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Diclofenac

Voltaren bula do medicamento

Neste folheto:

1. O que é Voltaren e para que é utilizado
2. Antes de utilizar Voltaren
3. Como utilizar Voltaren
4. Efeitos secundários Voltaren
5. Como conservar Voltaren
6. Outras informações

Voltaren

VOLTAREN, 50 mg comprimidos gastrorresistentes

VOLTAREN, 100 mg supositórios

VOLTAREN 75, 75 mg comprimidos de libertação prolongada

VOLTAREN RETARD, 100 mg comprimidos de libertação prolongada

Diclofenac sódico

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros, o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É VOLTAREN E PARA QUE É UTILIZADO.

Voltaren pertence a um grupo de medicamentos designados por anti-inflamatórios não esteróides (AINEs), que são utilizados no tratamento da dor e da inflamação.

Voltaren alivia os sintomas da inflamação, nomeadamente, edema e dor, para além de reduzir a febre. Não exerce qualquer efeito sobre as causas da inflamação ou da febre.

Voltaren comprimidos gastrorresistentes e supositórios, Voltaren 75 e Voltaren Retard podem ser utilizados nas seguintes situações:

  • formas inflamatórias e degenerativas de reumatismo: dor reumática das articulações (artrite), dores nas costas, “rigidez do ombro”, “cotovelo do tenista” e outras formas de reumatismo
  • entorses, distensões ou outras lesões
  • Dor, inflamação e edema após intervenção cirúrgica
  • condições inflamatórias dolorosas em ginecologia, incluindo períodos menstruais dolorosos

Voltaren comprimidos gastrorresistentes e supositórios podem ainda ser utilizados para:

  • sintomas que acompanham as crises de enxaqueca (só os supositórios) infecções do ouvido, nariz ou garganta. A febre não constitui, por si só, uma indicação.
  • crises agudas de gota.

Se tiver alguma questão acerca de como Voltaren funciona ou porque é que lhe foi prescrito, contacte o seu médico assistente.

Voltaren pode igualmente ser utilizado no tratamento de outras doenças, conforme indicação do seu médico assistente.

2. ANTES DE UTILIZAR VOLTAREN

Siga cuidadosamente todas as indicações que o seu médico ou farmacêutico lhe deu, mesmo que estas sejam diferentes da informação contida neste folheto.

NÃO utilize Voltaren:

  • se for alérgico ao diclofenac ou a qualquer outro componente de Voltaren se tem úlcera gástrica ou intestinal
  • se alguma vez teve uma reacção alérgica após tomar medicamentos para tratar a inflamação ou a dor (por ex: diclofenac, ácido acetilsalicílico ou ibuprofeno); As reacções podem incluir asma, corrimento nasal, eritema cutâneo, inchaço da cara. Se achar que pode ser alérgico, fale com o seu médico se tem hemorragia gastrointestinal, cujos sintomas podem incluir sangue nas fezes ou fezes negras.
  • se sofre de uma doença grave do fígado ou rins
  • se sofre de insuficiência cardíaca grave
  • se se encontra nos últimos três meses de gravidez
  • se sofre de dores ou hemorragia no recto (só no caso dos supositórios).

Se alguma destas condições se aplica a si, contacte o seu médico e não utilize Voltaren. O seu médico decidirá se este medicamento é indicado para si.

Tome especial cuidado com Voltaren

Se estiver a utilizar Voltaren simultaneamente com outros medicamento anti-inflamatórios incluíndo ácido acetilsalicílico, corticosteróides, anti-trombóticos ou ISRS (ver “Utilizar Voltaren com outros medicamentos”)

  • Se alguma vez tiver tido problemas gastrointestinais, tais como úlcera de estômago, hemorragia ou fezes negras ou se teve mal-estar gástrico ou azia após tomar medicamentos anti-inflamatórios no passado
  • Se tiver asma ou febre dos fenos (rinite alérgica sazonal)
  • Se tem uma inflamação do cólon (colite ulcerosa) ou do tracto intestinal (doença de Crohn)
  • Se tem ou tiver tido problemas cardíacos ou pressão arterial elevada Se tem problemas hepáticos ou renais
  • Se estiver desidratado (p.ex. por doença, diarreia, antes ou após uma cirurgia importante).
  • Se tem pés inchados sem causa traumática associada
  • Se tem alterações da coagulação sanguínea ou outras doenças do sangue, incluindo uma condição hepática rara designada por porfiria hepática.

Se algumas destas condições se aplicam a si, fale com o seu médico antes de utilizar Voltaren.

Voltaren pode reduzir os sintomas de uma infecção (p.ex. dor de cabeça, temperatura elevada). Assim pode tornar uma infecção mais difícil de detectar e tratar adequadamente. Se se sentir mal e necessitar de ver um médico, lembre-se de referir que está a utilizar Voltaren.

Em casos muito raros, Voltaren, como outros medicamentos anti-inflamatórios, pode causar reacções alérgicas cutâneas graves (p.ex. rash). Assim informe imediatamente o seu médico se sentir alguma destas reacções.

Os medicamentos tais como Voltaren podem estar associados a um pequeno aumento do risco de ataque cardíaco (enfarte do miocárdio) ou Acidente Vascular Cerebral (AVC). O risco é maior com doses mais elevadas e em tratamentos prolongados. Não deve ser excedida a dose recomendada nem a duração do tratamento.

Se tem problemas cardíacos, sofreu um AVC ou pensa que pode estar em risco de vir a sofrer destas situações (por exemplo, se tem pressão sanguínea elevada, diabetes, elevados níveis de colesterol ou é fumador) deverá aconselhar-se sobre o tratamento com o seu médico ou farmacêutico.

Voltaren e crianças/adolescentes

Não se recomenda a utilização de Voltaren em crianças e adolescentes com idade inferior a 14 anos.

Voltaren e idosos

Os doentes idosos poderão ser mais sensíveis aos efeitos de Voltaren que outros adultos. Assim, os doentes idosos devem seguir as indicações do seu médico com especial cuidado e utilizar o mínimo número de comprimidos ou supositórios possível para o alívio dos sintomas. É particularmente importante que os doentes idosos comuniquem imediatamente ao seu médico assistente quaisquer efeitos indesejados.

Insuficiência renal e hepática: Devem ser tomadas precauções quando se administra um AINE a doentes com insuficiência renal e hepática. Em doentes com disfunção renal e hepática ligeira a moderada a dose inicial deve ser reduzida. Não se deve administrar diclofenac a doentes com insuficiência renal e/ou renal grave.

Gravidez

Informe o seu médico assistente caso esteja grávida ou pense que pode estar grávida. Não deve utilizar Voltaren durante a gravidez a não ser que seja absolutamente necessário.

Durante o 1° e 2° trimestre de gravidez, Voltaren não deverá ser utilizado a não ser que seja estritamente necessário. Se Voltaren for usado por mulheres que estejam a tentar engravidar, ou durante o 1° e 2° trimestres de gravidez, a dose administrada deverá ser a menor e durante o mais curto espaço de tempo possível.

Tal como outros medicamentos anti-inflamatórios, não deve utilizar Voltaren durante os últimos 3 meses de gravidez, pois tal poderá provocar lesões no feto ou complicações no parto.

Voltaren poderá dificultar as suas tentativas de engravidar. Não deverá utilizar Voltaren, a menos que seja absolutamente necessário, caso planeie engravidar ou se tem dificuldades em engravidar.

Aleitamento

Deverá informar o seu médico se estiver a amamentar.

Não deverá amamentar se estiver a utilizar Voltaren, pois isto poderá prejudicar a sua criança.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Em casos raros, os doentes a utilizar Voltaren podem sentir alguns efeitos como tonturas, sonolência ou perturbações da visão. Se sentir algum destes efeitos, não deve conduzir veículos, utilizar máquinas ou executar quaisquer tarefas que requeiram uma atenção cuidadosa; informe o seu médico assistente logo que possível se detectar tais efeitos.

Informações importantes sobre alguns dos componentes de Voltaren

Voltaren: os comprimidos gastrorresistentes contêm lactose.

Voltaren 75 e Voltaren Retard: os comprimidos de libertação prolongada contêm sacarose.

Se tiver sido informado pelo seu médico de que é intolerante a alguns tipos de açúcares, contacte o seu médico antes de utilizar este medicamento.

Voltaren: os comprimidos gastrorresistentes também contêm óleo de rícino hidrogenado polioxilo, que pode causar distúrbios no estômago e diarreia.

Utilizar Voltaren com outros medicamentos

O seu médico deverá ser informado de qualquer medicamento que esteja a tomar ou tenha tomado recentemente. Lembre-se também daqueles medicamentos que não lhe foram prescritos por um médico.

É particularmente importante informar o seu médico se estiver a tomar algum dos medicamentos a seguir indicados:

  • lítio ou inibidores selectivos da recaptação da serotonina – ISRS (medicamentos usados para tratar alguns tipos de depressão) digoxina (um medicamento usado para problemas cardíacos) metotrexato (um medicamento usado no tratamento de alguns tipos de cancro ou artrite)
  • ciclosporina e tacrolimus (medicamentos usados primariamente em doentes que receberam um transplante de órgãos)
  • medicamentos utilizados no tratamento da diabetes, à excepção de insulina diuréticos (medicamentos utilizados para aumentar a quantidade de urina) inibidores da ECA ou beta-bloqueantes (classes de medicamentos usados para tratar a pressão arterial elevada)
  • anticoagulantes (medicamentos utilizados para evitar a coagulação sanguínea) outros medicamentos anti-inflamatórios como o ácido acetilsalicílico ou o ibuprofeno
  • alguns medicamentos usados no tratamento contra a infecção (antibacterianos à base de quinolona).
  • corticosteróides (medicamentos usados para proporcionar alívio a áreas inflamadas do corpo). probenecide.

3. COMO UTILIZAR VOLTAREN

Siga as indicações do seu médico cuidadosamente. Não exceda a dose recomendada nem a duração do tratamento.

Que quantidade de medicamento deve utilizar

Não exceda a dose recomendada. É importante que utilize a dose mínima eficaz para controlar a sua dor e que não utilize Voltaren durante mais tempo do que necessário.

Os efeitos indesejáveis podem ser minimizados utilizando a menor dose eficaz durante o menor período de tempo necessário para controlar os sintomas. O seu médico irá indicar-lhe exactamente quantos comprimidos ou supositórios de Voltaren deverá utilizar. Dependendo da sua resposta ao tratamento o seu médico poderá sugerir uma dosagem mais ou menos elevada.

Adultos

No início do tratamento, a dose diária é geralmente de 100 a 150 mg. Nos casos mais ligeiros, bem como no tratamento prolongado, a dose de 75 a 100 mg diário é, geralmente, suficiente. A dose diária total deverá ser, regra geral, repartida em 2 a 3 doses. Os comprimidos de libertação prolongada de Voltaren Retard e os supositórios de Voltaren são administrados uma vez por dia e os comprimidos de libertação prolongada de Voltaren 75, uma ou duas vezes por dia. Não exceda a dose máxima diária de 150 mg.

Nos casos de dor menstrual, inicie o tratamento com uma dose de 50 a 100 mg logo que sentir os primeiros sintomas. Mantenha a dose de 50 mg, até um máximo de três vezes por dia, durante alguns dias, conforme necessário. Se a dose diária máxima de 150 mg não proporcionar suficiente alívio da dor durante 2 a 3 períodos menstruais, o seu médico poderá recomendar que tome até 200 mg por dia nos períodos menstruais seguintes. Não exceda a dose de 200 mg por dia.

Na enxaqueca inicie o tratamento com uma dose de 100 mg, em supositórios, logo que sentir os primeiros sinais de uma crise iminente. (Como alternativa, nalguns casos, o seu médico assistente poderá administrar-lhe uma injecção intramuscular de Voltaren). Esta dose é, geralmente suficiente. Se não obtiver suficiente alívio da dor poderá recorrer a uma dose adicional de até 100 mg, em supositórios, no mesmo dia. Caso necessite de tratamento adicional nos dias subsequentes, não exceda 150 mg por dia, em doses repartidas.

Como e quando deve utilizar Voltaren

Os comprimidos devem ser engolidos inteiros com um copo de água ou qualquer outro líquido: Voltaren 50 mg comprimidos gastrorresistentes deve ser tomado, preferencialmente, antes das refeições.

Voltaren 75 e Voltaren Retard devem ser tomados durante as refeições.

Os supositórios de Voltaren estão acondicionados numa película. Antes de utilizar o supositório, retire-o totalmente do invólucro e humedeça-o com água fria. Deite-se de lado e use o dedo para introduzir bem o supositório no recto. Se o supositório estiver demasiado mole, coloque-o durante alguns minutos no frigorífico ou em água fria antes de o retirar do invólucro. Não parta os supositórios, uma vez que condições de acondicionamento incorrectas podem provocar uma distribuição desigual do princípio activo. Recomenda-se aplicar os supositórios após defecar.

Durante quanto tempo deve utilizar Voltaren

Siga exactamente as indicações do seu médico.

Caso se tenha esquecido de utilizar Voltaren

Se se esqueceu de utilizar uma dose, utilize-a logo que possível. Se for quase altura da dose seguinte simplesmente retome o seu esquema de dosagem habitual. Não utilize uma dose a dobrar para compensar uma dose que se esqueceu de utilizar.

Se utilizou mais Voltaren do que deveria

Se tiver utilizado, acidentalmente, mais Voltaren do que deveria, informe o seu médico ou dirija-se a uma urgência hospitalar imediatamente. Pode necessitar de assistência médica.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS VOLTAREN

Voltaren, como todos os medicamentos, pode provocar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Os medicamentos tais como Voltaren podem estar associados a um pequeno aumento do risco de ataque cardíaco (enfarte do miocárdio) ou AVC.

Alguns efeitos secundários raros ou muito raros podem ser graves:

  • Hemorragias ou hematomas não usuais.
  • Febre elevada ou dor de garganta persistente.
  • Reacções alérgicas com inchaço da face, lábios, boca, língua ou garganta, frequentemente associados com eritema e comichão, o que poderá causar dificuldade em engolir, hipotensão (pressão arterial baixa), desmaios. Pieira e sensação de falta de ar (sinais de asma).
  • Dor no peito (sinais de ataque cardíaco)
  • Dores de cabeça graves e súbitas, náuseas, tonturas, sonolência, edemaciamento, incapacidade ou dificuldade em falar, paralisia (sinais de um ataque cerebrovascular)
  • Pescoço rígido (sinais de meningite viral)
  • Convulsões
  • Hipertensão (pressão arterial elevada)
  • Pele vermelha ou púrpura (possíveis sinais de inflamação dos vasos sanguíneos). Eritema cutâneo com bolhas, inchaço dos lábios, olhos ou boca. Inflamação da pele com descamação.
  • Dor de estômago grave, fezes negras ou com sangue. Vómitos com sangue. Amarelecimento da pele ou olhos (sinais de hepatite). Sangue na urina, excesso de proteínas na urina, diminuição acentuado de produção de urina (sinais de problemas nos rins)

Se sentir alguns destes sintomas, avise imediatamente o seu médico.

Outros efeitos secundários frequentes (Probabilidade de afectarem 1 e 10 em cada 100 pessoas)

Dor de cabeça, tonturas, naúseas, vómitos, diarreira, indigestão, dor abdominal, flatulência, perda de apetite, alterações da função hepática. (p.ex. níveis das transaminases), eritema cutâneo, irritação no local de aplicação (supositórios).

Outros efeitos secundários raros (Probabilidade de afectarem 1 a 10 em cada 10.000 pessoas)

Sonolência, dor de estômago, inchaço dos braços, mãos, pernas e pés (edema)

Outros efeitos secundários muito raros (Probabilidade de afectarem menos de 1 em cada 10.000 pessoas)

Desorientação, depressão, dificuldades em dormir, pesadelos, irritabilidade, distúrbios psicóticos, tremor ou edemaciamento das mãos e dos pés, perturbações da memória, ansiedade, tremores, alterações do paladar, perturbações da visão ou audição, obstipação, aftas, úlcera do esófago (o tubo que transporta a comida da garganta para o estômago), palpitações, perda de cabelo, vermelhidão, inchaço e formação de bolhas na pele (devido à sensibilidade aumentada ao sol), exacerbação das hemorróidas (supositórios).

Informe o seu médico se sentir algum destes efeitos secundários.

Se algum destes efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR VOLTAREN

Voltaren 50 mg comprimidos gastrorresistentes e Voltaren 100 mg supositórios: Conservar a temperatura inferior a 30°C. Conservar na embalagem de origem.

Voltaren 75:

Conservar a temperatura inferior a 30 °C.

Conservar na embalagem original para proteger da humidade.

Voltaren Retard:

O medicamento não necessita de quaisquer precauções especiais de conservação.

Não utilize Voltaren após o fim do prazo de validade inscrito na embalagem.

Voltaren deve ser mantido fora do alcance e da vista das crianças

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu médico ou farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Voltaren

– A substância activa é o diclofenac sódico.

Cada comprimido gastrorresistente de Voltaren contém 50 mg de diclofenac sódico.

Cada supositório de Voltaren contém 100 mg de diclofenac sódico.

Cada comprimido de libertação prolongada de Voltaren 75 ou Voltaren Retard contém 75 mg ou 100 mg de diclofenac sódico.

– Os outros componentes são:

Voltaren comprimidos gastrorresistentes:

Sílica coloidal anidra, celulose microcristalina, lactose mono-hidratada, estearato de magnésio, amido de milho, povidona, carboximetilamido sódico, hidroxipropilmetilcelulose, óleo de rícino hidrogenado polioxilo, óxido de ferro amarelo (E172), talco, dióxido de titânio (E171), copolímero de ácido metacrílico, macrogol 8000, emulsão de simeticone, óxido de ferro vermelho (E172).

Voltaren supositórios:

Glicéridos hemi-sintéticos (gordura sólida)

Voltaren 75 e Voltaren Retard:

Sílica coloidal anidra, álcool cetílico, estearato de magnésio, povidona, hidroxipropilmetilcelulose, polissorbato 80, sacarose, talco, dióxido de titânio (E171), óxido de ferro vermelho (E172), macrogol 8000. Tinta de impressão: tinta preta.

Qual o aspecto de Voltaren e conteúdo da embalagem

Voltaren está disponível na forma de comprimidos gastrorresistentes contendo 50 mg de diclofenac sódico e de supositórios contendo 100 mg de diclofenac sódico.

Voltaren 75 e Voltaren Retard estão disponíveis na forma de comprimidos de libertação prolongada contendo, respectivamente, 75 mg e 100 mg de diclofenac sódico.

Existem várias apresentações:

Voltaren: embalagens de 10, 20, 30 e 60 comprimidos gastrorresistentes e embalagens de 12 supositórios.

Voltaren 75: embalagens de 10, 20, 30 e 60 comprimidos de libertação prolongada.

Voltaren Retard: embalagens de 30 comprimidos de libertação prolongada.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

Novartis Farma – Produtos Farmacêuticos, S.A. Rua do Centro Empresarial, Edifício 8 Quinta da Beloura 2710 – 444 Sintra

Fabricantes

Voltaren comprimidos gastrorresistentes, Voltaren 75 e Voltaren Retard Novartis Farma, S.p.A. Via Provinciale Schito, 131 I-80058 Torre Annunziata – Napoli

Itália

Voltaren supositórios Novartis Pharma, S.A.S. 26, Rue de la Chapelle

P.O. Box 349 F-68330 Huningue França

Para quaisquer informações sobre este medicamento, queira contactar o seu médico ou farmacêutico.

Este folheto foi aprovado pela última vez em: 04-10-2007.

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Felodipina + Ramipril

Unimax 2,5 bula do medicamento

Neste folheto:

1.O que é UNIMAX 2.5 e para que é utilizado
2.Antes de tomar UNIMAX 2.5
3.Como tomar UNIMAX 2.5
4.Efeitos secundários UNIMAX 2.5
5.Conservação de UNIMAX 2.5

UNIMAX 2.5

felodipina + ramipril

Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

1. O QUE É UNIMAX 2.5 E PARA QUE É UTILIZADO

A felodipina pertence a um grupo de medicamentos designados por antagonistas do cálcio. O ramipril pertence a um grupo de medicamentos designados por inibidores da enzima de conversão da angiotensina. Esta combinação, essencialmente desenvolvida para o tratamento da hipertensão arterial, actua através da redução da resistência dos pequenos vasos sanguíneos.

UNIMAX 2.5 está indicado no tratamento da hipertensão arterial.

Se sofre de hipertensão (pressão arterial alta), saiba que está predisposto a sofrer de problemas como doenças cardíacas, doenças renais e trombose. O tratamento da hipertensão arterial é efectuado com o intuito de reduzir a pressão arterial e de reduzir as probabilidades de sofrer destes problemas.

2. ANTES DE TOMAR UNIMAX 2.5

Não tome UNIMAX 2.5 se:

  • teve alguma reacção alérgica à felodipina (ou outra dihidropiridina), ao ramipril ou outros inibidores da enzima de conversão da angiotensina (ECA), ou a qualquer dos excipientes de UNIMAX 2.5. Se sim, poderá sofrer de uma reacção semelhante se tomar este medicamento; alguma vez teve algum inchaço, por exemplo dos lábios, olhos, língua ou garganta. Se sim, isso poderá ter sido um angioedema e, o uso de UNIMAX 2.5 poderá aumentar o risco de sofrer de uma situação mais grave;
  • sofrer de insuficiência cardíaca, enfarte agudo do miocárdio (ataque cardíaco), angina de peito ou trombose;
  • sofrer de doença grave da artéria renal, por exemplo estenose da artéria renal grave em ambos os rins. Se sim, ao tomar UNIMAX 2.5 pode agravar o funcionamento do rim;
  • efectuar diálise.

Se por algum motivo necessitar de efectuar uma diálise ou hemofiltração (processo semelhante) o seu médico deverá ser informado de que está a tomar UNIMAX 2.5, para que possa escolher uma técnica diferente, de modo a prevenir a ocorrência de reacções de hipersensibilidade graves; tiver de se submeter a um procedimento especial (conhecido por aférese das lipoproteínas de baixa-densidade) para baixar a sua gordura no sangue. Se sim, tomar UNIMAX 2.5 poderá provocar-lhe uma reacção alérgica durante este procedimento; estiver grávida, a tentar engravidar ou se estiver a amamentar. Se sim, tomar UNIMAX 2.5 poderá prejudicar o seu bebé.

UNIMAX 2.5 não deve ser tomado por pessoas com doença renal ou hepática grave e crianças.

Tomar UNIMAX 2.5 com outros medicamentos:

Antes de tomar este medicamento, informe o seu médico ou farmacêutico, de todos os medicamentos que está a tomar ou que tenha tomado recentemente, incluindo aqueles que comprou sem receita médica. Isto porque os efeitos de UNIMAX 2.5 ou de outros medicamentos (alguns dos quais se encontram listados a seguir) podem ser alterados, ou podem provocar efeitos secundários. Caso esteja a tomar outros medicamentos, pode ser necessário a realização de mais exames.

O efeito de UNIMAX 2.5 sobre a pressão arterial pode ser aumentado se o tomar com:

  • Diuréticos, medicamentos que utilize para baixar a pressão arterial e medicamentos que tenham como efeito indesejável a diminuição da pressão arterial;
  • Cimetidina (normalmente prescrita para reduzir a acidez no estômago);
  • Eritromicina, itraconazole e cetoconazole (para o tratamento de infecções);
  • Toranja ou sumo de toranja;
  • Álcool.
  • O efeito de UNIMAX 2.5 sobre a pressão arterial pode ser reduzido se o tomar com: Fenitoína, carbamazepina e barbitúricos (usados para o tratamento da epilepsia, espasmos e convulsões; os barbitúricos são também usados como medicamentos para dormir);
  • Rifampicina (para o tratamento da tuberculose).
  • Ácido acetilsalicílico (aspirina), ibuprofeno e outros AINES (medicamentos anti-inflamatórios não esteróides) que aliviam a dor e a inflamação;
  • Efedrina (usado frequentemente na congestão nasal), adrenalina (usado frequentemente no tratamento da asma) e outros medicamentos denominados simpaticomiméticos que actuam a nível do coração e dos vasos sanguíneos; Sal (regime alimentar com elevada ingestão de sal).

UNIMAX 2.5 pode afectar a quantidade de células sanguíneas se o tomar com:

  • Alopurinol (para o tratamento da gota);
  • Imunosupressores (usados frequentemente na artrite reumatóide ou após transplantes de órgãos);
  • Glucocorticóides (esteróides);
  • Procainamida (para o tratamento de distúrbios do ritmo cardíaco);
  • Citotóxicos (citostáticos – usados no tratamento de cancro);
  • Outros medicamentos que possam reduzir o número de células sanguíneas.

A concentração sérica de Lítio pode aumentar se tomar UNIMAX 2.5 com: Preparações à base de lítio (usado no tratamento de doenças maníaco-depressivas).

A concentração sérica de potássio pode aumentar se tomar UNIMAX 2.5 com: Sais de potássio;

Alguns diuréticos que provocam aumento de potássio no sangue, por exemplo

amiloride, espironolactona, triamtereno;

Heparina.

O tratamento antidiabético poderá ser potenciado se tomar UNIMAX 2.5 com: Insulina, glibenclamida e outros medicamentos para a diabetes mellitus.

O tratamento concomitante com UNIMAX 2.5 poderá afectar os níveis de tacrolimus no sangue (um fármaco normalmente administrado para prevenir a rejeição de órgãos transplantados, p.ex., rim ou fígado).

Antes de tomar um novo medicamento, pergunte ao seu médico ou farmacêutico se este se encontra inserido num dos grupos acima citados.

Tome especial cuidado com UNIMAX 2.5

Certas doenças que pode ter ou já ter tido podem requerer um cuidado especial antes ou durante a administração de UNIMAX 2.5. Por isso, antes de usar este medicamento deve informar o seu médico se:

  • sofre de hipertensão grave, de insuficiência cardíaca, de doença renal ou doença hepática;
  • sofre de alguma perturbação das artérias que irrigam o coração ou o cérebro; está a tomar lítio, diuréticos ou se perdeu grandes quantidades de sal e de água, por exemplo, devido a um episódio grave de vómitos ou diarreia, ou através de sudação intensa.
  • tiver de ser submetido a uma cirurgia ou anestesia, a terapia de dessensibilização ou tratamento extracoroporal (diálise ou hemofiltração).

Tomar UNIMAX 2.5 com alimentos e bebidas

Os comprimidos devem ser engolidos inteiros com uma quantidade suficiente de líquido e, podem ser ingeridos sem alimentos ou a seguir a uma refeição ligeira pobre em gorduras ou em hidratos de carbono.

Os comprimidos não devem ser divididos, esmagados ou mastigados.

O efeito antihipertensivo de UNIMAX 2.5 poderá ser reduzido devido a um aumento da ingestão de sal no regime alimentar e, agravado pela utilização simultânea de álcool.

Gravidez e aleitamento:

Não tome UNIMAX 2.5 se estiver grávida ou a amamentar, pois pode prejudicar o seu bebé.

Certifique-se de que não se encontra grávida antes de tomar UNIMAX 2.5;

Durante a medicação com UNIMAX 2.5, deverá tomar as precauções adequadas para não engravidar;

Se engravidar ou se suspeita que está grávida, suspenda a medicação com UNIMAX 2.5 e informe o seu médico imediatamente.

Condução de veículos e utilização de máquinas

Ao iniciar o tratamento com UNIMAX 2.5 ou no caso do seu médico lhe aumentar a dose, poderá sofrer de alguns efeitos indesejáveis tais como vertigens ou tonturas como consequência da redução da pressão arterial. Estes efeitos indesejáveis podem reduzir a sua capacidade de concentração e reacção. Isto pode constituir um risco se estiver a conduzir um automóvel ou operar com máquinas ou em situações semelhantes.

3. COMO TOMAR UNIMAX 2.5

Siga as instruções do seu médico no que se refere à quantidade e frequência da toma de UNIMAX 2.5.

Os comprimidos são administrados por via oral.

A dose inicial habitual é um comprimido, uma vez por dia. O seu médico pode recomendar-lhe mais tarde um aumento da dose. A dose máxima recomendada é de 2 comprimidos de UNIMAX 2.5 uma vez por dia.

Tome UNIMAX 2.5 comprimidos com meio copo de água ou outro líquido. Os comprimidos não devem ser divididos, esmagados ou mastigados. Pode tomar o comprimido sem alimentos ou após uma refeição ligeira pobre em gorduras ou hidratos de carbono. Se estiver a tomar diuréticos, o seu médico poderá reduzir a dose ou pedir que pare de os tomar quando iniciar o tratamento com UNIMAX 2.5.

