com Interferão alfa-2a no tratamento de primeira linha do cancro de células renais avançado e/ou metastizado (BO17705)
Este foi um ensaio de fase III, aleatorizado, com dupla ocultação, para avaliar a eficácia e a segurança de Avastin em associação com interferão (IFN) alfa-2a (Roferon®), versus IFN alfa-2a em monoterapia, no tratamento de primeira linha do cancro de células renais avançado e/ou metastizado. Os 649 doentes aleatorizados (641 tratados) apresentavam um Karnofsky Performance Status (KPS) ≥70%, não tinham metástases no SNC nem alterações funcionais dos órgãos. Os doentes foram nefrectomizados para carcinoma primário de células renais. Foi administrado Avastin 10 mg/Kg a cada 2 semanas até à progressão de doença. O INF alfa-2a foi administrado até às 52 semanas ou até à progressão de doença, numa dose inicial recomendada de 9 MUI, três vezes por semana, sendo permitida a redução de dose, em duas etapas, para 3 MUI três vezes por semana. Os doentes foram estratificados de acordo com o país e a pontuação Motzer, e os braços de tratamento demonstraram estar bem equilibrados em relação aos factores de prognóstico. À data de cut-off tinham ocorrido 505 casos de progressão, 111 doentes permaneciam em tratamento, 287 tinham descontinuado (as descontinuações da terapêutica do estudo devido a acontecimentos adversos foi de 12% com IFN alfa-2a versus 28% com IFN alfa-2a + Avastin) e 251 tinham morrido. Noventa e sete (97) doentes no braço de tratamento com IFN alfa-2a e 131 doentes no braço de tratamento com Avastin reduziram a dose de IFN alfa-2a de 9 MUI para 6 ou 3 MUI, três vezes por semana, tal como pré-especificado no protocolo. A redução de dose de IFN alfa-2a não pareceu afectar a eficácia da associação de Avastin e IFN alfa-2a, baseada nas taxas livres do evento PFS ao longo do tempo, tal como demonstrado numa análise de subgrupo. Os 131 doentes no braço de tratamento Avastin + IFN alfa-2a, que reduziram e mantiveram a dose de IFN alfa-2a de 6 ou 3 MUI durante o estudo, demonstraram aos 6, 12 e 18 meses taxas livres do evento PFS de 73, 52 e 21%, respectivamente, quando comparado com 61, 43 e 17% na população total de doentes tratados com Avastin + IFN alfa-2a. A adição de Avastin ao IFN alfa-2a aumentou significativamente a PFS e a taxa de resposta objectiva do tumor (Tabela 11). Aquando da análise interina, os dados sobre a sobrevivência global não eram definitivos.
22
Tabela 11 Resultados de eficácia do estudo BO17705
BO17705
Placebo + IFNa
Bvb + IFNa
Número de doentes
322
327
Sobrevivência Livre de Progressão
Mediana (meses)
5,4
10,2
Hazard Ratio
IC 95%
0,63
0,52; 0,75
(valor de p < 0,0001)
Taxa de Resposta Objectiva (%) em doentes com doença mensurável
n
289
306
Taxa de resposta
12,8%
31,4%
(valor de p < 0,0001)
a Interferão alfa-2a, 9 MUI 3x/semana
b Bevacizumab 10 mg/kg cada 2 semanas
AVF2938
Este foi um estudo clínico de fase II, aleatorizado, com dupla ocultação, para investigação de Avastin 10 mg/kg, administrado cada 2 semanas, com a mesma dose de Avastin em associação com 150 mg por dia de erlotinib, em doentes com cancro renal de células claras metastizado. Neste estudo, um total de 104 doentes foi aleatorizado para tratamento, 53 para o braço de Avastin 10 mg/kg cada 2 semanas e placebo, e 51 para o braço de Avastin 10 mg/kg cada 2 semanas e erlotinib 150 mg por dia. A análise do objectivo primário mostrou não haver diferença entre os braços de Avastin + placebo e Avastin + erlotinib (mediana da PFS de 8,5 versus 9,9 meses). Sete doentes em cada braço apresentaram resposta objectiva. A adição de erlotinib ao bevacizumab não resultou na melhoria da Sobrevivência Global (Hazard Ratio = 1,764; p = 0,1789), duração da resposta objectiva (6,7 versus 9,1 meses) ou tempo até à progressão de sintomas (Hazard Ratio = 1,172; p = 0,5076).
AVF0890
Este foi um estudo clínico de fase II, aleatorizado, para comparação da eficácia e segurança de bevacizumab versus placebo. Um total de 116 doentes foi aleatorizado para tratamento com 3 mg/kg de bevacizumab cada 2 semanas (n=39), 10 mg/kg cada 2 semanas (n=37) ou placebo (n=40). Uma análise interina demonstrou um prolongamento significativo do tempo até à progressão da doença no grupo a receber 10 mg/kg comparativamente ao grupo placebo (Hazard Ratio de 2,55; p < 0,001). Houve uma pequena diferença, de significância marginal, entre o tempo até à progressão da doença no grupo tratado com 3 mg/kg e no grupo placebo (Hazard Ratio = 1,26; p = 0,053). Quatro doentes tiveram resposta objectiva (parcial) e todos tinham recebido a dose de 10 mg/kg de bevacizumab; a taxa de resposta global (ORR) da dose de 10 mg/kg foi de 10%.
5.2 Propriedades farmacocinéticas
Os dados farmacocinéticos do bevacizumab foram obtidos em oito ensaios clínicos realizados em doentes com tumores sólidos. Em todos os ensaios clínicos, o bevacizumab foi administrado sob a forma de perfusão intravenosa. A velocidade de perfusão foi determinada pela tolerabilidade tendo a perfusão inicial durado 90 minutos. A farmacocinética do bevacizumab revelou ser linear para doses entre 1 e 10 mg/kg.
Absorção
Não aplicável.
23
Distribuição
Com base numa análise da farmacocinética populacional de 491 indivíduos tratados com Avastin 1 vez por semana, de 2 em 2 semanas ou de 3 em 3 semanas, com doses entre 1 e 20 mg/kg, o volume do compartimento central (Vc) foi de 2,92 l. Os resultados indicaram também que, após correcção para o peso corporal, os indivíduos do sexo masculino tinham um Vc maior (+ 22%) do que os do sexo feminino.
Metabolismo
A avaliação do metabolismo do bevacizumab em coelhos, após administração de uma dose única intravenosa de 125I-bevacizumab, indicou que o perfil metabólico era similar ao esperado para uma molécula de IgG nativa que não se ligue ao VEGF. O metabolismo e a eliminação do bevacizumab é semelhante ao da IgG endógena, isto é, primariamente catabolismo via proteolítica em todo o organismo, incluindo células endoteliais, e não assenta primariamente na eliminação através dos rins ou do fígado. A ligação da IgG ao receptor FcRN resulta na protecção do metabolismo celular e na semi-vida terminal longa.
Eliminação
A depuração do bevacizumab foi de 0,231 l/dia. O volume do compartimento central (Vc) e a depuração correspondem a uma semi-vida inicial de 1,4 dias e a uma semi-vida terminal de cerca de 20 dias. Esta semi-vida é consistente com a semi-vida de eliminação terminal da IgG endógena humana, que é de 18 a 23 dias. Em doentes com valor baixo de albumina (≤29g/l) e valor elevado de fosfatase alcalina (≥484U/l) (ambos marcadores da severidade da doença), a depuração foi aproximadamente 20% mais elevada do que em doentes com valores laboratoriais normais.
Farmacocinética em populações especiais
Os parâmetros farmacocinéticos populacionais foram analisados de forma a avaliar os efeitos das características demográficas. Os resultados mostraram não haver diferenças significativas na farmacocinética do bevacizumab relativamente à idade.
