Neste folheto:
1. O que é COLCHICINE e para que é utilizado
2. Antes de tomar COLCHICINE
3. Como tomar COLCHICINE
4. Efeitos secundários possíveis
5. Como conservar COLCHICINE
6. Outras informações
Colchicine, 1mg, comprimidos
Colquicina
Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento.
Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si.
Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
1. O QUE É COLCHICINE E PARA QUE É UTILIZADO
A colquicina faz parte do grupo dos medicamentos usados para o tratamento da gota. É utilizada nas seguintes situações:
Gota:
Acesso agudo de gota;
Terapêutica de prevenção de acessos de gota quando no início de tratamentos hipouricemiantes com inibidores de síntese de ácido úrico ou com uricosíricos.
Outros depósitos microcristalinos: condrocalcinose e reumatismo com hidroxiapatite.
Outras indicações mais raras: doença periódica, doença de Behçet.
Não tome COLCHICINE:
Se tem alergia (hipersensibilidade) à colquicina, ou a qualquer outro componente de COLCHICINE.
Se é insuficiente renal ou insuficiente hepático. Tome especial cuidado com Colchicine:
Nos tratamentos de longo curso:
Nos indivíduos em idade de procriar, deverá ser instaurada uma contracepção eficaz qualquer que seja o parceiro tratado.
É recomendado interromper o tratamento com colquicina três meses antes da concepção. A contracepção deverá manter-se até 3 meses após a interrupção da colquicina.
Em tratamento de ataque:
Deverá haver uma vigilância atenta em caso de insuficiência renal ou hepato-biliar. Deverá associar-se a retardadores do trânsito intestinal ou anti-diarreicos, em caso de aparecimento de diarreia ou colopatia evolutiva.
Nos tratamentos de longo curso, nas doses de 0,5 a 1 mg, as complicações são raras. Por prudência, despistagem sistemática dos efeitos secundários. É aconselhada uma vigilância hematológica semestral.
A utilização concomitante de Colchicine e de pristinamicina ou macrólidos (com excepção de espiramicina) não é recomendada.
Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açucares, contacte-o antes de tomar este medicamento.
Tomar Colchicine com outros medicamentos:
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar ou tiver tomado recentemente outros medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Associações não recomendadas:
Macrólidos com excepção da espiramicina (telitromicina, azitromicina, claritromicina, diritromicina, eritromicina, josamicina, midecamicina, roxitromicina, troleandomicina). Podem aumentar significativamente os níveis séricos de colquicina e o risco de toxicidade, podendo esta tornar-se fatal.
Pristinamicina:
Pode aumentar significativamente os níveis séricos de colquicina e o risco de toxicidade, podendo esta tornar-se fatal.
Associações que necessitam de precauções de utilização:
Ciclosporina
Potencia os efeitos indesejáveis neuromusculares da colquicina. Em caso de associação com a ciclosporina deverá realizar-se vigilância clínica e biológica (doseamento do CPK). Não ultrapassar mais do que alguns dias de tratamento com a colquicina.
Gravidez e Aleitamento:
Caso deseje engravidar, recomenda-se a interrupção do tratamento com Colchicine três meses antes da concepção.
Quando o uso do medicamento for estritamente necessário para a mãe, deverá esta suspender a amamentação.
Consulte o seu médico antes de tomar qualquer medicamento.
Condução de veículos e utilização de máquinas:
Não foram observados efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas.
Informações importantes sobre alguns componentes de Colchicine:
Contém Lactose e Sacarose. Se foi informado pelo seu médico que tem intolerância a alguns açucares, contacte-o antes de tomar este medicamento
Tomar sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas. Os comprimidos são para administração oral e devem ser ingeridos com um copo de água. A dose habitual é:
Gota e depósitos microcristalinos:
Acesso agudo de gota
1° Dia: 3 comprimidos (1 comprimido de manhã, 1 comprimido ao meio dia, 1 comprimido à noite);
2° E 3° dias: 2 comprimidos por dia (1 comprimido de manhã e 1 comprimido à noite);
4° Dia: 1 comprimido à noite
Dias seguintes: 1 comprimido à noite
Prevenção dos acessos de gota aquando dos tratamentos hipo-uricemiantes:
A dose diária profilática de colquicina depende da frequência e da gravidade dos episódios anteriores e pode variar de 0,5 mg duas a quatro vezes por semana até 1,5 mg por dia. É normalmente eficaz numa dose oral de 0,5-1 mg por dia, ajustada de modo a não causar diarreia.
O tratamento com colquicina deve manter-se até pelo menos um mês após a redução da concentração de urato no sangue e que é comum a cobertura profilática durante 3 a 4 meses.