Se tomar mais UNIMAX 2.5 do que deveria:

Se por engano tiver tomado o dobro da dose prescrita, poderá sentir vertigens e tonturas devido à diminuição da pressão arterial. Se tiver algum destes sintomas, informe o seu médico. Se tomar mais do que o dobro da dose prescrita, informe o seu médico imediatamente. Ele dir-lhe-á o que fazer.

Caso se tenha esquecido de tomar UNIMAX 2.5:

Prossiga o tratamento tomando a dose seguinte como é habitual. Não tome uma dose adicional para compensar a dose que se esqueceu de tomar.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS UNIMAX 2.5

Tal como se verifica com todos os medicamentos, UNIMAX 2.5 poderá, ocasionalmente, ter efeitos secundários.

Os efeitos secundários que podem surgir durante a toma de UNIMAX 2.5 encontram-se descritos a seguir de acordo com o seu grau de frequência: “Frequente” (>1/100); “Pouco Frequente” (>1/1000, <1/100); “Raro” (>1/10000, <1/1000); “Muito Raro” (<1/10000).

Aparelho Circulatório (coração e vasos)

Frequentes: Rubor, inchaço dos membros inferiores (edema periférico), palpitações, dores de cabeça.

Pouco Frequentes: Batimento cardíaco sentido e rápido (taquicardia, palpitação), vertigens, problemas de equilíbrio, zumbidos, cansaço, fraqueza, torpor, tonturas, inércia.

Raros: Baixa de tensão (Hipotensão), angina de peito, irregularidade do batimento cardíaco (arritmia cardíaca), nervosismo, depressão, cansaço, perturbações do sono, tremores, confusão, ansiedade, perturbações visuais (por exemplo visão turva), aumento de sudação, distúrbios de audição.

Muito Raros: Doença aguda do coração, ataque cardíaco (enfarte do miocárdio), trombose, palidez. Poderá ainda experimentar entorpecimento ou desconforto em alguns dedos das mãos ou pés (fenómeno de Raynaud). Se já sofre destes sintomas, estes poderão agravar-se.

Aparelho Respiratório Frequentes: Tosse seca irritativa.

Raros: Sinusite, bronquite, asma, falta de ar (dispneia), congestão nasal. broncospasmo.

Distúrbios do Metabolismo e da Nutrição Raros: Perda de apetite. Muito Raros: hiperglicémia.

Pele e Tecidos Subcutâneos

Pouco Frequentes: Comichão (prurido), inchaço dos lábios, olhos, pele e garganta ( angioedema), urticária.

Raros: Inchaço profundo da língua ou garganta, originando problemas respiratórios ( angioedema). Outro tipo de reacções alérgicas como por exemplo reacções cutâneas ou respiratórias ou uma diminuição acentuada da pressão arterial (reacções anafilactóide/anafiláctica).

Muito Raros: Agravamento de psoríase, eritema multiforme, sensibilidade ao Sol, dor ao engolir (síndroma Steven-Johnson), descamação extensa da pele, perda do cabelo e das unhas.

Aparelho Digestivo

Pouco Frequentes: Náusea, dor abdominal, aumento de enzimas hepáticas e bilirrubina no sangue, icterícia.

Raros: Vómito, secura da boca, desconforto abdominal, distúrbio digestivo, obstipação, diarreia, aumento dos níveis das enzimas pancreáticas no sangue, inflamação da língua, boca e outras partes do sistema digestivo, perturbações do estômago, aumento das enzimas pancreáticas no sangue e inchaço das gengivas (isto poderá ser prevenido com uma higiene bucal regular).

Muito Raros: Doença hepática grave, inflamação do pâncreas, lesão grave do fígado com, por exemplo, coloração amarela da pele e mucosa dos olhos (icterícia), sensação de mal-estar, aumento das gengivas e sua inflamação (hiperplasia gengival, gengivite), inflamação da língua e da boca (glossite), redução da função renal que poderá levar a insuficiência renal, redução da quantidade de sódio no sangue, aumento de perda de proteínas na urina (apenas se já sofreu desta situação). Pode ser necessário um aumento de ingestão de água.

Sistema Linfático e Sanguíneo

Raros: Redução dos glóbulos vermelhos e conteúdo da hemoglobina, dos glóbulos brancos, das plaquetas sanguíneas, reacção alérgica grave (anafilaxia). Muito Raros: Diminuição de todas as células sanguíneas, aumento dos glóbulos brancos (eosinofilia), elevação da VS, que pode ser um sinal de, por exemplo, agranulocitose,

pancitopénia ou anemia hemolítica grave. Sintomas destas reacções incluem febre, garganta irritada, úlceras inflamatórias, por exemplo na boca, garganta, ânus e áreas genitais, palidez, cansaço ou tendência para formar hematomas e sangrar facilmente. É mais provável que venha a sofrer de reacções secundárias sanguíneas se o seu rim não estiver a funcionar correctamente ou, se sofre de doenças do tecido conjuntivo tais como lúpus eritematoso ou esclerodermia, ou se estiver a tomar medicamentos que diminuam o número de algumas células sanguíneas.

Estado Geral, Sistema Nervoso Central, Olhos e Ouvido Frequentes: Dor de cabeça.

Pouco Frequentes: Conjuntivite, cansaço, fraqueza, sonolência, sensação de vazio cerebral, tontura, perturbação do equilíbrio, tempo de reacção perturbado, sensação de encortiçamento (parestesia).

Raros: Distúrbio visual, zumbido, sudação, desmaio (síncope), tremor, alteração do cheiro e do sabor. Muito Raros: Febre.

Aparelho Reprodutor e da Mama

Raros: Disfunção eréctil transitória, impotência, perda de interesse sexual.

Muito Raros: Ginecomastia.

Músculo-esqueléticos, do tecido conjuntivo

Raros: Cãibras, dor nas articulações e muscular (artralgia e mialgia). Muito Raros: Inflamação do músculo (miosite).

Distúrbios Psiquiátricos

Raros: Nervosismo, humor deprimido, confusão, perturbação do sono, redução da vontade de ter relações sexuais.

Aparelho Urinário e Equilíbrio Electrolítico

Pouco Frequentes: Aumento da ureia e da creatinina no sangue.

Raros: Aumento do potássio no sangue.

Muito Raros: Redução do sódio no sangue, micção frequente.

Se sentir alguns destes sintomas ou qualquer sintoma não habitual ou não esperado, contacte o seu médico ou farmacêutico.

Alguns efeitos secundários raros poderão tornar-se graves ou colocarem a vida em perigo. Estes englobam o angioedema grave e alguns efeitos alérgicos cutâneos, renais, hepáticos e sanguíneos. Alguns destes efeitos secundários podem começar com sintomas ligeiros.

Se sofrer de alguma reacção súbita ou inesperada a UNIMAX 2.5, suspenda imediatamente a medicação e contacte o seu médico imediatamente. Não volte a tomar UNIMAX 2.5 a não ser por indicação do seu médico.

5. CONSERVAÇÃO DE UNIMAX 2.5

Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não conservar acima de 30°C. Conservar na embalagem de origem.

Não utilize UNIMAX 2.5 após expirar o prazo de validade indicado na embalagem. Não se esqueça de devolver ao seu farmacêutico quaisquer comprimidos que não tenha utilizado.

O nome do seu medicamento é UNIMAX 2.5 e apresenta-se sob a forma farmacêutica de comprimidos de libertação prolongada.

As substâncias activas são felodipina e ramipril.

Cada comprimido de contém 2,5 mg de felodipina e 2,5 mg de ramipril. UNIMAX 2.5 contém também outros ingredientes não activos. Estes são: celulose microcristalina, hiprolose, hipromelose, óxidos de ferro E172, lactose anidra, macrogol 6000, macrogol-glicol hidroxiestearato, amido de milho, parafina, galhato de propilo, silicato de alumínio e sódio, estearil fumarato de sódio e dióxido de titânio E171.

UNIMAX 2.5 apresenta-se eni embalagens de 14, 15, 28, 30, 49, 50, 56, 98, 100, 10 x 49 ou 250 comprimidos. É possível que nem todas as apresentações sejam comercializadas.

Classificação Farmacoterapêutica (F.H.N.M.): 3.4 Medicamentos anti-hipertensores.

O titular da autorização de introdução no mercado é AZ Farma Produtos Farmacêuticos, Lda.Rua Humberto Madeira, 7, Valejas, 2745-663 Barcarena.

Este folheto informativo foi revisto em 23-10-2006.

Categorias
Enalapril

Tensazol 5 mg / 20 mg bula do medicamento

Neste folheto:

1.  O que é Tensazol e para o que é utilizado.
2.  Antes de tomar Tensazol.
3.  Como tomar Tensazol.
4.  Efeitos secundários Tensazol.
5.  Como conservar Tensazol.
6.  Outras informações.

Tensazol 5 mg / 20 mg

Comprimidos

Maleato de enalapril

Leia atentamente este folheto antes de utilizar este medicamento. Caso ainda tenha dúvidas, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial, mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O QUE É TENSAZOL E PARA O QUE É UTILIZADO

Grupo farmaco-terapêutico:

Aparelho cardiovascular. Anti-hipertensores. Modificadores do eixo renina angiotensina. Inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA)

O seu médico receitou-lhe Tensazol para tratar a hipertensão (pressão arterial elevada) ou a insuficiência cardíaca (fraqueza do músculo cardíaco, débito cardíaco insuficiente). Tensazol é também utilizado na prevenção da insuficiência cardíaca com sintomas.

Em muitos doentes com insuficiência cardíaca com sintomas, Tensazol retarda o seu agravamento, diminui a necessidade de hospitalização devida a insuficiência cardíaca, e ajuda alguns destes doentes a viver durante mais tempo.

Em doentes em fase precoce de insuficiência cardíaca (ainda sem sintomas), Tensazol ajuda a evitar o enfraquecimento do músculo cardíaco e retarda o desenvolvimento de sintomas, tais como, falta de ar, cansaço após actividade física ligeira (por ex: andar a pé), inchaço dos tornozelos e pés. A necessidade de hospitalização por insuficiência cardíaca será menos provável nestes doentes.

Tensazol diminui o risco de ataque cardíaco em doentes com insuficiência cardíaca.

COMO ACTUA TENSAZOL?

Tensazol promove o relaxamento dos vasos sanguíneos, facilitando a capacidade do coração bombear o sangue para todas as partes do corpo. Esta acção ajuda a reduzir a pressão arterial. Em muitos doentes com insuficiência cardíaca, Tensazol ajuda o coração a funcionar melhor.

O QUE DEVO SABER SOBRE A MINHA PRESSÃO ARTERIAL? O que é a pressão arterial?

É a pressão que o seu coração transmite, ao bombear o sangue para todas as partes do corpo. Sem pressão arterial, não haveria circulação de sangue pelo organismo. A pressão arterial normal é um dos indicadores de boa saúde. A pressão arterial sofre alterações durante o dia, conforme a actividade, o stress e a excitação a que está sujeito(a).

A sua pressão arterial é representada por dois números, por exemplo 120/80. O primeiro mede a pressão enquanto o seu coração bate, o segundo mede a pressão entre batimentos.

O que é pressão arterial elevada (hipertensão)?

Se a sua pressão arterial permanecer elevada mesmo quando está calmo e descontraído, então tem hipertensão. Esta surge quando os seus vasos sanguíneos estreitam, tornando difícil a passagem do sangue.

Como poderei saber se tenho pressão arterial elevada?

A hipertensão, geralmente, não dá sintomas. A única maneira de saber se a sua pressão arterial está elevada é medindo-a regularmente.

Porque se deve tratar a pressão arterial elevada?

A pressão arterial elevada se não for tratada pode danificar órgãos vitais como o coração e os rins. Poderá sentir-se bem e não ter sintomas, mas se a hipertensão não for tratada, poderá provocar lesões nos vasos sanguíneos do cérebro, do coração e dos rins que resultam em acidentes vasculares cerebrais, insuficiência cardíaca, insuficiência renal e cegueira.

A pressão arterial elevada pode ser tratada e controlada com medicamentos como Tensazol.

O seu médico poderá dizer-lhe qual a pressão arterial que deverá ter e a maneira de a controlar. Siga os conselhos do seu médico.

O QUE DEVO SABER SOBRE INSUFICIÊNCIA CARDÍACA?

O que é insuficiência cardíaca?

Ter insuficiência cardíaca significa que o seu coração tem dificuldade em bombear, com a força necessária, o sangue para todas as partes do corpo.

Ter insuficiência cardíaca não significa ter ataque cardíaco. No entanto, alguns doentes desenvolvem insuficiência cardíaca depois de terem tido ataques cardíacos. Há, no entanto, outras causas para o aparecimento de insuficiência cardíaca.

Os doentes poderão não ter sintomas no início da doença, mas à medida que ela progride, poderão começar a sentir falta de ar, cansar-se facilmente, mesmo depois de actividade física ligeira (por ex.: andar a pé). Além disso, podem ter diferentes partes do corpo inchadas, começando normalmente nos tornozelos e pés. Na insuficiência cardíaca grave, os doentes poderão ter sintomas, mesmo quando estão em repouso.

Porque se deve tratar a insuficiência cardíaca?

Todos os sintomas de insuficiência cardíaca podem dificultar as suas actividades diárias.

O seu médico poderá recomendar-lhe medicamentos para melhorar os sinais e sintomas da doença (por ex: Tensazol e/ou um diurético). Se seguir os conselhos do seu médico, conseguirá mais facilmente desenvolver as suas actividades diárias, porque poderá respirar melhor, sentir-se menos cansado(a) e reduzir os inchaços no corpo.

No caso de doentes com insuficiência cardíaca, mas ainda sem sintomas, o tratamento com medicamentos, tais como Tensazol, pode ajudar a retardar o agravamento da doença e o início dos sintomas. Nalguns doentes com insuficiência cardíaca com sintomas, Tensazol demonstrou retardar o agravamento da insuficiência cardíaca e ajudar os doentes a viver durante mais tempo. Tensazol demonstrou também reduzir o risco de ataque cardíaco e a necessidade de hospitalização por insuficiência cardíaca, em muitos doentes.

2. ANTES DE TOMAR TENSAZOL

Não tome Tensazol:

  • Se tem alergia (hipersensibilidade) à substância activa, maleato de enalapril ou a qualquer outro componente de Tensazol;
  • Se fez tratamento com algum medicamento do mesmo grupo do Tensazol (inibidores ECA) e teve reacções alérgicas como inchaço da cara, dos lábios, da língua e/ou garganta, com dificuldade em engolir ou respirar; Não deve tomar Tensazol se já teve reacções deste tipo sem causa conhecida, ou se lhe foi diagnosticado angioedema hereditário ou idiopático;
  • Se tiver mais do que três meses de gravidez. (Também é preferível não tomar Tensazol no início da gravidez – Ver secção Gravidez).

Se tem dúvidas quanto ao tratamento com Tensazol, fale com o seu médico ou farmacêutico.

Tome especial cuidado com Tensazol

Fale com o seu médico sobre quaisquer problemas de saúde que possa ter, ou já tenha tido, e sobre as suas alergias.

Informe também o seu médico se sofre de doença cardíaca, perturbações sanguíneas, problemas do fígado, está a fazer diálise ou a ser tratado com medicamentos diuréticos (para urinar) ou teve recentemente vómitos ou diarreia prolongados. Informe também o seu médico se está a fazer dieta pobre em sal, está a tomar suplementos de potássio, medicamentos poupadores de potássio ou substitutos de sal contendo potássio, se tem mais de 70 anos de idade, se tem diabetes ou outros problemas de rins (incluindo transplante renal), uma vez que estes podem originar um aumento dos níveis de potássio no sangue, que podem ser graves. Caso sofra de uma destas patologias, o seu médico poderá ter de ajustar a sua dose diária de Tensazol ou controlar o seu nível de potássio no sangue. Se sofre de diabetes e está a tomar medicamentos antidiabéticos orais ou insulina deve controlar rigorosamente os seus níveis de glucose no sangue, especialmente durante o primeiro mês de tratamento com TENSAZOL.

Informe o seu médico se já teve uma reacção alérgica com inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta, com dificuldade em engolir ou respirar. Informe também o seu médico se for fazer um tratamento chamado aferese das LDL, ou um tratamento de dessensibilização para reduzir o efeito alérgico às picadas de abelha ou vespa.

Informe o seu médico se sofre de pressão arterial baixa (pode aperceber-se se tiver sensação de desmaio ou tonturas, especialmente quando está de pé).

Se for ao dentista ou tiver de ser operado, informe o médico cirurgião (ou anestesista) ou o dentista que está a tomar Tensazol, pois em associação com a anestesia poderá ocorrer uma descida acentuada da pressão arterial.

Deve informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida. Tensazol não está recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta altura.

Se lhe foi diagnosticada uma intolerância a alguns açúcares, contacte o seu médico antes de tomar este medicamento.

Ao tomar Tensazol com outros medicamentos

Geralmente, Tensazol pode ser tomado com outros medicamentos. No entanto, deve informar o seu médico sobre todos os medicamentos que está a tomar, incluindo aqueles que são comprados sem receita médica, pois alguns deles poderão interferir entre si.

Para que o seu médico possa receitar-lhe a dose adequada de Tensazol, ele precisa de saber se está a tomar outro (s) medicamento (s) para baixar a pressão arterial, diuréticos, medicamentos contendo potássio (incluindo os substitutos de sal para dieta), medicamentos para a diabetes (incluindo antidiabéticos orais e insulina), lítio (um medicamento receitado para tratar um certo tipo de depressão), antidepressivos tricíclicos, medicamentos antipsicóticos, medicamentos simpaticomiméticos, alguns medicamentos para a dor ou para a artrite incluindo o tratamento contendo sais de ouro, ou álcool.

Utilização nas crianças e nos adolescentes

Tensazol foi estudado em crianças. Para mais informações, consulte o seu médico. Utilização nos idosos (mais de 65 anos de idade)

O seu médico poderá determinar uma posologia diferente de acordo com a sua função renal.

Gravidez e aleitamento

Se estiver grávida ou a amamentar deve consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.

Gravidez

Deve informar o seu médico se pensa que está (ou pode vir a estar) grávida. O seu médico normalmente aconselhá-la-á a interromper Tensazol antes de engravidar ou assim que estiver grávida e a tomar outro medicamento em vez de Tensazol. Tensazol não está recomendado no início da gravidez e não deve ser tomado após o terceiro mês de gravidez, uma vez que pode ser gravemente prejudicial para o bebé se utilizado a partir desta altura.

Aleitamento

Deverá informar o seu médico de que se encontra a amamentar ou que pretende iniciar o aleitamento. Não é recomendado o aleitamento de recém-nascidos (primeiras semanas após o nascimento) e, especialmente bebés prematuros, enquanto a mãe toma Tensazol.

No caso de uma criança mais velha, o seu médico deverá aconselhá-la sobre os benefícios e riscos de tomar Tensazol enquanto amamenta, comparativamente com outros medicamentos.

Condução de veículos e utilização de máquinas

As respostas individuais a este medicamento podem variar. Poderá sentir tonturas e fadiga, principalmente no início do tratamento ou quando se aumenta a dose. Alguns efeitos secundários relatados com Tensazol podem afectar a capacidade de alguns doentes para conduzir ou utilizar máquinas. (Ver 4. EFEITOS SECUNDÁRIOS TENSAZOL)

3. COMO TOMAR TENSAZOL

Tome Tensazol sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.

Tensazol pode ser tomado durante ou no intervalo das refeições. A maioria das pessoas toma Tensazol com água.

O seu médico decidirá qual a dose de Tensazol apropriada para si, consoante a sua doença e os medicamentos que estiver a tomar na altura.

Tome Tensazol todos os dias, conforme indicado pelo seu médico. É importante que tome Tensazol durante o tempo que o seu médico considerar necessário. Não altere a dose receitada.

Hipertensão Arterial

Na maioria dos casos, a dose inicial recomendada é de 5 mg (um comprimido de 5 mg) a 20 mg (um comprimido de 20 mg ou quatro comprimidos de 5 mg), uma vez por dia. Alguns doentes poderão precisar de uma dose inicial mais baixa.

A dose de manutenção usual é de 20 mg (um comprimido de 20 mg ou quatro comprimidos de 5 mg) tomados uma só vez ao dia.

A posologia não deverá exceder 40 mg por dia.

Se já estiver a tomar medicamentos diuréticos ou a fazer uma dieta com pouco sal, o seu médico recomendar-lhe-á que interrompa o diurético 2 ou 3 dias antes de começar o tratamento com Tensazol, ou poderá reduzir a dose inicial de Tensazol.

Insuficiência Cardíaca:

A dose inicial normalmente recomendada é de 2,5 mg (meio comprimido de 5 mg), uma vez por dia. O seu médico procederá a aumentos graduais de posologia até atingir a dose de manutenção adaptada ao seu caso.

A dose de manutenção usual é de 20 mg (um comprimido de 20 mg ou quatro comprimidos de 5 mg) tomados uma só vez ao dia ou em duas doses (meio comprimido de 20 mg ou dois comprimidos de 5 mg, duas vezes por dia).

Tenha especial cuidado quando tomar a sua primeira dose ou quando a sua posologia for aumentada. Informe o seu médico imediatamente no caso de sentir tonturas ou vertigens.

Se tomar mais Tensazol do que deveria

No caso de tomar uma dose excessiva, contacte o seu médico imediatamente, para que ele o(a) observe. O sintoma mais provável será uma sensação de tonturas ou vertigens, devido a uma queda brusca ou excessiva da pressão arterial.

Caso se tenha esquecido de tomar Tensazol

Deve tomar Tensazol dentro do horário recomendado pelo seu médico, ou assim que puder. Mas, se estiver quase na hora de tomar a próxima dose, não o faça. Não tome uma dose dupla.

Volte a tomar o (s) comprimido (s) dentro do horário previsto.

4. EFEITOS SECUNDÁRIOS TENSAZOL

Como todos os medicamentos, Tensazol pode causar efeitos secundários, no entanto estes não se manifestam em todas as pessoas.

Os efeitos indesejáveis mais frequentes do Tensazol são tonturas, visão turva, tosse, náuseas e fraqueza. Os efeitos indesejáveis frequentes são dores de cabeça, depressão, estonteamento devido a uma queda da pressão arterial (incluindo a queda da pressão arterial ao levantar-se com rapidez), desmaios, dor no peito, angina, alterações no ritmo cardíaco, taquicardia, respiração ofegante, diarreia, dor abdominal, alterações no paladar, exantema cutâneo (erupções na pele), reacções alérgicas com inchaço da face, lábios, língua, e/ou garganta com dificuldade em engolir ou respirar, cansaço, valores elevados de potássio sanguíneo, e valores elevados de creatinina no sangue.

Outros efeitos indesejáveis podem ocorrer menos frequentemente ou raramente, e alguns deles poderão ser graves, como ataque cardíaco ou acidente vascular cerebral, possivelmente devido a tensão arterial demasiado baixa em doentes de alto risco (doentes com alterações do fluxo sanguíneo do coração e/ou cérebro) . Peça ao seu médico ou ao farmacêutico informações mais detalhadas sobre os efeitos colaterais. Ambos têm uma lista mais completa.

Pare de tomar Tensazol e contacte o seu médico imediatamente, nos seguintes casos:

  • se ocorrer inchaço da face, lábios, língua e/ou garganta causando dificuldade em engolir ou respirar;
  • se as suas mãos, pés ou tornozelos incharem;
  • se tiver urticária.

Os doentes de raça negra têm um maior risco de apresentarem este tipo de reacções aos inibidores ECA.

A dose inicial pode provocar uma descida maior na pressão arterial do que a que ocorre ao longo do tratamento. Pode aperceber-se disto se tiver sensação de desmaio ou tonturas, que podem melhorar se se deitar. Se isto o preocupa, por favor consulte o seu médico.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. COMO CONSERVAR TENSAZOL

Manter fora do alcance e da vista das crianças.

Não conservar acima de 30°C e evitar expor a temperaturas ocasionais superiores a 50°C.

Não utilize Tensazol após o prazo de validade impresso na embalagem exterior e blister. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês. Os dois primeiros algarismos indicam o mês, os quatro últimos indicam o ano.

Não utilize Tensazol se verificar sinais visíveis de deterioração.

Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6.  OUTRAS INFORMAÇÕES

Qual a composição de Tensazol 5 mg

-A substância activa é o maleato de enalapril. Cada comprimido contém 5 mg de maleato de enalapril.

-Os outros componentes são: bicarbonato de sódio, lactose, amido de milho, estearato de magnésio e amido de milho pré-gelificado.

Qual a composição de Tensazol 20 mg

-A substância activa o maleato de enalapril. Cada comprimido contém 20 mg de maleato de enalapril.

-Os outros componentes são: bicarbonato de sódio, lactose, amido de milho, estearato de magnésio, óxido de ferro vermelho (E172), óxido de ferro amarelo (E172) e amido de milho pré-gelificado.

Qual o aspecto de Tensazol e conteúdo da embalagem

Tensazol 5 mg:

Tensazol 5 mg são comprimidos brancos, triangulares, com ranhura numa das faces.

Tensazol 5 mg é acondicionado em blister de alumínio /alumínio e está disponível em embalagens de 20 e 60 comprimidos doseados a 5 mg.

Tensazol 20 mg:

Tensazol 20 mg são comprimidos cor de pêssego, triangulares, com ranhura numa das faces

Tensazol 20 mg é acondicionado em blister de alumínio /alumínio e está disponível em embalagens de 20, 30 e 60 comprimidos doseados a 20 mg.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado

TECNIFAR – Indústria Técnica Farmacêutica Rua Tierno Galvan, Torre 3-12° 1099-036 Lisboa

Tel: 210330700 – Fax: 210330709 Linha de Farmacovigilância:213 860 929 e-mail: farmalerta@tecnifar.pt

Fabricante

Merck Sharp & Dohme, B.V. Waarderweg, 39 NL-2031 BN – Haarlem Holanda

Este folheto foi aprovado pela última vez em 30-04-2009.

Categorias
Trandolapril Verapamilo

Tarka bula do medicamento

Neste folheto:

1. Indicações terapêuticas

2. Efeitos secundários Tarka

3. Interacções medicamentosas

4. Precauções especiais de utilização

5. Aconselhamento ao utente

Tarka 2 mg + 180 mg

Cápsula de libertação modificada

Cloridrato de Verapamilo

Trandolapril

Leia atentamente este folheto antes de tomar o medicamento. Caso tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.

Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA

Cada cápsula contém 180 mg de cloridrato de verapamilo e 2 mg de trandolapril

FORMA FARMACÊUTICA E RESPECTIVO CONTEÚDO

Cápsula de libertação modificada Embalagens contendo 14 e 56 cápsulas.

CATEGORIA FÁRMACO-TERAPÊUTICA

Inibidores da enzima de conversão da angiotensina Bloqueadores da entrada de cálcio

1. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS

Hipertensão arterial essencial em doentes cuja pressão arterial foi já anteriormente normalizada com os componentes individuais em doses nas mesmas proporções.

CONTRA-INDICAÇÕES

Hipersensibilidade conhecida ao trandolapril ou a qualquer outro inibidor da ECA e/ou ao verapamilo ou a qualquer dos excipientes; História de edema angioneurótico associado a uma terapêutica prévia com um inibidor da ECA; Edema angioneurótico hereditário/idiopático; Choque cardiogénico; Enfarte do miocárdio recente com complicações; Bloqueio Av de 2° ou de 3° grau sem pace-maker funcional; Bloqueio SA; Síndroma do nódulo sinusal em doentes sem pacemaker funcional; Insuficiência cardíaca congestiva; Flutter/fibrilhação auricular em associação com uma via acessória (ex. síndroma – WPW); Insuficiência renal grave (depuração da creatinina <10 ml/min); Diálise; Cirrose hepática com ascite; Estenose aórtica ou mitral, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva; Aldosteronismo primário; Gravidez; Lactação e em crianças e adolescentes ( < 18 anos).

2. EFEITOS SECUNDÁRIOS TARKA

Os efeitos secundários de Tarka são consistentes com os efeitos conhecidos dos seus componentes isolados ou os da respectiva classe.

Frequentes: Tosse, cefaleias, obstipação, vertigem, tonturas e rubor facial. Pouco frequentes: Reacções alérgicas inespecíficas, hiperlipidémia, sonolência, tremor, bloqueio AV 1° grau, palpitação, dor abdominal, diarreia, alterações gastrointestinais inespecíficas, náuseas, edema facial, prurido, rash cutâneo, aumento da transpiração, poliúria, dor no peito e testes da função hepática alterados.