Crianças e adolescentes: A farmacocinética do bevacizumab foi estudada num número limitado de doentes pediátricos. Os dados farmacocinéticos resultantes sugerem que o volume de distribuição e a depuração do bevacizumab foram comparáveis aos dos adultos com tumores sólidos.
Compromisso renal: Não se realizaram estudos para determinar a farmacocinética do bevacizumab em doentes com compromisso renal, uma vez que os rins não são um órgão principal para metabolização ou eliminação do bevacizumab.
Compromisso hepático: Não se realizaram estudos para determinar a farmacocinética do bevacizumab em doentes com compromisso hepático, uma vez que o fígado não é um órgão principal para metabolização ou eliminação do bevacizumab.
5.3 Dados de segurança pré-clínica
Em estudos com duração até 26 semanas, realizados no macaco cynomolgus, observou-se displasia fiseal em animais jovens, com cartilagens epifisárias não encerradas, para concentrações séricas médias de bevacizumab inferiores ao valor médio das concentrações séricas terapêuticas no ser humano. No coelho, o bevacizumab revelou inibir a cicatrização de feridas com doses inferiores à dose clínica proposta. Os efeitos na cicatrização das feridas revelaram ser completamente reversíveis.
Não se realizaram estudos de avaliação do potencial mutagénico e carcinogénico do bevacizumab.
Não se realizaram estudos específicos em animais para avaliação do efeito na fertilidade. No entanto, podem ser esperados efeitos adversos na fertilidade feminina uma vez que os estudos de toxicidade por dose repetida, realizados em animais, mostraram a inibição da maturação dos folículos do ovário e uma diminuição/ausência de corpos lúteos, com a correspondente diminuição do peso dos ovários e útero, bem como da diminuição no número de ciclos menstruais.
24
O bevacizumab mostrou ser embriotóxico e teratogénico quando administrado em coelhos. Os efeitos observados incluíram diminuição do peso corporal materno e fetal, aumento do número de reabsorções fetais e aumento da incidência de malformações fetais específicas, macroscópicas e a nível do esqueleto. Observaram-se efeitos adversos nos fetos com qualquer uma das doses testadas. A dose mais baixa testada resultou num valor médio das concentrações séricas aproximadamente 3 vezes maior do que o observado em indivíduos tratados com 5 mg/kg de 2 em 2 semanas.
6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1 Lista dos excipientes
Trealose di-hidratada
Fosfato de sódio
Polissorbato 20
Água para preparações injectáveis
6.2 Incompatibilidades
Observou-se um perfil de degradação do bevacizumab, dependente da concentração, quando este foi diluído com soluções de glucose (5%).
6.3 Prazo de validade
2 anos
A estabilidade química e física durante a utilização foi demonstrada durante 48 horas a 2°C-30°C em solução injectável de cloreto de sódio 0,9%. Do ponto de vista microbiológico, o produto deve ser utilizado imediatamente. Se não for utilizado imediatamente, a duração e as condições de armazenagem após a preparação são da responsabilidade do utilizador, não devendo ser superiores a 24 horas a 2°C-8°C, excepto se a diluição ocorrer em condições de assepsia, controladas e validadas.
6.4 Precauções especiais de conservação
Conservar no frigorífico (2°C-8°C)
Não congelar.
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior para proteger da luz.
Condições de conservação do medicamento diluído, ver secção 6.3.
6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Frasco para injectáveis para uso único (vidro Tipo I) com tampa de borracha butílica, contendo 100 mg de bevacizumab em 4 ml de concentrado para solução para perfusão
Frasco para injectáveis para uso único (vidro Tipo I) com tampa de borracha butílica, contendo 400 mg de bevacizumab em 16 ml de concentrado para solução para perfusão
Embalagens de 1 frasco para injectáveis contendo 4 ml.
Embalagens de 1 frasco para injectáveis contendo 16 ml.
6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento
Avastin não contém qualquer conservante antimicrobiano, pelo que se deve ter cuidado em assegurar a esterilidade da solução preparada.
25
Avastin deve ser preparado por um profissional de saúde, por meio de técnica asséptica. Retirar a quantidade necessária de bevacizumab e diluir até ao volume de administração necessário com solução injectável de cloreto de sódio 0,9%. A concentração final da solução de bevacizumab deve ser mantida dentro do intervalo 1,4-16,5 mg/ml.
Rejeitar qualquer porção não utilizada deixada no frasco para injectáveis uma vez que o produto não contém conservantes. Antes da administração, os medicamentos para administração parentérica devem ser inspeccionados visualmente quanto à presença de partículas ou coloração.
Não foram observadas incompatibilidades entre Avastin e sacos ou dispositivos de perfusão de cloreto de polivinilo ou poliolefine.
7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Roche Registration Limited
6 Falcon Way
Shire Park
Welwyn Garden City
AL7 1TW
Reino Unido
8. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/04/300/001 – frasco para injectáveis de 100 mg/4 ml
EU/1/04/300/002 – frasco para injectáveis de 400 mg/16 ml
9. DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
12 de Janeiro de 2005
10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
26
ANEXO II
A. FABRICANTE(S) DA SUBSTÂNCIA ACTIVA DE ORIGEM BIOLÓGICA E TITULAR(ES) DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
27
A FABRICANTE DA SUBSTÂNCIA ACTIVA DE ORIGEM BIOLÓGICA E TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE FABRICO RESPONSÁVEL PELA LIBERTAÇÃO DO LOTE
Nome e endereço dos fabricantes da substância activa de origem biológica
Genentech, Inc.
1 DNA Way
South San Francisco, CA 94080-4990
EUA
Genentech, Inc.
1000 New Horizons Way
Vacaville, CA 95688
EUA
Genentech, Inc.
1 Antibody Way
Oceanside, CA 92056
EUA
Nome e endereço do fabricante responsável pela libertação do lote
Roche Pharma AG
Emil-Barrell-Str.1,
D-79639 Grenzach-Wyhlen
Alemanha
B. CONDIÇÕES DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
• CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS AO FORNECIMENTO E UTILIZAÇÃO
IMPOSTAS AO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Medicamento de receita médica restrita, de utilização reservada a certos meios especializados (ver anexo I: Resumo das Características do Medicamento, secção 4.2.).
• CONDIÇÕES OU RESTRIÇÕES RELATIVAS À UTILIZAÇÃO SEGURA E EFICAZ DO MEDICAMENTO
Não aplicável.
• OUTRAS CONDIÇÕES
Plano de Gestão de Risco
O Titular da Autorização de Introdução no Mercado compromete-se a desenvolver estudos e actividades de farmacovigilância adicionais, descritas no Plano de Farmacovigilância, conforme acordado na versão 4.0 do Plano de Gestão de Risco (PGR) apresentado no Módulo 1.8.3 do pedido de Autorização de Introdução no Mercado e quaisquer actualizações subsequentes do PGR acordado com o CHMP.
Tendo em conta a Norma Orientadora do CHMP sobre Sistemas de Gestão de Risco para medicamentos de uso humano, o PGM actualizado deve ser submetido em simultâneo com o próximo Relatório Periódico de Segurança (RPS).