Outras indicações:
Doença periódica, doença de Behçet: habitualmente 1 comprimido por dia à noite, permanentemente.
Utilização em crianças:
Na doença periódica, estudos realizados em doentes pediátricos com idade igual ou superior a 3 anos, que receberam tratamento profilático a longo termo, não demonstraram problemas relacionados com a idade, que limitem a utilização da colquicina nesta indicação, na dose de 0,5 mg a 1,0 mg por dia.
Em crianças com idade inferior a 5 anos a dose diária recomendada é de 0,5 mg/dia. Em crianças com idade igual ou superior a 5 anos a dose recomendada é de 0,5 mg, duas vezes por dia.
Não foram realizados estudos sobre os efeitos da colquicina na população pediátrica, nas restantes indicações.
Utilização em idosos:
Os doentes idosos, mesmo os que apresentam funções renal e hepática normais, podem ser mais susceptíveis a toxicidade cumulativa com colquicina. Recomenda-se redução da dose nestes doentes.
Utilização em doentes com insuficiência hepática ou insuficiência renal:
Nestes doentes existe um risco aumentado de toxicidade cumulativa. A dose deve ser reduzida ou devem ser aumentados os intervalos entre as doses.
Em doentes com depuração de creatinina inferior a 50 ml/min a dose deve ser reduzida para metade. Em doentes com depuração de creatinina inferior a 10 ml/min deve ser considerado um tratamento alternativo.
Se tomar mais Colchicine do que deveria:
Dose tóxica cerca de 10 mg.
Dose constatada mortal, acima de 40 mg
Intoxicação rara, mas grave (30% de mortalidade), sobretudo voluntária.
Sinais e sintomas clínico:
Prostração: 1 a 8 horas, em média 3 horas.
Perturbações digestivas: dores abdominais difusas, vómitos, diarreias profusas levando a desidratação e perturbações circulatórias.
Perturbações hematológicas: hiperleucocitose, depois leucopenia e hipoplaquetose, por depressão medular.
Polipneia frequente. Alopecia ao 10° dia.
Evolução imprevisível. Morte, se ocorrer é em geral ao 2° ou 3° dia por desequilíbrio hidro-electrolítico, choque séptico.
Tratamento:
Não há antídoto específico da colquicina.
Vigilância clínica e biológica constante em meio hospitalar.
Eliminação do tóxico por lavagem ao estômago e depois por aspiração duodenal.
Tratamento unicamente sintomático: reequilíbrio hidro-electrolítico, antibioterapia geral e digestiva maciça, assistência respiratória.
Caso se tenha esquecido de tomar Colchicine:
Tome a dose em falta assim que se lembrar.
Se estiver quase na altura de tomar a dose seguinte, não tome a dose em falta e tome Colchicine na hora habitual.
Não tome duas doses ao mesmo tempo.
Não tome uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de tomar.
Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.
4. EFEITOS SECUNDÁRIOS POSSÍVEIS
Como os demais medicamentos, a Colchicine pode ter efeitos secundários em algumas pessoas:
Gastrointestinais
Muito frequentes: Diarreias, náuseas, vómitos (até 80% dos doentes). Podem ser os primeiros sinais de sobredosagem. É necessário então diminuir as doses ou mesmo parar com o tratamento.
Frequentes: Hemorragia gastrointestinal (no caso de sobredosagem).
Hematológicos
Raros: Leucopenia, neutropenia, trombocitopenia, anemia aplástica.
Neuromusculares
Raros: Neuropatia periférica. Miopatia. Distúrbios neuromiopáticos, os quais são reversíveis com a paragem do tratamento.
Renais
Frequentes: Alteração da função renal (no caso de sobredosagem). Hepáticos
Raros: Alteração da função hepática.
Cutâneos
Pouco frequentes: Urticaria e erupções morbiliformes.
Raros: Alopécia.
Outros
Muito raros: Azoospermia.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.
Manter fora do alcance e da vista das crianças.
Não conservar acima de 25°C Proteger da luz
Não utilize COLCHICINE após expirar o prazo de validade impresso na embalagem. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.
Qual a composição de Colchicine:
A substância activa é a colquicina.
Os outros componentes são:
Povidona, estearato de magnésio, sacarose, lactose e lacansolúvel de eritrosina (E 127).
Qual o aspecto de Colchicine e o conteúdo da embalagem:
Comprimidos cor-de-rosa ranhurados. Caixas de 20 e 40 comprimidos.
Titular da Autorização de Introdução no Mercado
Jaba Farmacêutica SA
Rua da Tapada Grande n° 2, Abrunheira
2710-089 Sintra
Este folheto foi revisto pela última vez em 12/05/2006