Raros: Anorexia, desmaio, alopécia, herpes simplex, alterações cutâneas inespecíficas e hiperbilirrubinémia.

Muito raros: Leucopénia, pancitopénia, trombicitopénia, aumento das gamaglobulinas, hipersensibilidade inespecífica, agressão, ansiedade, depressão, nervosismo, distúrbios do equilíbro, insónia, parestesias ou hiperestesias, síncope ou insuficiência circulatória aguda com perda de consciência, alterações de paladar, fragilidade, visão nublada, angina pectoris, fibrilhação auricular, bloqueio AV completo ou inespecífico, bradicardia, paragem cardíaca, hemorragia cerebral, edema periférico ou inespecífico, insuficiência cardíaca, efeitos hipotensivos, incluindo hipotensão ortostática ou variação da pressão arterial (ver também “Precauções especiais de utilização”), taquicardia, asma, bronquite, dispneia, congestão sinusal, boca/garganta secas, pancreatite, vómitos, colestase, hepatite, elevação nos níveis yGT, LDH e lipase, icterícia, edema angioneurótico (ver também “Precauções especiais de utilização”), eritema multiforme, exantema ou dermatite, psoríase, urticária, artralgia, mialgia, miastenia, insuficiência renal aguda (ver também “Precauções especiais de utilização”), ginecomastia, impotência, fadiga ou astenia, elevação dos níveis de fosfatase alcalina, potássio sérico e transaminases.

Efeitos secundários observados com um IECA ou com bloqueadores dos canais de cálcio podem também ocorrer com Tarka.

3. INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS

Associações não recomendadas, salvo indicação médica em contrário: Diuréticos poupadores de potássio ou suplementos de potássio como a espironolactona, triantereno ou amiloride, suplementos de potássio ou substitutos do sódio contendo potássio podem levar a aumentos significativos dos níveis séricos de potássio, particularmente na presença de uma insuficiência renal. Tomar precaução na utilização concomitante de Tarka com estes medicamentos e proceder a uma monitorização frequente dos níveis séricos de potássio.

O uso simultâneo de verapamilo e dantroleno não é recomendado.

Associações com precauções de utilização:

Medicamentos anti-hipertensivos: aumento do efeito hipotensor de Tarka.

Diuréticos: pode ocorrer uma redução excessiva na pressão arterial após o início do tratamento com um IECA. De forma a diminuir estes efeitos hipotensores interromper a administração do diurético, aumentar a ingestão de sal ou líquidos antes de tomar o medicamento e iniciar a terapêutica com doses baixas. Aumentos posteriores na dose devem ser feitos com precaução.

Lítio: monitorizar os níveis séricos de lítio que podem ser alterados com a utilização de Tarka.

Medicamentos anestésicos: Tarka pode intensificar o efeito hipotensor de certos medicamentos anestésicos.

Narcóticos/Antipsicóticos: pode ocorrer hipotensão postural.

Alopurinol, medicamentos citostáticos ou imunossupressivos, corticosteróides sistémicos ou procainamida: a administração simultânea com IECA pode aumentar o risco de leucopenia.

Fármacos cardiodepressores: a administração simultânea de verapamilo pode provocar efeitos aditivos indesejáveis.

Quinidina: a administração simultânea de quinidina e verapamilo oral em doentes com cardiomiopatia hipertrófica (obstrutiva) pode causar hipotensão arterial e edema pulmonar.

Digoxina: a administração simultânea de digoxina e verapamilo pode originar concentrações plasmáticas de digoxina mais elevadas, obrigando à redução da dose de digoxina.

Relaxantes musculares: o efeito dos relaxantes musculares (tais como bloqueadores neuromusculares) pode ser intensificado.

Tranquilizantes/Antidepressivos: como sucede com todos os anti-hipertensores, existe um risco acrescido de hipotensão ortostática quando se associa Tarka com tranquilizantes potentes ou com antidepressivos contendo imipramina.

Associações a ter em consideração:

Anti-inflamatórios não-esteroides (AINEs): podem reduzir o efeito anti-hipertensor de um IECA.

Antiácidos: induzem uma redução na biodisponibilidade dos IECAs.

Simpaticomiméticos: podem reduzir os efeitos anti-hipertensores dos IECAs; os doentes devem ser cuidadosamente vigiados para confirmar a obtenção do efeito desejado.

Álcool: intensifica o efeito hipotensor.

Verapamilo pode aumentar as concentrações plasmáticas de carbamazepina, ciclosporina e teofilina, e portanto aumentar o risco de toxicidade destes fármacos.

Rifampicina, fenitoína e fenobarbital reduzem as concentrações plasmáticas do verapamilo, enquanto que a cimetidina pode aumentar as concentrações plasmáticas do verapamilo

Antidiabéticos: Ajustar, se necessário, a dosagem dos medicamentos antidiabéticos ou de Tarka, especialmente no início do tratamento, devido a uma maior redução da glicémia.

O sumo de toranja aumenta os níveis plasmáticos de Verapamilo, pelo que não deverá ser ingerido em simultâneo com Tarka.

4. PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO

Hipotensão sintomática:

Tarka pode ocasionalmente causar hipotensão sintomática. Este risco é elevado em doentes com estimulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona (nomeadamente com depleção do volume plasmático ou hidrossalino, devida à utilização de diuréticos, a um regime alimentar pobre em sódio, diálise, desidratação, diarreia ou vómitos; diminuição da função ventricular esquerda, hipertensão renovascular). Antes de iniciar a terapêutica com Tarka, proceder à correcção do volume plasmático ou da depleção hidrossalina e de preferência iniciar a terapêutica num ambiente hospitalar. Pode continuar o tratamento com Tarka após correcção eficaz do volume sanguíneo e da pressão arterial.

Insuficiência renal (ver também “Contra-indicações”):

Em doentes com insuficiência renal moderada, a função renal deverá ser monitorizada regularmente. Tarka pode induzir hipercaliémia em doentes com disfunção renal e deterioração aguda da função renal (insuficiência renal aguda).

Proteinúria:

Pode ocorrer proteinúria particularmente em doentes com insuficiente função renal ou sob doses relativamente altas de IECA(s).

Insuficiência hepática grave:

Tarka não deve ser recomendado a doentes com insuficiência hepática grave. Tarka está contra-indicado em doentes com cirrose hepática com ascite (ver também “Contra-indicações”).

Edema angioneurótico:

Doentes com antecedentes de edema angioneurótico idiopático requerem cuidados especiais. Tarka está contra-indicado se o edema angioneurótico ocorreu como reacção adversa a um inibidor da ECA (ver também “Contra-indicações”).

Neutropenia/Agranulocitose:

Raramente se observa em doentes sem complicações, mas pode ocorrer em doentes com algum grau de insuficiência renal, especialmente se for associada a uma doença vascular do colagéneo, tais como lúpus eritematoso sistémico, esclerodermia e terapêutica com medicamentos imunossupressores. A neutropenia é reversível após a suspensão do IECA.

Tosse:

Pode surgir uma tosse seca e não produtiva, que desaparece após a suspensão do medicamento.

Hipercaliémia:

Pode ocorrer hipercaliémia especialmente em presença de insuficiência renal e/ou insuficiência cardíaca. Monitorizar frequentemente os níveis séricos do potássio.

Doentes idosos:

A disponibilidade sistémica de Tarka é superior nos doentes idosos quando comparados com os jovens hipertensos. Alguns doentes idosos apresentam efeitos mais pronunciados na diminuição da pressão arterial do que outros. É recomendada uma avaliação da função renal no início do tratamento.

Cirurgia:

Em doentes submetidos a grandes intervenções cirúrgicas exigindo anestesia geral, os IECAs podem causar hipotensão, a qual pode ser corrigida com expansores do plasma.

Distúrbios de condução:

Deve-se tomar precaução no tratamento de doentes com bloqueio atrioventricular de primeiro grau (ver também “Contra-indicações”).

Bradicardia:

Tomar precaução no uso de Tarka em doentes com bradicardia. Doenças neuromusculares:

Tarka deve ser utilizado com precaução em doentes que apresentem alterações na transmissão neuromuscular (miastenia grave, síndrome de Lambert-Eaton, distrofia muscular Duchenne grave).

Doentes sob hemodiálise (ver também “Contra-indicações”):

Podem ocorrer reacções anafilactóides em doentes submetidos simultaneamente a uma terapia com IECA e a uma hemodiálise com membranas de metalil-sulfonato de poliacrilonitrilo de alto fluxo (por ex. “AN 69”). Não se deve usar membranas deste tipo neste grupo de doentes.

Dessensibilização:

Podem desenvolver-se reacções anafilactóides (em alguns casos potencialmente fatais) em doentes submetidos a uma terapêutica de IECA e concomitante dessensibilização contra venenos animais.

Aferese de lipoproteínas de baixa densidade (LDL):

Reacções anafilactóides potencialmente fatais ocorreram quando doentes sob aferese de lipoproteínas de baixa densidade administraram simultaneamente inibidores da ECA.

Lactose:

Tarka cápsulas contem lactose. Os doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, deficiência em lactase ou má absorção de glucose-galactose não devem administrar este medicamento.

Sódio:

Este medicamento contém 1,12 mmol (ou 25,71 mg) de sódio por dose. Este facto deve ser considerado nos doentes em dieta controlada de sódio.

EFEITOS EM GRÁVIDAS, LACTENTES, CRIANÇAS, IDOSOS E DOENTES COM PATOLOGIAS ESPECIAIS

A utilização de Tarka na gravidez está contra-indicada (ver “Contra-indicações”). Não está suficientemente documentada a segurança da administração de Tarka a mulheres grávidas pelo que está contra-indicado durante a gravidez. Mulheres que desejem engravidar ou que estão grávidas devem consultar imediatamente o seu médico devendo ser instituído um tratamento farmacológico alternativo.

Tarka está contra-indicado durante a amamentação.

Em crianças: Tarka está contra-indicado em crianças e adolescentes (<18 anos) (ver também “Contra-indicações”).

Em doentes idosos: considerando que a a disponibilidade sistémica é superior nos doentes idosos quando comparados com os jovens hipertensos, alguns doentes idosos apresentam efeitos mais pronunciados na diminuição da pressão arterial do que outros (ver “Precauções especiais de utilização”).

Em doentes com insuficiência renal: Tarka está contra-indicado na disfunção renal grave (ver “Contra-indicações”).

Em doentes com insuficiência hepática: a utilização de Tarka não está recomendada em doentes com disfunção hepática grave; Tarka está contra-indicado em doentes com cirrose hepática com ascite (ver “Contra-indicações” e “Precauções especiais de utilização”).

EFEITOS SOBRE A CAPACIDADE DE CONDUÇÃO E UTILIZAÇÃO DE MÁQUINAS

Muito embora não se tenha estabelecido qualquer efeito sobre a capacidade de condução ou de utilização de máquinas, não se pode excluir totalmente a diminuição da vigilância, dado que Tarka pode causar tonturas e fadiga.

LISTA DOS EXCIPIENTES

Amido de milho, polividona, estearil fumarato de sódio, lactose, celulose microcristalina, alginato de sódio, estearato de magnésio, hipromelose, hiprolose, Macrogol 400 e 6000, docusato sódico, laurilsulfato de sódio, talco, sílica coloidal anidra, dióxido de titânio (E 171), óxido de ferro (E 172) e gelatina.

POSOLOGIA TARKA

A dose recomendada é de uma cápsula uma vez por dia administrada de manhã antes, durante ou depois do pequeno-almoço.

MODO E VIA DE ADMINISTRAÇÃO

Via oral.

As cápsulas devem ser administradas inteiras com um pouco de água antes, durante ou depois do pequeno-almoço.

INDICAÇÃO DO MOMENTO MAIS FAVORÁVEL À ADMINISTRAÇÃO DO MEDICAMENTO

Ver “Modo e via de administração”.

DURAÇÃO DO TRATAMENTO MÉDIO

De acordo com o critério médico.

Instruções sobre a ATITUDE A TOMAR QUANDO FOR OMITIDA UMA OU MAIS DOSES

Em caso de omissão de uma ou mais doses, o doente deverá continuar o tratamento de acordo com a prescrição médica. Não tome uma dose a dobrar para compensar a dose que se esqueceu de tomar.

INDICAÇÃO DE COMO SUSPENDER O TRATAMENTO SE A SUA SUSPENSÃO CAUSAR EFEITOS DE PRIVAÇÃO

Não se aplica.

MEDIDAS A ADOPTAR EM CASO DE SOBREDOSAGEM E OU INTOXICAÇÃO Até à data não existem casos de sobredosagem ocorridos com o produto de associação.

A hipotensão arterial constitui o sintoma mais importante que se prevê após uma sobredosagem significativa.

5. ACONSELHAMENTO AO UTENTE

Comunicar ao médico ou farmacêutico os efeitos indesejáveis detectados e que não constem deste folheto.

Não utilizar Tarka após expirar o prazo de validade indicado na embalagem. Manter o medicamento fora do alcance e da vista das crianças

PRECAUÇÕES PARTICULARES DE CONSERVAÇÃO

Não conservar acima de 25° C.

PRECAUÇÕES ESPECIAIS PARA A DESTRUIÇÃO DOS PRODUTOS NÃO UTILIZADOS

Não se aplica.

TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Abbott Laboratórios, Lda.

Rua Cidade de Córdova, 1A – Alfragide

2610-038 Amadora

DATA DA ÚLTIMA REVISÃO DO FOLHETO 21-11-2006.

Categorias
Buprenorfina

ZYBAN bula do medicamento

Neste folheto:

1. O que é ZYBAN e para que é utilizado
2. Antes de tomar ZYBAN
3. Como tomar ZYBAN
4. Efeitos secundários ZYBAN possíveis
5. Como conservar ZYBAN
6. Outras informações

ZYBAN 150mg Comprimido de libertação prolongada Cloridrato de Bupropiona

Leia atentamente este folheto antes de utilizar o medicamento.
Caso ainda tenha dúvidas, consulte o seu médico ou farmacêutico.
Este medicamento foi receitado para si. Não deve dá-lo a outros; o medicamento pode ser-lhes prejudicial mesmo que apresentem os mesmos sintomas.
Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

1. O que é ZYBAN e para que é utilizado

ZYBAN está indicado como auxiliar da cessação tabágica, em associação com aconselhamento de profissionais de saúde para motivação, em indivíduos dependentes de nicotina.

2. Antes de tomar ZYBAN

Não tome ZYBAN:
Se tem hipersensibilidade (alergia) à substância activa, bupropiona, ou a qualquer outro componente de ZYBAN;
Se tem doença convulsiva actual ou antecedentes pessoais de convulsões (por ex.: epilepsia); Se tem um tumor do Sistema Nervoso Central (SNC);
Se estiver em fase de interrupção brusca do consumo de álcool ou de qualquer medicamento que se saiba, associado ao risco de convulsões após descontinuação (em especial benzodiazepinas ou semelhantes);
Se sofrer ou tenha sofrido de perturbações alimentares (por ex.: bulimia ou anorexia nervosa); Se sofrer de cirrose hepática grave;
Se estiver a tomar ou tenha tomado recentemente medicamentos que inibam as monoaminoxidases (IMAOs); deverão decorrer pelo menos 14 dias entre a interrupção da terapêutica com IMAOs irreversíveis e o início do tratamento com ZYBAN. O período de intervalo a observar para os IMAOs reversíveis é de 24 horas.
Se tem história de doença bipolar, devido ao facto de poder precipitar um episódio maníaco durante a fase depressiva da doença;
Se estiver a tomar qualquer outro medicamento que contenha bupropiona, uma vez que a incidência das convulsões é dose dependente; Se estiver grávida ou planeie engravidar; Se estiver a amamentar.

Tome especial cuidado com ZYBAN Convulsões
A dose recomendada de ZYBAN não deve ser excedida. A administração de ZYBAN está associada a risco de convulsões, que aumenta se exceder a dose recomendada. Com doses até à máxima diária recomendada (300 mg por dia), a incidência de convulsões é de, aproximadamente, 0,1% (1/1000).

ZYBAN não deve ser administrado quando existirem factores de risco ou situações clínicas predisponentes para desencadear convulsões, excepto quando exista uma indicação expressa do seu médico que justifique que o potencial benefício clínico excede o potencial risco aumentado de convulsões. Nestes doentes deverá considerar-se a dose máxima de 150 mg diários durante todo o tratamento.
Todos os doentes deverão ser avaliados relativamente aos factores de risco predisponentes, como por exemplo:
administração conjunta com medicamentos que reduzam o limiar de convulsão (por ex.: antipsicóticos, antidepressivos, antimaláricos, tramadol, teofilina, esteróides sistémicos, quinolonas e anti-histamínicos sedativos );
alcoolismo (ver também Não tome ZYBAN caso:);
história de traumatismo craniano;
tratamento com antidiabéticos ou insulina;
utilização de estimulantes ou anorécticos.

Deve interromper a administração de ZYBAN e não deve recomeçar a tomá-lo caso tenha sofrido uma convulsão durante o tratamento.

Interacções (ver Tomar ZYBAN com outros medicamentos)
O nível sanguíneo de ZYBAN poderá ser alterado por interacções com outros medicamentos, e assim aumentar o potencial para efeitos secundários (por ex.: boca seca, insónia, convulsões). Recomenda-se precaução quando ZYBAN é administrado em juntamente com outros medicamentos; informe sempre o seu médico de medicamentos que esteja a tomar ou tenha tomado recentemente.

Neuropsiquiatria
O ZYBAN é um inibidor da recaptação da noradrenalina/dopamina de acção central e daí a sua farmacologia assemelhar-se à de alguns antidepressivos.
Foram relatadas algumas reacções neuropsiquiátricas (ver 4. Efeitos secundários possíveis). Foi relatada sintomatologia psicótica e maníaca principalmente em doentes com história conhecida de doença psiquiátrica.

O humor depressivo poderá ser um sintoma da abstinência da nicotina. Foi reportada depressão, raramente incluindo ideação suicida, em doentes tentando a cessação tabágica. Estes sintomas foram também relatados durante o tratamento com ZYBAN, ocorrendo geralmente no início do tratamento.
Dados de experimentação no animal sugerem um potencial para dependência de ZYBAN. Contudo, estudos de dependência no homem e a vasta experiência clínica demonstram que ZYBAN tem um baixo potencial para induzir o seu uso abusivo.

Reacções alérgicas
O doente deverá interromper o tratamento com ZYBAN e contactar o médico em caso de manifestação de reacção alérgica durante o tratamento. Os médicos deverão ter conhecimento de que os sintomas poderão progredir ou recorrer após interrupção do tratamento com ZYBAN e devem garantir que o tratamento sintomático é administrado durante o período de tempo adequado (pelo menos uma semana). Os sintomas típicos poderão incluir erupção cutânea, prurido, urticária ou dor no peito bem como reacções mais graves como edema angioneurótico, dispneia/broncospasmo (falta de ar), choque anafiláctico, eritema multiforme (erupção grave na pele) ou síndrome de Stevens-Johnson (lesões cutâneas extensas com afecções das mucosas). Foram também relatadas dores articulares ou musculares e febre em associação à erupção cutânea e a reacções alérgicas retardadas, assemelhando-se a doença do soro. Na maioria dos doentes os sintomas melhoraram e resolveram-se com o tempo após interrupção de ZYBAN e início de tratamento com um anti-histamínico ou um corticosteróide (ver 4. Efeitos secundários possíveis).

Hipertensão:
Na prática clínica foi relatada hipertensão, que nalguns casos pode ser grave (ver 4. Efeitos secundários possíveis) e requerer tratamento agudo, em doentes em tratamento com bupropiona, em monoterapia ou associada a terapêutica de substituição de nicotina. Esta ocorrência foi observada em doentes com ou sem antecedentes de hipertensão. Deverá ser considerada a descontinuação de ZYBAN se for observado um aumento clinicamente significativo da pressão arterial.

Dados limitados de ensaios clínicos sugerem que se poderá obter uma taxa de cessação tabágica superior quando ZYBAN é administrado em associação a Sistemas Transdérmicos de Nicotina (adesivos). No entanto, foi detectada uma maior taxa de hipertensão resultante do tratamento, no grupo sob terapêutica de associação. Caso seja utilizada a terapêutica de associação, recomenda-se precaução e monitorização semanal da pressão arterial.

Grupos especiais de doentes
Idosos: na experiência clínica com ZYBAN não foi identificada diferença na tolerabilidade entre os idosos e outros adultos. No entanto, não será de excluir sensibilidade aumentada em alguns idosos. Os idosos têm maior probabilidade para apresentarem diminuição da função renal, pelo que a dose recomendada é de 150 mg uma vez por dia.
Insuficientes hepáticos: a metabolização de ZYBAN ocorre no fígado. Não foram observadas diferenças estatisticamente significativas na farmacocinética de ZYBAN em doentes com cirrose hepática ligeira a moderada, comparativamente a voluntários saudáveis, no entanto os níveis sanguíneos de ZYBAN mostraram uma elevada variabilidade entre indivíduos. Por conseguinte, recomenda-se precaução na utilização de ZYBAN em doentes com diminuição ligeira a moderada da função hepática, sendo a dose recomendada nestes doentes de 150 mg uma vez por dia.
Todos os doentes com diminuição da função hepática devem ser cuidadosamente monitorizados quanto a possíveis efeitos secundários (por ex.: insónia, boca seca), que possam indicar níveis elevados de ZYBAN no organismo.

Insuficientes renais: ZYBAN é principalmente excretado pela urina. Por conseguinte, a dose recomendada em doentes com diminuição da função renal, é de 150 mg uma vez por dia, devido à possibilidade de ZYBAN se acumular nestes doentes, em maior extensão que o normal. Os doentes com diminuição da função renal devem ser monitorizados quanto a possíveis efeitos secundários que possam indicar níveis elevados de ZYBAN no organismo.
Tomar ZYBAN com outros medicamentos
Informe o seu médico ou farmacêutico se estiver a tomar, ou tiver tomado recentemente outros
medicamentos, incluindo medicamentos obtidos sem receita médica.
Só deverá tomar ZYBAN com outros medicamentos que se sabe reduzirem o limiar de
convulsão, quando exista uma indicação expressa do seu médico que justifique que o potencial
benefício clínico excede o potencial risco aumentado de convulsão

Efeito de ZYBAN noutros medicamentos:
A administração concomitante de ZYBAN e outros medicamentos metabolizados pelo isoenzima CYP2D6 não foi formalmente estudada. Por conseguinte, a terapêutica concomitante de ZYBAN com medicamentos de estreito índice terapêutico incluindo certos antidepressivos (por ex.: desipramina, imipramina, paroxetina), antipsicóticos (por ex.: risperidona, tioridazina), bloqueadores beta (por ex.: metoprolol) e alguns antiarrítmicos (por ex.: propafenona, flecainida), deverá ser iniciada com a menor das doses recomendadas do medicamento concomitante.
Embora o citalopram não seja predominantemente metabolizado pela isoenzima CYP2D6, recomenda-se precaução quando é administrado concomitantemente com ZYBAN. Efeitos de outros medicamentos em ZYBAN
Recomenda-se precaução especial quando ZYBAN é administrado concomitantemente com outros medicamentos como por ex.: orfenadrina, ciclofosfamida, ifosfamida, ticlopidina, clopidogrel, carbamazepina, fenobarbital, fenitoína, valproato ou ritonavir pois poderão afectar a sua eficácia clínica e segurança.
A administração de nicotina por sistemas transdérmicos (adesivos) não afectou ZYBAN. Outras interacções:
O tabagismo está associado a algumas alterações fisiológicas. Após cessação tabágica, pode ocorrer diminuição da eliminação de alguns medicamentos, podendo originar um aumento dos seus níveis sanguíneos (por ex.: teofilina, tacrina e clozapina). Desconhecem-se as consequências clínicas da cessação tabágica sobre outros medicamentos (por ex.: imipramina, olanzapina, clomipramina e fluvoxamina). Informação limitada sugere, também, que o tabagismo poderá induzir o metabolismo da flecainida ou pentazocina.

Recomenda-se precaução na administração de ZYBAN se estiver em tratamento simultâneo com levodopa ou com amantadina. Dados clínicos limitados sugerem uma maior incidência de efeitos secundários (por ex.: náuseas, vómitos, e efeitos do foro neuropsiquiátrico, ver 4. Efeitos secundários possíveis) nos doentes em tratamento com ZYBAN concomitantemente com levodopa ou amantadina.

Tomar ZYBAN com outros alimentos e bebidas
Apesar dos dados clínicos não indicarem uma interacção farmacocinética entre a bupropiona e o álcool, foram relatados efeitos adversos neuropsiquiátricos raros ou uma tolerância reduzida ao álcool, em doentes que consumiram álcool durante o tratamento com ZYBAN. O consumo de álcool durante o tratamento com ZYBAN deve ser minimizado ou evitado. Zyban pode ser administrado com ou sem alimentos.

Gravidez e aleitamento
Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
Não foi estabelecida a segurança da utilização de ZYBAN durante a gravidez, pelo que não deve tomar ZYBAN se estiver grávida.
Se estiver grávida deve tentar deixar de fumar sem recurso a terapêutica medicamentosa.

Consulte o seu médico ou farmacêutico antes de tomar qualquer medicamento.
ZYBAN é eliminado pelo leite materno, pelo que se recomenda que não amamente enquanto
toma ZYBAN.

Condução de veículos ou utilização de máquinas
Não conduza porque tal como outros medicamentos com acção sobre o sistema nervoso central, ZYBAN poderá afectar a capacidade de executar tarefas que requeiram atenção, destreza motora (perícia) e julgamento rápido. Foram relatados casos de tonturas e sensação de cabeça leve associados à administração de ZYBAN. Recomenda-se, portanto, precaução antes de conduzir ou utilizar máquinas até que se assegure que ZYBAN não influencia o seu desempenho.

3. Como tomar ZYBAN

Tomar ZYBAN sempre de acordo com as indicações do médico. Fale com o seu médico ou farmacêutico se tiver dúvidas.
ZYBAN destina-se a administração por via oral.
ZYBAN deverá ser utilizado segundo as normas para cessação tabágica.
O médico deverá avaliar a motivação do doente para deixar de fumar. As terapêuticas de
cessação tabágica têm maior sucesso em doentes que estejam motivados para deixar de fumar e
que tenham apoio motivacional.

Os comprimidos de ZYBAN devem ser deglutidos inteiros e não deverão ser esmagados ou mastigados.

Adultos:
Recomenda-se iniciar o tratamento com ZYBAN enquanto ainda fuma, estabelecendo uma data para deixar de fumar durante as duas primeiras semanas de tratamento, de preferência na segunda semana.
A dose inicial é de 150 mg por dia, durante seis dias, aumentando no sétimo dia para 150 mg, duas vezes por dia.
A dose única máxima não deve exceder 150 mg e a dose máxima total diária não deve exceder 300 mg.
A insónia é um efeito adverso muito frequente que pode ser minimizado suprimindo a dose da noite de ZYBAN (assegurando um intervalo mínimo de 8 horas entre duas tomas consecutivas). A posologia recomendada não necessita de ser modificada quando ZYBAN for utilizado em associação a Sistemas Transdérmicos de Nicotina (adesivos) (ver Tome especial cuidado com ZYBAN).

Crianças e adolescentes:
Não se recomenda a utilização em indivíduos com idade inferior a 18 anos, uma vez que a segurança e eficácia de ZYBAN não foram estabelecidas neste grupo etário.

Idosos:
ZYBAN deve ser utilizado com precaução no idoso. Não será de excluir maior sensibilidade em alguns indivíduos idosos. A dose recomendada é de 150 mg uma vez por dia.

Doentes com insuficiência hepática:

ZYBAN deve ser utilizado com precaução nos doentes com diminuição da função hepática. Devido à maior variabilidade farmacocinética nos doentes com a função hepática ligeira a moderadamente diminuída, a dose recomendada é de 150 mg uma vez por dia.

Doentes com insuficiência renal:
ZYBAN deve ser utilizado com precaução nos doentes com insuficiência renal. A dose recomendada nestes doentes é de 150 mg uma vez por dia.

Duração do tratamento
O tratamento deverá manter-se durante 7 – 9 semanas.
Se não se verificar efeito até às sete semanas, o tratamento deverá ser interrompido.

Qual o momento mais favorável à administração de ZYBAN Deverá existir um intervalo de pelo menos 8 horas entre duas tomas consecutivas.