Adicionalmente, deve submeter-se um PGR actualizado:
• Quando é recebida nova informação que possa ter impacto nas Especificações de Segurança, Plano de Farmacovigilância ou actividades de minimização de risco actuais
28
• No prazo de 60 dias após a concretização de um acontecimento importante (farmacovigilância ou minimização de risco)
• A pedido da EMEA
29
ANEXO III
ROTULAGEM E FOLHETO INFORMATIVO
30
A. ROTULAGEM
31
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
EMBALAGEM EXTERIOR
1. NOME DO MEDICAMENTO
Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Bevacizumab
2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S)
Cada frasco para injectáveis contém 100 mg de bevacizumab.
3. LISTA DOS EXCIPIENTES
Trealose dihidratada, fosfato de sódio, polissorbato 20, água para preparações injectáveis.
4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
Concentrado para solução para perfusão
100 mg
1 frasco para injectáveis de 4 ml
5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Para administração intravenosa após diluição
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças
7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
Este medicamento não contém conservantes
8. PRAZO DE VALIDADE
VAL.
9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Conservar no frigorífico (2ºC-8ºC)
Não congelar
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior
32
10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL
11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Roche Registration Limited
6 Falcon Way
Shire Park
Welwyn Garden City
AL7 1TW
Reino Unido
12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/04/300/001
13. NÚMERO DO LOTE
Lote
14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica
15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Não aplicável
33
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
FRASCO PARA INJECTÁVEIS
1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Avastin 25 mg/ml, concentrado para solução para perfusão
Bevacizumab
2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO
Para administração intravenosa após diluição
3. PRAZO DE VALIDADE
VAL.
4. NÚMERO DO LOTE
Lote
5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE
100 mg, 4 ml
6. OUTRAS
34
INDICAÇÕES A INCLUIR NO ACONDICIONAMENTO SECUNDÁRIO
EMBALAGEM EXTERIOR
1. NOME DO MEDICAMENTO
Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Bevacizumab
2. DESCRIÇÃO DA(S) SUBSTÂNCIA(S) ACTIVA(S)
Cada frasco para injectáveis contém 400 mg de bevacizumab.
3. LISTA DOS EXCIPIENTES
Trealose dihidratada, fosfato de sódio, polissorbato 20, água para preparações injectáveis.
4. FORMA FARMACÊUTICA E CONTEÚDO
Concentrado para solução para perfusão
400 mg
1 frasco para injectáveis de 16 ml
5. MODO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Para administração intravenosa após diluição
Consultar o folheto informativo antes de utilizar
6. ADVERTÊNCIA ESPECIAL DE QUE O MEDICAMENTO DEVE SER MANTIDO FORA DO ALCANCE E DA VISTA DAS CRIANÇAS
Manter fora do alcance e da vista das crianças
7. OUTRAS ADVERTÊNCIAS ESPECIAIS, SE NECESSÁRIO
Este medicamento não contém conservantes
8. PRAZO DE VALIDADE
VAL.
9. CONDIÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Conservar no frigorífico (2ºC-8ºC)
Não congelar
Manter o frasco para injectáveis dentro da embalagem exterior
35
10. CUIDADOS ESPECIAIS QUANTO À ELIMINAÇÃO DO MEDICAMENTO NÃO UTILIZADO OU DOS RESÍDUOS PROVENIENTES DESSE MEDICAMENTO, SE APLICÁVEL
11. NOME E ENDEREÇO DO TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
Roche Registration Limited
6 Falcon Way
Shire Park
Welwyn Garden City
AL7 1TW
Reino Unido
12. NÚMERO(S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
EU/1/04/300/002
13. NÚMERO DO LOTE
Lote
14. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À DISPENSA AO PÚBLICO
Medicamento sujeito a receita médica
15. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO
16. INFORMAÇÃO EM BRAILLE
Não aplicável
36
INDICAÇÕES MÍNIMAS A INCLUIR EM PEQUENAS UNIDADES DE ACONDICIONAMENTO PRIMÁRIO
FRASCO PARA INJECTÁVEIS
1. NOME DO MEDICAMENTO E VIA(S) DE ADMINISTRAÇÃO
Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Bevacizumab
2. MODO DE ADMINISTRAÇÃO
Para administração intravenosa após diluição
3. PRAZO DE VALIDADE
VAL.
4. NÚMERO DO LOTE
Lote
5. CONTEÚDO EM PESO, VOLUME OU UNIDADE
400 mg, 16 ml
6. OUTRAS
37
B. FOLHETO INFORMATIVO
38
FOLHETO INFORMATIVO: INFORMAÇÃO PARA O UTILIZADOR
Avastin 25 mg/ml concentrado para solução para perfusão
Bevacizumab
Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento.
– Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler.
– Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.
– Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes
prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
– Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Neste folheto:
1. O que é Avastin e para que é utilizado
2. Antes de utilizar Avastin
3. Como utilizar Avastin
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar Avastin
6. Outras informações
1. O QUE É AVASTIN E PARA QUE É UTILIZADO
Avastin é um medicamento utilizado para o tratamento do cancro avançado do intestino grosso, isto é, do cólon ou recto. Avastin será administrado juntamente com quimioterapia que contém medicamentos com fluoropirimidinas.
Avastin também é utilizado para o tratamento do cancro da mama metastático. Quando utilizado em doentes com cancro da mama, será administrado com paclitaxel, um medicamento para quimioterapia.
Avastin também é utilizado para o tratamento do cancro do pulmão de células não pequenas avançado. Avastin será administrado em associação com um regime de quimioterapia contendo platinos.
Avastin também é utilizado para o tratamento do cancro renal avançado. Quando utilizado em doentes com cancro renal, será administrado com outro tipo de medicamento denominado interferão.
Avastin contém a substância activa bevacizumab, que é um anticorpo monoclonal humanizado.
Os anticorpos monoclonais são proteínas que reconhecem e se ligam, especificamente, a outras proteínas únicas do organismo. O bevacizumab liga-se selectivamente a uma proteína designada por factor de crescimento do endotélio vascular humano (VEGF), que se encontra no revestimento dos vasos sanguíneos e linfáticos do organismo. O VEGF induz o crescimento dos vasos sanguíneos dos tumores, estes vasos sanguíneos abastecem o tumor de nutrientes e oxigénio. Quando o bevacizumab se liga ao VEGF, impede-o de actuar adequadamente. Esta acção impede o crescimento do tumor através do bloqueio do crescimento dos vasos sanguíneos que fornecem nutrientes e oxigénio ao tumor.
Cada embalagem de Avastin concentrado para solução para perfusão contém um frasco para injectáveis. Este frasco para injectáveis contém 4 ml ou 16 ml de um líquido concentrado estéril, ligeiramente opaco, incolor a castanho claro. Antes da utilização, o concentrado deve ser diluído de forma a torná-lo numa solução para perfusão intravenosa.
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2. ANTES DE UTILIZAR AVASTIN
Não utilize Avastin se:
– tem alergia (hipersensibilidade) ao bevacizumab ou a qualquer outro componente de Avastin.
– tem alergia (hipersensibilidade) a derivados de células de ovário de hamster Chinês (CHO) ou
a outros anticorpos recombinantes humanos ou humanizados.
– tem um cancro no cérebro, ainda não submetido a tratamento.
– está grávida.
Tome especial cuidado com Avastin:
– se tiver doenças que causem inflamação no interior do abdómen (ex. diverticulite, úlceras no estômago, colite associada à quimioterapia), uma vez que é possível que a utilização de Avastin aumente o risco de desenvolvimento de orifícios na parede do intestino.
– se vai ser submetido a uma operação cirúrgica, se tiver sido submetido a uma grande
intervenção cirúrgica nos 28 dias anteriores ou se tiver uma ferida cirúrgica não cicatrizada, não
deve ser tratado com este medicamento uma vez que Avastin pode aumentar o risco de
hemorragia ou de problemas de cicatrização após a cirurgia.
– se tem tensão arterial elevada que não é controlada com anti-hipertensivos, uma
vez que Avastin pode aumentar a incidência de tensão arterial elevada. Antes de iniciar o tratamento com Avastin o seu médico deverá certificar-se de que a sua tensão arterial está controlada.
– se tem tensão arterial elevada, uma vez que pode ter um risco aumentado de ter proteínas na urina.
– se tem mais de 65 anos e se também tiver tido coágulos sanguíneos numa artéria (um tipo de
vaso sanguíneo), uma vez que estes factores podem aumentar o risco de se voltarem a formar
coágulos sanguíneos nas artérias.
– se tiver, ou alguém da sua família tiver tendência para ter problemas de hemorragias ou se estiver a tomar medicamentos que tornam o sangue menos espesso, para tratamento dos coágulos sanguíneos.
– se tem tosse ou expectoração com sangue ou tenha tido qualquer hemorragia nos pulmões.
– se foi alguma vez submetido a tratamento com antraciclinas (por exemplo doxorrubicina, um tipo específico de quimioterapia utilizada para o tratamento de alguns cancros) ou foi submetido a radioterapia no tórax ou se tem alguma doença de coração, uma vez que Avastin pode aumentar o risco de desenvolvimento de problemas cardíacos.
Não deixe de informar o médico, mesmo que algum dos problemas descritos acima tenha ocorrido já
há algum tempo.
Ao tomar Avastin com outros medicamentos:
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Informe o seu médico se fez recentemente ou está a fazer radioterapia.
Gravidez e aleitamento
Não pode usar Avastin se estiver grávida. Avastin pode afectar o bebé que se está a desenvolver no útero uma vez que pode parar a formação de novos vasos sanguíneos. O seu médico deve aconselhá-la a utilizar contracepção durante o tratamento com Avastin e durante pelo menos 6 meses após a última dose de Avastin.
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Informe de imediato o seu médico se estiver grávida, se engravidar durante o tratamento com este medicamento ou se pretende engravidar num futuro próximo.
Não pode amamentar o seu filho durante o tratamento com Avastin e durante pelo menos 6 meses após a última dose de Avastin, uma vez que este pode interferir com o crescimento e desenvolvimento do seu bebé.
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas:
Avastin não mostrou efeitos na capacidade de conduzir ou utilizar quaisquer ferramentas ou máquinas.
3. COMO UTILIZAR AVASTIN
Dose e frequência de administração
A dose necessária de Avastin depende do seu peso corporal e do tipo de cancro a que está a ser tratado. A dose recomendada é de 5; 7,5; 10 ou 15 mg por quilograma do seu peso corporal. O seu médico vai prescrever a dose de Avastin adequada ao seu caso. A administração de Avastin vai ser feita 1 vez, de 2 em 2 ou de 3 em 3 semanas. O número de perfusões vai depender da forma como responder ao tratamento; deve prosseguir o tratamento até o Avastin deixar de conseguir impedir o crescimento do tumor. O seu médico irá discutir este assunto consigo.
Modo e via de administração
Avastin é um concentrado para solução para perfusão. Antes da utilização, uma parte ou a totalidade, consoante a dose que lhe foi prescrita, do conteúdo do frasco para injectáveis de Avastin será diluída com uma solução salina. Um médico ou enfermeiro irá administrar-lhe a solução diluída de Avastin por meio de perfusão intravenosa. A primeira perfusão ser-lhe-á administrada durante 90 minutos. Se esta for bem tolerada, a segunda perfusão pode ser administrada durante 60 minutos. As perfusões seguintes podem ser administradas durante 30 minutos.
A administração de Avastin deve ser temporariamente interrompida:
– se desenvolver tensão arterial elevada grave, que necessite de tratamento com anti-hipertensivos,
– se tiver problemas de cicatrização depois de uma cirurgia,
– se for submetido a uma cirurgia.
A administração de Avastin deve ser permanentemente interrompida se tiver:
– tensão arterial elevada grave não controlada pelos medicamentos anti-hipertensivos; ou uma subida grave, súbita, da tensão arterial,
– presença de proteínas na urina, acompanhada por inchaço no seu corpo,
– um orifício na parede do seu intestino,
– uma ligação ou passagem anormal, em forma de tubo, entre a traqueia e o esófago ou entre órgãos internos e a pele ou outros tecidos que não são normalmente conectados, e que seja considerada grave pelo seu médico,
– um coágulo de sangue nas suas artérias,
– um coágulo nas veias dos pulmões,
– uma hemorragia grave.
Se for administrada uma quantidade excessiva de Avastin:
– pode ter uma enxaqueca muito forte. Se isto acontecer contacte imediatamente o seu médico ou
farmacêutico.
Se não for administrada uma dose de Avastin:
– o seu médico decidirá quando deve receber a próxima dose de Avastin. Deve falar disso com o
seu médico. 41
Se parar de tomar Avastin:
Interromper o tratamento com Avastin pode parar o seu efeito no crescimento do tumor. Não pare o tratamento com Avastin excepto se o assunto tiver sido discutido com o seu médico.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como todos os medicamentos, Avastin pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Os efeitos secundários abaixo descritos foram observados quando Avastin foi administrado juntamente com quimioterapia. Isto não significa necessariamente que estes efeitos secundários tenham sido causados unicamente pelo Avastin.
Os efeitos secundários descritos como muito frequentes foram sentidos em mais de 1 em 10 doentes.
Os efeitos secundários descritos como frequentes foram sentidos em até 1 em 10 doentes.
Deve procurar ajuda imediatamente se tiver algum dos efeitos secundários abaixo descritos.
Os efeitos secundários frequentes (até 1 em 10 doentes) mais graves são:
– perfuração intestinal,
– hemorragia, incluindo hemorragia do pulmão em doentes com cancro do pulmão de células não pequenas,
– bloqueio de uma artéria por um coágulo sanguíneo;
– bloqueio de veias nos pulmões por um coágulo sanguíneo.