Se tomar mais ZYBAN do que deveria:
É importante que cumpra a posologia recomendada; não tome mais comprimidos do que o prescrito.
Se tomar acidentalmente mais comprimidos deve informar o seu médico ou farmacêutico ou contactar o serviço de urgência do hospital mais próximo para informações mais detalhadas.

Sintomas
Foram relatados casos de ingestão aguda de doses superiores a 10 vezes a dose terapêutica máxima. Para além dos eventos relatados como Efeitos secundários, a sobredosagem manifestou-se por sintomas como sonolência, perda de consciência e alterações no electrocardiograma (perturbações na condução, arritmias ou taquicardia).
Apesar da maioria dos doentes recuperar sem sequelas, foram relatados, raramente, casos de morte associados à bupropiona, em doentes que tomaram elevadas sobredoses do fármaco.

Tratamento
Em situação de sobredosagem recomenda-se internamento hospitalar. Devem monitorizar-se os sinais vitais e o electrocardiograma. Poderá ser necessário assegurar uma via respiratória adequada, oxigenação e ventilação. A lavagem gástrica poderá estar indicada se efectuada imediatamente após a ingestão. A administração de carvão activado está também recomendada. Não se conhece um antídoto específico para a bupropiona.

Caso se tenha esquecido de tomar ZYBAN
Não tome uma dose a dobrar para compensar um comprimido que se esqueceu de tomar. Espere e tome o próximo comprimido à hora habitual.

Se parar de tomar ZYBAN
Embora não se prevejam reacções com a interrupção de ZYBAN, poderá considerar-se um período de desmame. Siga as instruções do seu médico.

Caso ainda tenha dúvidas sobre a utilização deste medicamento, fale com o seu médico ou farmacêutico.

4. Efeitos secundários possíveis

Como os demais medicamentos, ZYBAN pode causar efeitos secundários em algumas pessoas. A suspensão do hábito de fumar está geralmente associada aos sintomas de privação da nicotina (por ex.: agitação, insónia, tremor, suores), alguns dos quais são reconhecidos como associados a ZYBAN.

O efeito secundário seguinte foi muito frequente: Insónia

Os efeitos secundários frequentes foram os seguintes: Febre.
Boca seca, perturbações gastrintestinais, incluindo náuseas e vómitos, dor abdominal, obstipação, alterações do paladar. Erupção cutânea, prurido, suores.
Tremor, perturbações na concentração, dores de cabeça, tonturas, depressão, agitação, ansiedade. Reacções alérgicas, tais como urticária.

Os seguintes efeitos secundários foram pouco frequentes: Dor no peito, fraqueza.
Aumento da frequência cardíaca, hipertensão (por vezes grave), rubor da face. Confusão.
Perda ou diminuição do apetite (anorexia). Zumbidos, perturbações visuais.

Raramente foram relatados os seguintes efeitos secundários:
Vasodilatação, diminuição da pressão arterial na posição vertical (hipotensão ortostática), síncope, palpitações.
Convulsões. As convulsões mais comuns são do tipo de crises generalizadas tónico-clónicas, podendo originar, em alguns casos, confusão pós-ictal ou perda de memória; alucinações, irritabilidade, hostilidade, despersonalização, alterações da glicemia, distonia, ataxia, parkinsonismo, contracções, descoordenação, sonhos anómalos, perturbações da memória e parestesia.
Reacções alérgicas mais graves, incluindo edema angioneurótico, dificuldade em respirar e choque anafiláctico; dores nas articulações e musculares, e febre em associação à erupção cutânea e outros sintomas sugestivos de reacção alérgica retardada. Estes sintomas podem assemelhar-se a doença do soro; eritema multiforme (erupção grave na pele) e síndrome de Stevens-Johnson (lesões cutâneas extensas com afecções das mucosas), exacerbação da psoríase. Elevação das enzimas hepáticas, icterícia, hepatite. Frequência e/ou retenção urinária.

Muito raramente foram relatados os seguintes efeitos secundários: Delírio, ideação paranóica, agitação e agressão.

Se algum dos efeitos secundários se agravar ou se detectar quaisquer efeitos secundários não mencionados neste folheto, informe o seu médico ou farmacêutico.

5. Como conservar ZYBAN

Manter fora do alcance e da vista das crianças. Não conservar acima de 25 °C. Conservar na embalagem de origem.
Não utilize ZYBAN após o prazo de validade impresso na embalagem exterior. O prazo de validade corresponde ao último dia do mês indicado.
Os medicamentos não devem ser eliminados na canalização ou no lixo doméstico. Pergunte ao seu farmacêutico como eliminar os medicamentos de que já não necessita. Estas medidas irão ajudar a proteger o ambiente.

6. Outras informações

Qual a composição de ZYBAN
A substância activa é o cloridrato de bupropiona
Os outros componentes são:
Núcleo do comprimido: celulose microcristalina, hipromelose, cloridrato de cisteína monohidratado, estearato de magnésio.
Revestimento: hipromelose, macrogol 400, dióxido de titânio (E171), cera de carnaúba. Tinta de impressão: óxido de ferro preto (E172), hipromelose.

Qual o aspecto de ZYBAN e conteúdo da embalagem

ZYBAN apresenta-se sob a forma de comprimido branco, revestido por película, biconvexo, redondo, impresso GX CH7 numa face e liso na outra. Cada embalagem contém blisters de poliamida – alumínio – PVC/ alumínio.
Cada blister contem 10 comprimidos de libertação prolongada doseados a 150 mg de cloridrato de bupropiona.
Existem embalagens de Zyban de 30, 40, 50, 60 ou 100 comprimidos.

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

Titular da Autorização de Introdução no Mercado Glaxo Wellcome Farmacêutica, Lda. R. Dr. António Loureiro Borges, 3 Arquiparque, Miraflores
1495-131 Algés

Este folheto foi aprovado pela última vez em: 03-11-2006

Categorias
Nitroglicerina

CARACTERÍSTICAS DO GTN bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

GTN

1. Nome do medicamento

Gtn, 25 mg/5 ml, Concentrado para solução para perfusão

2. Composição qualitativa e quantitativa do GTN

Cada ml de solução contém 5 mg de Nitroglicerina.

Cada ampola de 5 ml de solução contém 25 mg de Nitroglicerina.

Excipiente:

Cada ml concentrado para solução para perfusão contém 0,669 ml de etanol.

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1

3.  Forma farmacêutica do GTN

Concentrado para solução para perfusão.

4.  Informações clínicas do GTN

4.1 Indicações terapêuticas:

O Gtn está indicado nas seguintes situações:

  • Cirurgia: no controle imediato da hipertensão arterial durante a cirurgia cardíaca. Também pode ser usado para produzir e manter a hipotensão controlada durante os procedimentos cirúrgicos. O Gtn pode ser administrado para controlar a isquémia miocárdica quer durante quer após a cirurgia cardiovascular.

  • Insuficiência cardíaca congestiva refractária, secundária a enfarte agudo do miocárdio: o Gtn pode ser administrado a doentes com insuficiência cardíaca congestiva sem resposta ao tratamento, associada à ocorrência de enfarte agudo do miocárdio.

  • Angina instável: a perfusão de Gtn pode ser utilizada para reduzir as necessidades miocárdicas de oxigénio proporcionalmente à redução na pré e pós-carga. Pode ser indicado para o controle de episódios anginosos em doentes com angina instável que não respondam ao tratamento convencional e/ou com beta-bloqueadores.

4.2 Posologia e modo de administração

O Gtn, concentrado para solução para perfusão, é uma solução concentrada, que tem de ser diluída em soluções adequadas antes de ser administrada por perfusão intravenosa, tais como solução injectável de Dextrose a 5% B.P. ou solução injectável de Cloreto de sódio a 0,9% B.P.

A administração é feita por via intravenosa. O método escolhido deve dar garantias de que o fármaco é administrado num fluxo constante.

O Gtn é compatível com frascos de perfusão de vidro, e com algumas embalagens de plástico rígido (polietileno) (consultar 6.2 – Incompatibilidades).

O intervalo de dosagem para a maior parte dos doentes é de 10 – 200 microgramas/min. Contudo, pode ser necessária a utilização de doses superiores a esta. Durante certos procedimentos cirúrgicos podem ser necessárias doses até 400 microgramas/min. De forma a manter o fluxo de perfusão apropriado, é necessário o acompanhamento clínico e a monitorização da pressão sanguínea. Para titular a dosagem versus a resposta clínica podem também ser utilizadas a medição da pressão pulmonar em cunha e do débito cardíaco.

  • Cirurgia: para controlar os episódios de hipertensão, a dose inicial recomendada é de 25 microgramas/min, aumentada com acréscimos de 25 microgramas/min com intervalos de 5 minutos, até alcançar a diminuição desejada da pressão sanguínea. Embora a maioria dos doentes respondam a doses entre 10 – 200 microgramas/min, já tem sido necessária a utilização de doses até 400 microgramas/min.

No tratamento da isquémia miocárdica pericirúrgica, a dose inicial recomendada é de 15 -20 microgramas/min, com acréscimos de 10 – 15 microgramas/min, até à obtenção do efeito desejado.

  • Insuficiência cardíaca congestiva refractária, secundária a enfarte miocárdico agudo: a dose inicial recomendada é de 20 – 25 microgramas/min, que pode ser reduzida para 10 microgramas/min, ou aumentada com acréscimos de 20 – 25 microgramas/min, a intervalos de 15 – 30 minutos até se obter o efeito clínico desejado.

  • Angina instável: a dose inicial recomendada é de 10 microgramas/min, aumentada com acréscimos de 5 – 10 microgramas/min, a intervalos de aproximadamente 30 minutos.

Crianças:

A utilização de Nitroglicerina em crianças não é recomendada, dado que a segurança da sua utilização neste grupo etário ainda não foi estabelecida.

Insuficiência renal e/ou hepática:

A Nitroglicerina deve ser administrada com precaução nestas situações.

4.3 Contra-indicações

A Nitroglicerina concentrado para solução para perfusão não deve ser administrado nas seguintes situações:

Hipersensabilidade à Nitroglicerina

Hipersensibilidade conhecida aos nitratos orgânicos ou a qualquer dos excipientes; Hipovolémia não-corrigida; Anemia grave e hipoxemia arterial;

Pressão intracraniana aumentada, devido a hemorragia cerebral ou traumatismo craniano; Hipotensão;

Pericardite constrictiva e tamponamento pericárdico. Em tratamento com Sildenafil (Viagra)

Não existem dados disponíveis que demonstrem a segurança da administração de Nitroglicerina por injecção intracoronária.

A utilização de Nitroglicerina está contra-indicada em crianças, dado que a segurança da sua utilização neste grupo etário ainda não foi estabelecida.

4.4 Advertências e precauções especiais de utilização

O Gtn contém Propileno glicol, que poderá originar acidose láctica. A terapêutica não deverá, assim, exceder os 3 dias consecutivos.

Recomenda-se que a pressão sanguínea e a pulsação sejam regularmente monitorizados durante a perfusão do Gtn.

A Nitroglicerina deve ser administrada com precaução em doentes sofrendo de malnutrição, hipotiroidismo, hipotermia grave, disfunção hepática e/ou renal.

A segurança da utilização de Nitroglicerina administrada por injecção intracoronária não foi ainda demonstrada.

A Nitroglicerina deve ser usada com precaução em doentes predispostos a glaucoma de ângulo fechado.

A Nitroglicerina pode agravar a angina originada pela cardiomiopatia hipertrófica.

A Nitroglicerina é absorvida por muitos plásticos. Para evitar a absorção da Nitroglicerina pelos recipientes de plástico, a sua diluição e armazenamento para perfusão intravenosa deve ser feita somente em frascos de vidro adequado às soluções parentéricas.

Em doentes em terapêutica com Gtn, não deve ser utilizado Citrato Sildenafil devido às graves interacções que podem ocorrer na terapêutica concomitante (consultar 4.5 -Interacções medicamentosas e outras formas de interacção).

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Anti-arritmicos – Disopiramida pode reduzir os efeitos dos nitratos sublinguais (dado a boca estar seca)

Anti-depressivos: tricíclicos podem reduzir os efeitos dos nitratos sublinguais (dado a boca estar seca)

Antimuscarínicos: antimuscarínicos tais como Atropina e Propantelina podem reduzir os efeitos dos nitratos sublinguais (dado a boca estar seca)

Os efeitos vasodilatadores da Nitroglicerina podem ser aditivos dos efeitos de outros agentes vasodilatadores. O uso concomitante de nitratos ou nitritos e álcool pode ser responsável por hipotensão. Os doentes sob terapêutica com medicamentos anti-hipertensores, bloqueadores beta-adrenérgicos, antagonistas do cálcio e antidepressivos heterocíclicos, em concomitância com nitratos ou nitritos devem ser alvo de monitorização face à hipótese de ocorrência de efeito hipotensor aditivo.

A administração de perfusões de Nitroglicerina através do mesmo sistema de transfusão de sangue, pode resultar em pseudoaglutinação e hemólise. Generalizando, as soluções de Gtn em soluções injectáveis de Cloreto de sódio a 0,9% ou de Glucose a 5%, não devem ser misturadas com qualquer outro medicamento.

A Nitroglicerina injectável interfere, pelo menos em alguns doentes, com o efeito anticoagulante da Heparina. Em doentes que estão a receber Nitroglicerina I.V., a terapêutica concomitante com Heparina deve ser acompanhada pela determinação frequente do tempo da tromboplastina parcialmente activada.

A Nitroglicerina reduz os níveis plasmáticos de alteplase reduzindo, consequentemente, o seu efeito trombolítico.

A administração concomitante de Citrato de Sildenafil com Gtn, pode provocar uma hipotensão marcada que em algumas situações pode ser grave. Esta reacção deve-se à amplificação dos efeitos vasodilatadores do Gtn, pelo Citrato de Sildenafil (consultar 4.4 -Advertências e precauções especiais de utilização).

4.6 Gravidez e aleitamento

A segurança da utilização de Nitroglicerina durante a gravidez e aleitamento não foi ainda demonstrada, pelo que o seu uso nestas situações está desaconselhado a menos que seja considerado absolutamente essencial pelo médico.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Não aplicável. Medicamento para uso exclusivo em ambiente hospitalar.

4.8 Efeitos indesejáveis

As reacções adversas aos nitratos orgânicos que têm sido referidas incluem: Frequentes: cefaleia.

Pouco frequentes: tonturas (em particular após administração oral ou tópica), hipotensão, taquicardia, náuseas, vómitos, diaforese, inquietação, agitação, contracções musculares, desconforto retro-esternal, palpitações e dor abdominal.

Muito raras: bradicardia paroxística; metahemoglobinemia em doentes aparentemente normais.

4.9 Sobredosagem

A sobredosagem resulta habitualmente em hipotensão e taquicárdia e pode ser revertida por elevação das pernas ou por redução ou interrupção da perfusão. Em casos de sobredosagem grave recomenda-se a administração intravenosa de um agonista alfa-adrenérgico, como a metoxamina ou a fenilefrina.


5. Propriedades Farmacológicas do GTN

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Classificação Farmacoterapêutica: 3.5.1 – Aparelho cardiovascular – vasodilatador -antianginosos

Código ATC: C01DA02

A acção farmacológica principal da Nitroglicerina é a indução do relaxamento não-específico da musculatura vascular lisa. Embora predominem os efeitos sob a vasculatura venosa, a Nitroglicerina produz, de modo relacionado com a dose, dilatação tanto arterial como venosa.

A dilatação dos vasos pós-capilares, incluindo as grandes veias, resulta num aumento da irrigação sanguínea periférica e na redução do retorno venoso, o que resulta numa redução da pressão diastólica terminal ventrícular esquerda (pré-carga). O relaxamento arteriolar diminui a resistência vascular sistémica e a pressão arterial sistólica e média (pós-carga). Decresce também o consumo do oxigénio pelo miocárdio, quer pelos efeitos a nível arterial quer venoso.

Doses terapêuticas de Nitroglicerina reduzem a pressão arterial sistólica, diastólica e média. A velocidade de perfusão coronária efectiva normalmente mantém-se, mas pode ser comprometida se a pressão arterial baixar excessivamente, ou se a frequência cardíaca aumentada reduzir o tempo de enchimento diastólico.

As pressões venosa central e capilar pulmonar elevadas, a resistência vascular pulmonar e a resistência vascular sistémica são também reduzidas pela terapêutica com Nitroglicerina. A frequência cardíaca sofre em geral um ligeiro aumento, possivelmente uma resposta reflexa à diminuição na pressão arterial. O índice cardíaco pode apresentar-se aumentado, diminuído ou inalterado.

Os doentes apresentando valores de pressão de enchimento ventricular esquerdo e de resistência vascular sistémica elevados em concomitância com um índice cardíaco diminuido, podem apresentar uma melhoria do índice cardíaco. Por outro lado, quando as pressões de enchimento e o índice cardíaco são normais, o índice cardíaco pode ser ligeiramente diminuído pela Nitroglicerina intravenosa.

Embora os benefícios clínicos predominantes resultem de efeitos vasodilatadores periféricos e da consequente redução das necessidades de oxigénio pelo miocárdio, pode ocorrer alguma acção no fornecimento de oxigénio por vasodilatação coronária directa. Foi demonstrada a ocorrência de uma redistribuição do sangue do tecido normal para as zonas isquémicas do miocárdio.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

A administração intravenosa de Nitroglicerina permite alcançar rapidamente altas concentrações do fármaco na circulação sistémica, com início imediato da acção terapêutica.

A Nitroglicerina é amplamente distribuída no organismo. O seu volume de distribuição no homem adulto é de cerca de 3 L/Kg para concentrações plasmáticas entre 50 e 500 ng/ml, a ligação da Nitroglicerina às proteínas plasmáticas é de cerca de 60% e 30%, respectivamente. A semi-vida plasmática da Nitroglicerina é de cerca de 1 – 4 minutos.

A Nitroglicerina é rapidamente metabolizada a dinitratos e mononitratos. Esta degradação resulta, tal como para os outros nitratos orgânicos, da hidrólise redutora catalizada pelo enzima hepático Glutationa-nitrato-orgânico-reductase. Uma molécula de Nitroglicerina é metabolizada reagindo com 2 moléculas de glutationa reduzida libertando um ião nitrito da posição 2 ou 3, originando os metabolitos 1,2-Glicerildinitrato, 1,3-Glicerildinitrato e Glutationa oxidada.

Os dinitratos são vasodilatadores menos potentes que a Nitroglicerina, mas possuem maior semi-vida e desconhece-se o contributo do seu efeito na terapêutica crónica. Posteriormente, os dinitratos são metabolizados a mononitratos (inactivos) e, finalmente, a glicerol e dióxido de carbono.

Desconhece-se se a Nitroglicerina se distribui no leite materno.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

A Nitroglicerina foi fracamente mutagénica no teste de Ames, mas não demonstrou potencial genotóxico em dois outros testes, o teste de dominante letal, in vivo, e teste para indução de aberrações cromossómicas em tecidos de rato ou cão, in vitro. O fármaco administrado por via oral, demonstrou potencial carcinogénico no rato, mas não no ratinho. Os tumores consistiram em carcinomas hepatocelulares e tumores das

células intersticiais dos testículos e foram observados em animais tratados com 434 mg/Kg/dia de Nitroglicerina.

Em estudos de toxicidade reprodutiva, no rato, a Nitroglicerina, administrada por via oral, não revelou potencial teratogénico claro.

6. Informações farmacêuticas do GTN

6.1 Lista dos excipientes
Etanol

Propilenoglicol

Água para preparações injectáveis

6.2 Incompatibilidades

A Nitroglicerina é incompatível com o PVC (cloreto de polivinilo), uma vez que 40% -80% do teor total da solução de perfusão diluída é absorvido pela tubagem de PVC dos sistemas de perfusão IV.

A Nitroglicerina desaparece rapidamente de soluções armazenadas em recipientes de PVC, pelo que o uso de sacos de perfusão deste material está desaconselhado. A utilização de materiais de poliuretano também induz a perdas da substância activa. As soluções de Nitroglicerina só devem ser administradas através dos sistemas de plástico recomendados (ver 4.2 – Posologia e modo de administração).

As soluções de Gtn diluídas em Cloreto de sódio a 0,9% ou Dextrose a 5%, não devem ser misturadas com qualquer outro medicamento.

6.3 Prazo de validade

O medicamento na sua embalagem original, conservado abaixo dos 25°C, mantém-se estável durante um período de 3 anos.

6.4 Precauções especiais de conservação

Conservar a temperatura inferior a 25°C. Não congelar. Proteger da luz. Evitar o contacto com substâncias alcalinas.

As ampolas de Gtn uma vez abertas, devem ser utilizadas de imediato e as porções remanescentes devem ser inutilizadas.

As soluções diluídas de Gtn em solução injectável de Cloreto de sódio a 0,9% ou de Dextrose a 5%, são quimicamente estáveis durante 40 horas a temperatura inferior a 25°C, quando acondicionadas em recipientes de vidro ou de plástico apropriado. Soluções semelhantes são estáveis durante 7 dias, quando conservadas entre 2 – 8°C.

Soluções contendo 1 mg ou 4 mg por mililitro de Nitroglicerina, diluída em solução injectável de Dextrose a 5% B.P., são estáveis durante 72 horas, a temperatura inferior a 25°C, ao abrigo da luz, acondicionadas em seringas de policarbonato (Plastipak) ou de polipropileno.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente

Acondicionamento primário: Ampolas de vidro incolor do Tipo I, 5 ml (Farmacopeia Britânica e Farmacopeia Europeia).

Acondicionamento secundário: caixa de cartolina, com folheto informativo incluso.

6.6 Precauções especiais de eliminação e manuseamento

Não utilizar a solução se ela apresentar qualquer alteração da sua coloração normal, ou sinais de precipitação (consultar 4.2 – Posologia e modo de administração).

O Gtn é compativel com soluções para perfusão de Cloreto de sódio a 0.9% e dextrose a 5%, devendo ser diluído numa destas soluções antes da administração. É também compatível com o material dos frascos de vidro e das embalagens rigidas de polietileno, para perfusão.

Exemplo de preparação da solução para administração:

Para obter uma mistura de Gtn, a uma concentração de 100 microgramas/ml, adicionar 10 ml (contendo 50 mg de Nitroglicerina) a 450 ml de veículo de perfusão (Cloreto de sódio 0,9% ou Dextrose 5%), de modo a obter um volume final de 500 ml.

A dosagem de 100 microgramas/min pode ser obtida administrando 60 ml da mistura por hora. Isto é equivalente a uma taxa de administração de 20 gotas padrão por minuto. Esta taxa de administração traduz-se num tempo de administração de cerca de 8 horas e 20 minutos.

Consultar os itens 4.2 – Posologia e modo de administração, 4.5 – Interacções medicamentosas e outras formas de interacção e 6.2 – Incompatibilidades.

7. Titular da autorização de introdução no mercado

Hospira Portugal Lda

Rua Amália Rodrigues, n.° 240

2750-228 Cascais

8. Número (s) da autorização de introdução no mercado

N° de registo: 2585081 – 25 mg/5 ml, concentrado para solução para perfusão, para solução para perfusão

9. Data da primeira autorização / renovação da autorização de introdução no mercado
Data da primeira autorização: 28 de Outubro de 2002

10. Data da revisão do texto

06-02-2009.

Categorias
Perindopril

CARACTERÍSTICAS DO COVERSYL bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

COVERSYL


1.   NOME DO MEDICAMENTO

COVERSYL comprimidos 4 mg

2.   COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO COVERSYL

4 mg de perindopril sal de tert-butilamina, equivalente a 3,338 mg de perindopril

Cada comprimido contém:

4 mg de perindopril sal de tert-butilamina, equivalente a 3,338 mg de perindopril

Lista completa de excipientes: ver secção 6.1

3.  FORMA FARMACÊUTICA DO COVERSYL
Comprimidos.

COVERSYL 4 mg: comprimido verde claro, em forma de bastonete, gravado com numa face e com ranhura nas duas faces.

4.  INFORMAÇÕES CLINICAS DO COVERSYL

4.1  Indicações Terapêuticas

Hipertensão:

Tratamento da hipertensão. Insuficiência cardíaca:

Tratamento da insuficiência cardíaca sintomática. Doença arterial coronária estável:

Redução do risco de eventos cardíacos em doentes com história de enfarte do miocárdio e/ou revascularização.

4.2  Posologia e modo de administração

Recomenda-se que o COVERSYL seja tomado uma vez por dia, de manhã antes da refeição.

A dose deve ser individualizada de acordo com o perfil do doente (ver 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”) e a resposta da pressão arterial.

Hipertensão:

COVERSYL pode ser utilizado em monoterapia ou em associação com outras classes de antihipertensores.

A dose inicial recomendada é de 4 mg administrados uma vez por dia, de manhã.

Nos doentes com um sistema renina-angiotensina-aldosterona fortemente activado (em particular, com hipertensão renovascular, depleção de sal e/ou volume, descompensação cardíaca ou hipertensão grave) poderá registar-se uma descida excessiva da pressão arterial após a dose inicial. Nestes doentes, recomenda-se uma dose inicial de 2 mg, devendo instituir-se a terapêutica sob vigilância médica.

A dose pode ser aumentada para 8 mg, uma vez por dia após um mês de tratamento.

Poderá ocorrer hipotensão sintomática após o inicio da terapêutica com COVERSYL; esta situação é mais provável em doentes que estejam a ser tratados concomitantemente com diuréticos. Recomenda-se, portanto, precaução uma vez que estes doentes podem apresentar depleção de volume e/ou sal.

Se possível, o tratamento com o diurético deverá ser interrompido 2 a 3 dias antes do início da terapêutica com COVERSYL (ver secção 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”).

Nos doentes hipertensos em que o diurético não possa ser interrompido, a terapêutica com COVERSYL deverá ser iniciada com uma dose de 2 mg. Deverá proceder-se à monitorização da função renal e dos níveis de potássio sérico. A posologia subsequente de COVERSYL deverá ser ajustada de acordo com a resposta da pressão arterial. Se necessário poderá reiniciar-se a terapêutica com o diurético.

Nos doentes idosos, o tratamento deverá ser iniciado com uma dose de 2 mg a qual poderá ser progressivamente aumentada para 4 mg após 1 mês de tratamento e, em seguida, para 8 mg, se necessário, dependendo da função renal (ver quadro abaixo).

Insuficiência cardíaca sintomática:

Recomenda-se que o tratamento com COVERSYL, geralmente associado a um diurético não poupador de potássio e/ou digoxina e/ou um betabloqueante, seja iniciado sob rigorosa vigilância médica, na dose inicial recomendada de 2 mg, administrada de manhã. Esta dose pode ser aumentada em incrementos de 2 mg a intervalos não inferiores a 2 semanas, até 4 mg uma vez por dia, se tolerada. O ajustamento da dose deve ser baseado na resposta clínica individual do doente.

Em doentes com insuficiência cardíaca grave e noutros doentes considerados em alto risco (doentes com insuficiência renal e tendência para alterações electrolíticas, doentes em tratamento simultâneo com diuréticos e/ou vasodilatadores), o tratamento deve ser iniciado sob cuidadosa vigilância (ver 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”).

Nos doentes em risco elevado de hipotensão sintomática, por ex., doentes com depleção salina com ou sem hiponatremia, doentes com hipovolemia ou doentes que tenham sido submetidos a uma terapêutica diurética forte, devem ter estas condições corrigidas, se possível, antes da instituição da terapêutica com COVERSYL. Deve proceder-se a uma monitorização rigorosa da pressão arterial, função renal e níveis de potássio sérico, antes e durante o tratamento com COVERSYL (ver secção 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”).

Doença arterial coronária estável:

COVERSYL deve ser iniciado com uma dose de 4 mg uma vez por dia durante 2 semanas e depois, dependendo da função renal e desde que a dose de 4 mg seja bem tolerada, aumentado para 8 mg uma vez por dia. Os doentes idosos devem receber 2 mg uma vez por dia durante 1 semana, seguido de 4 mg uma vez por dia na semana seguinte, antes de aumentar a dose para 8 mg uma vez por dia, dependendo da função renal (ver Quadro 1 “Ajustamento posológico na insuficiência renal”). A dose só deve ser aumentada se a dose inferior for bem tolerada.

Ajustamento posológico na insuficiência renal:

A posologia em doentes com insuficiência renal deve basear-se na depuração da creatinina, de acordo com o quadro 1 a seguir:

Quadro 1: Ajustamento posológico na insuficiência renal

Dose recomendada

Clearence da creatinina (ml/min)

ClCR > 60                                                                             4 mg por dia

30 < CIcr < 60                                                                   2 mg por dia

15 < ClCR < 30                                                                    2 mg dia sim dia não

Doentes em hemodiálise*

ClCR< 15                                                                              2 mg no dia da diálise

* O perindoprilato é dialisável a 70 ml/min. Nos doentes em hemodiálise, a dose deve ser tomada após diálise.

Ajustamento posológico na insuficiência hepática:

Não é necessário efectuar qualquer ajustamento posológico em doentes com insuficiência hepática (ver secções 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização” e 5.2 “Propriedades farmacocinéticas).

Utilização pediátrica:

A eficácia e a segurança da utilização em crianças não foi estabelecida. Assim, não se recomenda a utilização do medicamento em crianças.

4.3  Contra-indicações

–     Hipersensibilidade ao perindopril, a qualquer um dos excipientes ou a qualquer outro inibidor da ECA;

–     Antecedentes de angioedema associado a uma terapêutica prévia com inibidores

da ECA;

–     Angioedema hereditário ou idiopático;

–     Segundo e terceiro trimestres da gravidez (ver 4.6 “Gravidez e aleitamento”).

4.4  Advertências e precauções especiais de utilização

Doença arterial coronária estável:

Se durante o primeiro mês de tratamento com perindopril ocorrer um episódio de angina de peito instável (grave ou não), deve ser feita uma cuidadosa avaliação do benefício/risco, antes da continuação do tratamento.

Hipotensão:

Os inibidores ECA podem causar diminuição da pressão arterial. Observa-se, raramente, hipotensão sintomática em doentes com hipertensão não complicada e a sua ocorrência é mais provável em doentes com depleção de volume, por exemplo por terapêutica diurética, dieta com restrição em sal, diálise, diarreia ou vómitos, ou com hipertensão grave renina-dependente (ver secções 4.5 “Interacções medicamentosas e outras formas de interacção” e 4.8 “Efeitos indesejáveis”). Em doentes com insuficiência cardíaca sintomática, com ou sem insuficiência renal associada, foi observada hipotensão sintomática. A ocorrência deste efeito é mais provável em doentes com insuficiência cardíaca mais grave, que se reflecte na utilização de doses elevadas de diuréticos da ansa, hiponatremia ou insuficiência renal funcional. Nos doentes em risco elevado de hipotensão sintomática, o início da terapêutica e o ajustamento posológico devem ser rigorosamente monitorizados (ver 4.2 “Posologia e modo de administração e 4.8 ” Efeitos indesejáveis). As mesmas considerações aplicam-se aos doentes com isquémia cardíaca ou doença cerebrovascular, nos quais uma descida excessiva da pressão arterial pode provocar um enfarte do miocárdio ou um acidente vascular cerebral.

Se ocorrer hipotensão o doente deve ser deitado e, se necessário, deve receber por via intravenosa uma perfusão salina normal. Uma resposta hipotensora transitória não é uma contra-indicação para doses futuras, que podem ser administradas sem dificuldade logo que a pressão arterial tenha aumentado após expansão do volume.

Em alguns doentes com insuficiência cardíaca congestiva e com pressão arterial normal ou baixa, pode ocorrer uma descida adicional da pressão arterial com COVERSYL. Este efeito é previsível e não é, normalmente, motivo para interromper o tratamento. Se a hipotensão se tornar sintomática, pode ser necessária a redução da dose ou a interrupção do tratamento com COVERSYL.

Estenose da aorta e da válvula mitral/ cardiomiopatia hipertrófica: Tal como com outros inibidores da ECA, COVERSYL deve ser administrado com precaução a doentes com estenose da válvula mitral e obstrução no efluxo do ventrículo esquerdo tal como estenose da aorta ou cardiomiopatia hipertrófica.

Insuficiência renal:

Em caso de insuficiência renal (depuração da creatinina <60 ml/min) a posologia inicial de perindopril deve ser ajustada de acordo com os valores de depuração da creatinina do doente (ver 4.2 “Posologia e modo de administração”), e a dose de manutenção de acordo com a resposta do doente ao tratamento. A monitorização, periódica, do potássio e da creatinina faz parte da prática médica normal nestes doentes (ver 4.8 ” Efeitos indesejáveis”).

Em doentes com insuficiência cardíaca sintomática, a hipotensão na sequência do início da terapêutica com inibidores da ECA pode provocar danos adicionais na função renal. Tem sido descrita, nesta situação, insuficiência renal aguda normalmente reversível.

Nalguns doentes com estenose bilateral da artéria renal ou estenose da artéria em rim único tratados com inibidores da ECA, foram observados aumentos da ureia sanguínea e creatinina sérica, normalmente reversíveis com a descontinuação do tratamento. Este efeito é mais provável em doentes com insuficiência renal. Se estiver também presente uma hipertensão renovascular existe um risco aumentado de hipotensão grave e insuficiência renal. Nestes doentes o tratamento deve começar sob rigorosa vigilância médica com doses baixas e cuidadosos aumentos posológicos. Uma vez que o tratamento com diuréticos pode contribuir para os efeitos acima mencionados, estes devem ser descontinuados e a função renal deve ser monitorizada durante as primeiras semanas de tratamento com COVERSYL.

Alguns doentes hipertensos sem doença vascular renal preexistente aparente, apresentaram aumentos da ureia sanguínea e da creatinina sérica, normalmente baixos e transitórios, especialmente quando o COVERSYL foi administrado concomitantemente com um diurético. A ocorrência deste efeito é mais provável em doentes com insuficiência renal preexistente. Pode ser necessária a redução da posologia e/ou a descontinuação do diurético e/ou do COVERSYL.

Doentes hemodialisados:

Foram referidas reacções do tipo anafiláctico em doentes dialisados com membranas de alto fluxo e tratados concomitantemente com um inibidor da ECA. Nestes doentes deve considerar-se o uso de um tipo diferente de membrana de diálise ou um medicamento de uma classe anti-hipertensora diferente.

Transplante renal:

Não existe experiência no que se refere à administração de COVERSYL em doentes com um transplante renal recente.

Hipersensibilidade/Angioedema:

Foi notificado raramente em doentes tratados com um inibidor da ECA, incluindo o perindopril angioedema da face, das extremidades, dos lábios, das mucosas, da língua, da glote e/ou da laringe (ver 4.8 “Efeitos indesejáveis”). Nestes casos o perindopril deve ser imediatamente interrompido e iniciada monitorização adequada até ao completo desaparecimento dos sintomas.

Quando o edema só atinge a face e os lábios, a evolução é em geral benigna, regredindo sem tratamento, apesar dos antihistamínicos serem úteis no alívio dos sintomas.

O angioedema associado a um edema da laringe pode ser fatal. Quando atinge a língua, a glote ou a laringe e pode provocar uma obstrução das vias aéreas, deve ser rapidamente instituído tratamento de emergência que inclua a administração de uma solução de adrenalina e/ou a manutenção da ventilação do doente. O doente deve permanecer sob vigilância médica rigorosa até à completa resolução dos sintomas.

Os inibidores da ECA causam uma taxa mais elevada de angioedema em doentes de raça negra do que em doentes de raça não negra.

Os doentes com história de angioedema não associado à terapêutica com um inibidor da ECA, podem ter um risco aumentado de angioedema quando em tratamento com um inibidor da ECA (ver 4.3 contra-indicações).

Reacções do tipo anafiláctico durante a aferese de lipoproteínas de baixa densidade (LDL):

Foram relatados, raramente, casos de doentes que sofreram reacções do tipo anafiláctico, com risco de vida, ao receberem inibidores da ECA durante a aferese de lipoproteínas de baixa densidade com sulfato de dextrano. Estas reacções foram evitadas com a interrupção temporária da terapêutica com o inibidor da ECA antes de cada aferese.

Reacções anafilácticas durante a dessensibilização:

Doentes que receberam inibidores da ECA durante tratamentos de dessensibilização (ex.: com veneno de himenópteros) sofreram reacções do tipo anafiláctico. Nos mesmos doentes, estas reacções foram evitadas quando os inibidores da ECA foram interrompidos temporariamente, no entanto reapareceram após readministração inadvertida.

Insuficiência hepática:

Os inibidores da ECA têm sido associados raramente a um síndroma que começa com icterícia colestática e progride para necrose hepática fulminante e (por vezes) morte. O mecanismo deste síndroma não está esclarecido. Os doentes medicados com inibidores da ECA que desenvolvam icterícia ou elevação marcada das enzimas hepáticas devem descontinuar o tratamento com o inibidor da ECA e fazer seguimento médico apropriado (ver 4.8 Efeitos indesejáveis).

Neutropenia/agranulocitose/trombocitopenia/anemia:

Foram notificados em doentes tratados com inibidores da ECA casos de neutropenia/agranulocitose, trombocitopenia e anemia. Em doentes com função renal normal e sem outros factores de risco, raramente ocorre neutropenia. O perindopril deve ser usado com precaução extrema nos doentes com doença vascular colagénica, terapêutica imunosupressora, tratamento com alopurinol ou procainamida ou com uma combinação destes factores de risco, especialmente em caso de insuficiência renal preexistente. Alguns destes doentes desenvolveram infecções graves, as quais nalguns casos não responderam a terapêutica antibiótica intensiva. Se o perindopril for usado nestes doentes, recomenda-se a monitorização periódica do hemograma (série branca) e os doentes devem ser instruídos na detecção de qualquer sinal precoce de infecção.

Raça:

Os inibidores da ECA causam uma taxa mais elevada de angioedema em doentes de raça negra do que em doentes de raça não negra.

Tal como com outros inibidores da ECA, o perindopril pode ser menos eficaz na diminuição da pressão arterial em doentes de raça negra do que nos de raça não negra, possivelmente devido a uma maior prevalência de renina baixa na população hipertensa de raça negra.

Tosse:

A tosse tem sido notificada com o uso de inibidores da ECA. Caracteristicamente, a tosse é não-produtiva, é persistente e desaparece com a descontinuação do tratamento. A tosse induzida por um inibidor da ECA deve ser considerada como parte do diagnóstico diferencial da tosse.

Cirurgia/Anestesia:

Em doentes submetidos a grande cirurgia ou durante a anestesia com medicamentos com potencial hipotensor, o COVERSYL pode bloquear a formação de angiotensina II secundária à libertação compensatória de renina. O tratamento deve ser interrompido um dia antes da cirurgia. Se ocorrer hipotensão e for considerado ser devida a este mecanismo, pode ser corrigida por expansão de volume.

Hipercaliémia:

Foi observado em alguns doentes tratados com inibidores da ECA, incluindo perindopril, aumentos do potássio sérico. Os doentes em risco de hipercaliémia incluem os que têm insuficiência renal, diabetes mellitus não controlada, ou os que utilizam concomitantemente diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio e ainda os doentes a tomar simultaneamente outros medicamentos associados ao aumento do potássio sérico (ex.: heparina). Se o uso concomitante dos medicamentos acima mencionados for considerado apropriado, recomenda-se uma monitorização regular do potássio sérico.

Doentes diabéticos:

Em doentes diabéticos tratados com antidiabéticos orais ou insulina, o controlo da glicémia deve ser rigorosamente monitorizado durante o primeiro mês de tratamento com um inibidor da ECA (ver 4.5 ” Interacções medicamentosas e outras formas de interacção”, Antidiabéticos).

Lítio:

A combinação de lítio e perindopril não é geralmente recomendada (ver 4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção)

Diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio:

A combinação de perindopril com diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio não é geralmente recomendada (ver 4.5 “Interacções medicamentosas e outras formas de interacção”).

Gravidez e Aleitamento:

(Ver secção 4.3 “Contra-indicações” e secção 4.6 “Gravidez e aleitamento”).

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Diuréticos:

Em doentes a fazer diuréticos e especialmente nos que têm depleção de volume e/ou de sal, pode ocorrer uma excessiva redução da pressão arterial após o início da terapêutica com um inibidor da ECA. A possibilidade de efeitos hipotensores pode ser reduzida pela descontinuação do diurético, aumento da volémia ou pela toma de sal antes do início da terapêutica que deve ser iniciada com doses baixas e aumento progressivo de perindopril.

Diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio:

Apesar de normalmente os níveis de potássio permanecerem dentro dos limites normais, pode ocorrer hipercaliémia em alguns doentes tratados com perindopril. Diuréticos poupadores de potássio (espirolactona, triantereno ou amilorida), suplementos de potássio ou substitutos do sal contendo potássio podem levar a aumentos significativos no potássio sérico. Assim a combinação de perindopril com os fármacos acima mencionados não é recomendada (ver secção 4.4). Se a utilização concomitante for indicada devido a hipocaliémia demonstrada devem ser usados com precaução e sob monitorização frequente dos níveis de potássio.

Lítio:

Foram notificados durante a administração concomitante de lítio e inibidores da ECA aumentos reversíveis das concentrações séricas e toxicidade do lítio. O uso concomitante de diuréticos tiazidicos pode aumentar o risco de toxicidade por lítio e agravar o risco já aumentado de toxicidade do lítio quando associado aos inibidores da ECA. A utilização de perindopril com lítio não é recomendada, mas se a associação for necessária, deve ser feita uma cuidadosa monitorização dos níveis séricos do lítio (ver 4.4)

Anti-inflamatórios não esteroides (AINE) incluindo aspirina > 3g/dia:

A administração de anti inflamatórios não esteroides pode reduzir o efeito anti-hipertensor dos inibidores da ECA. Para além disso, os AINE e os inibidores da ECA exercem um efeito aditivo no aumento do potássio sérico que pode resultar numa deterioração da função renal. Estes efeitos são, normalmente, reversíveis. Pode ocorrer raramente insuficiência renal aguda, especialmente em doentes com a função renal comprometida tal como nos doentes idosos ou desidratados.

Anti hipertensores e vasodilatadores:

A utilização concomitante destes medicamentos pode aumentar o efeito hipotensor do perindopril. A utilização concomitante de nitroglicerina e outros nitratos, ou outros vasodilatadores pode reduzir ainda mais a pressão arterial.

Antidiabéticos:

Estudos epidemiológicos sugerem que a administração concomitante de inibidores da ACE e antidiabéticos (insulinas, hipoglicemiantes orais) pode aumentar o efeito hipoglicemiante com risco de hipoglicémia. A ocorrência deste efeito é mais provável durante as primeiras semanas de tratamento combinado e em doentes com insuficiência renal.

Ácido acetilsalicílico, trombolitícos, betabloqueantes, nitratos:

O perindopril pode ser utilizado concomitantemente com ácido acetilsalicilico (quando usado como trombolitico) outros tromboliticos, betabloquentes e /ou nitratos. Antidepressores triciclicos/antipsicóticos/anestésicos:

A utilização concomitante de certos anestésicos, antidepressores triciclicos e antipsicóticos com inibidores da ECA pode provocar uma redução acrescida da pressão arterial (ver 4.4).

Simpaticomiméticos:

Os simpaticomiméticos podem reduzir os efeitos anti-hipertensores dos inibidores da ECA.

4.6 Gravidez e aleitamento

Gravidez:

COVERSYL não deve ser usado durante o primeiro trimestre da gravidez. Quando uma gravidez é planeada ou está confirmada, a transferência para um tratamento alternativo deve ser iniciada o mais cedo possível. Não foram realizados em humanos estudos controlados com inibidor da ECA, mas num número limitado de casos com exposição durante o primeiro trimestre não parece terem existido malformação consistente com fetotoxicidade humana, conforme abaixo descrito.

O perindopril está contra-indicado durante o segundo e terceiro trimestres da gravidez.

A exposição prolongada a um inibidor da ECA durante o segundo e terceiro trimestres induz fetotoxicida humana (diminuição da função renal, oligoâmnios, atraso na ossificação do crânio) e toxicidade neonatal (insuficiência renal, hipotensão, hipercaliemia) (ver 5.3 “Dados de segurança pré-clínica”).

Se a exposição ao perindopril tiver ocorrido a partir do segundo trimestre da gravidez, recomenda-se uma avaliação da função renal e do crânio, por ultra-sonografia.

Aleitamento:

Não se dispõe de dados sobre a excreção do perindopril no leite humano. Deste modo, não se recomenda a utilização de COVERSYL em mulheres que amamentam.

4.7  Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Durante a condução de veículos ou utilização de máquinas deve ser tido em consideração que podem ocorrer ocasionalmente tonturas ou cansaço.

4.8  Efeitos indesejáveis

Os seguintes efeitos indesejáveis foram observados durante tratamentos com perindopril e classificados com a seguinte frequência:

Muito frequentes (>1/10); frequentes (>1/100, <1/10); pouco frequentes (>1/1000, <1/100);   raros   (>1/10000,   <   1/1000);   muito   raros   (<1/10000),   incluindo comunicações isoladas. Perturbações do foro psiquiátrico:

Pouco frequentes: alterações do humor ou perturbações do sono Doenças do sistema nervoso:

Frequentes: dor de cabeça, tontura, vertigem, parestesia

Muito raro: confusão

Afecções oculares: Frequentes: distúrbios da visão

Afecções do ouvido e do labirinto: Frequentes: zumbidos

Cardiopatias e vasculopatias:

Frequentes: hipotensão e efeitos relacionados com hipotensão Muito raro: arritmia, angina de peito, enfarte do miocárdio e AVC, possivelmente secundário a excessiva hipotensão em doentes de alto risco (ver 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”).

Doenças respiratórias, torácicas e do mediastino: Frequentes: tosse, dispneia Pouco frequentes: broncoespasmo Muito raro: pneumonia eosinofila, rinite

Doenças gastrointestinais:

Frequentes: náuseas, vómitos, desconforto abdominal, disgeusia, dispepsia, diarreia, obstipação

Pouco frequentes: secura de boca

Muito raro: pancreatite

Afecções hepatobiliares:

Muito raros: hepatite citolítica ou colestática (ver 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”).

Afecções dos tecidos cutâneos e subcutâneos: Frequentes: rash, prurido

Pouco frequentes: angioedema da face, extremidades, lábios, mucosas, língua, glote e/ou laringe, urticária (ver 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”).

Muito raros: eritema multiforme

Afecções musculosqueléticas e dos tecidos conjuntivos:

Frequentes: cãibras musculares.

Doenças renais e urinárias:

Pouco frequentes: insuficiência renal

Muito raros: falência renal aguda

Doenças dos órgãos genitais e da mama: Pouco frequentes: impotência

Perturbações gerais e alterações no local de administração: Frequentes: astenia Pouco frequentes: sudação

Doenças do sangue e do sistema linfático:

Foram notificados raramente diminuição na hemoglobina e hematócrito, trombocitopenia, leucopenia/neutropenia e casos de agranulocitose ou panciotopenia. Em doentes com deficiência congénita de G-6PDH, foram notificados muito raramente casos de anemia hemolítica (ver 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”).

Exames complementares de diagnóstico:

Pode ocorrer, especialmente em presença de insuficiência renal, falência cardíaca grave e hipertensão renovascular, aumento dos valores da ureia sanguínea e da creatinina plasmática e hipercaliémia reversível com a descontinuação do tratamento. Foi notificado raramente aumento das enzimas hepáticas e da bilirubina.

Ensaios clínicos:

Durante o período aleatório do estudo EUROPA só foram recolhidos os eventos adversos graves. Poucos doentes sofreram eventos adversos graves: 16 (0,3%) dos 6122 doentes tratados com perindopril e 12 (0,2%) dos 6107 doentes tratados com placebo. Nos doentes tratados com perindopril, foi observada hipotensão em 6 doentes, angioedema em 3 doentes e paragem cardíaca súbita num doente. Foram excluídos mais doentes devido a tosse, hipotensão ou outra intolerância tratados com perindopril (6,0% (n=366)) do que com placebo (2,1% (n=129)).

4.9 Sobredosagem

Os dados disponíveis sobre a sobredosagem no Homem são limitados. Os sintomas associados a uma sobredosagem com inibidores da ECA podem incluir hipotensão, choque circulatório, alterações electrolíticas, falência renal, hiperventilação, taquicardia, palpitações, bradicardia, vertigens, ansiedade e tosse.

O tratamento recomendado para a sobredosagem é a administração por perfusão intravenosa de uma solução salina normal. Se ocorrer hipotensão o doente deve ser colocado em posição de choque. Se disponível, pode também ser considerado o tratamento por perfusão de angiotensina II e/ou catecolaminas por via intravenosa. O perindopril pode ser removido da circulação geral por hemodiálise (ver 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”, doentes hemodialisados). Recomenda-se terapêutica pacemaker em caso de bradicardia resistente à terapia. Os sinais vitais, electrólitos no soro e concentrações de creatinina devem ser monitorizados permanentemente.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO COVERSYL

5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Código ATC:C09A A04

O   perindopril é um inibidor do enzima que converte a angiotensina I em angiotensina II (Enzima de Conversão da Angiotensina – ECA). A enzima de conversão ou cinase é uma exopeptidase, que permite a conversão da angiotensina

1  na substância vasoconstritora, angiotensina II, provocando simultaneamente a degradação da substância vasodilatadora bradicinina num heptapéptido inactivo. A inibição da ECA resulta numa redução da angiotensina II no plasma, que conduz ao aumento da actividade da renina plasmática (por inibição do feedback negativo sobre a libertação de renina) e à redução da secreção de aldosterona. Uma vez que a ECA inactiva a bradicinina, a inibição da ECA também resulta numa actividade aumentada dos sistemas calicreíno-cinina circulantes e locais (activando também o sistema prostaglandina). É possível que este mecanismo contribua para a acção hipotensora dos inibidores da ECA e seja parcialmente responsável por alguns dos seus efeitos secundários (por ex.: a tosse).

O perindopril actua através do seu metabolito activo, o perindoprilato. Os outros metabolitos não exercem um efeito inibitório da actividade da ECA in vitro.

Hipertensão:

O perindopril é eficaz em todos os graus de hipertensão: ligeira, moderada, grave e observa-se uma redução das pressões arteriais sistólica e diastólica em decúbito e em posição ortostática.

O perindopril reduz a resistência vascular periférica, conduzindo à redução da pressão arterial. Consequentemente, o fluxo sanguíneo periférico aumenta, sem exercer efeito na frequência cardíaca.

Em regra o fluxo sanguíneo renal aumenta, enquanto que a taxa de filtração glomerular (TFG) se mantém, normalmente, inalterada.

A actividade anti-hipertensora é máxima entre 4 a 6 horas após uma dose única e mantém-se durante, pelo menos, 24 horas: os efeitos no vale são cerca de 87-100% dos efeitos máximos.

A descida da pressão arterial ocorre rapidamente. Nos doentes que respondem à terapêutica, a normalização é atingida ao fim de um mês e mantém-se sem ocorrência de taquifilaxia.

A interrupção do tratamento não provoca efeito “rebound”. O perindopril reduz a hipertrofia ventricular esquerda.

No homem, foram confirmadas as propriedades vasodilatadoras do perindopril. Melhora a elasticidade dos grandes vasos arteriais e diminui o rácio média/lúmen das pequenas artérias.

Uma terapêutica adjuvante com um diurético tiazídico origina sinergia de tipo aditivo. A associação de um inibidor da ECA a uma tiazida também diminui o risco de hipocaliémia induzida pelo tratamento diurético.

Insuficiência cardíaca:

COVERSYL reduz o trabalho cardíaco por uma diminuição na pré e pós carga.

Os estudos realizados em doentes com insuficiência cardíaca demonstraram:

–     diminuição das pressões de enchimento ventricular esquerda e direita,

–     redução da resistência vascular periférica total,

– aumento do débito cardíaco e melhoria do índice cardíaco.

Foi demonstrado em estudos comparativos que a primeira administração de 2 mg de COVERSYL em doentes com insuficiência cardíaca ligeira a moderada não esteve associada a qualquer redução significativa da pressão arterial em comparação com o placebo.

Doentes com doença arterial coronária estável:

O estudo EUROPA foi um estudo clínico multicêntrico, internacional, aleatório, com dupla ocultação e controlado por placebo que teve uma duração de 4 anos.

Doze mil duzentos e dezoito (12218) doentes com idades superiores a 18 anos foram aleatorizados: para perindopril 8 mg (n=6110) ou placebo (n=6108).

A população em estudo apresentava doença arterial coronária sem evidência de sinais clínicos de insuficiência cardíaca (90% dos doentes tiveram um enfarte prévio do miocárdio e/ou uma revascularização coronária prévia). A maioria dos doentes recebeu a medicação em estudo além da terapêutica convencional incluindo inibidores plaquetários, agentes antidislipémicos e beta-bloqueadores.

O principal critério de eficácia foi o composto de morte cardiovascular, enfarte do miocárdio não fatal e/ou paragem cardíaca com reanimação bem sucedida. O tratamento com perindopril 8 mg uma vez por dia resultou numa significativa redução absoluta no “endpoint” primário de 1,9%, (redução do risco relativo de 20%, 95%IC [9,4; 28,6] – p<0,001).

Em doentes com história de enfarte do miocárdio e/ou revascularização, foi observada uma redução absoluta de 2,2% correspondente a uma RRR de 22,4% (95%IC[12,0;31,6]-p<0,001) no “endpoint” primário em comparação com o placebo.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

Após administração oral, a absorção do perindopril é rápida e a concentração plasmática máxima atinge-se em 1 hora. A biodisponibilidade é de 65 a 70 %.

Cerca de 20% da quantidade total de perindopril absorvido é transformado em perindoprilato, o metabolito activo. Além do perindoprilato activo o perindopril dá origem a cinco metabolitos, todos inactivos. O tempo de semi-vida plasmático do perindopril é de 1 hora. A concentração plasmática máxima do perindoprilato é atingida em 3 a 4 horas.

Como a ingestão de alimentos diminui a transformação em perindoprilato, e portanto a sua biodisponibilidade, COVERSYL deve ser administrado por via oral, numa única toma diária, de manhã antes duma refeição.

O volume da distribuição é cerca de 0,2 l/kg para o perindoprilato livre. A ligação às proteínas é pouco importante, (a ligação do perindoprilato à enzima de conversão da angiotensina é inferior a 30%), mas está dependente da concentração plasmática.

O perindoprilato é eliminado por via urinária e a semi-vida da sua fracção livre é aproximadamente 3 a 5 horas. A dissociação da ligação do perindoprilato à enzima de conversão da angiotensina conduz a uma semi-vida de eliminação “efectiva” de 25 horas, conduzindo ao estado estacionário em 4 dias.

Não se observou acumulação do perindopril após administração repetida.

A eliminação do perindoprilato está diminuída nos indivíduos idosos, nos doentes com insuficiência cardíaca ou insuficiência renal. O ajustamento posológico em doentes com insuficiência renal é desejável em função do grau de insuficiência renal (depuração da creatinina).

A depuração do perindoprilato por diálise é de 70 ml/mn.

A cinética do perindopril é modificada em doentes com cirrose: a depuração hepática da molécula original é reduzida para metade. Contudo a quantidade de perindoprilato formado não é reduzida e, deste modo, não é necessário ajustamento posológico (ver também secções 4.2 “Posologia e modo de administração” e 4.4 ” Advertências e precauções especiais de utilização”).

5.3 Dados de Segurança Pré-Clínica

Em estudos de toxicidade crónica oral (ratos e macacos), o órgão atingido é o rim, com alterações reversíveis.

Em estudos in vitro e in vivo não foi observada mutagenicidade.

Os estudos de toxicidade reprodutiva (ratinhos, ratos, coelhos e macacos) não demonstraram sinais de embriotoxicidade ou teratogenicidade. Contudo, os inibidores da ECA, enquanto classe, têm demonstrado provocar efeitos adversos no desenvolvimento fetal, provocando morte fetal e efeitos congénitos em roedores e coelhos: foram observadas lesões renais e um aumento na mortalidade peri e pós natal.

Não se observou carcinogenicidade em estudos a longo termo, em ratos e ratinhos.

6.  INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO COVERSYL

6.1  Lista dos Excipientes

COVERSYL 4 mg: Celulose microcristalina, lactose, sílica coloidal hidrófoba, estearato de magnésio, laca alumínica do complexo de cobre clorofilina.

6.2  Incompatibilidades

Não aplicável.

6.3    Prazo de validade 2 anos.

6.4    Precauções especiais de conservação

Conservar abaixo de 30°C.

6.5  Natureza e conteúdo do recipiente

Caixas de 14, 30 e 60 comprimidos doseados a 4 mg em blisters PVC/alumínio

6.6  Instruções de utilização, manipulação e eliminação

Não existem requisitos especiais.