Os efeitos secundários graves que podem ser muito frequentes (mais de 1 em 10 doentes) incluem:
– tensão arterial elevada,
– problemas de cicatrização de feridas após cirurgia,
– sensação de adormecimento ou formigueiro das mãos ou pés,
– diminuição do número de células sanguíneas, incluindo glóbulos brancos, que ajudam a combater infecções e células que ajudam na coagulação do sangue,
– falta de energia ou cansaço,
– náusea e vómito.
Os efeitos secundários graves que podem ser frequentes (até 1 em 10 doentes) incluem:
– diminuição do número de células do sangue, estas incluem glóbulos brancos (pode estar associada com febre) e de glóbulos vermelhos,
– hemorragia associada ao tumor,
– falta de energia,
– dor abdominal,
– boca seca associada a sede e/ou diminuição do volume ou escurecimento da urina,
– diarreia,
– dor, incluindo dor de cabeça,
– coágulo sanguíneo numa veia das pernas, ou dificuldades na coagulação do sangue,
– acumulação localizada de pus,
– infecção, em particular infecção no sangue ou na bexiga,
– redução da circulação de sangue no cérebro ou acidente vascular cerebral,
– coágulos sanguíneos nas artérias que podem conduzir a enfarte e a ataque cardíaco,
– adormecer ou desmaiar,
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– problemas cardíacos acompanhados de dificuldades respiratórias,
– hemorragia nasal,
– aumento do ritmo cardíaco (pulso),
– obstrução no intestino,
– resultados anormais no teste da urina (proteínas na urina),
– dificuldades respiratórias ou baixos níveis de oxigénio no sangue.
Raramente, podem ocorrer efeitos secundários tais como convulsões (ataques), dor de cabeça, confusão, alterações na visão ou uma ligação anormal, em forma de tubo, entre a traqueia e a passagem para o estômago (esófago).
Deve procurar ajuda logo que possível se tiver algum dos efeitos secundários abaixo descritos.
Entre os efeitos secundários muito frequentes (mais de 1 em 10 doentes) que não foram graves incluem-se:
– tensão arterial elevada,
– dor,
– falta de energia,
– obstipação, hemorragia pela parte inferior do intestino grosso, inflamação da boca,
– perda do apetite,
– proteínas na urina,
– hemorragia nasal,
– febre,
– dor de cabeça.
Entre os efeitos secundários frequentes (até 1 em 10 doentes), que não foram graves incluem-se:
– dificuldade respiratória,
– hemorragia nasal,
– corrimento nasal,
– pele seca, descamação e inflamação da pele, alteração da cor da pele,
– alteração do paladar,
– problemas nos olhos (lacrimejar),
– alterações da voz, rouquidão.
Outros efeitos secundários menos frequentes, de qualquer gravidade, que foram notificados incluem insuficiência cardíaca, hemorragia do revestimento da boca ou da vagina, e uma ligação anormal, em forma de tubo, entre órgãos internos e a pele ou outros tecidos que não são normalmente conectados.
Têm havido casos muito raros de doentes que desenvolveram um orifício no septo do nariz – a estrutura que separa as narinas.
Alguns efeitos secundários são mais frequentes em doentes idosos. Estes efeitos secundários incluem coágulos sanguíneos nas artérias, que podem levar a um AVC (acidente vascular cerebral) ou a um ataque cardíaco. Além disso, os doentes idosos estão em maior risco de sofrer uma diminuição no número de glóbulos brancos no sangue e de células que ajudam na coagulação do sangue. Outros efeitos secundários notificados com uma maior frequência em doentes idosos incluem diarreia, enjoo, dor de cabeça e fadiga.
Avastin pode ainda causar alterações nas análises pedidas pelo seu médico. Estas incluem: diminuição do número de glóbulos brancos, em particular de neutrófilos (um tipo de glóbulo branco que ajuda na protecção contra infecções) no sangue; presença de proteínas na urina; diminuição dos níveis de potássio, sódio ou fósforo (um mineral) no sangue; aumento do nível de açúcar no sangue; aumento do nível de fosfatase alcalina (uma enzima) no sangue e diminuição do nível da hemoglobina (presente nos glóbulos vermelhos, que transportam oxigénio), que pode ser grave.
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5. COMO CONSERVAR AVASTIN
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Conservar no frigorífico (2°C – 8°C).
Não congelar.
Conservar o frasco para injectáveis na embalagem exterior.
Não utilize após o prazo de validade impresso na embalagem exterior e no rótulo do frasco para injectáveis após VAL. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
A solução para perfusão deve ser utilizada imediatamente depois da diluição. Rejeite qualquer porção não utilizada do medicamento.
6. OUTRAS INFORMAÇÕES
Qual a composição de Avastin
– A substância activa é o bevacizumab.
– Os outros componentes são a trealose dihidratada, o fosfato de sódio, o polissorbato 20 e água para preparações injectáveis.
Qual o aspecto de Avastin e conteúdo da embalagem
Avastin é um líquido transparente, incolor a castanho claro num frasco para injectáveis de vidro, com
uma tampa de borracha. Cada frasco para injectáveis contém 100 mg de bevacizumab em 4 ml de
solução ou 400 mg de bevacizumab em 16 ml de solução.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado:
Roche Registration Limited, 6 Falcon Way, Shire Park, Welwyn Garden City, AL7 1TW, Reino Unido.
Fabricante:
Roche Pharma AG, Emil-Barell-Str. 1, 79639 Grenzach-Wyhlen, Alemanha.
Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o representante local do titular da autorização de introdução no mercado.
België/Belgique/Belgien
N.V. Roche S.A.
Tél/Tel: +32 (0) 2 525 82 11
Luxembourg/Luxemburg
(Voir/siehe Belgique/Belgien)
България
Рош България ЕООД
Тел: +359 2 818 44 44
Magyarország
Roche (Magyarország) Kft.
Tel: +36 – 23 446 800
Česká republika
Roche s. r. o.
Tel: +420 – 2 20382111
Malta
(See United Kingdom)
Danmark
Roche a/s
Tlf: +45 – 36 39 99 99
Nederland
Roche Nederland B.V.
Tel: +31 (0) 348 438050
44
Deutschland
Roche Pharma AG
Tel: +49 (0) 7624 140
Norge
Roche Norge AS
Tlf: +47 – 22 78 90 00
Eesti
Roche Eesti OÜ
Tel: + 372 – 6 177 380
Österreich
Roche Austria GmbH
Tel: +43 (0) 1 27739
Ελλάδα
Roche (Hellas) A.E.
Τηλ: +30 210 61 66 100
Polska
Roche Polska Sp.z o.o.
Tel: +48 – 22 345 18 88
España
Roche Farma S.A.
Tel: +34 – 91 324 81 00
Portugal
Roche Farmacêutica Química, Lda
Tel: +351 – 21 425 70 00
France
Roche
Tél: +33 (0) 1 46 40 50 00
România
Roche România S.R.L.
Tel: +40 21 206 47 01
Ireland
Roche Products (Ireland) Ltd.
Tel: +353 (0) 1 469 0700
Slovenija
Roche farmacevtska družba d.o.o.
Tel: +386 – 1 360 26 00
Ísland
Roche a/s
c/o Icepharma hf
Simi: +354 540 8000
Slovenská republika
Roche Slovensko, s.r.o.
Tel: +421 – 2 52638201
Italia
Roche S.p.A.
Tel: +39 – 039 2471
Suomi/Finland
Roche Oy
Puh/Tel: +358 (0) 10 554 500
Kύπρος
Γ.Α.Σταμάτης & Σια Λτδ.
Τηλ: +357 – 22 76 62 76
Sverige
Roche AB
Tel: +46 (0) 8 726 1200
Latvija
Roche Latvija SIA
Tel: +371 – 7 039831
United Kingdom
Roche Products Ltd.
Tel: +44 (0) 1707 366000
Lietuva
UAB “Roche Lietuva”
Tel: +370 5 2546799
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Categorias
Paclitaxel