7.  TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
SERVIER PORTUGAL, Especialidades Farmacêuticas, L.da

Av. António Augusto de Aguiar, 128 1069 – 133 LISBOA


8.NÚMERO (S) DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

COVERSYL 4 mg caixas de 14 comprimidos – 4345781 COVERSYL 4 mg caixas de 30 comprimidos – 8760421

COVERSYL 4 mg caixas de 60 comprimidos – 4345880

9.  DATA DA PRIMEIRA AUTORIZAÇÃO/RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da primeira autorização: 29-10-1990

Data da última renovação: 29-10-2000

10.  DATA DA REVISÃO DO TEXTO

09-02-2006.

Categorias
Hidroclorotiazida Valsartan

CARACTERÍSTICAS DO Co-Diovan 320 mg / 12,5 mg bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

Co-Diovan 320 mg / 12,5 mg

1. Nome do medicamento

Co-Diovan 320 mg/12,5 mg comprimidos revestidos por película

2.Composição qualitativa e quantitativa do Co-Diovan

Um comprimido revestido por película contém 320 mg de valsartan e 12,5 mg de hidroclorotiazida.

Lista completa de excipientes, ver secção 6.1.

3.Forma farmacêutica do Co-Diovan

Comprimido revestido por película.

Comprimido revestido por película cor-de-rosa, ovalóide, com bordos biselados, com gravação “NVR” numa face e “HIL” na outra face.

4.Informações clínicas do Co-Diovan

4.1.Indicações terapêuticas Tratamento da hipertensão essencial.

A associação de dose fixa de Co-Diovan 320mg/12,5 mg (valsartan 320 mg/hidroclorotiazida 12,5 mg) está indicada em doentes cuja pressão arterial não esteja adequadamente controlada com valsartan em monoterapia.

4.2.Posologia e modo de administração do Co-Diovan

A dose recomendada de Co-Diovan 320 mg/12,5 mg é de um comprimido revestido por película por dia. A titulação individual da dose com os componentes é recomendada. Quando for clinicamente apropriado, pode ser considerada a mudança directa da monoterapia para a associação de dose fixa.

Co-Diovan 320 mg/12,5 mg pode ser administrado a doentes cuja pressão arterial não esteja adequadamente controlada com valsartan 320 mg em monoterapia após 4-8 semanas (ver secção 5.1).

O efeito anti-hipertensivo máximo de Co-Diovan 320 mg/12,5 mg é observado em 4 a 8 semanas.

Co-Diovan 320 mg/12,5 mg pode ser administrado independentemente das refeições e deve ser tomado com líquidos.

Insuficiência renal

Não é necessário ajuste posológico em doentes com insuficiência renal ligeira a moderada (depuração de creatinina> 30ml/min).

Insuficiência hepática

Em doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada, sem colestase, a dose de valsartan não deverá exceder os 80 mg. Assim, Co-Diovan 320 mg/12,5 mg não deve ser usado nestes doentes.

Idosos

Co-Diovan 320 mg/12,5 mg pode se utilizado independentemente da idade do doente.

Crianças e adolescentes (< 18 anos)

Co-Diovan 320 mg/12,5 mg não é recomendado em crianças com idade inferior a 18 anos devido à ausência de dados de segurança e eficácia.

4.3.Contra-indicações

Hipersensibilidade a valsartan, a hidroclorotiazida, a outros fármacos derivados das sulfonamidas ou a qualquer dos excipientes.

Segundo e terceiro trimestre de gravidez e aleitamento (ver secção 4.4 e 4.6).

Insuficiência hepática grave, cirrose biliar e colestase.

Insuficiência renal grave (depuração de creatinina <30miymin), anúria e doentes sob diálise.

Hipocaliemia refractária, hiponatremia, hipercalcemia e hiperuricemia sintomática. 4.4.Advertências e precauções especiais de utilização

Alterações dos electrólitos séricos

O uso concomitante de suplementos do potássio, diuréticos poupadores de potássio, substitutos do sal contendo potássio ou outros fármacos que possam aumentar os níveis de potássio (heparina, etc.) deve ser feito com precaução. Foi referida hipocaliemia sob tratamento com diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida. Recomenda-se a monitorização frequente do potássio sérico.

O tratamento com diuréticos tiazídicos tem sido associado a hiponatremia e alcalose hipoclorémica. As tiazidas, incluindo hidroclorotiazida, aumentam a excreção urinária de magnésio, podendo provocar hipomagnesemia. A excreção do cálcio sofre uma redução por acção dos diuréticos tiazídicos. Este efeito pode provocar hipercalcemia.

Deve ser efectuada determinação periódica dos electrólitos séricos a intervalos apropriados.

Doentes com depleção de sódio e/ou do volume

Os doentes tratados com diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, devem ser monitorizados para despiste de sinais clínicos de desequilíbrio de líquidos ou de electrólitos. Os sinais de desequilíbrio de líquidos ou de electrólitos incluem xerostomia, sede, fraqueza, letargia, sonolência, agitação, dores ou cãibras musculares, fadiga muscular, hipotensão, oligúria, taquicardia e perturbações gastrointestinais tais como náuseas ou vómitos.

Nos doentes com depleção grave de sódio e/ou do volume, tais como os doentes tratados com doses elevadas de diuréticos, poderá ocorrer hipotensão sintomática em casos raros após o início da terapia com Co-Diovan 320 mg/12,5 mg. A depleção de electrólitos e/ou volume devem ser corrigidas antes de iniciar o tratamento com Co-Diovan 320mg/12,5 mg.

Doentes com insuficiência cardíaca crónica grave ou outras situações com estimulação do sistema renina-angiotensina-aldosterona

Nos doentes cuja função renal pode depender da actividade do sistema renina-angiotensina-aldosterona (por exemplo, nos doentes com insuficiência cardíaca congestiva grave), o tratamento com inibidores da enzima conversora da angiotensina tem sido associado a oligúria e/ou azotemia progressiva e, em casos raros, a insuficiência renal aguda. A utilização de Co-Diovan 320 mg/12,5 mg em doentes com insuficiência cardíaca grave não foi determinada. Assim, não é de excluir que devido à inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona o Co-Diovan 320mg/12,5 mg possa também ser associado a compromisso da função renal. Co-Diovan 320 mg/12,5 mg não deve ser usado nestes doentes.

Insuficiência renal

Não é necessário ajuste posológico em doentes com insuficiência renal com uma depuração de creatinina> 30 ml/min (ver secção 4.3).

É recomendável a monitorização periódica dos níveis de potássio sérico, creatinina e ácido úrico, quando o Co-Diovan 320 mg/12,5 mg é utilizado em doentes com insuficiência renal.

Transplante renal

Não existe actualmente experiência sobre segurança na utilização de Co-Diovan 320 mg/12,5 mg em doentes recentemente submetidos a transplante renal.

Estenose da artéria renal

Co-Diovan 320 mg/12,5 mg não deve ser usado no tratamento da hipertensão em doentes com estenose arterial renal bilateral ou estenose arterial de rim solitário, uma vez que a ureia plasmática e a creatinina sérica podem aumentar nestes doentes.

Hiperaldosteronismo primário

Doentes com hiperaldosteronismo primário não devem ser tratados com Co-Diovan 320 mg/12,5 mg dado que o seu sistema renina-angiotensina é afectado pela doença primária.

Estenose aórtica e da válvula mitral, cardiomiopatia hipertrófica obstrutiva

Recomenda-se especial cuidado na utilização de Co-Diovan 320 mg/12,5 mg em doentes com estenose aórtica ou mitral ou cardiomiopatia hipertrófica. Insuficiência hepática.

Co-Diovan 320 mg/12,5 mg não deve ser utilizado nestes doentes (ver secção 4.2)

Lúpus eritematoso sistémico

Tem sido descrito que os diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, exacerbam ou activam o lúpus eritematoso sistémico.

Diferenças étnicas

O valsartan é menos eficaz na diminuição da pressão arterial em doentes de raça negra do que em doentes não negros, possivelmente devido à maior prevalência de níveis baixos de renina na população hipertensa negra.

Outras alterações metabólicas

Os diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, podem alterar a tolerância à glucose e aumentar os níveis séricos de colesterol, triglicéridos e ácido úrico.

Gravidez

A terapêutica com Antagonistas dos Receptores da Angiotensina II (ARAII) não deve ser iniciada durante a gravidez. A menos que a continuação da terapêutica com ARAII seja considerada essencial, doentes que planeiam engravidar devem mudar para terapêuticas antihipertensivas alternativas que tenham um perfil de segurança estabelecido para utilização durante a gravidez. Quando a gravidez é diagnosticada a terapêutica com ARAII deve ser imediatamente interrompida, e, se apropriado, deve ser iniciada terapêutica alternativa (ver secção 4.3 e 4.6).

Gerais

Deve ter-se cuidado em doentes que tenham demonstrado anteriormente hipersensibilidade a outros agentes bloqueadores dos receptores da angiotensina II.

As reacções de hipersensibilidade à hidroclorotiazida são mais prováveis em doentes com alergia e asma.

4.5.Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

Outros agentes anti-hipertensivos: Co-Diovan 320 mg/12,5 mg pode aumentar o efeito hipotensivo de outros agentes anti-hipertensivos.

Lítio: têm sido referidos aumentos reversíveis das concentrações séricas de lítio e toxicidade durante a utilização concomitante de lítio, inibidores da ECA e/ou diuréticos tiazídicos incluindo a hidroclorotiazida. Não há experiência sobre a utilização concomitante de valsartan e lítio. Por este facto, recomenda-se a monitorização das concentrações séricas de lítio durante a utilização concomitante de lítio e Co-Diovan 320 mg/12,5 mg.

Medicamentos que possam aumentar os níveis de potássio ou induzir hipercaliemia: a utilização concomitante de diuréticos poupadores de potássio, suplementos de potássio, substitutos do sal contendo potássio ou outros fármacos que possam aumentar os níveis de potássio (por exemplo, inibidores da ECA, heparina, ciclosporina) deve ser efectuado com precaução e acompanhado de monitorização frequente dos níveis de potássio (ver secção 4.4).

As interacções medicamentosas potenciais que se seguem podem ocorrer devido à presença do componente tiazida de Co-Diovan 320 mg/12,5 mg:

Medicamentos associados a perda de potássio e hipocaliemia (ex. diuréticos caliuréticos, corticosteróides, laxantes, ACTH, anfotericina, carbenoxolona, penicilina G, ácido salicílico e salicilatos). Se estes medicamentos forem prescritos juntamente com a associação hidroclorotiazida-valsartan é aconselhável a monitorização dos níveis plasmáticos de potássio. Estes medicamentos podem potenciar o efeito da hidroclorotiazida sobre o potássio sérico (ver secção 4.4).

Medicamentos afectados pelas alterações do potássio sérico: recomenda-se monitorização periódica do potássio sérico e ECG quando Co-Diovan 320 mg/12,5 mg é administrado com fármacos afectados pelas alterações do potássio sérico (ex. Glicosidos digitálicos, antiarrítmicos) e os seguintes fármacos indutores de torsade de pointes (que incluem alguns antiarrítmicos), sendo a hipocaliemia um factor de predisposição para torsade de pointes.

Classe Ia antiarrítmicos (e.g. quinidina, hidroquinidina, disopiramida) Classe III antiarrítmicos (e.g. amiodarona, sotalol, dofetilida, ibutilida) Alguns   antipsicóticos:   (ex.   tioridazina,   clorpromazina,   levomepromazina, trifluoperazina,   ciamemazina,   sulpirida,   sultoprida,   amisulprida,   tiaprida, pimozida, haloperidol, droperidol))

Outros: (ex. bepridil, cisaprida, difemanila, eritromicina i.v., halofantrina, cetanserina, mizolastina, pentamidina, esparfloxacina, terfenadina, vincamina intravenosa ( i.v.).

Glicosidos digitálicos: podem ocorrer, como efeitos indesejáveis, hipocaliemia ou hipomagnesemia induzidas pelas tiazidas, favorecendo o aparecimento de arritmias cardíacas induzidas pelos digitálicos.

Sais de cálcio e vitamina D: a utilização concomitante de diuréticos tiazídicos, incluindo hidroclorotiazida, com vitamina D ou com sais de cálcio pode potenciar o aumento do cálcio sérico.

Fármacos antidiabéticos (fármacos orais e insulina): pode ser necessário o ajuste da dose do medicamento anti-diabético.

Bloqueadores beta e diazóxido: a utilização concomitante de diuréticos tiazídicos com bloqueadores beta pode aumentar o risco de hiperglicemia. Os diuréticos tiazídicos, incluindo hidroclorotiazida, podem aumentar o efeito hiperglicémico do diazóxido.

Medicamentos usados no tratamento de gota (probenecida, sulfinpirazona e alopurinol): pode ser necessário o ajuste posológico da medicação uricosúrica uma vez que a hidroclorotiazida pode elevar o nível de ácido úrico sérico. Pode ser necessário o aumento da posologia da probenecida ou da sulfinpirazona. A administração concomitante de diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, pode aumentar a incidência de reacções de hipersensibilidade ao alopurinol.

Agentes anticolinérgicos (ex. atropina, biperideno): a biodisponibilidade dos diuréticos de tipo tiazídico pode ser aumentada por agentes anticolinérgicos, devido a uma redução da motilidade gastrintestinal e da taxa de esvaziamento gástrico.

Aminas pressoras (ex. noradrenalina, adrenalina): o efeito das aminas pressoras pode ser diminuído.

Amantadina: as tiazidas, incluindo a hidroclorotiazida, podem aumentar o risco de efeitos indesejáveis causados pela amantadina.

Resinas de colestiramina e colestipol: a absorção dos diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, é diminuída na presença de resinas permutadoras de aniões.

Agentes citotóxicos (ex. ciclofosfamida, metotrexato): as tiazidas, incluindo a hidroclorotiazida, podem reduzir a excreção renal de fármacos citotóxicos e potenciar os seus efeitos mielossupressores.

Fármacos anti-inflamatórios não esteróides: quando antagonistas da angiotensina II são administrados em simultâneo com agentes anti-inflamatórios não esteróides (ex. inibidores selectivos da COX-2, ácido acetilsalicílico> 3g/dia e AINEs não selectivos), pode verificar-se redução do efeito anihipertensivo. Além disso, a utilização concomitante de antagonistas da angiotensina II e AINEs pode conduzir a um aumento do risco de deterioração da função renal e ao aumento do potássio sérico. Assim, recomenda-se a monitorização da função renal no início do tratamento, bem como hidratação adequada do doente.

Relaxantes musculares esqueléticos não-despolarizantes (ex. tubocurarina): os diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, potenciam a acção dos derivados do curare.

Ciclosporina: o tratamento concomitante com ciclosporina pode aumentar o risco de hiperuricemia e de complicações tipo gota.

Tetraciclinas: a administração concomitante de tetraciclinas e diuréticos tiazídicos aumenta o risco de aumento da ureia induzido pelas tetraciclinas. Esta interacção, provavelmente, não se aplica à doxiciclina.

Álcool, anestésicos e sedativos: pode ocorrer potenciação da hipotensão ortostática.

Metildopa: têm sido relatados casos pontuais de anemia hemolítica ocorridos em doentes com o uso concomitante de metildopa e hidroclorotiazida.

4.6. Gravidez e aleitamento

A utilização de Antagonistas dos Receptores da Angiotensina II (ARAIIs) não é recomendada durante o primeiro trimestre de gravidez (ver secção 4.4). A utilização de ARAIIs é contra-indicada durante o segundo e terceiro trimestres de gravidez (ver secção 4.3 e 4.4.)

Os dados epidemiológicos respeitantes ao risco de teratogenicidade após exposição a inibidores da ECA durante o primeiro trimestre de gravidez não têm sido conclusivos; no entanto, não pode ser excluído um ligeiro aumento do risco. Enquanto não existirem dados epidemiológicos controlados sobre o risco com ARAIIs, podem existir riscos semelhantes nesta classe de medicamentos. A menos que a manutenção da terapêutica com ARAII seja considerada essencial, doentes que planeiam engravidar devem mudar para terapêuticas antihipertensoras alternativas que tenham um perfil de segurança estabelecido para utilização durante a gravidez. Quando a gravidez é diagnosticada, a terapêutica com ARAIIs deve ser imediatamente interrompida, e, se apropriado, deve ser iniciada terapêutica alternativa.

Sabe-se que a exposição à terapêutica com ARAIIs durante o segundo e terceiro trimestres induz fetotoxicidade (compromisso da função renal, oligoâmnios, atraso na ossificação do crânio) e toxicidade neonatal (insuficiência renal, hipotensão, hipercaliemia); ver também secção 5.3 “Dados de segurança pré-clínica”. Se tiver existido exposição a ARAIIs após o segundo trimestre de gravidez, é recomendável uma avaliação da função renal e do crânio através de ultra-sons. Os bebés cujas mães tomaram ARAIIs devem ser cuidadosamente monitorizados quanto à hipotensão (ver secção 4.3. e 4.4).

Desconhece-se se o valsartan é excretado no leite humano. O valsartan foi excretado no leite de ratos fêmeas lactantes. A hidroclorotiazida é excretada no leite humano. Assim, não se recomenda a utilização de Co-Diovan 320 mg/12,5 mg em mães a amamentar (ver Secção 4.3).

4.7.   Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Não foram estudados os efeitos de Co-Diovan 320 mg/12,5 mg sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas. Ao conduzir veículos ou manusear máquinas há que ter em conta que podem ocorrer ocasionalmente tonturas ou alteração da capacidade de concentração.

4.8.   Efeitos indesejáveis
Associação de dose fixa

As reacções adversas relatadas nos estudos clínicos e que ocorrem mais frequentemente com valsartan mais hidroclorotiazida do que com placebo ou de relatos individuais são apresentadas abaixo de acordo com as classes de sistemas de órgãos. Reacções adversas que se sabe ocorrerem com cada componente administrado individualmente, mas que não foram observadas nos estudos clínicos, podem ocorrer durante o tratamento com Co-Diovan 320 mg/12,5 mg.

As reacções adversas foram classificadas utilizando a convenção de frequência MedDRA: muito frequentes (>1/10); frequentes (>1/100, <1/10); pouco frequentes (>1/1.000, <1/100); raros (>1/10.000 <1/1.000), muito raros (< 1/10.000), desconhecidas (não podem ser calculadas com base na informação disponível).

Informação adicional sobre os componentes individuais:

Os efeitos indesejáveis anteriormente descritos com um dos componentes individuais podem ser potenciais efeitos indesejáveis com Co-Diovan 320 mg/12,5 mg mesmo se não observados nos estudos clínicos com este medicamento.

Valsartan

Pouco frequentes: astenia, dores nas costas, conjuntivite, depressão, epistaxe, insónia, cãibras, sinusite, vertigens. Raros: neuralgia

Muito raros: artralgia, gastroenterite

Os dados pós-comercialização revelaram casos raros de angioedema, erupção cutânea, prurido e outras reacções alérgicas incluindo doença do soro e vasculite, casos muito raros de insuficiência renal; nalguns casos, observou-se intensificação temporária da insuficiência renal pré-existente.

Foram descritas elevações ocasionais dos valores da função hepática em doentes tratados com valsartan.

Hidroclorotiazida

Os efeitos indesejáveis que se seguem ocorreram em doentes tratados em monoterapia com diuréticos tiazídicos, incluindo a hidroclorotiazida, frequentemente em doses mais elevadas do que aquelas contidas no Co-Diovan.

Frequentes: urticária e outras formas de erupção cutânea, perda do apetite, náuseas ligeiras e vómitos, hipotensão ortostática e impotência.

Raros: fotossensibilização, obstipação, diarreia e desconforto gastrointestinal, colestase intrahepática ou icterícia, arritmias cardíacas, cefaleias, tonturas ou sensação de cabeça leve, perturbações do sono, depressão, parestesias, alterações da visão, trombocitopenia, por vezes acompanhada de púrpura.

Muito raros: vasculite necrotizante e necrólise epidérmica tóxica, reacções do tipo lúpus eritematoso cutâneo, reactivação do lúpus eritematoso cutâneo, pancreatite, leucopenia, agranulocitose, depressão da medula óssea, anemia hemolítica, reacções de hipersensibilidade, dificuldades respiratórias incluindo pneumonite e edema pulmonar.

Perturbações metabólicas e dos electrólitos: ver Secção 4.4

4.9.Sobredosagem

Sintomas

A sobredosagem com valsartan pode resultar em hipotensão acentuada que pode conduzir a depressão dos níveis de consciência, colapso circulatório e/ou choque. Adicionalmente, poderão ocorrer os seguintes sinais e sintomas devido a sobredosagem com o componente hidroclorotiazida: náuseas, sonolência, hipovolemia e alterações electrolíticas associadas a arritmias cardíacas e espasmos musculares.

Terapêutica

As medidas terapêuticas dependem da altura da ingestão e do tipo e gravidade dos sintomas, sendo a estabilização da situação circulatória de primordial importância.

Deve ser dada ao doente uma quantidade suficiente de carvão activado. Em caso de hipotensão, o doente deve ser colocado em decúbito dorsal, devendo proceder-se rapidamente à suplementação de sal e do volume.

Valsartan não pode ser eliminado por hemodiálise, devido à sua forte ligação às proteínas plasmáticas; em contrapartida, é possível depurar a hidroclorotiazida através de diálise.

5.Propriedades farmacológicas do Co-Diovan

5.1.Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: antagonistas da angiotensina II e diuréticos, valsartan e hidroclorotiazida: código ATC: C09D A03.

Valsartan

Valsartan é um antagonista específico, oralmente activo, do receptor de angiotensina II

(Ang II). Actua selectivamente sobre o subtipo ATI do receptor, responsável pelas acções conhecidas da angiotensina II. O aumento dos níveis plasmáticos de Ang II após o bloqueio dos receptores ATI com valsartan pode estimular os receptores AT2 não bloqueados, que parecem contrabalançar o efeito dos receptores ATI. Valsartan não apresenta qualquer actividade agonista parcial no receptor ATI e possui uma afinidade para o receptor ATI (cerca de 20 000 vezes) superior à afinidade para o receptor AT2.

Valsartan não inibe a ECA, também conhecida como quininase II, que converte a Ang I em Ang II e degrada a bradiquinina. Não se espera qualquer potenciação dos efeitos adversos relacionados com a bradiquinina.

Nos estudos clínicos em que se procedeu à comparação de valsartan com um inibidor da ECA, a incidência de tosse seca foi significativamente menor (p<0,05) nos doentes tratados com valsartan do que nos doentes tratados com um inibidor da ECA (2,6% versus 7,9%, respectivamente). Num estudo clínico realizado em doentes com antecedentes de tosse seca durante terapêutica com inibidores da ECA, 19,5% dos indivíduos tratados com valsartan e 19,0 % dos tratados com um diurético tiazídico apresentaram tosse, comparativamente com 68,5% dos indivíduos tratados com um inibidor da ECA (p <0,05). Valsartan não se liga nem bloqueia receptores hormonais ou canais iónicos reconhecidamente importantes na regulação cardiovascular.

A administração de valsartan em doentes com hipertensão resulta numa redução da pressão arterial sem afectar a frequência cardíaca.

Na maioria dos doentes, após a administração de uma dose oral única, o início da actividade anti-hipertensiva ocorre em 2 horas e a redução do pico da pressão arterial é atingida em 4-6 horas. O efeito anti-hipertensivo persiste durante mais de 24 horas após a administração. Durante a administração reiterada, a redução máxima da pressão arterial com qualquer das doses é, geralmente, obtida em 4-8 semanas sendo mantida durante o tratamento prolongado. Quando associada à hidroclorotiazida, obtém-se uma redução adicional significativa na pressão arterial.

Hidroclorotiazida

O local de acção dos diuréticos tiazídicos reside, principalmente, no túbulo contornado distai renal. Foi demonstrado que existe um receptor de elevada afinidade no córtex renal, como local de ligação principal para a acção diurética da tiazida e inibição do transporte de NaCI (cloreto de sódio) no túbulo contornado distai. O mecanismo de acção das tiazidas processa-se por inibição do co-transporte de Na+CI-, talvez competindo para o local de ligação do Cl-, afectando assim os mecanismos de reabsorção dos electrólitos: – directamente por aumento da excreção de sódio e cloretos numa quantidade aproximadamente idêntica e, indirectamente, pela redução do volume plasmático por esta acção diurética, com aumentos consequentes da actividade da renina plasmática, secreção de aldosterona e perda urinária de potássio, e uma diminuição do potássio sérico. A ligação renina-aldosterona é mediada pela angiotensina II, pelo que com administração concomitante de valsartan, a redução do potássio sérico é menos acentuada, conforme constatado com hidroclorotiazida em monoterapia.

Valsartan / hidroclorotiazida

Um ensaio multicêntrico, randomizado, sob dupla ocultação, controlado com activo, de grupos paralelos demonstrou uma normalização da pressão arterial (definida como PA diastólica na zona de vale >90 mmHg) com Co-Diovan 80 mg/12,5 mg em 42,6% de doentes (sem resposta à hidroclorotiazida) no final do ensaio. Um segundo ensaio randomizado, sob dupla ocultação, controlado com activo, de grupos paralelos, demonstrou que a associação fixa de valsartan 160 mg com HCTZ (hidroclorotiazida) 12,5 mg ou 25 mg melhorou o controlo da pressão arterial numa proporção mais elevada de doentes do que em monoterapia com valsartan 160 mg. Para além disso, a associação fixa com HCTZ 25 mg foi significativamente mais eficaz do que associação fixa com uma dose inferior de HCTZ. Foram observadas as seguintes taxas de resposta: valsartan 160 mg: 49 %; valsartan 160 mg + HCTZ 12,5 mg: 61.7 %; valsartan 160 mg + HCTZ 25 mg: 68 %.

Um outro ensaio randomizado, sob dupla ocultação, controlado com activo, de grupos paralelos em doentes não controlados adequadamente com valsartan 320 mg em monoterapia demonstrou que as associações fixas de valsartan/HCTZ 320 mg/25 mg e 320 mg/12,5 mg foram mais eficazes do que valsartan 320 mg. Observaram-se as seguintes taxas de resposta: valsartan 320 mg: 52.7 %; valsartan 320 mg + HCTZ 12,5 mg: 68.8%; valsartan 320 mg + HCTZ 25 mg: 74.9 %. Uma análise adicional revelou que os doentes mais graves (MSDBP valores inicias > lOOmmHg) atingiram taxas mais elevadas de resposta com valsartan 320 mg/HCTZ 25 mg (69.2%) comparativamente com valsartan 320 mg/HCTZ 12,5 mg (56.1%).

Um ensaio multifactorial, randomizado, sob dupla ocultação, comparou várias associações de dosagens de valsartan e HCTZ com os respectivos componentes e placebo. Foram observadas as seguintes reduções MSSBP/MSDBP: -24,7/16.6 mmHg para valsartan/HCTZ 320 mg/25 mg; -21,7/-15,0 mmHg para valsartan/HCTZ 320 mg/12,5 mg; -20,3/-15,2 mmHg for valsartan/HCTZ 160 mg/12,5 mg. Verificou-se hipocaliemia dependente da dose em ensaios clínicos controlados com valsartan + HCTZ. A hipocalemia ocorreu mais frequentemente em doentes que receberam 25 mg de HCTZ do que nos que receberam 12,5 mg de HCTZ. Foram reportadas reacções ortostáticas dependentes da dose em < 1 % dos doentes tratados cm uma associação de valsartan+ HCTZ. Foi relatado um aumento da frequência de “tonturas” dependente da dose em doentes tratados com doses que variaram entre valsartan 80 mg + HCTZ 12,5 mg até valsartan 160 mg + HCTZ 25 mg. Num ensaio não controlado em que o Co-Diovan 160 mg/25 mg foi administrado durante 4 semanas a doentes não adequadamente controlados com valsartan 160 mg e HCTZ 12,5 mg, o colesterol total aumentou de 209 para 220 mg/dl.

Os efeitos benéficos do valsartan em associação com a hidroclorotiazida na mortalidade e morbilidade cardiovasculares são actualmente desconhecidos. Estudos epidemiológicos mostraram que o tratamento prolongado com hidroclorotiazida reduz o risco de mortalidade e morbilidade cardiovascular. Estão a decorrer estudos para investigar os efeitos de valsartan e da associação de valsartan com a hidroclorotiazida na mortalidade e morbilidade cardiovasculares.

5.2. Propriedades farmacocinéticas Valsartan

A absorção de valsartan após a administração oral é rápida, embora a quantidade absorvida possa ter grandes variações. A biodisponibilidade média absoluta de valsartan é de 23 %. O valsartan apresenta uma cinética de degradação multiexponencial (t1/2 a <1 h e t1/2 p aproximadamente de 9 horas).

A farmacocinética de valsartan é linear no intervalo de doses testado. Na administração repetida, não se observam alterações na cinética de valsartan, verificando-se uma pequena acumulação com a administração única diária. Obtiveram-se concentrações plasmáticas semelhantes no homem e na mulher.

O valsartan apresenta uma elevada taxa de ligação às proteínas séricas (94-97 %), principalmente à albumina sérica. O volume de distribuição no estado estacionário é de cerca de 17 litros. A depuração plasmática é cerca de 2 l/h. O valsartan é principalmente eliminado como composto inalterado na bílis e na urina. À velocidade normal de filtração glomerular (120 ml/min), a depuração renal perfaz cerca de 30 % da depuração plasmática total. Foi identificado um hidroximetabolito no plasma em baixas concentrações (menos do que 10 % da AUC de valsartan). Este metabolito é farmacologicamente inactivo. Após administração oral, 83 % da dose é excretada nas fezes e 13 % na urina, principalmente sob a forma de composto inalterado.

Quando valsartan é administrado com os alimentos, a área sob a curva de concentração plasmática (AUC) de valsartan sofre uma redução de 48 %, embora aproximadamente a partir das 8 horas após a administração as concentrações plasmáticas de valsartan sejam semelhantes nos grupos pós-prandial e em jejum.

Esta redução da AUC não é, contudo, acompanhada por uma redução clinicamente significativa do efeito terapêutico.

Hidroclorotiazida

A absorção de hidroclorotiazida, após a administração de uma dose oral, é rápida (tmax de aproximadamente 2 horas), com características de absorção semelhantes tanto para as formulações da suspensão como para as de comprimidos. As cinéticas de distribuição e de eliminação têm sido geralmente descritas por uma função de degradação biexponencial, com uma semi-vida terminal de 6-15 horas.

O aumento da AUC média é linear e proporcional à dose nos intervalos terapêuticos. Não se observam quaisquer alterações na cinética de hidroclorotiazida com a administração reiterada, registando-se uma acumulação mínima com a administração única diária. O volume de distribuição aparente é 4-8 L/kg. A hidroclorotiazida em circulação está ligada às proteínas séricas (40-70%), principalmente à albumina sérica. A hidroclorotiazida também se acumula nos eritrócitos, aproximadamente em 1,8 vezes o nível plasmático.

A biodisponibilidade absoluta de hidroclorotiazida é de 60-80% após a administração oral, sendo> 95 % da dose absorvida excretada na urina, sob a forma de composto inalterado.

A administração concomitante com alimentos tem revelado aumentar e, simultaneamente, diminuir a disponibilidade sistémica de hidroclorotiazida, quando comparada com a administração em jejum. A magnitude destes efeitos é reduzida e de pequena relevância clínica.

Valsartan/hidroclorotiazida

A disponibilidade sistémica de hidroclorotiazida sofre uma redução de cerca de 30%, quando co-administrada com valsartan. A cinética de valsartan não é afectada, de modo acentuado, pela co-administração de hidroclorotiazida. Esta interacção observada não tem impacto no uso combinado de valsartan e hidroclorotiazida, uma vez que os estudos clínicos demonstraram um efeito anti-hipertensivo evidente, superior ao obtido com qualquer dos fármacos administrados em monoterapia, ou com o placebo.

Populações especiais

Idosos

Nalguns doentes idosos foi observada uma exposição sistémica ao valsartan ligeiramente mais elevada do que nos doentes jovens; esta diferença não foi, contudo, considerada clinicamente significativa.

Dados limitados sugerem que a depuração sistémica da hidroclorotiazida é reduzida tanto em idosos saudáveis como hipertensos comparativamente com voluntários jovens saudáveis.

Insuficiência renal

Na dose recomendada de Co-Diovan 320 mg/12,5 mg não é necessário proceder a um ajuste posológico em doentes com uma depuração da creatinina igual a 30-70 ml/min. Nos doentes com insuficiência renal grave (depuração de creatinina <30 ml/min) e nos doentes submetidos a diálise, não existem disponíveis dados relativos a Co-Diovan.

O valsartan apresenta uma forte ligação às proteínas plasmáticas, não sendo possível proceder à sua remoção por diálise, enquanto a depuração da hidroclorotiazida é conseguida através de diálise.

A depuração renal de hidroclorotiazida é composta por filtração passiva e secreção activa no túbulo renal. Conforme seria de esperar com um composto depurado quase exclusivamente por via renal, a função renal exerce um efeito marcado sobre a cinética de hidroclorotiazida (ver Secção 4.3).

Insuficiência hepática

Num estudo farmacocinético realizado em doentes com disfunção hepática ligeira (n=6) a moderada (n = 5), a exposição a valsartan sofreu um aumento de aproximadamente duas vezes quando comparada com a obtida nos voluntários saudáveis. Assim, Co-Diovan 320 mg/12,5 mg não deve ser utilizado nestes doentes (ver secção 4.2). Não há dados disponíveis sobre a utilização de valsartan em doentes com disfunção hepática grave (ver secção 4.3).

A doença hepática não afecta significativamente a farmacocinética da hidroclorotiazida.

5.3. Dados de segurança pré-clínica

A toxicidade potencial da associação valsartan + hidroclorotiazida após a administração oral foi investigada no rato e saguim, em estudos com uma duração até seis meses. Não se obtiveram quaisquer dados passíveis de excluir a utilização de doses terapêuticas no ser humano.

As alterações produzidas pela associação terapêutica nos estudos de toxicidade crónica deverão ter sido causadas pelo componente valsartan.

O rim constitui o órgão-alvo da toxicologia, sendo a reacção mais acentuada no saguim do que no rato. A associação produziu lesões renais (nefropatia com basofilia tubular, aumentos da ureia plasmática, da creatinina plasmática e do potássio sérico, aumentos do volume urinário e dos electrólitos urinários a partir de 30 mg/kg/dia de valsartan + 9 mg/kg/dia de hidroclorotiazida no rato e 10 + 3 mg/kg/dia no saguim), provavelmente devido a alteração da hemodinâmica renal.

Doses elevadas da associação terapêutica valsartan + hidroclorotiazida provocaram reduções dos índices de eritrócitos (contagem de eritrócitos, hemoglobina, hematócrito, a partir de 100 + 31 mg/kg/dia no rato e 30 + 9 mg/kg/dia no saguim).

No saguim, observaram-se lesões na mucosa gástrica (a partir de 30 + 9 mg/kg/dia).

A associação terapêutica produziu ainda, no rim, hiperplasia das arteríolas aferentes (nas doses de 600 + 188 mg/kg/dia no rato e a partir de 30 + 9 mg/kg/dia no saguim).

Os efeitos supracitados devem-se aparentemente aos efeitos farmacológicos de doses elevadas de valsartan (bloqueio da inibição, induzida pela angiotensina II, da libertação de renina, com estimulação das células produtoras de renina), ocorrendo igualmente com outros inibidores da ECA. Estes resultados não se revestem, aparentemente, de relevância para a utilização de doses terapêuticas de valsartan em seres humanos.

A associação valsartan + hidroclorotiazida não foi testada quanto a mutagenicidade, quebra de cromossomas ou carcinogenicidade, dado não existirem indícios de interacção entre as duas substâncias. Estes testes foram, contudo, realizados separadamente com valsartan e hidroclorotiazida, não se observando quaisquer sinais de mutagenicidade, quebra de cromossomas ou carcinogenicidade.

6.Informações farmacêuticas do Co-Diovan

6.1.Lista dos excipientes

Núcleo do comprimido: Celulose microcristalina Sílica. Coloidal anidra Crospovidona Estearato de magnésio

Revestimento: Hipromelose Macrogol 4000 Talco

Dióxido de titânio (E171) Óxido de ferro negro (E172) Óxido de ferro vermelho (E172)

Incompatibilidades

Não aplicável.

6.3.Prazo de validade

2 anos.

6.4.Precauções especiais de conservação Não conservar acima de 30°C.

Conservar na embalagem de origem para proteger da humidade. 6.5.Natureza e conteúdo do recipiente

Blisters de PVC/PVDC/alu

7, 14, 28, 56, 98 e 280 comprimidos revestidos por película

Blisters destacáveis para dose unitária de PVC//PVDC/alu 56×1, 98×1, 280×1 comprimidos revestidos por película

É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações.

6.6. Precauções especiais de eliminação e manuseamento

Não existem requisitos especiais.

7.Titular da autorização de introdução no mercado

Novartis Farma-Produtos Farmacêuticos, S.A. Rua do Centro Empresarial, Edifício 8 Quinta da Beloura 2710-444 Sintra Tel.: 21 000 88 00 Fax: 21 000 88 06

8.Números de autorização de introdução no mercado

5072400 – Embalagem de 14 comprimidos 5072418 – Embalagem de 56 comprimidos

5072426 – Embalagem de 280 comprimidos em blister de dose unitária (280×1)

9. Data da primeira autorização/renovação da autorização de introdução no mercado

5 de Dezembro de 2007

10.Data da revisão do texto

Categorias
Amlodipina

CARACTERÍSTICAS DO AMLODIPINA TENSIOVAS bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

AMLODIPINA TENSIOVAS COMPRIMIDOS

1. DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO AMLODIPINA TENSIOVAS
AMLODIPINA TENSIOVAS 5 mg COMPRIMIDOS
AMLODIPINA TENSIOVAS 10 mg COMPRIMIDOS

2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO AMLODIPINA TENSIOVAS
AMLODIPINA TENSIOVAS 5 mg COMPRIMIDOS
5 mg de Amlodipina (sob a forma de besilato)
AMLODIPINA TENSIOVAS 10 mg COMPRIMIDOS
10 mg de Amlodipina (sob a forma de besilato)
Excipientes, ver 6.1.

3. FORMA FARMACÊUTICA DO AMLODIPINA TENSIOVAS
Comprimidos.

4. INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO AMLODIPINA TENSIOVAS
4.1. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS

A amlodipina está indicada no tratamento de 1a linha da hipertensão e pode ser usada como agente único para controlo da pressão arterial na maioria dos doentes. Os doentes não suficientemente controlados com um único anti-hipertensor podem beneficiar da adição da amlodipina, a qual tem sido usada em combinação com um diurético tiazídico, um bloqueador a, um bloqueador p ou um inibidor do enzima de conversão da angiotensina (IECA).
A amlodipina está indicada no tratamento de primeira linha da isquémia do miocárdio, devido quer à obstrução fixa (angina estável) e/ou vasospasmo/vasoconstrição coronária (angina variante ou de Prinzmetal).
A amlodipina pode ser utilizada nos casos em que o quadro clínico sugere um componente vasospástico/vasoconstritor mas em que não é possível confirmar a existência dum tal componente.
A amlodipina pode ser usada como agente terapêutico único ou combinada com outros fármacos anti-anginosos nos doentes com angina refractária aos nitratos e/ou a doses adequadas de p-bloqueantes.

4.2. POSOLOGIA E MODO DE ADMINISTRAÇÃO
Tanto para a hipertensão como para a angina, a dose inicial habitual é de 5 mg de amlodipina,
uma vez ao dia. Consoante a resposta do doente, esta dose pode ser aumentada para, no máximo, 10 mg, uma vez dia.
A administração concomitante de diuréticos tiazídicos, inibidores do enzima de conversão da angiotensina (IECA) e p-bloqueantes (ex. atenolol) não exige um reajustamento na dose de amlodipina.

Idosos

Recomenda-se o esquema posológico normal. A amlodipina, administrada nas mesmas doses ao doente idoso e ao doente mais jovem, é igualmente bem tolerada.

Crianças
A segurança e a eficácia da amlodipina em crianças ainda não foi comprovada. Insuficiência renal
A amlodipina pode ser usada em doses normais nestes doentes. Não há correlação entre as alterações nas concentrações plasmáticas de amlodipina e o grau de insuficiência renal. A amlodipina não é dialisável.
Insuficiência hepática Ver secção 4.4.

4.3. CONTRA-INDICAÇÕES
A amlodipina está contra-indicada nos doentes com reconhecida hipersensibilidade à amlodipina, às dihidropiridinas ou a algum dos componentes inactivos do medicamento.

4.4. ADVERTÊNCIAS E PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE UTILIZAÇÃO
Uso nos doentes com insuficiência cardíaca
Num estudo de longo prazo e controlado por placebo (PRAISE-2) da amlodipina em doentes com insuficiência cardíaca das classes III e IV da NYHA, de etiologia não isquémica, a amlodipina foi associada a um maior número de relatos de edema pulmonar, apesar de não ter sido registada uma diferença significativa na incidência do agravamento da insuficiência cardíaca, comparativamente ao placebo (ver secção 5.1.).
Uso nos doentes com disfunção hepática
Como acontece com todos os antagonistas dos canais de cálcio, a semi-vida sérica da amlodipina é prolongada nos doentes com disfunção hepática, não tendo sido estabelecidas recomendações para a posologia apropriada. Nestes doentes, o medicamento deve ser administrado com precaução.
Este medicamento contém Lactose. Não é aconselhado em doentes com problemas hereditários raros de intolerância à galactose, insuficiência em lactase ou síndroma da má-absorção da glucose-galactose.

4.5. INTERACÇÕES MEDICAMENTOSAS E OUTRAS

A amlodipina tem sido administrada, em segurança, com: diuréticos tiazídicos, a-bloqueantes, p-bloqueantes, inibidores do enzima de conversão da angiotensina, nitratos de acção prolongada, nitroglicerina sublingual, anti-inflamatórios não esteróides, antibióticos e hipoglicemiantes orais.
Dados in vitro obtidos de estudos com o plasma humano indicam que a amlodipina é destituída de efeito sobre a ligação às proteínas dos fármacos estudados (digoxina, fenitoína, varfarina ou indometacina).

Estudos especiais: efeito de outros fármacos sobre a amlodipina
Cimetidina: A co-administração de amlodipina com cimetidina não alterou a farmacocinética da amlodipina.
Sumo de toranja: A co-administração de 240 ml de sumo de toranja com uma dose oral única de amlodipina 10 mg em 20 voluntários saudáveis não teve qualquer efeito significativo sobre a farmacocinética da amlodipina.
Alumínio/magnésio (anti-ácido): A co-administração de um anti-ácido contendo alumínio/magnésio com uma dose única de amlodipina não teve efeito significativo na farmacocinética da amlodipina.
Sildenafil: A administração de uma dose única de 100 mg de sildenafil a indivíduos com hipertensão essencial não afectou os parâmetros farmacocinéticos da amlodipina. Quando a amlodipina e o sildenafil foram usados em simultâneo, cada fármaco exerceu, independentemente, o seu efeito hipotensor.

Estudos especiais: efeito da amlodipina sobre outros fármacos
Atorvastatina: A co-administração de doses múltiplas de 10 mg de amlodipina com 80 mg de atorvastatina não originou alterações significativas sobre os parâmetros farmacocinéticos da atorvastatina no estado estacionário.
Digoxina: A co-administração de amlodipina com digoxina não alterou os níveis séricos da digoxina ou a depuração renal da digoxina em voluntários normais.
Etanol (álcool): Doses únicas ou múltiplas de 10 mg de amlodipina não exerceram um efeito significativo sobre a farmacocinética do etanol.
Varfarina: A co-administração de amlodipina com varfarina não alterou o efeito da varfarina avaliado pela determinação do tempo de protrombina.
Ciclosporina: Estudos farmacocinéticos com ciclosporina demonstraram que a amlodipina não altera significativamente a farmacocinética da ciclosporina.

Interacções fármaco / Testes laboratoriais: Não são conhecidas

4.6. GRAVIDEZ E ALEITAMENTO
No ser humano, a inocuidade da amlodipina, durante os períodos de gravidez e lactação, não se encontra estabelecida. Estudos de reprodução animal efectuados no rato, com uma dose cinquenta vezes superior à dose máxima recomendada no ser humano, não demonstraram outra toxicidade que não fosse o parto tardio e o trabalho de parto prolongado (ver secção 5.3.).
Em conformidade com este facto, a administração de amlodipina à mulher grávida só está recomendada quando não existir outra alternativa mais segura e a doença em si acarrete maior risco tanto para a mãe como para o feto.

4.7. EFEITOS SOBRE A CAPACIDADE DE CONDUZIR E UTILIZAR MÁQUINAS
A experiência clínica com amlodipina indica não ser provável que AMLODIPINA TENSIOVAS afecte a capacidade de condução e utilização de máquinas.

4.8. EFEITOS INDESEJÁVEIS
A amlodipina é bem tolerada. Em ensaios clínicos controlados com placebo e que envolveram doentes com hipertensão ou angina, os efeitos secundários mais frequentemente observadas foram:

Sistema Nervoso Autónomo: rubor Organismo em Geral: fadiga Cardiovascular, Geral: edema
Sistema Nervoso Central e Periférico: tonturas, cefaleias Gastrointestinal: dores abdominais, náuseas Frequência / Ritmo Cardíaco: palpitações
Psiquiátricas: sonolência

Nestes ensaios clínicos não se observou nenhum padrão de anomalias clinicamente significativas nos testes laboratoriais, relacionadas com a amlodipina.
Efeitos secundários menos frequentemente observados durante a experiência de comercialização incluem:

Sistema Nervoso Autónomo: secura de boca, hipersudorese

Organismo em Geral: astenia, dores lombares, mal-estar, dor, aumento / diminuição de peso

Cardiovascular, Geral: hipotensão, síncope

Sistema Nervoso Central e Periférico: hipertonia, hipoestesia / parestesias, neuropatia periférica, tremores

Endócrino: ginecomastia

Gastrointestinal: alteração dos hábitos intestinais, dispepsia, hiperplasia gengival, pancreatite, vómitos
Metabólicos / Nutricionais: hiperglicémia
Musculosquelético: artralgias, cãibras musculares, mialgias
Plaquetas / Hemorragia / Coagulação: púrpura, trombocitopénia
Psiquiátrico: impotência, insónias, alterações do humor
Respiratório: tosse, dispneia
Pele / Anexos cutâneos: alopécia
Sentidos especiais: alterações do paladar, zumbidos Urinário: aumento da frequência urinária Vascular (extra-cardíaco): vasculite Visão: distúrbios da visão
Glóbulos Brancos Sanguíneos / S.R.E. (Sistema retículo-endotelial): leucopénia

Raramente, foram descritos casos de reacção alérgica incluindo prurido, rash, angioedema e eritema multiforme.
Foram também registados, muito raramente, casos de hepatite, icterícia e aumento das enzimas hepáticas (a maior parte deles relacionados com colestase). Registaram-se alguns casos relacionados com o uso da amlodipina cuja gravidade requereu hospitalização. Em muitos dos casos a relação causal é incerta.

Como acontece com outros antagonistas dos canais de cálcio, acontecimentos adversos, tais como, enfarte do miocárdio arritmia (incluindo bradicárdia, taquicárdia ventricular e fibrilhação auricular) e dor torácica, foram raramente referidos e não podem ser distinguidos da história natural da doença subjacente.

4.9. SOBREDOSAGEM
No Homem, a experiência com a sobredosagem intencional é limitada. A lavagem gástrica poderá ser útil em alguns casos. Os dados disponíveis sugerem que uma sobredosagem importante pode provocar vasodilatação periférica excessiva seguida de acentuada e provavelmente prolongada hipotensão sistémica.
A hipotensão clinicamente importante, devida a sobredosagem com amlodipina, requer suporte cardiovascular activo incluindo monitorização frequente da função cardíaca e respiratória, elevação das extremidades e vigilância do volume líquido circulante e do débito urinário.
Um vasoconstritor pode ajudar a restabelecer o tónus vascular e a pressão arterial, desde que não haja contra-indicações ao seu emprego. O gluconato de cálcio intravenoso pode ser benéfico na resolução dos efeitos de bloqueio dos canais de cálcio.
Dada a elevada ligação às proteínas plasmáticas da amlodipina, não é provável que a diálise possa ser útil.

5. PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS
5.1. PROPRIEDADES FARMACODINÂMICAS

Grupo farmacoterapêutico: IV -6 – d) Anti-hipertensores – Bloqueadores dos canais do cálcio
Código ATC: C08C A01 (Bloqueadores dos canais do cálcio – Bloqueadores selectivos dos canais do cálcio com efeito predominantemente vascular)
A amlodipina é um inibidor do fluxo iónico do cálcio (bloqueador dos canais lentos do cálcio ou antagonista dos iões cálcio) e inibe o influxo transmembranar dos iões para as células miócardica ou muscular lisa vascular.
O mecanismo da acção anti-hipertensiva da amlodipina é devidao a um efeito relaxante directo sobre a musculatura lisa vascular. O mecanismo exacto, pelo qual a amlodipina alivia a angina, não foi completamente determinado, no entanto sabe-se que a amlodipina reduz o efeito isquémico total mediante as duas acções seguintes:

1. A amlodipina dilata as arteríolas periféricas, reduzindo assim a resistência periférica total (pós-carga) contra a qual se processa o trabalho cardíaco. Como a frequência cardíaca permanece estável, o consumo de energia do miocárdio assim como das suas necessidades em oxigénio são reduzidos.

2. O mecanismo de acção da amlodipina implica, provavelmente, a dilatação das grandes artérias coronárias, assim como das arteríolas, tanto nas zonas normais como nas zonas isquémicas. Esta dilatação aumenta a quantidade de oxigénio dispensada ao miocárdio em doentes com espasmo das artérias coronárias (angina variante ou de Prinzmetal) e atenua a vasoconstricção coronária induzida pelo tabaco.
Nos doentes hipertensos, a toma única diária proporciona reduções clinicamente significativas da pressão arterial, tanto na posição de decúbito como na de pé, durante 24 horas. Em virtude de a acção se manifestar lentamente, a hipotensão aguda não é uma característica da administração da amlodipina.
Em doentes com angina, a administração de amlodipina, uma vez dia, aumenta o tempo total de exercício, o tempo até ao aparecimento de angina, o tempo até se produzir uma depressão de 1 mm no segmento ST e diminui tanto a frequência dos ataque como o consumo de nitroglicerina.
Estudos in vitro mostraram que aproximadamente 97,5% da amlodipina circulante está ligada às proteínas plasmáticas.
A amlodipina não tem sido associada a efeitos metabólicos adversos nem a alterações nos lípidos plasmáticos, sendo adequada para administração a doentes com asma, diabetes e gota.

Uso em doentes com doença coronária (DC)
Os efeitos da amlodipina sobre a morbilidade e mortalidade cardiovascular, progressão da aterosclerose coronária e aterosclerose carótida foram pesquisados no Estudo Prospectivo Randomizado para Avaliação dos Efeitos Vasculares da Amlodipina (Prospective Randomized Evaluation of the Vascular Effects of Amlodipina Trial = PREVENT). Neste estudo multicêntrico, randomizado, em dupla ocultação e controlado por placebo foi feito o seguimento, durante três anos, de 825 doentes com doença coronária definida por angiografia. A população incluiu doentes com enfarte do miocárdio (EM) prévio (45%), angioplastia coronária transluminal percutânea (PTCA) prévia (42%) ou história de angina (69%). A gravidade da doença coronária (DC) variou entre doença de um vaso (45% dos doentes) e doença de três ou mais vasos (21%). Foram excluídos do estudo os doentes com hipertensão não controlada (PAD > 95 mm Hg). Os eventos cardiovasculares major foram apreciados por uma comissão avaliadora do “endpoint”, em condições de ocultação. Embora não se tenham demonstrado efeitos sobre a taxa de progressão das lesões das artérias coronárias, a amlodipina interrompeu a progressão do espessamento da camada íntima-media das carótidas. Nos doentes tratados com amlodipina observou-se uma redução significativa (-31%) no “endpoint” combinado de morte cardiovascular, enfarte do miocárdio (EM), acidente vascular cerebral, PTCA, cirurgia de bypass coronário (CABG), hospitalização por angina instável e agravamento da insuficiência cardíaca congestiva (ICC). Também se verificou uma redução significativa (-42%) nas intervenções de revascularização (PTCA e CABG) nos doentes tratados com amlodipina. Observou-se um menor número de hospitalizações (-33%) por angina instável nos doentes tratados com amlodipina comparativamente ao grupo placebo.

Uso em doentes com insuficiência cardíaca
Estudos hemodinâmicos e ensaios clínicos controlados que utilizaram o esforço, em doentes com insuficiência cardíaca das classes II-IV da NYHA mostraram que a amlodipina não causa deterioração clínica, avaliada pela tolerância ao esforço, fracção de ejecção ventricular esquerda e sintomatologia.
Um estudo controlado por placebo (PRAISE) concebido para avaliar doentes com insuficiência cardíaca das classes III e IV da NYHA, tratados com digoxina, diuréticos e inibidores da ECA, mostrou que a amlodipina não aumentou o risco de mortalidade ou mortalidade e morbilidade combinadas, nos doentes com insuficiência cardíaca.
Num estudo de follow-up, de longo prazo e controlado por placebo (PRAISE-2) sobre a utilização da amlodipina em doentes com insuficiência cardíaca das classes III e IV da NYHA, sem sintomas clínicos ou sinais objectivos sugestivos de doença isquémica subjacente, com doses estáveis de inibidores da enzima de conversão da angiotensina (IECA’s), digitálicos e diuréticos, a amlodipina não exerceu efeitos sobre a mortalidade total ou cardiovascular. Nesta mesma população, a amlodipina foi associada a um maior número de relatos de edema pulmonar, apesar de não ter sido registada uma diferença significativa na incidência do agravamento da insuficiência cardíaca, comparativamente ao placebo.

5.2. PROPRIEDADES FARMACOCINÉTICAS

r Absorção
Após administração oral de doses terapêuticas, a amlodipina é bem absorvida, com picos séricos entre 6-12 horas pós-dose. A biodisponibilidade absoluta varia entre 64-80%. O volume de distribuição é de aproximadamente 21 l/Kg. A absorção da amlodipina não é afectada pelos alimentos.
Biotransformação / Eliminação A semi-vida plasmática terminal é de 35-50 horas, e está conforme com a dose de uma única toma ao dia. As concentrações plasmáticas em equilíbrio são alcançadas após 7 – 8 dias de administração consecutiva.
A amlodipina é extensivamente metabolisada pelo fígado em metabolitos inactivos sendo de 10% a eliminação urinária da amlodipina e de 60% a eliminação dos metabolitos.

Uso no doente idoso
Em O tempo necessário para atingir o pico sérico é idêntico nos doentes idosos, as concentrações plasmáticas de amlodipina são mais elevadas do que em doentes e nos indivíduos mais jovens, sem tradução clínica uma vez que as semi-vidas de eliminação terminais se mantêm inalteradas. Nos doentes idosos a depuração da amlodipina tende a ser mais reduzida o que provoca um aumento na UAC e na semi-vida de eliminação. Os aumentos na AUC e na semi-vida de eliminação nos doentes com insuficiência cardíaca congestiva são iguais aos esperados para o grupo etário estudado.

5.3. DADOS DE SEGURANÇA PRÉ-CLÍNICA
Os dados pré-clínicos não revelam riscos especiais para o ser humano, segundo estudos convencionais de toxicidade de administração reiterada, genotoxicidade, potencial carcinogénico e toxicidade reprodutiva.

Nos estudos de toxicidade de reprodução, os únicos efeitos de assinalar consistiram em parto tardio e prolongamento do trabalho de parto. A amlodipina não evidenciou potencial teratogénico no rato ou coelho.

6. INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS
6.1. LISTA DE EXCIPIENTES

Celulose microcristalina, Lactose, Amido glicolato de sódio e Estearato de magnésio.

6.2. INCOMPATIBILIDADES
Não aplicável.

6.3. PRAZO DE VALIDADE
24 meses.

6.4. PRECAUÇÕES ESPECIAIS DE CONSERVAÇÃO
Não guardar acima de 30°C. Guardar na embalagem de origem.

6.5. NATUREZA E CONTEÚDO DO RECIPIENTE
Os comprimidos são acondicionados em blister opaco de PVC+ PVdC/Alumínio. As apresentações são de 10, 30, 60 e 100 comprimidos a 5 mg e 10, 30, 60 e 100 comprimidos a 10 mg em Amlodipina.