Taxol bula do medicamento

Neste folheto:

1.O que é TAXOL e para que é utilizado
2.Antes de utilizar TAXOL
3.Como administrar TAXOL
4.Efeitos secundários TAXOL
5.Como conservar TAXOL
6.Outras informações

TAXOL 6 mg/ml

Concentrado para solução para perfusão

Paclitaxel

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento. Conserve este folheto. Pode ter necessidade de o reler. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico.

1. O QUE É TAXOL E PARA QUE É UTILIZADO

O paclitaxel pertence a um grupo de medicamentos anticancerígenos denominados taxanos. Estes agentes inibem o crescimento das células cancerígenas.

O TAXOL é utilizado para tratar: Carcinoma do ovário:

Como terapêutica inicial (após cirurgia inicial em associação com cisplatina, medicamento que contém platina);

Após os medicamentos padrão que contêm platina terem sido utilizados sem sucesso. Carcinoma da mama:

Como terapêutica inicial numa fase avançada da doença ou quando a doença se espalhou para outras partes do organismo (doença metastática). O TAXOL ou é associado a uma antraciclina (por exemplo doxorrubicina) ou a um medicamento denonimado trastuzumab (para doentes nos quais a antraciclina não é adequada e cujas células cancerígenas apresentam uma proteína na sua superfície denominada HER 2 consultar o folheto informativo do trastuzumab);

Após cirurgia inicial, a seguir ao tratamento com antraciclina e ciclofosfamida (AC) como tratamento adicional;

Como tratamento de segunda linha para doentes que não responderam aos tratamentos padrão com antraciclinas ou para os quais tal tratamento não é adequado. Carcinoma do pulmão de células não pequenas em fase avançada: em associação com cisplatina, quando a cirurgia e/ou radioterapia não são adequadas. Sarcoma de Kaposi relacionado com SIDA:

Quando foi tentado outro tratamento (i.e. antraciclinas lipossómicas) sem sucesso.

2. ANTES DE UTILIZAR TAXOL

Não lhe deve ser administrado TAXOL

  • Se tem alergia (hipersensibilidade) ao paclitaxel ou a qualquer outro componente de TAXOL, em especial ao óleo de rícino polioxietilado.
  • Se tiver muito poucos glóbulos brancos no sangue. O seu médico verificará isso através de amostras sanguíneas.
  • Se estiver a amamentar.
  • Se tiver uma infecção grave não controlada e o TAXOL for utilizado para tratar o Sarcoma de Kaposi.
  • Se algumas destas situações se aplicar a si, fale com o seu médico antes de iniciar o tratamento com TAXOL.

TAXOL não é recomendado para utilização em crianças (idade inferior a 18 anos).

Tome especial cuidado com TAXOL

Vão-lhe ser administrados outros medicamentos antes receber TAXOL para minimizar as reacções alérgicas.

  • Se tiver reacções alérgicas graves (por exemplo dificuldade em respirar, falta de ar, aperto no peito, diminuição da pressão arterial, tonturas, atordoamento, reacções cutâneas como erupção cutânea ou inchaço).
  • Se tiver febre, arrepios fortes, garganta inflamada ou úlceras na boca (sinais de depressão da medula óssea).
  • Se tiver dormência ou fraqueza nos braços e pernas (sinais de neuropatia periférica); pode ser necessária uma redução da dose de TAXOL.
  • Se tiver problemas hepáticos graves; neste caso a utilização de TAXOL não é recomendada.
  • Se tiver problemas de condução cardíaca.
  • Se desenvolver diarreia grave ou persistente, com febre e dor de estômago, durante, ou pouco após, o tratamento com TAXOL. O seu cólon poderá estar inflamado (colite pseudomembranosa).
  • Se tiver feito previamente radiação no peito (porque pode aumentar o risco de inflamação dos pulmões).
  • Se tiver a boca inflamada ou vermelha (sinais de mucosite) e estiver a ser tratado para o Sarcoma de Kaposi. Poderá necessitar de uma dose mais baixa. Informe imediatamente o seu médico, se alguma destas situações se aplicar a si.

O TAXOL deve ser sempre administrado nas veias. A administração de TAXOL nas artérias pode causar inflamação das artérias e poderá ter dor, inchaço, vermelhidão e calor.

Ao utilizar TAXOL com outros medicamentos

Informe o seu médico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica. Tal deverá ser feito porque TAXOL ou o outro medicamento podem não ter o efeito esperado, ou poderá ser mais provável a ocorrência de um efeito secundário.

Interacção significa que medicamentos diferentes podem influenciar-se uns aos outros. A interacção pode ocorrer e o seu médico necessita de saber quando TAXOL for utilizado juntamente com:

cisplatina (para tratar o cancro): TAXOL tem de ser administrado antes da cisplatina. A sua função renal poderá necessitar de ser controlada mais frequentemente. doxorrubicina (para tratar o cancro): TAXOL tem de ser administrado 24 horas após a doxorrubicina, para evitar níveis elevados de doxorrubicina no seu organismo. efavirenz, nevirapina, ritonavir, nelfinavir ou outros inibidores da protease, que são tratamentos para o VIH. Pode ser necessário ajustar a dose de TAXOL. eritromicina, um antibiótico, fluoxetina, um antidepressivo ou gemfibrozil, utilizado para baixar o colesterol. Pode ser necessário reduzir a dose de TAXOL. rifampicina, um antibiótico utilizado para a tuberculose. Pode ser necessário aumentar a dose de TAXOL.

Carbamazepina, fenitoína ou fenobarbital, utilizados para a epilepsia. Gravidez e aleitamento

Informe o seu médico se estiver grávida ou pensar poder estar grávida antes de receber o tratamento com TAXOL. Se existir a possibilidade de engravidar, utilize um método contraceptivo eficaz e seguro durante o tratamento. TAXOL não deverá ser utilizado durante a gravidez, a menos que tal seja claramente necessário. Os doentes do sexo feminino e masculino em idade fértil, e/ou os seus parceiros devem utilizar métodos contraceptivos durante, pelo menos, 6 meses após o tratamento com paclitaxel. Os doentes do sexo masculino devem aconselhar-se quanto à criopreservação do esperma antes do tratamento com paclitaxel devido à possibilidade de infertilidade.

Informe o seu médico se estiver a amamentar. Interrompa o aleitamento se estiver a utilizar TAXOL. Não reinicie o aleitamento até que o seu médico lhe diga que o pode fazer.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Este medicamento contém álcool. Consequentemente, poderá não ser aconselhável conduzir imediatamente após um ciclo de tratamento. Em todos os casos, não deverá conduzir se sentir tonturas ou se estiver inseguro.

Informações importantes sobre alguns componentes de TAXOL:

TAXOL contém óleo de rícino (50 % de óleo de rícino polioxietilado) que pode causar reacções alérgicas graves. Se for alérgico ao óleo de rícino, fale com o seu médico antes de receber TAXOL.

TAXOL contém álcool (cerca de 50 % de etanol) – cada mililitro de TAXOL inclui 0,396 g de álcool. Uma dose de TAXOL de 300 mg/50 ml contém 20 g de álcool, equivalente a 450 ml de cerveja ou a 175 ml de vinho.

3. COMO ADMINISTRAR TAXOL

Para minimizar as reacções alérgicas, vão-lhe ser administrados outros medicamentos antes de receber TAXOL. Estes medicamentos podem ser administrados como comprimidos ou como perfusão numa veia, ou como ambos.

Irá receber TAXOL como gotas numa das veias (por perfusão intravenosa), através de um filtro incluído no sistema de perfusão. A administração de TAXOL é feita por um profissional de saúde. O profissional de saúde preparará a solução para perfusão antes da administração. A dose que irá receber também depende dos resultados das análises sanguíneas. Dependendo do tipo e gravidade do cancro irá receber TAXOL em monoterapia ou associado a um outro fármaco anticancerígeno. TAXOL deve ser sempre administrado numa das veias durante um período de 3 ou 24 horas. Habitualmente é administrado cada 2 ou 3 semanas, a não ser que o seu médico decida de outro modo. O seu médico irá informá-lo sobre o número de ciclos de TAXOL que necessitará de receber.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico.

Se lhe for administrado mais TAXOL do que deveria

Não há nenhum antídoto conhecido para a sobredosagem com TAXOL. Irá receber tratamento para os sintomas.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS TAXOL

Como todos os medicamentos, TAXOL pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Informe imediatamente o seu médico se notar algum sinal de reacção alérgica. Estes sinais podem incluir um ou mais dos seguintes:

  • Rubor,
  • Reacções cutâneas, prurido, aperto no peito,
  • Falta de ar ou dificuldade em respirar, inchaço.

Todos estes sinais podem ser sinais de efeitos secundários graves.

Informe imediatamente o seu médico:

  • Se tiver febre, arrepios fortes, garganta inflamada ou úlceras na boca (sinais de depressão da medula óssea).
  • Se tiver dormência ou fraqueza nos braços e pernas (sinais de neuropatia periférica).
  • Se desenvolver diarreia grave ou persistente, com febre e dores de estômago.