6.6. INSTRUÇÕES DE UTILIZAÇÃO E DE MANIPULAÇÃO
Não existem requisitos especiais.

7. TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
TECNIMEDE – Sociedade Tecnico-Medicinal, S.A.
Rua Professor Henrique de Barros, Edifício Sagres, 3° A
2685-338 Prior Velho

8. NÚMERO(S) DE AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO
• 10 comprimidos a 5 mg de Amlodipina – REGISTO N.° 3335395
• 30 comprimidos a 5 mg de Amlodipina – REGISTO N.° 3335494
• 60 comprimidos a 5 mg de Amlodipina – REGISTO N.° 5684592
• 100 comprimidos a 5 mg em Amlodipina – REGISTO N.° 4517298
• 10 comprimidos a 10 mg de Amlodipina – REGISTO N.° 4517397
• 30 comprimidos a 10 mg de Amlodipina – REGISTO N.° 3335393
• 60 comprimidos a 10 mg de Amlodipina – REGISTO N.° 5684493
• 100 comprimidos a 10 mg de Amlodipina – REGISTO N.° 4517496

9. DATA DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO:
13.Out.2000

10. DATA DA REVISÃO DO TEXTO
07-12-2005

Categorias
Sibutramina

CARACTERÍSTICAS DO Reductil bula do medicamento

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO
Reductil

1 DENOMINAÇÃO DO MEDICAMENTO REDUCTIL

Reductil®, 10 mg cápsulas duras

2 COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA DO REDUCTIL

Uma cápsula dura de Reductil® 10 mg contém 10 mg de cloridrato monohidratado de sibutramina (equivalente a 8,37 mg de sibutramina).

Excipientes, ver 6.1

3 FORMA FARMACÊUTICA DO REDUCTIL
Cápsulas duras
Com a parte superior de cor azul e a parte inferior de cor amarela.

4 INFORMAÇÕES CLÍNICAS DO REDUCTIL

4.1 Indicações terapêuticas

Reductil® 10 mg está indicado como terapêutica adjuvante de um programa de controlo do peso corporal em:
-1 Doentes obesos com um índice de massa corporal (IMC) igual ou superior a 30 kg/m2

-2 Doentes com excesso de peso com um IMC igual ou superior a 27 kg/m2 que apresentam outros factores de risco relacionados com a obesidade tais como diabetes tipo 2 ou dislipidémia.

Nota:
Reductil® 10 mg só deve ser prescrito a doentes que não responderam adequadamente a um regime de emagrecimento devidamente concebido, i.e. a doentes que tiveram dificuldades em atingir ou manter uma perda de peso >5% num período de 3 meses.
O tratamento com Reductil® 10 mg só deve ser administrado como parte integrante de uma abordagem terapêutica de redução de peso a longo prazo, sob a vigilância de um médico com experiência no tratamento da obesidade. Uma abordagem adequada do tratamento da obesidade deverá incluir modificações dietéticas e comportamentais para além de um aumento da actividade física. Esta abordagem integrada é essencial a uma alteração persistente dos hábitos e comportamentos alimentares, fundamental para manter a longo prazo o nível de redução de peso atingido, após a suspensão do tratamento com Reductil®. Os doentes devem alterar o seu estilo de vida no decurso do tratamento com Reductil®, de modo a manterem o seu peso após a suspensão do tratamento com o fármaco. Os doentes deverão ser informados de que poderão recuperar o peso se não cumprirem estas recomendações. Recomenda-se que o doente seja mantido sob vigilância médica mesmo após a suspensão do tratamento com Reductil®.

4.2 Posologia e modo de administração
Adultos: A dose inicial é de uma (1) cápsula de Reductil* 10 mg administrada por via oral, sem mastigar, uma vez por dia, de manhã, com líquido (por ex. um copo de água). A cápsula pode ser tomada com ou sem alimentos.

Nos doentes em que a resposta a Reductil® 10 mg é insuficiente (definida por uma perda ponderal inferior a 2 kg após quatro (4) semanas de tratamento), a dose pode ser aumentada para uma (1) cápsula de Reductil® 15 mg uma vez por dia, desde que Reductil® 10 mg seja bem tolerado.

O tratamento deve ser suspenso nos doentes que responderam inadequadamente a Reductil® 15 mg (definido por uma redução ponderal inferior a 2 kg após quatro (4) semanas de tratamento). Os doentes que não responderam à terapêutica têm um risco superior de efeitos indesejáveis (ver secção 4.8 “Efeitos indesejáveis”).

Duração do tratamento:

O tratamento deve ser suspenso em doentes que não responderam adequadamente, i.e. cuja redução ponderal tenha estabilizado em menos de 5% do seu peso inicial, ou cuja perda ponderal no período de três (3) meses após o início da terapêutica tenha sido inferior a 5% do seu peso inicial. O tratamento não deve ser mantido em doentes que tenham readquirido 3 kg ou mais após terem registado uma redução ponderal prévia.
Nos doentes com patologias concomitantes, o tratamento com Reductil® 10mg/15 mg só deverá prosseguir se for demonstrado que a perda de peso induzida está associada a outros benefícios clínicos, nomeadamente, melhoria do perfil lipídico em doentes com dislipidémia ou controlo glicémico na diabetes tipo 2.
Reductil® 10 mg só deverá ser administrado até um período máximo de um ano. Os dados disponíveis relativamente ao uso por um período superior a um ano, são limitados.

4.3 Contra-indicações

-1 Hipersensibilidade conhecida ao cloridrato monohidratado de sibutramina ou a qualquer dos excipientes.

-2 Obesidade de causas orgânicas

-3 Antecedentes de perturbações major do comportamento alimentar.

-4 Doença psiquiátrica. Sibutramina demonstrou potencial actividade antidepressiva em estudos de experimentação animal, pelo que não se poderá excluir a hipótese do fármaco induzir um episódio de mania em doentes com patologia bipolar.

-5 Síndrome de Gilles de la Tourette

-6 Uso concomitante, ou uso durante as últimas duas semanas, de inibidores da monoaminoxidase ou de outros fármacos com acção sobre o sistema nervoso central, utilizados no tratamento de doenças do foro psiquiátrico (tais como antidepressivos, antipsicóticos) ou na redução ponderal, ou de triptofano para o tratamento de perturbações do sono.

-7 Antecedentes de doença coronária, insuficiência cardíaca congestiva, taquicardia, doença arterial oclusiva periférica, arritmias ou doença cerebrovascular (acidente vascular cerebral ou AIT)

-8 Hipertensão inadequadamente controlada (>145/90 mmHg; ver secção 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”).

-9 Hipertiroidismo

-10 Insuficiência hepática grave

-11 Insuficiência renal grave

-12 Hiperplasia benigna da próstata com retenção urinária

-13 Feocromocitoma

-14 Glaucoma de ângulo fechado

-15 Antecedentes de uso de drogas ilícitas, consumo abusivo de medicamentos ou de álcool

-16 Gravidez e aleitamento (ver secção 4.6 “Gravidez e aleitamento”)

-17 Crianças e adolescentes até aos 18 anos de idade, devido a dados insuficientes

-18 Doentes com idade superior a 65 anos, devido a dados insuficientes. 4.4 Advertências e precauções especiais de utilização Advertências:
Deve proceder-se à monitorização da pressão arterial e da frequência cardíaca em todos os doentes submetidos a um tratamento com Reductil® 10 mg, visto que a sibutramina tem provocado aumentos clinicamente relevantes da pressão arterial em alguns doentes. Nos primeiros três meses de tratamento, estes parâmetros devem ser verificados em intervalos de 2 semanas; entre o 4 e o 6 mês estes parâmetros devem ser verificados uma vez por mês e posteriormente em intervalos regulares, até um máximo de três meses. O tratamento deve ser suspenso nos doentes para os quais, em duas consultas consecutivas, seja detectado um aumento da frequência cardíaca em repouso >10 bpm ou da pressão arterial sistólica/diastólica >10 mmHg. O tratamento deve ser também suspenso em doentes hipertensos, anteriormente bem controlados, se a pressão arterial for superior a 145/90 mm/Hg em duas medições consecutivas (ver secção 4.8 “Efeitos indesejáveis, alterações cardiovasculares”). Em doentes com síndroma de apneia do sono devem ser tomados cuidados especiais na monitorização da pressão arterial.

-1 No uso concomitante de sibutramina com simpaticomiméticos, ver secção 4.5.

-1 Embora a sibutramina não tenha sido associada à ocorrência de hipertensão pulmonar primária, é importante vigiar, devido às preocupações gerais com os fármacos anti-obesidade, no decurso de check-ups de rotina, o aparecimento de sintomas tais como dispneia progressiva, dor torácica e edema maleolar. O doente deve ser aconselhado a consultar imediatamente um médico caso se manifestem estes sintomas.

-2 Reductil® 10 mg deve ser administrado com precaução a doentes com epilepsia.

-3 Têm sido observados aumentos dos níveis plasmáticos de sibutramina em doentes com insuficiência hepática ligeira a moderada. Embora não tenham sido referidos efeitos adversos, Reductil® 10 mg deve ser usado com precaução nestes doentes.

-4 Embora só os metabolitos inactivos sejam excretados por via renal, Reductil® 10 mg deve ser utilizado com precaução em doentes com insuficiência renal ligeira a moderada.
-5 Reductil® 10 mg deve ser administrado com precaução a doentes com antecedentes familiares de alterações motoras ou verbais.
-6 As mulheres em idade fértil devem utilizar medidas contraceptivas adequadas durante o tratamento com Reductil® 10 mg.

-7 Existe a possibilidade de consumo abusivo de fármacos com acção ao nível do SNC. No entanto, os dados clínicos disponíveis não revelam quaisquer sinais de consumo abusivo com a sibutramina.

-8 Determinados fármacos anti-obesidade estão associados a um aumento do risco de valvulopatias cardíacas. No entanto, dados clínicos com sibutramina não revelam quaisquer sinais de um aumento desta incidência.

-9 Doentes com antecedentes de perturbações major do comportamento alimentar, tais como anorexia nervosa ou bulimia nervosa estão contra-indicados. Não existem dados disponíveis de sibutramina no tratamento de doentes com perturbações alimentares compulsivas.

-10 Sibutramina deve ser administrada com precaução em doentes com glaucoma de ângulo aberto com história familiar de risco de pressão intra-ocular elevada.

-11 Tal como com outros agentes que inibem a recaptação da serotonina, há um potencial aumento de risco de hemorragia em doentes sob tratamento com sibutramina. Assim, a sibutramina deverá ser administrada com precaução em doentes com predisposição para hemorragias e que tomem concomitantemente outros medicamentos que afectem a hemostase ou a função plaquetária.

-12 Foram reportados casos muito raros de depressão, tendência para suicídio e suicídios em doentes sob tratamento com sibutramina. Recomenda-se pois especial atenção em doentes com história de depressão. Em caso de ocorrerem durante o tratamento com sibutramina, sinais ou sintomas de depressão, deve-se considerar a suspensão de sibutramina e iniciar tratamento apropriado.

-13 Reductil® 10 mg contém lactose e portanto não deve ser usado em doentes com alguns problemas hereditários de intolerância à galactose, deficiência de lactase ou má absorção à glucose-galactose.

4.5 Interacções medicamentosas e outras formas de interacção

A sibutramina e os seus metabolitos activos são eliminados por metabolismo hepático; a principal enzima envolvida é a CYP3A4 e poderão igualmente contribuir a CYP2C9 e a CYP1A2. Deve ter-se especial cuidado durante a administração concomitante de Reductil® 10 mg com fármacos que afectam a actividade da enzima CYP3A4 (ver secção 5.2 “Propriedades farmacocinéticas”). Entre os inibidores da CYP3A4 incluem-se o cetoconazol, itraconazol, eritromicina, claritromicina, troleandomicina e a ciclosporina. Um estudo sobre interacção medicamentosa revelou que a administração concomitante de cetoconazol ou eritromicina com sibutramina induziu um aumento das concentrações plasmáticas (AUC) dos metabolitos activos da sibutramina (23% ou 10% respectivamente). Verificaram-se aumentos médios da frequência cardíaca até 2,5 batimentos por minuto em relação à administração isolada de sibutramina.

A rifampicina, fenitoína, carbamazepina, fenobarbital e a dexametasona são indutores da enzima CYP3A4 e podem acelerar o metabolismo da sibutramina, embora este facto não tenha sido objecto de estudos experimentais.
A utilização simultânea de vários fármacos, que aumentam os níveis de serotonina no cérebro, pode 410 originar interacções graves. Este fenómeno é designado por síndrome da serotonina e poderá ocorrer, em caso raros, em associação com o uso simultâneo de um inibidor selectivo da recaptação da serotonina [ISRS] com certos fármacos utilizados no tratamento da enxaqueca (como o sumatriptano e a dihidroergotamina), ou conjuntamente com certos opiáceos (como a pentazocina, petidina, fentanil, dextrometorfano), ou em caso de utilização simultânea de dois ISRS.
Dado que a sibutramina inibe a recaptação de serotonina (entre outros efeitos), Reductil® 10 mg não deve ser utilizado concomitantemente com outros fármacos que também elevem os níveis cerebrais de serotonina.

Não foi avaliado sistematicamente o uso concomitante de Reductil® 10 mg com outros fármacos que sejam susceptíveis de aumentar a pressão arterial ou a frequência cardíaca (por ex. simpaticomiméticos). Entre os fármacos deste tipo incluem-se determinados medicamentos para o tratamento da tosse, constipação e alergias (por ex., efedrina, pseudoefedrina) e certos descongestionantes (por ex. xilometazolina). Recomenda-se precaução ao prescrever Reductil® 10 mg a doentes que estejam a utilizar estes medicamentos.

Reductil® 10 mg não afecta a eficácia de contraceptivos orais.

Em doses únicas, a sibutramina não afectou adicionalmente o rendimento cognitivo ou psicomotor quando administrada concomitantemente com álcool. Contudo, regra geral, o consumo de álcool não é compatível com as medidas dietéticas recomendadas.

Não existem dados disponíveis sobre o uso concomitante de Reductil® 10 mg com orlistat.

Devem decorrer duas semanas entre a suspensão do tratamento com sibutramina e o início do tratamento com inibidores da monoaminoxidase.

4.6 Gravidez e aleitamento

Utilização na gravidez: Sibutramina não deverá ser utilizada durante a gravidez. Considera-se geralmente inadequado o uso de fármacos anti-obesidade durante a gravidez, pelo que as mulheres em idade fértil devem utilizar métodos contraceptivos apropriados durante o tratamento com sibutramina e informar o seu médico assistente se ficarem grávidas ou pretenderem engravidar durante a terapêutica. Não foram realizados estudos controlados com Reductil® em mulheres grávidas. Os estudos efectuados em coelhas grávidas demonstraram efeitos sobre a reprodução para níveis de doses tóxicas maternas (ver secção 5.3 “Dados de segurança pré-clínica”). Desconhece-se a relevância destes resultados para o ser humano.
Utilização no aleitamento: Desconhece-se se a sibutramina é excretada no leite humano pelo que a administração de Reductil® 10 mg está contra-indicada durante o aleitamento.

4.7 Efeitos sobre a capacidade de conduzir e utilizar máquinas

Embora a sibutramina não tenha afectado o rendimento psicomotor ou cognitivo em voluntários saudáveis, qualquer fármaco que actue a nível do SNC poderá provocar alterações da consciência e das capacidades cognitivas ou motoras. Assim, os doentes devem ser advertidos de que a sua capacidade de conduzir um veículo, utilizar máquinas ou trabalhar num ambiente perigoso poderá ser afectada durante o tratamento com Reductil® 10 mg.

4.8 Efeitos indesejáveis

A maioria dos efeitos adversos notificados com sibutramina ocorreu na fase inicial do tratamento (durante as primeiras 4 semanas). A sua intensidade e frequência diminuíram no decurso do tempo.
Regra geral, estes efeitos não foram graves, não justificaram a interrupção do tratamento e foram reversíveis.

Os efeitos adversos observados nas fases II/III dos ensaios clínicos encontram-se especificados no quadro que se segue, por sistema orgânico (muito frequentes > 1/10 , frequentes < 1/10 e > 1/100 :

Sistema orgânico Incidência Efeitos adversos
Sistema cardiovascularFrequente Taquicardia
(ver informação abaixo descrita) Palpitações
Aumento da pressão arterial/hipertensão Vasodilatação (hot flush)
Sistema gastrointestinal Muito frequente Obstipação
Frequente Náuseas
Agravamento de hemorróidas
Sistema nervoso central Muito Xerostomia
frequente Insónias
Frequente Tonturas Parestesias Cefaleias Ansiedade
Pele Frequente Sudorese
Funções sensoriais Frequente Disgeusia

Sistema cardiovascular
Foram observados aumentos médios da pressão arterial sistólica e diastólica em repouso de 2 – 3 mmHg e aumentos médios da frequência cardíaca de 3 – 7 batimentos por minuto. Não poderá excluir-se a hipótese de se registarem, em casos isolados, aumentos mais acentuados da pressão arterial e da frequência cardíaca.

Qualquer aumento clinicamente significativo da pressão arterial e da frequência cardíaca tende a ocorrer na fase inicial do tratamento (primeiras 4 – 12 semanas). Nestes casos, a terapêutica deve ser interrompida, ver secção 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”.

Relativamente ao uso de Reductil® 10 mg em doentes hipertensos, ver secção 4.3 “Contra-indicações” e 4.4 “Advertências e precauções especiais de utilização”.

Efeitos adversos clinicamente significativos observados em estudos clínicos e após comercialização descritos por sistema orgânico:
Sangue e perturbações do sistema linfático Trombocitopenia, Púrpura de Schõnlein-Henoch

Perturbações cardiovasculares
Fibrilhação auricular, taquicardia paroxistica supraventricular

Perturbações do sistema imunitário
Foram notificados casos de reacções de hipersensibilidade alérgica que vão desde ligeiras erupções cutâneas e urticária até angioedema e anafilaxia.

Perturbações psiquiátricas Agitação
Depressão em doentes com e sem antecedentes de história de depressão (ver secção 4.4).

Perturbações do sistema nervoso Convulsões
Sindrome de serotonina em combinação com outros agentes que afectem a libertação de serotonina (ver secção 4.5).

Perturbação transitória da memória de curta duração

Perturbações oculares Visão turva

Perturbações gastrointestinais Diarreias, vómitos

Perturbações da pele e tecido subcutâneo Alopecia, rash, urticária

Perturbações renais e urinárias
Nefrite intersticial aguda, glomerulonefrite mesangio-capilar, retenção urinária

Perturbações dos sistemas reprodutivo e mamário
Alteração da ejaculação/orgasmo, impotência, irregularidades no ciclo menstrual, metrorragia

Testes laboratoriais
Aumentos reversíveis das enzimas hepáticas

Outros
Foram observados casos raros de sintomas de abstinência, nomeadamente cefaleias e aumento do apetite.

4.9 Sobredosagem

A experiência relativa à sobredosagem com sibutramina é limitada. Não se recomenda a adopção de medidas terapêuticas específicas e não existe qualquer antídoto específico. O tratamento deve consistir em medidas gerais utilizadas no tratamento de casos de sobredosagem, tais como manutenção da permeabilidade das vias aéreas, monitorização das funções cardiovasculares e medidas gerais sintomáticas e de suporte. A administração precoce de carvão activado pode atrasar a absorção de sibutramina. A lavagem gástrica pode também ser benéfica. Poderá estar indicada a administração cuidadosa de bloqueadores-beta em doentes com hipertensão ou taquicardia.

Existem alguns casos de sobredosagem no homem (incluindo um caso de ingestão acidental por uma criança que tinha apenas 18 meses de idade) em que foram ingeridas doses até 500 mg de cloridrato monohidratado de sibutramina. Foi observada uma frequência cardíaca de 160 batimentos por minuto num doente após a administração de 500 mg de cloridrato monohidratado de sibutramina. Não se registaram complicações em qualquer dos casos e os doentes recuperaram completamente excepto num caso de intoxicação com múltiplos fármacos e álcool (em que o doente morreu possivelmente por aspiração do vómito).

5 PROPRIEDADES FARMACOLÓGICAS DO REDUCTIL
5.1 Propriedades farmacodinâmicas

Grupo farmacoterapêutico: medicamento anti-obesidade, código ATC A08A A10.
A sibutramina exerce os seus efeitos terapêuticos predominantemente através dos seus metabolitos activos amina 710 secundários e primários (metabolito 1 e metabolito 2) os quais são inibidores da recaptação da noradrenalina, serotonina (5-hidroxitriptamina; 5-HT) e dopamina. No tecido cerebral humano, o metabolito 1 e o metabolito 2 são ~ 3 vezes mais potentes como inibidores in vitro da recaptação da noradrenalina e da serotonina do que da recaptação da dopamina. As amostras de plasma colhidas em voluntários tratados com sibutramina induziram uma inibição significativa tanto da recaptação da noradrenalina (73%) como da recaptação da serotonina (54%) sem inibir significativamente a recaptação da dopamina (16%). A sibutramina e os seus metabolitos não são agentes libertadores das monoaminas nem inibidores da monoaminoxidase. Não possuem afinidade para um grande número de receptores dos neurotransmissores, incluindo os receptores serotoninérgicos (5-HT1, 5-HT1A, 5-HT1B, 5-HT2A, 5-HT2C), adrenérgicos (P1, p2, p3, a1, a2), dopaminérgicos (D^like, D2-like), muscarínicos, histaminérgicos (H1), benzodiazepínicos e NMDA.

Em modelos animais em que foram utilizados ratos magros em fase de crescimento e obesos, foi comprovado que a sibutramina provoca uma redução do ganho ponderal. Pensa-se que esta redução resulta do seu impacto sobre a ingestão de alimentos, i.e. de um aumento da saciedade, embora a potenciação da termogénese contribua igualmente para a perda de peso. Foi demonstrado que estes efeitos são mediados pela inibição da recaptação da serotonina e noradrenalina.
Em ensaios clínicos realizados no homem, Reductil® demonstrou induzir perda ponderal por aumento da saciedade. Dispõe-se igualmente de dados comprovativos do efeito termogénico de Reductil® na atenuação do declínio adaptativo da taxa metabólica em repouso no decurso da perda de peso. A redução ponderal induzida por Reductil® é acompanhada de alterações benéficas dos níveis lipídicos e controlo da glicémia em doentes com dislipidémia e diabetes tipo 2, respectivamente.

Em doentes obesos com diabetes mellitus tipo 2 a perda de peso foi associada a uma redução de 0,6% de HbA1c. Da mesma forma, em doentes obesos com dislipidémia, a perda de peso foi associada a um aumento de 12-22% de HDL-colestrol e a uma redução média de 9-21% de triglicéridos.

5.2 Propriedades farmacocinéticas

A sibutramina é bem absorvida e sofre um extenso metabolismo de primeira passagem. Os níveis plasmáticos máximos (Cmax) foram atingidos 1,2 horas após uma dose oral única de 20 mg de cloridrato monohidratado de sibutramina. A semi-vida do composto original é de 1,1 horas. Os metabolitos 1 e 2 farmacologicamente activos atingem a Cmax em três horas, registando-se semi-vidas de eliminação de 14 e 16 horas, respectivamente. Foi demonstrada uma cinética linear nos intervalos de dosagens de 10 a 30 mg, não se observando alterações relacionadas com a dose em termos das semi-vidas de eliminação, mas registando-se aumentos das concentrações plasmáticas proporcionais às doses administradas. Após a administração de doses repetidas, são atingidas concentrações em estado de equilíbrio dos metabolitos 1 e 2 decorridos 4 dias, com uma acumulação aproximadamente dupla. A farmacocinética de sibutramina e dos seus metabolitos em indivíduos obesos é semelhante à dos indivíduos com peso corporal normal. Os dados relativamente limitados disponíveis até à data não revelam sinais de diferenças clinicamente relevantes na farmacocinética de ambos os sexos. O perfil farmacocinético observado em indivíduos idosos saudáveis (média etária 70 anos) foi semelhante ao registado em indivíduos jovens saudáveis. Em indivíduos com insuficiência hepática moderada, a biodisponibilidade dos metabolitos activos foi 24% superior após uma dose única de sibutramina. A ligação às proteínas plasmáticas da sibutramina e dos seus metabolitos 1 e 2 corresponde a cerca de 97%, 94% e 94%, respectivamente. O metabolismo hepático constitui a principal via de eliminação da sibutramina e dos seus metabolitos activos 1 e 2. Os restantes metabolitos (inactivos) são excretados principalmente na urina, com uma relação urina : fezes de 10 : 1.

Os estudos in vitro realizados em microssomas hepáticos indicaram que a CYP3A4 é a principal isoenzima do citocromo P450 responsável pelo metabolismo da sibutramina. Os dados in vitro não revelam a existência de uma afinidade para a CYP2D6, uma enzima de capacidade reduzida envolvida nas interacções farmacocinéticas com vários fármacos. Estudos adicionais in vitro têm demonstrado que a sibutramina não exerce um efeito significativo sobre a actividade das principais isoenzimas 810
P450, incluindo a CYP3A4. Foi comprovado que as CYP450s envolvidas no metabolismo subsequente do metabolito 2 (in vitro) são a CYP3A4 e a CYP2C9. Embora não existam presentemente dados comprovativos, é provável que a CYP3A4 esteja igualmente envolvida no metabolismo subsequente do metabolito 1.

5.3 Dados de segurança pré-clínica

A toxicidade da sibutramina após a administração de doses únicas em animais de experimentação resultou geralmente de efeitos farmacodinâmicos exagerados. O tratamento durante um prazo mais longo esteve associado a alterações patológicas de natureza apenas ligeira e a resultados secundários ou relacionados com as espécies. Conclui-se, portanto, ser improvável que estas suscitem preocupações se a sibutramina for utilizada de acordo com as recomendações clínicas. Realizaram-se estudos de reprodução no rato e no coelho. Um estudo efectuado no coelho revelou uma incidência ligeiramente superior de malformações cardiovasculares fetais nos grupos de tratamento do que no grupo de controlo, enquanto que noutro estudo foi demonstrada uma incidência inferior à dos controlos. Além disso, neste último estudo, mas não no primeiro, o grupo de tratamento apresentou um número ligeiramente superior de fetos com duas malformações minor (uma pequena ligação ossificada em forma de rosca entre os ossos da maxila e os malares, e diferenças muito ligeiras no espaçamento das raízes de algumas pequenas artérias do arco aórtico). Desconhece-se qual a relevância destes resultados para o homem. Não foi investigado o uso de sibutramina na gravidez humana. Os ensaios de toxicidade genética de grande extensão não revelaram quaisquer sinais de mutagenicidade induzida pela sibutramina. Os estudos em roedores demonstraram que a sibutramina não possui potencial carcinogénico relevante para o homem.

6 INFORMAÇÕES FARMACÊUTICAS DO REDUCTIL
6.1.1 Lista de excipientes

Conteúdo da cápsula: Lactose monohidratada, estearato de magnésio, celulose microcristalina, sílica coloidal anidra.

Cápsula: carmim índigo (E 132), dióxido de titânio (E 171), gelatina, laurilsulfato de sódio, amarelo de quinolina (E 104)

Tinta de impressão: dimeticona, óxido e hidróxido de ferro (E 172), shellac, lecitina de soja (E 322), dióxido de titânio (E 171).

6.2 Incompatibilidades
Não aplicável.

6.3 Prazo de validade
3 anos

6.4 Precauções especiais de conservação
Não conservar acima de 25°C. Conservar na embalagem de origem.

6.5 Natureza e conteúdo do recipiente
Reductil® 10 mg, cápsulas numa embalagem blister de PVC/PVDC. Embalagem calendário contendo 28 cápsulas (4 semanas)
910 Embalagem calendário contendo 56 cápsulas (8 semanas) Embalagem calendário contendo 98 cápsulas (14 semanas) Embalagem hospitalar (embalagem calendário) contendo 28 cápsulas Embalagem hospitalar (embalagem calendário) contendo 280 (10 x 28) cápsulas
É possível que não sejam comercializadas todas as apresentações

6.6 Instruções de utilização e manipulação
Não existem requisitos especiais.

7 TITULAR DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Abbott Laboratórios, Lda Rua Cidade de Córdova, n.°1 Alfragide – Amadora

8 NÚMEROS DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

3547189 – Embalagem de 28 cápsulas doseadas a 10 mg 3547288 – Embalagem de 56 cápsulas doseadas a 10 mg 3547387 – Embalagem de 98 cápsulas doseadas a 10 mg
3547486 – Embalagem de 28 cápsulas doseadas a 10 mg (embalagem hospitalar) 3547585 – Embalagem de 280 cápsulas doseadas a 10 mg (embalagem hospitalar)

9 DATA DA RENOVAÇÃO DA AUTORIZAÇÃO DE INTRODUÇÃO NO MERCADO

Data da Autorização de Introdução no Mercado: 26/03/2001
Data da Renovação da Autorização de Introdução no Mercado: 14/01/2004
14 Janeiro 2004

10 DATA DA REVISÃO DO TEXTO

Março 2005