Efeitos secundários muito frequentes

É provável que estes afectem mais de 10 em cada 100 pessoas. Reacções alérgicas ligeiras, tais como rubor, erupção cutânea e prurido Infecções: sobretudo infecção do aparelho respiratório superior e infecção das vias urinárias Falta de ar

Garganta inflamada ou úlceras na boca, boca inflamada e vermelha, diarreia, sensação de doença ou doença (náuseas, vómitos) Perda de cabelo

Dores musculares, cãibras, dor nas articulações

Febre, arrepios fortes, dor de cabeça, tonturas, cansaço, palidez, hemorragia, aparecimento de nódoas negras com mais facilidade do que é normal Dormência, formigueiro ou fraqueza nos braços e pernas (todos sintomas de neuropatia periférica)

Os testes podem mostrar: redução da contagem de plaquetas, glóbulos brancos ou vermelhos, pressão arterial baixa

Efeitos secundários frequentes

É provável que estes afectem até 10 em cada 100 pessoas. Alterações transitórias ligeiras nas unhas e na pele, reacções no local de injecção (inchaço local, dor e vermelhidão da pele)

Os exames podem mostrar: ritmo cardíaco mais lento, aumento acentuado dos níveis das enzimas hepáticas (fosfatase alcalina e AST – SGOT)

Efeitos secundários pouco frequentes

É provável que afectem até 10 em cada 1000 pessoas. Choque devido a infecção (conhecido como “choque séptico”) Palpitações, disfunção cardíaca (bloqueio AV), batimento cardíaco rápido, ataque cardíaco, dificuldade respiratória

Fadiga, transpiração, desmaio (síncope), reacções alérgicas significativas, flebite (inflamação de uma veia), inchaço da face, lábios, boca, língua ou garganta Dores nas costas, dores no peito, dor nas mãos e nos pés, arrepios, dor abdominal (barriga)

Os exames podem mostrar: aumento acentuado da bilirrubina (icterícia), pressão arterial elevada, coágulos sanguíneos

Efeitos secundários raros

É provável que afectem até 10 em cada 10.000 pessoas.

Poucos glóbulos brancos com febre e risco aumentado de infecção (neutropenia febril)

Afecção dos nervos com sensação de fraqueza nos músculos dos braços e pernas (neuropatia motora)

Falta de ar, embolismo pulmonar, fibrose pulmonar, pneumonia intersticial, dispneia, efusão pleural

Obstrução intestinal, perfuração intestinal, inflamação do cólon (colite isquémica),

Inflamação do pâncreas (pancreatite)

Prurido, erupção cutânea, vermelhidão cutânea (eritema)

Intoxicação do sangue (sépsis), peritonite

Pirexia, desidratação, astenia, edema, mal-estar

Reacções de hipersensibilidade graves e potencialmente fatais (reacções anafilácticas) Os exames podem indicar: aumento na creatinina sérica indicando compromisso da função renal

Efeitos secundários muito raros

É provável que afectem até 10 em cada 100.000 pessoas.

Batimento cardíaco rápido irregular (fibrilhação auricular, taquicardia supraventricular) Perturbação súbita nas células formadoras do sangue (leucemia mielóide aguda, síndrome mielodisplástica)

Perturbações visuais e/ou do nervo óptico (escotoma cintilante)

Perda ou redução da audição (ototoxicidade), zumbidos nos ouvidos (acufenos), vertigens

Tosse

Coágulo sanguíneo num vaso sanguíneo do abdómen e intestino (trombose mesentérica), inflamação do cólon por vezes com diarreia persistente grave (colite pseudomembranosa, colite neutropénica, inchaço (ascite), esofagite, obstipação Reacções de hipersensibilidade graves incluindo febre, vermelhidão da pele, dor nas articulações e/ou inflamação do olho (síndrome de Stevens-Johnson), descamação cutânea local (necrólise epidérmica), vermelhidão com pontos vermelhos (exudativos) irregulares (eritema multiforme), inflamação da pele com bolhas e descamação (dermatite exfoliativa), urticária, queda de unhas (doentes sob terapêutica devem usar protecção solar nas mãos e pés) Perda de apetite (anorexia)

Reacções de hipersensibilidade graves e potencialmente fatais com choque (choque anafiláctico)

Perturbação da função hepática (necrose hepática, encefalopatia hepática (ambas com casos notificados de resultado fatal)) Estado confusional

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico.

5. COMO CONSERVAR TAXOL

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não utilize TAXOL após o prazo de validade impresso na embalagem exterior e no frasco para injectáveis. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.

Antes da diluição de TAXOL: Não conservar acima de 25°C

Conservar na embalagem de origem para proteger da luz.

A congelação não afecta os frascos para injectáveis antes da abertura de forma adversa.

Do ponto de vista microbiológico, o medicamento pode ser conservado após a abertura, no máximo, 28 dias a 25°C. Outras condições e tempos de armazenagem durante a utilização são da responsabilidade do utilizador.

Após diluição de TAXOL:

Do ponto de vista microbiológico, o medicamento diluído deve ser utilizado de imediato. Se não for utilizado de imediato, conservar refrigerado (2 ° C a 8 ° C) durante não mais do que 24 horas, a não ser que a diluição tenha sido efectuada em condições assépticas validadas e controladas. Para mais detalhes sobre a estabilidade após a diluição, ver a secção para profissionais de saúde.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de TAXOL:

A substância activa é o paclitaxel.

Cada ml de concentrado contém 6 mg de paclitaxel.

Cada frasco para injectáveis contém 5; 16,7; 25 ou 50 ml (equivalente a 30, 100, 150 ou 300 mg de paclitaxel, respectivamente).

Os outros componentes são etanol (álcool) e óleo de rícino polioxietilado. Qual o aspecto de TAXOL e conteúdo da embalagem

TAXOL 6 mg/ml concentrado para solução para perfusão é uma solução viscosa, límpida, incolor a ligeiramente amarela, que se apresenta em frascos para injectáveis contendo 5 ml, 16,7 ml, 25 ml e 50 ml de concentrado para diluição. Os frascos para injectáveis são acondicionados individualmente numa embalagem; estão também disponíveis caixas contendo 10 embalagens. É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado e Fabricante

Titular da Autorização de Introdução no Mercado:

Bristol-Myers Squibb Farmacêutica Portuguesa, S.A.

Edifício Fernão de Magalhães, Quinta da Fonte, 2780-730 Paço de Arcos

Portugal

Fabricante:

Bristol-Myers Squibb, S.r.l.

Via del Murillo, km 2,800 Sermoneta – Latina

Itália

Este folheto foi aprovado pela última vez em 19-02-2009.